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História Not Gonna Die - Season 1 - Alexandria


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


WALKEEEEEERRRSSSSS, I'M BACK AS I PROMISED!!! Hahahahah genteeeee Alexandria chegooooouuuu, os amantes de Reynick preparem os corações para o próximo capítulo heheheh

Sem mais delongas, espero muito que gostem do capítulo, nas notas finais eu volto a falar com vocês!!!

Boa leitura, enjoy🖤

Capítulo 20 - Alexandria


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - Alexandria

Pov. Reyna Dixon

   Rick encarava o tal Aaron enquanto falava. Estava desconfiado, e duvidava muito que estivesse acreditando em qualquer palavra dita pelo outro. O líder olhava algumas fotos, que Aaron dizia ser da tal comunidade. Me aproximei lentamente e vi que parecia ser um lugar bonito, seguro, mas não podíamos confiar ainda.

   Sabia que a desconfiança era tudo naqueles dias, mas não justificava a ação de Rick em seguida. Após poucos passos, ele alcançou Aaron e desferiu um soco na face do homem. O observei caindo, enquanto Rick apenas encarava, indiferente. Depois de se virar em minha direção, lancei-lhe um olhar repreensivo, mas o líder não pareceu dar muita importância. 

   — Amarrem-no. — disse ele simplesmente, sem olhar novamente para a figura caída no chão. 

   Glenn e Abraham se prontificaram para fazer o que Rick pedira, e rapidamente Aaron já estava amarrado a um dos pilares que sustentavam o celeiro. Desviei meu olhar para o líder depois disso e o vi afastado, olhando para o chão, os braços cruzados, o olhar vazio. Me aproximei lentamente até parar em sua frente. Só então ele me olhou. 

   — Pode falar. — disse ele. 

   — Não preciso. — Ele ergueu uma das sobrancelhas. — Não foi a melhor coisa a se fazer, admito... — Rick riu sem ânimo. 

   — Mas já está feito. — Ele completou, descruzando os braços e pousando suas mãos em minha cintura.

   — Rick... — Olhei em seus olhos, com certo medo de alguém notar essa aproximação. Alguém vulgo Daryl. 

   — Está tudo bem. — disse ele, sem afastar as mãos. Em seus olhos havia uma confiança que não estava presente antes, que me fez relaxar os músculos e pousar minhas mãos em seus braços.

   — Então... o que acha sobre essa tal comunidade? — perguntei, voltando a encarar seus olhos. Rick deu de ombros. 

   — É bom demais para ser verdade. — respondeu. — Um local seguro? Com muros? Pessoas? Mesmo que fosse verdade, haveria desconhecidos. Não nos demos muito bem com outras pessoas até agora. — Ele me puxou mais para perto, e entrelaçou os dedos em minhas costas. 

   — Eu era uma desconhecida. — comentei erguendo um dos cantos dos lábios. Rick revirou os olhos e abriu um sorriso. 

   — E parece que nos demos bem, huh? — comentou, com um sorriso sacana nos lábios. Foi minha vez de revirar os olhos. 

   — Tem alguém olhando? — sussurrei, ainda com aquele frio incômodo na barriga de que todos estariam com seus olhares voltados para nós.

   — E se tiver? — Rick perguntou. 

   Encarei seus olhos, tentando prender minha atenção nas orbes familiares e reconfortantes. Ele curvou as costas e depositou um leve beijo em minha testa. Mesmo que tenha sido confortável e agradável, ainda me sentia incomodada com a possibilidade de ter todos os olhos voltados para nós. E pior, não queria conflito com Daryl, e já havia visto como ele ficara com ciúmes de Rick. 

   — Daryl... 

   — Já conversei com ele. — O líder me interrompeu, levando uma das mãos até uma mecha de meu cabelo, passando levemente os dedos nela. — Está tudo bem. — Ele repetiu o que disse mais cedo e voltou a encarar meus olhos. 

   Mais uma vez, me senti presa na imensidão azul em minha frente. Seu olhar tinha algo a mais, que não conseguia decifrar o que era. Parecia que Rick me encarava mais profundamente dessa vez, como se quisesse me ver por dentro e saber tudo o que sentia. Na verdade, nem eu sabia direito o que sentia, mas ainda tinha plena certeza de que era algo extremamente grande. 

   Apenas fomos obrigados a desviarmos o olhar quando uma pequena movimentação se fazia presente perto de onde Aaron havia sido amarrado. A contra gosto, nos afastamos e caminhamos até o homem. Olhei de soslaio para Daryl e percebi que ele desviava o olhar entre mim e Rick diversas vezes. Suspirei antes de olhar para Aaron. 

   — Rick, eu sei que tudo isso parece mentira. — disse ele, após recobrar novamente a consciência. — Mas eu não quero conflito. 

   — Quantos estão com você? — Rick ignorou a fala do outro. 

   — Isso não importa. Um, cinco, vinte, quarenta e quatro, não tem importância alguma, porque vocês ainda não acreditariam em mim, mas acreditem, se eu quisésse vocês mortos, já tería atacado. — Aaron respondeu. Franzi o cenho com sua coragem. 

   — Quantos estão com você? — Rick repetiu a pergunta. Aaron demorou para responder. 

   — Apenas um. — disse, sem desviar o olhar do líder. 

   — Como posso saber que não está mentindo? — Big Grimes perguntou.

   — Pode verificar se quiser. — O outro respondeu e deu as coordenadas de onde seu companheiro supostamente estaria. 

   Rick organizou dois grupos. Um deles para ver se o que Aaron falava era realmente verdade, e outro apenas para olharem os arredores, verificando se não havia nenhuma armadilha ou emboscada. No celeiro, eu e Rick ficamos com Judith e Julian. As duas crianças começavam a ficar impacientes por conta da fome, resmungando e às vezes gritando. 

   — Rick, estão com fome. — sussurrei para ele o óbvio. 

   — Tem purê de maçã na minha mochila. — disse Aaron, ainda amarrado ao pilar. — Temos macieiras na comunidade. — Ele sorriu minimamente. Rick abriu a mochila e tirou de lá dois potes do purê e duas colheres, mas antes caminhou até o homem, com uma das colheres cheia. 

   — Coma. — ditou, com a voz autoritária. Aaron hesitou. 

   — Por favor, eu odeio purê. Quando mais novo, minha mãe me fazia comer o que não gostava para ser mais masculino. — Ele realmente estava assustado e desconfortável. 

   — Coma. — Rick repetiu, aproximado mais a colher da boca do homem. 

   — Por favor, não... 

   — Coma! — O líder gritou, o que apenas fez os dois bebês chorarem mais. 

   Aquilo já estava me irritando, então apenas caminhei impaciente até os dois e puxei a colher da mão de Rick. Levei o conteúdo à boca, e entreguei de volta ao líder com um movimento grosseiro. Big Grimes me olhou repreensivo, mas apenas voltei até onde o outro purê de maçã estava, peguei a outra colher e logo Julian já não chorava, apenas comia, sem reclamar. Rick fez o mesmo com Judith. 

   — Seus filhos são lindos. — disse Aaron após alguns minutos. 

   — Não... nós não somos... eles não são. — Tentei não tropeçar nas palavras, mas foi um pouco inútil. Aaron sorriu fracamente. 

   — São lindos, de qualquer jeito. — concluiu.

   Os dois grupos voltaram após um tempo, confirmando as afirmações de Aaron, que pareceu aliviado. Rick foi até ele e montou uma rota para que seguíssemos até a comunidade. Fiquei um pouco mais afastada, ao lado de Michonne. Cassie e Carl estavam com Judy e Jules. A mulher ao meu lado parecia impaciente, e um pouco nervosa.

   — Qual a dificuldade de Rick acreditar no cara? — perguntou ela para ninguém em especial. 

   — Ele faz o que pode. — respondi, recebendo um olhar indignado de Michonne. — Olha só, também acho que ele poderia dar um voto de confiança, mas acredite... quando tentei uma vez, nesse mundo, não foi como eu imaginava. 

   O mundo pós-apocalíptico trouxera demônios em forma de pessoas. Todos já encontraram com gente que dizia ser uma coisa mas era outra completamente diferente, inclusive eu. Evitava ao máximo lembrar do episódio em que encontrei pessoas assim. Foi um tempo muito difícil, até eu conseguir fugir. Não foi fácil, nem um pouco, mas passei por mais aquele pesadelo, e eu odiava ficar me lembrando. Michonne pareceu perceber, já que ficou calada após a minha afirmação. 

                                       (...)

   Mais uma vez o grupo se dividiu. Rick, Michonne e Glenn ficaram com Aaron, para ver se o novo caminho seria uma opção para chegarmos até a comunidade, vulgo Alexandria. Aaron não teve outra escolha a não ser nos falar. Eu e o resto fomos por outro caminho, onde encontramos o companheiro de Aaron com alguns problemas. 

   Ele tentava acabar com um grupo de mortos, mas o problema era que ele tinha um tornozelo torcido. Não conseguia andar, consequentemente não conseguia lutar. Fui a primeira a puxar uma das flechas e acertar um dos Walkers. Daryl veio atrás de mim, seguido por Maggie e Abraham. Não demorou para abatermos todos e levarmos o homem para um local seguro. Algo parecido com um bunker, ou apenas um tipo de bar, não tinha certeza. 

   — Obrigado. — disse ele. — Meu nome é Eric. 

   Maggie, Carol e Rosita ficaram para ajudá-lo com o tornozelo, Cassie e Carl ainda cuidavam de Judith e Julian no momento que me aproximei e peguei o garoto nos braços. Daryl veio até mim e antes de dizer alguma coisa, apenas fez uma leve carícia na cabeça de Jules. 

   — Você e Rick... — Ele começou, mas parou sem saber selecionar as palavras. 

   — Não precisa se preocupar. — disse ajeitando Julian em meus braços. 

   — Mas, Rey... 

   — Daryl, não sou mais adolescente. — Desviei meu olhar para o seu. — Sei que está preocupado, mas pode confiar quando digo que não precisa. — completei. Daryl bufou. 

   — Só não estou acostumado com isso. — disse ele em tom baixo. — Não quero perder você de novo. — Seu olhar continuava fixo no meu. 

   — Sabe que precisamos conversar sobre aquele dia. — disse após conseguir tomar coragem o bastante para ver a dor estampada em seus olhos. Ele balançou a cabeça negativamente.

   — Não aqui, não agora. — Ele respondeu, com a voz mais impaciente. 

   — Quando? — perguntei. Minha paciência também não estava lá as melhores. 

   — Não sei, droga. — Daryl elevou o tom de voz, fazendo Julian se assustar minimamente. — Porra. — murmurou quase inaudível já puxando o garotinho para os seus braços. 

   — Daryl... 

   — Não aqui, não agora. — Ele repetiu, encerrando o assunto. Bufei irritada. Droga, quando eu iria conseguir conversar com meu irmão sobre isso? Por favor, J.C, me ajude aqui. 

   Depois de longos minutos, Rick voltou com o resto alegando que a estrada que optaram estava realmente tomada por Walkers, e seria impossível passar por ela. Aaron foi correndo até Eric quando chegou, visivelmente preocupado. Glenn foi ao encontro de Maggie, Michonne foi até Carl e Rick caminhou até mim depois de um aperto de mãos com meu irmão.

   Era bom ver o jeito que meu irmão e o líder se comportavam um com o outro. Eles se respeitavam mesmo Daryl estando com um pouco de raiva do outro. Aqueles dois eram uma puta dupla, e sempre que olhava para eles, sentia que nada seria capaz de ameaçar ninguém da família enquanto ainda estivessem lado a lado. Era reconfortante, de algum jeito. 

   — Correu tudo bem? — Rick perguntou após depositar um leve beijo em minha testa. 

   — Sim. — Rick balançou a cabeça, eu percebia que ele ainda não confiava nos dois caras. — Big Grimes, acho que está na hora de dar uma chance a eles. — falei encarando seus olhos. Ele apenas assentiu novamente. — Vai ficar tudo bem. — afirmei, passando levemente uma das mãos por sua barba. Ele fechou os olhos por um momento.

   — Tudo bem. — disse ele segurando minha mão. — Tudo bem. — repetiu antes de caminhar até onde Aaron estava com Eric. — Você disse que tinha um trailer. 

                                       (...)

   Fomos todos na direção do tal trailer. Aaron estava na frente, ajudando Eric a andar, pacientemente. Julian havia voltado para os braços de Cassie, enquanto eu e Daryl caminhávamos ao lado de Rick, atentos a qualquer sinal de ameaça. Evitávamos conversar até chegarmos em nosso destino, afinal, todo cuidado é pouco, e um grupo grande com certeza atrairia muitos mortos se fizéssemos muito barulho. 

   Quando chegamos, Aaron foi em direção a um carro junto com Eric e Rick. O resto de nós fomos até o trailer. Abraham foi no banco do motorista e logo tava partida no veículo, seguindo o carro à frente. Rosita estava ao seu lado no banco do passageiro enquanto o resto estava nos sofás do automóvel. A maioria em silêncio. Quase ouvíamos nossas próprias respirações. Tara estava ao meu lado e de algum jeito, Julian estava em seu colo. 

   — Pedi a Cassie se podia segurá-lo. — disse ela após notar meu olhar sobre ela. — Não se importa, né? — Ela olhou para o meu rosto, sugestivamente. Balancei a cabeça em negação, mas internamente estava quase puxando o menino para mim. — Se eu não conhecesse você e Daryl, diria que ele é filho de vocês. — disse ela, com uma expressão divertida. 

   — Carl disse a mesma coisa. — disse após revirar os olhos e abrir um leve sorriso. 

   — Mas, de algum jeito vocês são os pais dele. — Tara voltou sua atenção para o pequeno. — Mesmo que sejam irmãos, ele é responsabilidade de vocês agora. São como pais. — Ela deu de ombros. 

   Não respondi, apenas fiquei pensando no que Tara havia falado. Meus olhos estavam fixos em Julian e só naquele momento me dei conta de que o garoto não tinha ninguém da família, ninguém que o protegesse. Querendo ou não, eu e Daryl teríamos que assumir essa responsabilidade; Jules era, de algum jeito, nosso filho adotivo. Ah, J.C, outra ajuda aqui.

   — Se eu soubesse que isso ia te deixar assim nem falava, foi mal. — Tara disse, olhando em meu rosto, divertida. — Parece que viu um fantasma.

   — Não, eu só... estava pensando. — respondi, tentando espantar a preocupação com Julian. — Daryl é meu irmão, então alguém seria o pai ou a mãe e o outro o tio ou a tia. — Franzi o cenho. Essa conversa estava ficando estranha. Tara riu. 

   — Isso não cabe a vocês decidirem. — disse ela, por fim, indicando o pequeno com a cabeça. 

   — Podemos mudar de assunto? — pedi, visivelmente incomodada, de um jeito estranho. A mulher riu novamente, se divertindo com a minha situação. 

   — Beleza... — Ela olhou pela janela do trailer e ergueu as sobrancelhas. — Acho que chegamos. 

   Olhei na mesma direção e a primeira coisa que vi foram os muros. Eram grandes, e pareciam bem firmes, o que me deixou um pouco desconfortável. Sempre detestei ficar presa em um lugar com paredes ou muros, mesmo que fosse um espaço grande, não era algo que me agradava. Sabia que era a nossa única opção para sobrevivermos ao novo mundo, mas ainda assim era uma situação que demoraria para me acostumar. 

   — Você está bem? — Tara perguntou, me acordando de alguns pensamentos. 

   — Muitos muros. — respondi simplesmente, dando de ombros, antes de seguir os outros para o lado de fora. 

   — Pois é, que ótimo, huh? — comentou ela, visivelmente feliz e aliviada por termos achado um lugar como esse. 

   A observei se afastar de mim e se aproximar do resto do grupo. Cassie parou ao seu lado e pegou Julian de volta nos braços. Não demorou para os portões serem abertos após um comando de Aaron. Todos entraram lentamente, observando tudo ao redor, mas eu continuei parada onde estava. Olhei para trás e vi um Walker sozinho caminhando em minha direção. Estava longe, portanto, apenas voltei a olhar para o interior da comunidade. 

   — Rey. — Michonne chamou já do lado de dentro.

   Ela me lançou um olhar carinhoso. Com passos lentos, caminhei até o interior e um homem fechou o portão logo atrás de mim. Instintivamente olhei para o lado de fora. O Walker se aproximava, lentamente, como um filme em câmera lenta. Puxei uma pistola do cós da calça e atirei sem hesitar. O morto caiu. Rick me lançou um sorriso fraco. 

   — Sorte de vocês que chegamos. — disse ele para Aaron e outro homem, com divertimento na voz. 

                                       (...)

   — Meu nome é Deanna Monroe, e quero que sejam bem-vindos à Alexandria. — Uma mulher disse assim que chegamos até a sua casa. 

   Pelo que Aaron explicou, deveríamos fazer entrevistas com a tal Deanna, então caminhávamos até sua casa. Todos admiravam à vista da pequena comunidade, inclusive eu. Parecia que fazia séculos que não via um conjunto de casas limpas, com pessoas vivas, como se o mundo não estivesse no fim. Mas junto vinha a sensação do meu passado. Antigamente eu e meus irmãos nunca conseguiríamos morar em casas assim, seríamos julgados antes mesmo de termos dinheiro. 

   — Rick Grimes. — disse o líder, olhando ameaçadoramente para a mulher. 

   — Por favor, preciso fazer algumas entrevistas. Se importam? — Deanna perguntou, com uma expressão amigável. Rick negou após alguns segundos. — Então, por favor, Srta. Dixon. — chamou. Hesitei antes de seguí-la.

   Quando entrei na casa, fiquei realmente surpresa ao ver que era completamente limpa e organizada, exatamente como a maioria das casas eram antes do fim do mundo. Deanna me guiou até a sala de estar e pediu para que eu sentasse em uma das poltronas. Não o fiz, apenas fiquei de pé, encarando-a. Ela se sentou em minha frente, com uma câmera ao seu lado.

   — Se importa se eu gravar nossa conversa? — perguntou. Encarei-a profundamente e balancei fracamente a cabeça em negação. — Então, Srta. Dixon, o que fazia antes do mundo ruir? — Mais uma vez a sensação ruim de ficar presa em uma casa se instalou e comecei a caminhar de um lado para o outro. 

   — De que isso importa agora? — perguntei, apertando o arco na mão esquerda. 

   — Não tenho a intenção de lhe exaltar, Srta. Dixon, apenas quero ter uma conversa pacífica. — Deanna respondeu, pacientemente. — Então, o que fazia antes do mundo ruir? — Ela repetiu a pergunta. As imagens do meu passado surgiram em minha cabeça. 

   — Não é da sua conta. — respondi, ríspida. A imagem de meu pai com seu chicote me entorpeciam. — Não é da conta de ninguém. — O aperto no arco não suavizava. 

   — Srta. Dixon, preciso que se acalme. — disse Deanna. Olhei para ela novamente e algo em sua expressão me fez relaxar os músculos e suspirar.

   — Me desculpe. — disse em um grunhido. A mulher sorriu suavemente antes de continuar.

   — Como é a convivência entre você e seu irmão? — perguntou. Hesitei antes de responder, ainda em pé, andando de um lado para o outro. 

   — Eu não sei. — Dei de ombros, realmente confusa com a pergunta. Eu realmente não sabia como estava sendo minha convivência com meu irmão nos últimos tempos. 

   — Por que você não sabe? — Deanna insistiu. Dei de ombros novamente. — Como você gostaria que fosse sua convivência com o Sr. Dixon? — A pergunta me fez parar e olhá-la novamente. 

   — Acho que... como era antes. — respondi, sendo completamente verdadeira comigo mesma e com Deanna. A mulher me analisou de cima abaixo.

   — Você acha que é uma pessoa ruim, não acha? — perguntou, e de algum jeito conseguiu arrancar um aceno positivo meu. — Você não é. — afirmou, confiante. 

   — O que a faz ter tanta certeza? — perguntei, ainda encarando-a. 

   — Eu conheço as pessoas, Srta. Dixon. — Deanna respondeu, mantendo a expressão calma. — Você está na estrada há muito tempo, não? — Assenti novamente, voltando a caminhar de um lado para o outro. — Você e seu irmão demoraram para achar essas pessoas? 

   — Me separei de meus irmãos logo no início. — respondi, tão baixo que fez minha voz ficar um pouco rouca. — Daryl os encontrou logo depois... demorei um pouco mais. — Deanna me encarava, impassível. 

   — O que faria por eles? — perguntou. 

   — Qualquer coisa. — Foi a única pergunta que respondi sem hesitar um segundo sequer. Deanna sorriu novamente. 

   — Tudo bem, Srta. Dixon, obrigada. — Ela acenou com a cabeça. Repousei o arco em meu tronco antes de caminhar até a porta e sair, apenas para observar os outros entrando. 

   Um por um foi caminhando até o interior da casa. Fiquei mais afastada, ao lado de Daryl e Carol, já que fomos os primeiros a serem entrevistados. Cassie estava com Julian nos braços, esperando Carl sair para poder entrar. Aaron caminhou até nós, dessa vez sem Eric. — Provavelmente estava sendo tratado do tornozelo. 

   — Quando acabarem, chamarei o cara que levará vocês para as suas casas. — disse ele para nós três. — É um cara legal, só... ele só é um pouco feliz demais. — Aaron pareceu constrangido, como se dizer que uma pessoa era feliz nos dias de hoje fosse um pecado. 

   — Não temos problemas com isso. — Carol respondeu, com um sorriso no rosto. — E como ele se chama? 

   — Jayden. — O nome me fez olhar fixamente para Aaron. Daryl não estava tão diferente. O homem franziu o cenho, visivelmente confuso. — Tudo bem... tenho que ir. Até mais. — Ele fez um gesto com as mãos que foi devolvido apenas por Carol. 

   Observei Aaron se afastar, até sair de minhas vistas. Desviei meu olhar para meu irmão, e vi a mesma coisa que sentia. Esperança. Tentei chamar Cassie, mas a garota já havia entrado na casa. Sabia que era impossível, mas tinha uma pequena possibilidade de ser o irmão de Cassie. Ou talvez apenas um cara que tivesse o mesmo nome. 

   — Não pode ser, pode? — Daryl perguntou. 

   — Talvez. — respondi, ainda surpresa demais. — Mas talvez não. — Carol nos olhou, em completa confusão. 

   — Do que estão falando? — perguntou, mas nem eu, nem Daryl tivemos tempo para responder, porque uma nova voz se fez presente. 

   — Não acredito que estou vendo os Dixons novamente. 


Notas Finais


FOOOOOOIIII ISSO WALKERS, genteeeeee cadê todo mundo que comentava antes??? Muita gente sumiu! Me avisem se a história estiver ficando chata, preciso mesmo saber kkkkkk

Mas sobre os que seeeempre comentam... MUUUUUUUUTO OBRGADA MEEEEESMO, sério eu amo todos que deixam um recadinho pra mim, me deixa muuuuito feliz e mais animada para escrever, portanto não seja um leitor fantasma, meu coleguinha do coração! COMENTEM O QUE ESTÃO ACHANDO!!!

Bom, galerinha, espero muitíssimo que tenham gostado do capítulo e que estejam gostando da fanfic... como pedi antes, POR FAVORZINHO COMENTEM O QUE ESTÃO ACHANDO, AJUDA MUITO NA HISTÓRIA!!

P.S: ME DESCULPEM QUALQUER ERRINHO GRAMATICAL!!!

ATÉ QUINTA QUE VEM SEUS LINDOS!!! BEIJOS DA BALEIA🐳🖤


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