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História Not Gonna Die - Season 1 - Exposed


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


GALERINHAAAAA VOLTEEEEIII, gente, às aulas voltaraaaaamm, q desgraça hahahahaha, mas ó, o esquema de toda quinta feira aqui Ainda tá de pé ok?!

GENTEEEEEE MANOOOOO VOCÊS SÃO INCRÍVEIS COM OS COMENTÁRIOS CARAAAAA, SÉRIO AMO VCS HAHAHAH🖤🖤 muito obrigada meeeeeesmo!!! Conseguimos atingir 102 comentários ao todo e eu tô tipo pulando de alegria pq eu nunca havia conseguido isso!! Obrigada mesmo!!!

Então galerinha, sem mais delongas, boa leitura, com uma pov lindinha do nosso querido Daryl, enjoy🖤

Capítulo 23 - Exposed


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - Exposed

Pov. Daryl Dixon
 
   Quando me separei de minha irmã, não me sentia mais culpado por algo, ou preocupado. Apenas consegui lembrar do tempo em que éramos só eu e Reyna contra nosso pai. Merle havia acabado de nos deixar. Até pensei em ir junto, mas não iria, nem conseguiria deixar minha irmã para trás, e não me arrependo. Mas foi então que me lembrei de Rick. Era um pensamento infantil e estupido, mas senti um leve aperto no peito quando vi os dois subindo as escadas naquela noite, como se eu não quisesse ver minha irmã mais nova tomar uma atitude assim, ou apenas porque não confiava em nenhum outro homem com ela depois de tudo o que passou. 

   — Preciso perguntar mais uma coisa. — disse finalmente. Reyna ergueu uma sobrancelha em minha direção.

   — Por favor, não corta o clima. — Ela pediu. Revirei os olhos, mas continuei falando. 

   — É sobre Rick. — Ela fixou o olhar no meu, mas não disse nada. — Quero saber... preciso saber, na verdade, ele... ele te... — Apenas de pensar em algo assim, sentia meu estômago se embrulhar, e as imagens de quando encontrava minha irmã no porão, machucada, faminta, exposta, me invadiam a mente.

   — Não. — Reyna me cortou antes que eu pudesse concluir a pergunta. — Ele não me expôs da mesma maneira que nosso pai, ou Gareth, ou... — Ela fez uma pausa, como se tivesse falado demais. — Ele apenas não me expôs, porque ele tinha a minha permissão para prosseguir, e porque Rick não é, nem de longe, como nosso pai. — Reyna sorriu ligeiramente. — Ele me respeitou, Daryl. 

   — Isso já não é surpresa para mim. — respondi, ainda olhando em seus olhos. 

   — Eu sei o que você sentiu... com ela. — Mais imagens, de um passado um pouco mais distante me invadiram. — Eu finalmente sei, big brother. — Ela fez uma pausa, então alinhou a postura, e ergueu a cabeça. — Eu o amo. 

                                        (...)

   O som agudo de um choro infantil me acordou no dia seguinte. Me levantei do colchão onde dormia na sala e caminhei até o berço de Julian. Peguei o garoto nos braços e me direcionei até a cozinha. Jayden estava em frente ao fogão, Cassie estava ao lado, e Reyna estava distraída com suas flechas em outro canto do cômodo. 

   — Bom dia. — Cassie foi a primeira a dizer, com um grande sorriso no rosto. Apenas grunhi como resposta e peguei uma das mamadeiras em cima da bancada. 

   Reyna colocou a aljava de lado e me ajudou a preparar o leite de Julian. Estava em silêncio, mas a tensão dos dias anteriores não era presente. Era apenas o silêncio habitual de todo Dixon. Jayden se virou do fogão, o sorriso no rosto como sua irmã, e colocou a frigideira com ovos mexidos em cima da bancada. 

   — O café está servido. — disse ele. 

   — Dormiu aqui? — perguntei, levando a mamadeira até Jules. 

   — Não, apenas acordei cedo, e vim ver Cassie. Acabei aproveitando e preparando o café para todos. — disse ele, dando de ombros. Grunhi novamente em resposta. 

   — Preciso de flechas. — disse para Reyna, enquanto a observava comer. 

   — Faça as suas. — Ela respondeu, com a boca ainda cheia. Revirei os olhos.

   — Pirralha mimada. — resmunguei, tentando manter minha atenção em Julian. 

   — Velho rabugento. — Reyna respondeu, lambendo os dedos logo em seguida. 

   — Olha só quem está de bom humor hoje. — Cassie brincou, nos encarando animada. — Espero que esse humor demore mais para acabar dessa vez. — disse ela, levando mais uma garfada dos ovos à boca. 

   — Bom dia. — A figura de Rick entrou pela porta, com a filha nos braços.

   Ele caminhou até Cassie e passou rapidamente as mãos pelos cabelos claros da garota, depois caminhou até mim e apertou levemente meu ombro. Então foi até Reyna, e depositou um leve beijo em sua testa. Minha irmã continuou com a atenção na comida, mas me lançou um rápido olhar, que me tranquilizou pelo menos um pouco. Eu tinha total certeza de que ela falava a verdade sobre o que sentia, e sobre como Rick era, e apenas isso me fez ficar parado onde estava e em silêncio. 

   — Antes que tente, não vai conseguir me impedir de dirigir aquela moto. — disse Reyna em minha direção, com divertimento na voz. 

   — E quem disse que eu ia? — perguntei no mesmo tom. Minha irmã me lançou um sorriso fraco. 

   — Aaron já falou com vocês? — Jayden perguntou. Assenti fracamente.

   — O que Aaron já falou com vocês? — Rick questionou, novamente com a expressão desconfiada que tinha dentro daquela comunidade. 

   — Daryl e Reyna são os novos recrutadores de Alexandria. — O garoto respondeu, com a voz animada. Rick desviou o olhar para mim. 

   — Então quer dizer que vamos ficar? — O líder perguntou. Dei de ombros, e minha irmã manteve o silêncio. 

   — Por enquanto. — disse depois de alguns segundos com o olhar de Rick sobre mim. 

   Ele assentiu antes de desviar a atenção para Judith. Um a um do grupo foi entrando na cozinha, e apenas pela postura de minha irmã, percebi que ela começava a ficar desconfortável com muitas pessoas em um lugar fechado, então entreguei Julian a Cassie, assobiei fracamente e fiz um gesto para que Reyna me seguisse até a porta da casa. Ela o fez, e pude sentir tanto os meus músculos quanto os dela relaxando quando saímos. 

   — Obrigada. — disse ela, suspirando em seguida. 

   Não respondi, apenas rodeei seus ombros com os meus braços, e nos dirigi até a casa de Aaron. Era bom ter minha irmã ao meu lado novamente. Me sentia como nos velhos tempos, onde nossas brigas duravam até no máximo um dia e meio. E quando começamos a mexer cada um em sua moto, foi como se voltássemos no tempo, onde eu ensianava a Reyna tudo o que sabia sobre as motocicletas e caça. 

   — Hey, deixe as mãos mais firmes. — ditei, checando o trabalho de minha irmã. Ela assentiu, sem desviar o olhar do veículo, e seguiu meu conselho. 

   Aaron chegou alguns minutos depois, bem na hora em que eu e Reyna já havíamos acabado de consertar as duas motos. Minha irmã deu a partida, e sorriu vitoriosa em minha direção quando o motor ligou. Um leve orgulho surgiu em meu peito, vendo que eu ensinara alguma coisa que prestasse para minha irmã, que não fosse apenas seguir Merle por aí e fazer todo tipo de besteira que ele pedia. 

   Já nos portões da comunidade, eu, Reyna e Aaron já estávamos prontos para sairmos, mas a voz de Rick gritando ao longe nos impediu. Ele se aproximava rapidamente. Estava com as roupas de policial que Deanna havia fornecido a ele e Michonne, e me lembrei da antiga postura que o homem mantinha no início de tudo. Ele parou ao meu lado primeiro. 

   — Tomem cuidado lá fora. — disse ele, apertando levemente meu ombro e me lançando um aceno com a cabeça em seguida. Rick se virou para Reyna. — Por favor, volte. 

   A frase me atingiu em cheio, e só então pude perceber o quanto Rick realmente amava minha irmã mais nova. Observei enquanto ele depositava um leve beijo na testa de Reyna. Antes que pudesse se afastar novamente, ela o puxou pelo braço e lhe beijou rapidamente os lábios. Foi a única vez que não fiquei tão incomodado, mas sim quase satisfeito por vê-los juntos. Reyna parecia de algum jeito feliz, e tive que controlar um leve sorriso por finalmente perceber. 

   — Não faça nada que eu não faria, Big Grimes. — disse ela, recebendo um leve sorriso por parte do líder como resposta. 

   — Não mate ninguém. — Foi minha vez de descontrair levemente. 

   — Tentem não se matar enquanto estiverem longe de mim. — Rick encerrou o pequeno momento divertido, com um leve aceno com a cabeça em nossa direção. 

   Fui o primeiro a sair pelos portões com a moto, seguido de Reyna e Aaron com o carro. Foi boa a sensação que tive enquanto seguia o trajeto que Aaron planejara. Me lembrei dos tempos na prisão. Foi o melhor lugar que tivemos antes de Alexandria, e apesar de ser relativamente fechado, me sentia confortável. Queria que minha irmã tivesse conhecido a prisão. Passamos um tempo bom lá antes do Governador foder com tudo. 

   Olhei para o lado na estrada, e percebi que Reyna estava ao meu lado. Ela fazia questão de não esconder o sorriso no rosto. Dês de sempre, andar de moto, sozinha, comigo, ou com qualquer outra pessoa, era o mais perto de liberdade que minha irmã podia ter. Ela passava grande parte do tempo trancada no porão de casa, enquanto nosso pai saía, Merle provavelmente estava preso e eu estava caçando. Não poderia, nem se quisesse, saber como ela se sentia, até eu chegar e tirá-la daquele lugar. 

   Me lembro como se fosse ontem da expressão no rosto de Reyna no momento em que eu abria a porta. Ela não chorava, nenhuma das vezes, apenas ficava com uma expressão inexplicavelmente vazia. Nunca havia entendido o porquê de minha irmã rejeitar qualquer tipo de contato físico que tentava com ela no momento em que abria aquela porta. E quando finalmente descobri, foi como receber vários socos no estômago. Me senti enjoado por deixá-la sozinha com nosso pai apenas para me divertir caçando. 

   — Vá com calma, pirralha. — gritei quando vi que Reyna havia acelerado um pouco mais. 

   Ela virou o rosto para mim rapidamente, e pude ver uma felicidade que era presente raramente no rosto de minha irmã, e por um momento pensei em deixá-la acelerar o quanto fosse necessário, mas então me lembrei de Aaron atrás de nós, e o que viemos fazer aqui fora, então novamente pedi para que reduzisse a velocidade. Ela o fez, e continuamos o trajeto mais lentamente. Andamos uns dez quilômetros antes de pararmos. 

   — Vamos seguir pela mata daqui. — ditei enquanto escondia, com a ajuda de Reyna, as duas motos de baixo de alguns arbustos grandes. 

   Aaron desceu do carro, e o deixou quase entre as árvores na mata. Ele colocou a mochila nas costas, o revólver no coldre, e a faca na bainha. Reyna tinha a aljava envolta do tronco, o arco firmemente na mão esquerda, como o habitual e duas facas, uma na bainha no cinto, e outra menor no sapato. Empunhei a besta, e deixei a faca na bainha de um jeito que fosse fácil agarrá-la caso precisasse. 

   — Rey, vá na frente. — disse com um gesto de cabeça. Ela assentiu prontamente, e caminhou de forma silenciosa por entre as árvores. 

   — Tentem não fazer muito barulho, por favor. — disse ela quase em tom divertido. Revirei os olhos antes de voltar a seguí-la. 

   Caminhamos por quase cinco minutos. Estava tudo calmo e quieto demais, de um jeito quase insano. Reyna pareceu ter percebido o mesmo, já que puxou uma das flechas da aljava e a preparou no arco. Aaron ergueu o revólver. Não demorou para eu conseguir ouvir alguns passos. Eram lentos, arrastados e descuidados. Procurei o Walker por todos os lados, até conseguir achá-lo do lado direito de minha irmã. Ela ergueu o arco, mas consegui ser mais rápido e acertei uma flecha no olho esquerdo do morto. Reyna se virou para mim. 

   — Esse era meu. — disse ela, me olhando entediada. Caminhei até o corpo pútrido e puxei a flecha de volta. 

   — Lamento, pirralha, foi muito lenta. — rebati, recebendo um dedo do meio como resposta. Desviei minha atenção com um grunhido de Aaron. 

   O homem se encontrava no chão, com outro corpo reanimado sobre ele. Ele tinha a faca na mão, mas percebi que ele não conseguiria usá-la sem receber uma linda mordida antes. Ergui a besta, mas quando ia disparar, outra flecha foi mais rápida. Reyna acertou a têmpora, e olhou para mim quase vitoriosa antes de caminhar até Aaron. 

   — Muito lento, velho. — provocou antes de recuperar a flecha e ajudar Aaron a se levantar. — Você está bem? 

   — Sim, obrigado. — disse o homem, puxando uma grande quantidade de ar para os pulmões em seguida. — Ótimo jeito de começar um recrutamento, huh? — comentou divertido, tirando toda a terra e folhas secas de suas roupas. Ele não obteve resposta. 

   Voltamos a caminhar. Reyna na frente e Aaron entre nós dois. Ela mantinha o arco em punho, firmemente. Nunca pensei que minha irmã fosse gostar tanto de uma arma ao ponto de mantê-la por tantos anos. Não conseguiria saber o quanto significava aquele arco a ela, mas provavelmente era muito importante, de um jeito que nunca imaginei quando tive a ideia de dá-lo a ela de presente junto com Merle. 

   Os pensamentos se esvaíram de minha mente no momento em que vi uma flecha voar do lado esquerdo do meu rosto. Olhei para trás, e um Walker se encontrava caído, finalmente morto. Puxei a flecha de sua testa e a entreguei de volta a minha irmã. 

   — Fique atento, Daryl. — Ela me repreendeu, guardando-a de volta na aljava. Estava prestes a dizer algo de volta, mas Aaron me impediu. 

   — Hey, acho melhor vocês verem isso. — disse ele, olhando assustado para um ponto fixo em uma das árvores. 

   Segui seu olhar, e vi um corpo. Parecia que havia sido amarrado a uma árvore, e o que antes era o estômago estava completamente para fora. O cadáver estava imóvel, parecia recente de alguma forma. Me coloquei na frente do grupo, em um instinto protetor para com minha irmã. Caminhei lentamente até conseguir visualizar mais de perto o que antes era uma mulher. 

   — Isso é recente? — Aaron perguntou, olhando para o corpo com uma careta. 

   — É o que parece. — Reyna respondeu, se aproximando mais. Puxei seu braço antes que pudesse encostar no corpo. Ela apenas me olhou levemente confusa antes de me deixar afastá-la para eu mesmo me aproximar. 

   Entreguei a besta para minha irmã antes de parar em frente ao cadáver. Olhei cautelosamente para a corda que amarrava a mulher morta à árvore, e ela claramente não conseguiria fazer aquilo sozinha. Alguém a havia amarrado e matado, e meu estômago se embrulhou apenas por pensar em como uma pessoa seria tão baixa a esse ponto. Além de morta, ela estava sem suas roupas. Estava exposta, e senti um mal estar, pensando em minha irmã. Puxei sua cabeça para que pudesse ter uma imagem clara de seu rosto, e pude perceber que ela havia acabado de morrer, além do grande "W" em sua testa. 

   — Rick viu algo parecido quando levou Noah para a comunidade onde a família estava. — comentei em relação ao "W". 

   — Já viu algo assim? — Reyna perguntou a Aaron, o homem negou. 

   Senti uma leve movimentação no corpo, que me fez voltar a olhá-lo. A reanimação estava acontecendo, e não tardou para a mulher abrir os olhos e tentar genuinamente me morder. Puxei a faca da bainha e cravei rapidamente em sua têmpora. Ela ficou imóvel novamente, e só então pude me afastar. Encarei o corpo mais uma vez, sentido uma enorme repulsa por quem quer que tenha feito isso a ela. Deixaram-na exposta da pior maneira possível. Procurei minha irmã com os olhos, e pude perceber a dor da lembrança em suas orbes. 

   — Vamos continuar. — disse apertando levemente seu ombro. 

   Reyna assentiu e estendeu a besta em minha direção. Empunhei a arma novamente, e pedi para que voltássemos a posição do início. Minha irmã retomou a liderança do trajeto, e nos guiou por entre as árvores, procurando qualquer rastro que houvesse no chão. Fiz o mesmo, na retaguarda, com a atenção em minha volta para qualquer ameaça. A situação da mulher mais atrás me deixou um pouco aflito. De qualquer jeito, protegeria minha irmã mais nova de qualquer risco possível. 

                                       (...)

   Já havia anoitecido, e até o momento conseguimos rastros apenas de Walkers, ou então não durava o bastante. Parecia que ninguém queria ser encontrado, ou então a situação do mundo estava eliminando cada vez mais pessoas vivas até o momento em que nenhuma mais existiria, e a vida humana seria finalmente extinta da face da Terra. 

   — Devíamos acampar aqui. — disse Reyna quando parou em um ponto onde as árvores eram mais densas. 

   — Poderíamos continuar. — disse Aaron.

   — Não, é muito perigoso à noite. — rebati, já me encostando no tronco de uma das árvores. — Além de ser mais difícil de enxergar, precisamos descansar se quisermos encontrar alguém.  

   Aaron me encarou por alguns segundos, mas então assentiu, percebendo que realmente era melhor tirarmos algumas horas de descanso. Ele tirou a mochila das costas e se sentou. Fiz o mesmo enquanto Reyna preparava uma pequena fogueira. Aaron tirou três enlatados do dentro da mochila e nos entregou junto com colheres. 

   — Será que eu poderia fazer uma pergunta? — Aaron questionou. Dei de ombros e minha irmã grunhiu em resposta, então ele continuou. — Julian é filho de um de vocês dois? — Reyna desviou imediatamente a atenção da comida e olhou para o homem. 

   — Você devia saber, já que ficou ouvindo o que falávamos enquanto estávamos aqui fora. — disse ela, rudemente. Aaron sorriu. 

   — Nunca consegui escutar sobre os pais do garoto, e sempre vi vocês dois o protegendo como se ele fosse de vocês. — Ele ergueu uma sobrancelha. 

   — Não. — respondi. — Ele não é nosso, e de ninguém daquele grupo. Mas vou protegê-lo como se fosse meu. — disse firmemente. Reyna assentiu.

   — Eu também. — Sua fala encerrou o assunto. 

   Quando todos terminaram de comer, insisti para que eu pegasse o primeiro turno de vigia. Reyna não achou uma boa ideia no início, mas consegui convencê-la, e notei a carranca emburrada enquanto se virava se costas para mim e tentava dormir. Não importava o quão cansado eu pudesse estar, eu sempre iria me importar mais se Reyna ou até mesmo Aaron estavam conseguindo, ou pelo menos tentando, descansar. 

   Observei os arredores mais atentamente daquela vez, e pude ver ao longe um ponto de luz. Parecia ser de uma fogueira, ou até mesmo outra coisa, não tinha certeza. Mas eu sabia que algum ser realmente vivo estava ali. Minha atenção foi desviada com um movimento ao meu lado direito. Estava pronto para atacar o que quer que fosse quando percebi ser apenas Aaron. 

   — Onde há luz, há alguém, não? — Ele perguntou, com o olhar fixo na luz ao longe. Apenas grunhi em resposta. — Às vezes me pergunto, o que eu fiz para sua irmã me odiar tanto. — Ele sorriu. Virei meu rosto para o homem, com o cenho franzido. 

   — Por que acha isso? — questionei. Aaron deu de ombros. — Reyna passou por muita coisa. — disse após um tempo encarando minha irmã. — Fiquei tempo demais longe dela nesse mundo novo e não sei... na verdade não tenho nem ideia do que ela pode ter passado. — Aaron me encarou.

   — O que quer dizer? — perguntou ele. 

   — Ela é uma sobrevivente. — respondi. — Não apenas na nova era, mas antes disso tudo, ela aguentava muitas coisas. Coisas que até a mais forte das pessoas não suportaria nem metade. — Minha voz era séria, e não me importava de me abrir sobre isso com Aaron. — Às vezes me pergunto: Se já era assim no mundo normal, como pode ter sido no mundo pós-apocalíptico? — O homem ao meu lado escutava tudo atentamente. — Nosso pai expunha minha irmã, da pior maneira possível, e ela nunca, em toda a vida que sofreu nas mãos daquele homem, me deixou saber sobre isso. Passei anos da minha vida sem saber que minha irmã estava trancada em um porão, exposta, machucada e destruída. — Senti lágrimas queimarem meus olhos, mas não derramei nenhuma. — Tenho certeza de que ela encontrou pessoas como nosso pai depois que a merda toda aconteceu, mas ela insiste em não querer me falar absolutamente nada para não me deixar preocupado e para poder me proteger da dor. — Sorri sem ânimo. — Eu não entendia isso antes. Mas entendo, agora. 

   — O que você entende? — Aaron encarava Reyna, ainda imóvel perto de algumas árvores. 

   — Me separei de minha irmã no começo de tudo, e passei todo aquele tempo achando que ela havia morrido. Sabe, eu tinha completa certeza. Não é normal alguém sobreviver a uma mordida. — A última frase fez a expressão de Aaron se tornar surpresa, confusa e impressionada. — Como eu disse, Reyna passou por muita coisa, e se pensa que ela te odeia apenas pelo jeito dela de ser, você está totalmente errado. — Percebi que o homem estava surpreso demais para dizer alguma coisa. — Ela é apenas muito cautelosa, principalmente quando se trata de proteger alguém que ela ama. Reyna pode não demonstrar, mas se ela te salva mais de uma vez, é porque ela se importa com você, pelo menos um pouco. 

   Nenhum de nós dois disse absolutamente nada em seguida. Aaron encarava minha irmã com um sorriso fraco no rosto, como se finalmente houvesse percebido que ele não tinha o ódio de Reyna, mas sim o respeito, com um pouco de desconfiança que demonstrava para qualquer um que se aproximasse. Minha irmã estava destruída demais, e eu sabia que já fazia um bom tempo. Finalmente entendia, nem que fosse um pouco, o que ela sentira quando deixara eu e Merle para trás. 


Notas Finais


FOOOOOOIII ISSO GALERINHAAAAA!!! Gente queria agradecer novamente por todos os comentários!! Eles foram todos incríveis, sério! Obrigada kkkkkk

GELRINHAAAAA, acho que perceberam que nosso Darylzíneo está mais emotivo e sensível né?! Bom, eu quis realmente explorar um lado mais sensível de um Dixon, mas ainda sem tirar toda a essência da personalidade de um Dixon (entenderam?) porque sempre leio fanfics que o Daryl NUNCA é sensível, e eu queria mudar isso um pouquinho (MAS N SIGNIFICA QUE O DARYL RUDE NÃO EXISTIRÁ NUNCA MAIS)

Bom, acho que não tenho mais nada para falar, caso tenha esquecido de algo, falo nos comentários ou no próximo capítulo!!

ESPERO MUUUUITO QUE TENHAM GOSTADO!! COMENTEM BASTANTE, E FAVORITEM (n tenham medo de comentar, serei um amorzinho sempre kkkkkk) ATÉ QUINTA Q VEM, BEIJOS DA BALEIA🐳🖤


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