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História Not Gonna Die - Season 1 - Julian


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


WALKEEEEEERS... I'm back!! Cheguei mais cedo porque vou viajar amanhã e não terei tempo para postar!!!

Genteeeee, tenho uma pergunta pra vocês, mas vou perguntar nas notas finais ok?! Por agora, espero que gostem do capítulo!!

Enjoy🖤

Capítulo 18 - Julian


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - Julian

Pov. Reyna Dixon

   Andávamos sem rumo pela estrada. Depois do enterro de Tyreese, percebemos que não tínhamos lugar para ir, então voltávamos a estaca zero. Caminhando como andarilhos para lugar nenhum. Sem contar que todos estavam em pedaços, especialmente Sasha e Maggie. A primeira queria descontar sua raiva em tudo que via pela frente, mesmo com os avisos de Michonne que precisava poupar esforços. Maggie permanecia sem expressão, recusando água, comida ou conversa. Glenn tentava de todo jeito animar a esposa, mesmo sabendo que seria uma tarefa quase impossível. 

   Daryl estava mais calado ainda, e desta vez eu não estava fazendo nada para melhorar a situação. Eu estava exausta, como todos, então a única coisa que eu era capaz e queria fazer era ficar quieta, andando atrás de minha família, mesmo que não tivéssemos um destino, estar com eles já era quase um lar para mim. 

   Cassie caminhava ao lado de Carl, ajudando-o a carregar Judith. Bravinha era mais um problema, precisávamos achar fórmula, nosso estoque estava menos de um por cento e isso não era uma coisa boa. No momento, a pequena estava calma, com um pouco de sono, mas Carl e Cassie conseguiam dar conta. 

   Rick estava à frente do grupo, com o rifle na mão, poupando o máximo possível de munição. Seu olhar estava vazio conforme caminhava. Me aproximei do homem e andei ao seu lado, em silêncio, apenas tentando transmitir o apoio de que ele precisava. Rick havia se tornado alguém incrivelmente importante para mim. Não tinha plena certeza do que sentia, mas sabia que era algo grande, e surpreendentemente, não tinha medo de dizer isso a mim mesma. 

   — Sua cabeça? — perguntou ele, a voz cansada. 

   — Melhor. — respondi simplesmente. 

   — Acha que vamos encontrar algum lugar? — Virei meu rosto em sua direção. 

   — Não tem como saber. — disse, vendo-o suspirar. — Mas de qualquer jeito, ficaremos juntos. — completei.

   O homem soltou uma das mãos do rifle, e sem se importar com os olhares dos outros membros do grupo, passou o braço por meus ombros, me puxando para mais perto. Hesitei antes de me aconchegar ao seu lado e o senti depositar um leve beijo em minha têmpora. Enlacei sua cintura com o meu braço e permaneci ali, caminhando em silêncio, sem dar importância a nada em minha volta, apenas ao conforto que sentia no momento.

   Olhei de relance para o lado, e observei Daryl se embrenhar na mata, com Carol em seu encalço. Sorri levemente. Carol fazia muito bem para meu irmão, e não tinha como negar. Eles eram uma dupla incrível, e qualquer um perceberia. Dês do dia em que vi os dois lado a lado, pude perceber o quanto se encaixavam. 

   — O que está pensando? — Rick perguntou com o tom de voz baixo. 

   — Carol foi como uma benção para Daryl. — repondi, sem tirar o pequeno sorriso do rosto. Rick apertou um pouco mais meus ombros, tentando me trazer mais perto de algum jeito. 

   — Não é apenas Carol uma benção na vida de alguém. — disse ainda com a voz baixa. Olhei para seu rosto. — Você foi na minha. — completou, olhando em meus olhos. 

   Me perdi novamente na imensidão azul em minha frente. Senti vontade de me inclinar e beijá-lo, ali mesmo, mas estávamos muito rodeados. Os outros não precisavam saber como me sentia em relação a Rick, mesmo que pudesse parecer um pouco óbvio. Aquele homem acendeu algo em mim. Algo que nunca havia sentido e que pensei ter se apagado com os anos de convivência com meu falecido pai, mas que Rick Grimes conseguiu trazer à tona. 

                                        (...)

   Mais horas haviam se passado, e o grupo estava mais exausto, mas não paravam a caminhada por nada. Dessa vez estava mais para trás, caminhando em silêncio. Abraham estava um pouco mais para frente junto com Rosita e Eugene. Daryl havia entrado na mata mais uma vez, só que sozinho, e não pretendia voltar tão rápido. 

   A única coisa que conseguia escutar eram os gemido mortos dos Walkers atrás de nós. Um pequeno grupo deles se formava, mas não eram uma ameaça, então apenas continuamos andando, sem nos importar com as presenças decompostas em nossas costas. Não sabia se era apenas algo em minha cabeça ou se era real, mas eu podia jurar estar escutando um barulho ao fundo, como um choro de criança.

   Olhei para Judith no colo de Cassie, e vi que a garota dormia tranquilamente. Franzi o cenho, me concentrando o máximo que pude no choro. Depois de alguns segundos, me convenci de que era realmente uma criança. Ninguém mais parecia ouvir, ou se ouviam, não davam importância. Uma agonia distinta se formou em mim, e me virei para entrar na mata. 

   — Daryl pediu para não o seguir. — disse Abraham antes que eu pudesse me distanciar.

   — Não estou indo atrás de Daryl. — respondi sem parar de andar. 

   Puxei o arco do meu tronco junto com uma das flechas. Andei cautelosamente pela mata, tentando descobrir de onde o choro vinha, e quanto mais me aprofundava entre as árvores, mais claro o barulho ficava. Com certeza absoluta era uma criança. Percebi uma movimentação ao meu lado e apontei a flecha para a direção de um arbusto. Daryl apareceu de lá, com a besta em mãos e expressão preocupada. 

   — Pedi para não me seguirem. — disse ele, seco. 

   — Não está ouvindo isso? — perguntei ignorando completamente sua fala. Daryl apenas assentiu. 

   — Parece que vem daquela direção. — Ele apontou para um ponto à Oeste. Fiz um gesto com a cabeça para que seguíssemos. 

   Em silêncio, caminhamos apressadamente até o local de onde o choro vinha, chegando em uma área da mata onde as árvores eram mais densas, e existia um montinho de galhos em um ponto. O barulho vinha exatamente de lá. Daryl caminhou até lá enquanto eu dava cobertura. Vi, um pouco mais afastada, uma Walker amarrada em um tronco de árvore de forma desajeitada, como se ela mesma tivesse feito. 

   Me direcionei até lá para observá-la melhor. Ela não estava tão podre assim, uma faca se encontrava no chão ao seu lado, e na saia de seu vestido, existia um pedaço pequeno de papel, parcialmente manchado com sangue. Guardei a flecha na aljava e pousei o arco nas costas. Puxei a faca da bainha e enfiei a lâmina em sua têmpora. Ela parou imediatamente de se movimentar, então pude pegar o papel. Nele lia-se: 

   Espero que consigam salvar meu bebê a tempo. Não consegui suportar a maldade desse mundo; espero que meu filho consiga.

   Me ergui do chão e me virei para Daryl. Ele estava parado, de costas. O choro já havia cessado. Caminhei até ele lentamente e contornei sua figura grande. Em seus braços se encontrava uma criança. Estava assustado, mas de algum jeito, Daryl conseguira acalmá-lo. Desviei minha atenção para o chão, e vi uma mochila relativamente grande, cheia de fórmula para bebês, fraldas, duas mamadeiras e duas chupetas.

   Daryl olhava para a criança com ternura, como olhava para Judith. Me aproximei um pouco mais dele e me posicionei ao seu lado. Observei o rosto inocente do pequeno e me permiti sorrir. Ele era mais um pedaço de esperança nesse mundo caótico, e não me permiti deixá-lo para trás. Daryl parecia sentir o mesmo. 

   — Achou alguma coisa? — Meu irmão perguntou após alguns segundos apenas encarando a criança. 

   — Parece que a mãe dele não se adaptou a esse mundo. — respondi mostrando-lhe o bilhete.

   — O que faremos com ele? — Daryl virou seu rosto em minha direção.

   — Não podemos deixá-lo aqui. — Passei uma das mãos em sua cabeça. — Pegue a mochila e vamos voltar. 

   Estendi meus braços para que Daryl me passasse a criança. Ele o fez, depois de um momento de hesitação, e pegou a mochila do chão, passou-a pelos ombros e posicionou a besta nas mãos. Coloquei uma das mãos nas costas do pequeno e o apoiei em meu peito. Segui Daryl de volta até onde o grupo estava. Ele me dava cobertura enquanto tentava manter o bebê calmo. Precisamos de um nome para ele.

   Chegamos na estrada, e o corpo grande de Daryl tampava minha visão do grupo. Ele parou por um momento, e observou os rostos de cada um antes de dar um passo para o lado e me dar passagem. Todos nos olharam confusos e um pouco surpresos. Apertei um pouco mais o pequeno nos braços, um pouco desconfortável por conta dos olhares sobre mim. 

   — Isso é mesmo uma criança, ou eu estou vendo coisas? — Glenn perguntou, dando um ligeiro passo para frente. Olhei para meu irmão, que apenas assentiu levemente. — Jesus. 

                                       (...)

   Mais um tempo se passou e a caminhada continuava. Segurava o bebê com firmeza, com um instinto de proteção gigantesco sobre ele. Qualquer um que se aproximava e pedia para segurá-lo, apenas me fazia apertá-lo mais em meus braços. Daryl caminhava ao meu lado, atento a tudo e a todos, como um animal protegendo sua cria. Parecia que eu e meu irmão começávamos a criar um laço forte com a pequena criança, e sentíamos que precisávamos protegê-lo. 

   — Quer trocar? — perguntou ele, se referindo ao pequeno. 

   Assenti levemente e vi Daryl me estender a besta. Soltei uma mão do pequeno e segurei a arma. Meu irmão estendeu os braços e pegou o garoto dos meus. Posicionei a besta em minha frente e assim seguimos nosso caminho. Depois de alguns minutos, me virei para meu irmão.

   — Precisamos dar algum nome a ele. — disse. Daryl ia responder algo, mas foi interrompido com um soco em seu rosto desferido pelo garotinho. Soltei uma risada fraca. 

   — Ele é forte. — disse Daryl. — O que acha de Superman? — brincou ele, olhando para o pequeno. Não controlei uma risada mais alta dessa vez. 

   — Daryl, você é péssimo com nomes. — disse tentando conter a risada. Daryl me olhou um pouco irritado. 

   — Diga algo melhor, então. — Ele rebateu, como uma criança. Pensei um pouco antes de responder.

   — Pensei em Merle. — comentei um pouco mais sombria, mas logo espantei a ideia com um aceno de cabeça, percebendo o leve desconforto de meu irmão. — Mas o que acha de Julian? É o nome do único menino que havia sido legal comigo nos tempos de escola. — disse com um leve ar nostálgico. Daryl deu de ombros.

   — Gosto de Julian. — respondeu finalmente, após alguns segundos em silêncio. 

   — Julian será, então.

   — Já decidiram um nome, huh? — Cassie disse se aproximando com Judith em seu colo e Carl ao seu lado. — É muito linda a forma como protegem essa criança. — comentou por fim. 

   — Se eu não conhecesse vocês, diria que é filho de vocês. — Carl observou, com um leve sorriso no rosto. 

   — Mas vocês nos conhecem, então sabem que não é nosso. — Daryl respondeu, quase rosnando. Cassie riu da atitude de meu irmão. 

   — Relaxe, Daryl, estávamos apenas brincando. — disse ela. Judith soltou um pequeno grito no colo da menina, direcionado ao pequeno Julian. — Acho que ela gostou dele. 

   — Daryl apenas deixou você segurar a besta, ou teve que pedir mais vezes? — Carol apareceu ao meu lado, com um sorriso divertido no rosto. 

   — Estou acostumada... você sabe, a segurá-la. — respondi virando rapidamente meu rosto a mulher. 

   — Não deve ter sido fácil. Os tempos que passou longe de seus irmãos. — Ela comentou. Suspirei tentando me esquecer da lembrança do maldito dia.

   — Não foi. — Sentia que com Carol eu podia dar uma resposta com mais de duas palavras. — Foi péssimo. Conheci pessoas que... — Fiz uma pausa, não queria me lembrar daqueles tempos. — Achei que havia os pedido para sempre. — Carol apoiou uma das mãos em meu ombro. 

   — Sinto muito. — disse ela. — Mas então, como está indo com Rick? — Carol lançou-me um sorriso de canto. Me virei novamente para ela, com o cenho franzido. — Pensa que eu não percebi? — perguntou, ainda com o mesmo sorriso no rosto. 

   Carol soltou uma risadinha no momento em que eu revirei os olhos e me permiti sorrir verdadeiramente. Carol era uma das poucas pessoas que conseguiam me fazer sorrir. Passei dois dias com ela na primeira vez que nos encontramos, e foram os melhores dias depois do apocalipse. A mulher era como uma mãe e irmã ao mesmo tempo, e sentia que podia confiar. 

   — O que tem Rick? — Daryl entrou na conversa ao perceber as risadas ao seu lado. 

   — Nada. — respondi simplesmente, ainda com uma expressão divertida. Julian reclamou no colo do homem. 

   — Ele deve estar com sono. — Carol observou. — Posso fazê-lo dormir, se deixarem. — completou após perceber uma ligeira e preocupada troca de olhares entre eu e meu irmão. — Aliás, todos precisam descansar, devia ir falar com Rick sobre isso. — Ela virou o rosto em minha direção, erguendo uma sobrancelha. 

   Assenti antes de me apressar alguns passos para chegar até o líder, que caminhava ao lado de Michonne. O rifle ainda em mãos. A expressão do rosto ainda vazia. Me preocupava com ele. E odiava vê-lo assim; indefeso ao mesmo tempo que era forte e conseguia proteger um grupo inteiro. Pude notar um leve brilho em seus olhos quando percebeu minha presença. 

   — Como está o garoto? — perguntou ele. 

   — Bem. — respondi. — Está cansado. Todos estão. Acho que podíamos parar para descansar. — Vi Michonne assentindo ao lado do homem. 

   — Precisamos continuar. — disse Rick, voltando com a expressão fria e vazia. 

   — Se continuarmos nas condições que estamos, vamos morrer antes de encontrarmos um local seguro. — Continuei tentando. O homem continuou andando, sem dizer nada. — Rick. — chamei uma vez. Nenhuma resposta. — Rick. — Mais uma. — Rick, pare! — puxei seu braço, o fazendo parar a caminhada. — Precisamos de descanso, Big Grimes. — Encarei novamente seus olhos. — Você precisa de descanso.

   Rick manteve seu olhar fixo no meu por alguns longos segundos antes de assentir levemente e suspirar. Ele olhou para o grupo de Walkers atrás de nós. Eram seis no total. Ele pousou o rifle nas costas e tirou o facão da bainha. 

   — Vamos parar e descansar antes de prosseguirmos. — disse ele para o resto do grupo, já caminhando até o grupo dos mortos. 

   Fui em seu encalço, junto com Michonne. Apontei a besta para um deles e atirei. Confesso que já estava com saudades de usá-la. Preparei com mais uma flecha e atirei novamente, um pouco antes de ver Rick acabar com dois e Michonne com os últimos. Fui até o grupo e peguei as duas flechas que havia usado, guardando-as no compartimento que a própria arma tinha. 

   — Estão todos bem? — Rick perguntou para todos do grupo. Eles apenas assentiram. — Vamos continuar na estrada, se algo acontecer, correremos para a mata. — ditou, com a voz firme. 

                                       (...)

   Julian estava em meu colo agora. Ele dormia tranquilamente, como se nenhum apocalipse estivesse realmente acontecendo. Carol estava me ajudando muito. Ela o fez dormir e me ensinou todas as técnicas possíveis para deixá-lo confortável ao mesmo tempo que eu também estivesse. Daryl estava mais distante dessa vez, conversando com Rick. Eles pareciam estar discutindo, ou era apenas Daryl quem estava irritado, já que Rick mantinha uma postura relaxada e ao mesmo tempo firme.

   — Estão falando sobre você. — Tara disse se sentando ao meu lado. Estranhei sua atitude de puxar assunto comigo, mas não disse nada. — O grandão ali, está com ciúmes de você. — Franzi o cenho em sua direção. — Acredite, já tive uma irmã, sei bem como é. — Continuei calada. — Já vi que conversar não é muito a sua praia, foi mal. — Ela terminou, desviando sua atenção para os cadarços de seus sapatos.

   — O que estão falando? — perguntei após alguns minutos em silêncio ao lado da mulher. Ela se virou para mim, com um leve sorriso nos lábios.

   — Não tenho certeza, mas é algo como: "Ela é minha irmã, e se você machucá-la de algum jeito, vou enfiar a porra de uma flecha na sua bunda." — Tara forçou uma voz mais grossa, o que me fez soltar uma singela risada. 

   — Isso soa como meu irmão. — comentei divertida. 

   — Relaxe, é típico. — disse ela. Sua atenção se voltou a Julian dormindo em meus braços. — Nada mais vai me surpreender nesse mundo depois dessa. — Ela apontou para o pequeno. 

   — Nem me fale. — Olhei para o garoto, e percebi que ele se remexia desconfortável com a posição. Comecei a me preocupar levemente. Carol estava mais afastada, e não sabia o que fazer. 

   — Se acalma, ele só está se arrumando. — disse Tara mais uma vez. Depois de sua fala, Julian se acalmou em meus braços e voltou a ficar parado. Olhei para a mulher, com os olhos levemente arregalados. — Eu tinha uma sobrinha. — Seu rosto se entristeceu. 

   — Eu sinto muito. — disse simplesmente. 

   Uma movimentação na mata nos fez terminar a conversa, assim como Rick, Daryl e o resto do grupo. Dois cachorros saíram de um arbusto, sedentos, furiosos. Apertei Julian em meus braços e o ouvi reclamar. Ninguém fazia nenhum movimento brusco. Estavam com um pouco de medo, mas sabiam que era uma ameaça pequena. Sasha surpreendeu a todos quando atirou a sangue frio nos dois animais. 

   — Temos jantar por hoje. — disse ela secamente. 

   Por sorte, Julian continuava dormindo quando soltei o aperto em seu corpo. Devia estar exausto, assim como Judith. A garotinha dormia pesadamente no colo do irmão. Dois seres lotados de inocência vivendo em um mundo como esse. Parecia injusto, mas algo me dizia que eles eram a única forma de esperança que tínhamos, e por esse motivo eram tão importantes. 

   — Já deram um nome? — Tara voltou com a conversa. 

   — Julian. — respondi, observando Daryl limpar os animais, um pouco impaciente. 

   — Big Little Jules. — comentou ela, acariciando levemente os cabelos castanho escuros e um pouco cacheados do pequeno. 

   — Jules? 

   — Um apelido. — A mulher deu de ombros. Até gostei, mas não disse. Minha expressão do rosto já dizia. 

   — Reyna. — Rick chamou se aproximando lentamente. Daryl o olhou fixamente. — Coma um pouco. Fico com Julian. — disse ele. 

   — Não, eu fico com Julian. — Daryl se apressou alguns passos até parar ao lado do líder. 

   Meu irmão não esperou, apenas se abaixou e estendeu os braços. Lenta e suavemente entreguei Jules a ele, que o segurou novamente com ternura. Me levantei e caminhei ao lado de Rick até onde a carne estava assando em uma fogueira. 

   — O que deu nele? — perguntei para que só Rick ouvisse. 

   — Daryl está um pouco paranoico. — Rick respondeu, sem dizer nada para se explicar. 

   — Explique-se, Big Grimes. — pedi, um pouco impaciente com a demora. 

   — Ele ainda acha que você é a garotinha de antes. — disse finalmente. 

   — Ele está mesmo com ciúmes? — perguntei sem conseguir controlar uma risada debochada. — Daryl Dixon com ciúmes de sua irmã mais nova? — falei não muito alto, ainda com o objetivo que só Rick me ouvisse. 

   — Só... não vamos deixá-lo mais irritado do que já está. — pediu ele. Apenas assenti antes de me virar e pegar um pedaço de carne que Cassie me estendia. 

                                       (...)

   Depois de todos comerem, voltei até o lugar onde eu estava, com um pedaço da carne em mãos. Daryl ainda estava lá, com Julian nos braços, completamente distraído olhando o pequeno dormir em silêncio. Sem assustá-lo, me sentei ao seu lado. 

   — Precisa comer um pouco. — disse estendendo a comida a ele. Ele negou com a cabeça. — Daryl. — Insisti. Nenhuma resposta. — Daryl Dixon, não me obrigue a enfiar isso em sua garganta. — disse, como uma mãe faz com um filho. 

   — Quem é o mais velho aqui mesmo? — perguntou ele, com a voz baixa. 

   — Cale a boca e enfie essa carne no estômago. — disse mais uma vez com um pouco menos de paciência. Daryl apenas revirou os olhos e puxou a carne da minha mão. Seu outro braço segurava o corpo pequeno de Jules. 

   — Rey. — Ele chamou após terminar de comer e lamber os dedos como um bom Dixon. — Sobre Rick...

   — Relaxe, big brother, eu entendo. — Interrompi sua fala. Sabia que esse assunto ainda iria render uma pequena briga, e não queria que fosse naquele momento. Não quando estávamos um pouquinho mais próximos. 

   — Entende, pirralha. — brincou ele. 

   — Velho. — retruquei. 

   Automaticamente lembramos de Merle, mas dessa vez não foi uma lembrança ruim. Não foi como se ele estivesse morto e nunca mais poderíamos vê-lo novamente. Pela primeira vez nós dois focamos em uma lembrança boa com nosso irmão. E pela primeira vez depois que nos reencontramos, nos permitimos sorrir verdadeiramente um para o outro. 


Notas Finais


HEEEEEYYYYYY, AMORES, o que acharam do capítulo??? Gente, nosso pequeno Jules vai ser muuuuito importante para o desenvolvimento dos Dixons. Ele vai deixá-los com mais esperança para seguir em frente, entendem??

Bom galera, preciso perguntar uma coisa: QUEM AQUI GOSTA DE PRISON BREAK??? Se alguém gosta, tenho uma ótima notícia!!! Vou fazer um crossover, com essa fic aqui. Os irmãos Scofield e Burrows vão aparecer mais na Season 2, mas Burrows vai dar as caras por aqui na Season 1... então pra quem gosta, comemoremmmm hehehehe🖤

GENTEEEEEE, semana passada eu desejei feliz Natal pra vocês, e agora quero desejar um feliz ano novo pra toooooodo mundo!!! Tudo de bom e do melhor pra vocês e as famílias de vocês!! Amo vcs seus lindos🖤🖤🖤

Então é isso, BEIJOS DA BALEIA🐳🖤


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