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História Not Gonna Die - Season 1 - New threat


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


GALERINHAAAAAAA, CHEGUEI TARDE MAS CHEGUEI, Posso explicar minha demora!! Tá tendo aula né, então depois da aula eu vim pra casa, almocei e já tive que sair de novo pra fazer estágio na minha escola de dança, e só agora cheguei em casa, e já vou sair daqui a pouco pra mais uma aula hahahahaha (vida de aula é difícil galerinha) MAS N DEIXEI D POSTAR O CAP DE QUINTA PRA VCS!!

Genteeeeee, OLHEM AS NOTINHAS FINAIS, que tem uma observações importante!!!!

BOA LEITURA, enjoy🖤

Capítulo 24 - New threat


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - New threat

Pov. Daryl Dixon  

   — Como conseguimos perder um cara com a porra de uma capa vermelha? — Reyna resmungou mais uma vez, irritadiça. 

   Quando amanheceu no dia seguinte, caminhamos na direção da luz que havia visto na noite anterior. Reyna liderava o grupo exatamente como antes, e dessa vez Aaron parecia mais confiante ao lado de minha irmã. Enquanto eu cobria a retaguarda, acertando Walkers aqui e ali, a mulher correu silenciosamente na direção de uma clareira, e lá avistamos de longe um homem, vestindo uma capa de chuva vermelha e chamativa. 

   — Ele é quase como um sinalizador vestindo isso. — dissera Aaron, procurando algo em sua mochila. 

   Observamos o desconhecido até ele entrar novamente nas árvores. Reyna o seguiu, atenta a todos os sons e rastros que o "Capa Vermelha" deixava para trás. A esse ponto a mulher já havia parcialmente se acostumado com o barulho involuntário que eu e Aaron fazíamos sobre as folhas secas, mas ainda assim percebia seu incômodo quando pedia silêncio. 

   — Isso é impossível. — Reyna resmungara olhando confusa para a terra. — Os rastros se misturam, parece que ele simplesmente sumiu. 

   Caminhei até ficar ao seu lado e conseguir observas os rastros existentes na terra, e minha irmã tinha razão. Em um momento estávamos bem na trilha do desconhecido e de uma hora para a outra, a trilha se confundia, e se misturava com outro tipo de rastro. Um rastro que eu e qualquer pessoa viva nesse mundo já estávamos cansados de ver. Era uma horda mediana de Walkers. 

   — Fiquem atentos. — Consegui dizer antes do primeiro corpo decomposto se jogar em cima de minha irmã.

   Larguei a besta com tudo no chão e puxei a faca, conseguindo fincá-la na têmpora do Walker antes que pudesse sequer aproximar os dentes de Reyna. A ajudei a levantar e puxei a besta de volta para as minhas mãos. Desviei o olhar para Aaron e o vi acabar com mais um morto. Eles não paravam de aparecer por entre as árvores, e minha conclusão de ser uma horda mediana se intensificou para uma horda relativamente grande. 

   — Corram. — disse puxando minha irmã pelo braço e esperando que Aaron me passasse para começar a correr. 

   Corremos pela mata, e mesmo com o pequeno desespero, fiquei atento aos arredores. Era muito simples um Walker aparecer pelos lados e um de nós terminar com uma mordida, e tinha certeza de que nenhum de nós queria morrer naquele dia. A horda se aproximava e para uma leve ajuda, Aaron tropeçou em alguma raiz de árvore, e rolou pelo chão. Não parecia ter se machucado tão gravemente, mas foi o suficiente para Reyna puxar o arco e soltar a quantidade de flechas possíveis em todos os corpos pútridos que se aproximavam. 

   Me juntei a ela, e atirei com a besta antes de jogá-la no chão e puxar novamente a faca. Reyna fez o mesmo quando viu que suas flechas haviam acabado e Aaron se recuperou rapidamente da queda por conta da adrenalina e se juntou a nós, fincando sua faca na cabeça de qualquer um que estivesse mais próximo. 

   Chutei um logo antes de empurrar a cabeça de outro contra uma árvore, sentindo o sangue escuro escorrer pelos meus braços e respingar em minhas roupas e rosto. Olhei de relance para o lado e vi Reyna usar tanto o arco quanto a faca ou até mesmo a força bruta para acabar com os outros. 

   Os mortos não paravam de aparecer por todos os lados, mas surpreendentemente conseguíamos abatê-los sem muita dificuldade, provavelmente por conta de seus estados de decomposição. A maioria ali parecia morta há um bom tempo, o que tornou tudo mais simples. Logo todos os corpos já estavam no chão, e eu, Aaron e Reyna tínhamos nossas respirações irregulares e ofegantes. Os três cobertos com o sangue escuro e pútrido tanto nos braços quanto nas roupas e rosto. 

   — Estão todos bem? — Reyna perguntou, apoiando as mãos nos joelhos e tentando recuperar o controle de sua respiração. 

   — Na medida do possível. — Aaron respondeu, apoiando as costas em uma árvore. — Acham que o da capa vermelha se deparou com essa horda? — perguntou.

   — Se tivessem se encontrado, a horda não daria tanta importância assim para nós. — disse antes de soltar um último e longo suspiro. Olhei por cima dos ombros de minha irmã, e vi mais um corpo se aproximando. — Rey. 

   Fiz um aceno com a cabeça e ela se virou e pegou rapidamente o arco do chão. Reyna caminhou até um dos corpos, agora realmente mortos, no chão e puxou uma das flechas, já preparando-a abilidosamente no arco. O Walker nem teve tempo para se aproximar antes de minha irmã soltar a flecha e acertá-lo no meio da testa. 

   — Nem pense em pegar as minhas flechas, velho. — disse ela em seguida, buscando por todas as flechas perdidas durante a pequena batalha. Revirei os olhos e a acompanhei no processo. 

   Voltamos com nossa rota após nos realinharmos e termos certeza de que nenhum morto havia ficado para trás. Reyna tentou achar rastros do homem, mas surpreendentemente parecia que o cara havia sumido. Minha irmã começava a ficar nervosa por conta disso, e não fazia questão de esconder como se sentia. Ela demonstrava sua irritação nos passos e feição do rosto. 

   — Como conseguimos perder um cara com a porra de uma capa vermelha? — Foi a primeira de muitas perguntas iguais, com a voz irritadiça. 

   Não disse absolutamente nada porque sabia que qualquer coisa que eu dissesse não iria ajudar em nada no estado que minha irmã se encontrava. Muito pelo contrário, iria deixá-la mais nervosa do que já estava, e não era a melhor ideia a se tomar em relação a Reyna Dixon. 

   Tentamos caminhar mais um pouco, procurando por rastros, mas a única coisa que encontramos foi um grande estacionamento com vários caminhões do que parecia ser uma indústria de comida enlatada. Aaron sorriu e disse que poderíamos conseguir alguma comida. Seria melhor se quiséssemos achar alguém. Teríamos que mostrar que tínhamos algo a oferecer.

   — Não sei se é uma boa ideia. — disse Reyna, olhando desconfiada para dentro do estacionamento, com apenas alguns mortos espalhados. 

   — Podemos ir atrás de mais alguém, mas precisamos oferecer comida a essa pessoa. — Aaron insistiu. 

   — Não sei... — Reyna mantinha seu olhar nos caminhões. — Acho que não é uma boa ideia. 

   — Podemos checar. Caso não tenha nada, vamos embora. — disse por fim após alguns segundos. — Eu e Aaron vamos. Reyna fica aqui fora e veja se existe alguma ameaça pelo perímetro, tudo bem? — perguntei encarando os olhos de minha irmã. Ela hesitou, completamente descontente com a proposta, mas acabou aceitando. 

   Puxei a faca da bainha e bati no ferro da grade, conseguindo atrair todos os mortos que ali se encontravam. Os abatemos rapidamente, sem dificuldade. Logo Reyna já tinha seu arco e uma flecha em mãos, caminhando para a mata checar se ninguém mais nos observava, enquanto eu e Aaron entrávamos no estacionamento.


   Pov. Reyna Dixon

   Eu não estava nem um pouco satisfeita com a decisão de meu irmão. Aquele lugar era bom demais para ser verdade, e mesmo nesse mundo, nada tão grandioso assim sairia de graça. Até parece que acharíamos caminhões cheios de comida em um mundo pós-apocalíptico, onde todos os seres que ainda se mantinham vivos procuravam como loucos algo para comer nesse inferno. 

   Mas não discuti justamente porque não estava com paciência. Seria melhor apenas verificar o perímetro e manter os dois seguros do que ficar argumentando com meu irmão. Todos já sabiam que uma briga entre os Dixons não era coisa boa, e não precisávamos disso no momento. 

   Enquanto caminhava, atenta a qualquer ruído possível, pensei em nosso grupo em Alexandria. Pensei em Rick e como ele estaria se saindo para se acostumar com uma comunidade onde tudo do antigo mundo parecia ainda existir. Pensei em Cassie e Jayden se divertindo como irmãos com qualquer coisa possível, como apenas eles conseguiam fazer. E finalmente pensei em Julian. Ele estava sendo tratado bem? Estaria, de algum jeito, sentindo a minha falta? Ou a de Daryl? Por um momento quis estar ao lado dele e cuidar para que nada ou ninguém o machucasse de nenhum jeito possível. 

   Desviei meus pensamentos quando ouvi passos vindos em minha direção. Era alguém vivo, disso eu tinha certeza, mas não sabia se poderia ser confiável ou não, então apenas me escondi atras de uma árvore e observei quando um homem negro saía de alguns arbustos. Ele carregava uma pequena mochila e apenas um bastão como arma. Em um movimento rápido, saí do meu esconderijo e apontei a mira do arco em sua direção. O homem parou e me olhou, mas não demonstrou que iria atacar. 

   — Não quero problemas, eu juro. — disse ele, erguendo as mãos em rendição. Não movi nenhum músculo, mas também não atirei. — Por favor, não quero problemas. — repetiu.

   Estava prestes a respondê-lo, mas um barulho ao longe me fez desviar a atenção do homem e virar meu rosto na direção onde deixei Aaron e Daryl para trás. Sem sequer me importar se o cara me seguiria ou não, corri de volta até o estacionamento, com um péssimo pressentimento. Quando cheguei em frente à cerca, percebi todas as portas dos caminhões abertas e muitos Walkers saíam delas. Busquei Daryl e Aaron com o olhar e pude vê-los correndo até um carro. 

   Por puro impulso, dei um soco na cerca, provocando um barulho quase inaudível comparado aos grunhidos que os mortos faziam do outro lado. Pensei em abrir aquela maldita porta e sair atirando todas as flechas possíveis até conseguir tirar meu irmão e Aaron de lá sãos e salvos, mas o homem de segundos atrás me impediu de me mover. 

   — O que diabos está fazendo? — perguntei quando o senti segurar meu braço. 

   — Deixe-me ajudar. — pediu. O encarei friamente por alguns segundos, mas acabei assentindo fracamente. 

   — Só vou aceitar porque é meu irmão quem está dentro daquele carro. — disse rudemente, já preparando a flecha no arco novamente. 

   O homem abriu a porta e conforme ia se aproximando e abatendo os mortos com o bastão, atirei as flechas nos que se aproximassem mais, até conseguir vê-lo abrir a porta do carro e ajudar Aaron e Daryl a saírem. Os três abateram a quantidade necessária para conseguirem chegar até mim. Durante o caminho, Daryl conseguiu recuperar algumas das flechas. Fechei rapidamente a porta, vendo os Walkers do outro lado tentando passar por ela, sem sucesso. 

   Olhei para Aaron e Daryl e em um impulso quase involuntário, me joguei em cima de meu irmão e o apertei fortemente em um abraço, sendo retribuída quase de imediato. Enterrei meu rosto em seu pescoço, e o senti apertar mais a minha cintura. Apenas me separei quando percebi que a ameaça havia acabado, por ora. Me virei novamente para o homem, junto com Daryl. 

   — Por que nos ajudou? — Ele perguntou, me estendendo as flechas que conseguira recuperar. 

   — Toda vida é preciosa. — O homem respondeu simplesmente. — Meu nome é Morgan. — disse após alguns segundos. Aaron se apressou em respondê-lo. 

   — Sou Aaron. Esse é Daryl e essa é Reyna. — disse ele. — Somos de uma comunidade aqui perto. Temos comida, água, abrigo, muros e segurança. — Ele sorriu. — Eu teria fotos para lhe mostrar mas perdi minha mochila ali atrás. — Ele apontou por cima do ombro para o estacionamento. — Gostaria de vir conosco? — Morgan sorriu. 

   — Agradeço a oferta, mas estou procurando por outra coisa. — Ele puxou algo do bolso. Parecia um mapa. — Na verdade estou meio perdido. Poderiam me ajudar? 

   Estendi meu braço e peguei o mapa de sua mão. Me surpreendi com a frase escrita no pedaço de papel. "O novo mundo precisará de Rick Grimes." Ergui novamente meu olhar até Morgan, com o cenho franzido. Daryl se inclinou ao meu lado para poder ver o mapa com os próprios olhos. Sua expressão provavelmente estava igual à minha quando disse:

   — Tenho certeza de que deveria vir conosco. 

                                       (...)

   Quando chegamos novamente em frente aos portões de Alexandria, já estava escuro. Aaron desceu do carro e gritou para quem quer que estivesse do outro lado dos muros abrir o portão. Um dos moradores o fez rapidamente. Entrei com a moto seguida de Daryl e Aaron com o carro. Olhei ao redor procurando algum rosto conhecido mas não vi absolutamente ninguém, nem mesmo rostos desconhecidos. 

   — Onde está todo mundo? — perguntei para o morador de vigia nos portões. 

   — Deanna organizou uma reunião. — Ele respondeu. — É sobre um dos seus. Enquanto estavam fora, o cara pirou. Estão discutindo para ver se vão expulsá-lo ou deixá-lo viver aqui. — Nem precisei prestar atenção em toda a frase para saber que o cara que pirou havia sido Rick. 

   — E onde está acontecendo essa reunião? — Daryl perguntou dessa vez. 

   — Em frente à casa de Deanna. — O morador respondeu por fim, retomando sua atenção aos portões. 

   Aaron tomou a frente dessa vez e nos guiou até a casa de Deanna. Morgan nos seguiu. Quando finalmente chegamos, vi o marido de Deanna degolado em seu colo. A mulher chorava, estava desesperada. As faces de todos estavam chocadas, e apesar de internamente eu também estar, não demonstrei. Desviei o olhar e vi a espada de Michonne no chão, ao lado do marido de Jessie, Pete, sendo imobilizado por Abraham. Finalmente coloquei meus olhos em Rick, e vi o mesmo olhar e mesma expressão do rosto de quando precisava proteger alguém que amava. 

   Seu rosto todo coberto por sangue, e não fazia ideia se ela dele, do marido de Deanna ou de algum Walker. Encarei seus olhos, que se encontravam olhando friamente Pete enquanto ouvia Deanna dar o comando e Rick puxar o gatilho da Colt Python. Soltei um suspiro enquanto observava o sangue escorrer livremente pela cabeça de Pete e Abraham finalmente sair de cima do corpo morto. 

   — Rick? — Ouvi Morgan dizer ao meu lado, quase como se perguntasse o porquê de Big Grimes ter matado um homem a sangue frio. 

                                       (...)

   Depois de toda a poeira baixar, todos se encontravam cada um em sua casa. Jayden explicou a mim e a Daryl tudo o que havia acontecido no tempo em que ficamos fora. Apesar de terem sido apenas dois dias, muita coisa mudou. Cada um da minha família tinha seu devido trabalho e sua devida casa. Julian pareceu ter crescido, mesmo em um curtíssimo período de tempo, e já conseguia dar seus primeiros passos. 

   Mas também existiam as notícias tristes. Noah havia falecido por conta da estupidez de um merda covarde: Nicholas. Aquele cara já havia acabado com a minha paciência dês da primeira vez que o vi, e com a notícia, minha vontade era de socá-lo até vê-lo se afogar no próprio sangue, e em seguida soltar uma flecha no meio de sua testa, mas Glenn se apressou em me dizer que já havia se resolvido com ele. Minha vontade continuava, mas não fiz nada a respeito. 

   Outra grande preocupação minha era Tara. Glenn e os outros sofreram um grande acidente na tal busca onde Noah falecera. A mulher havia batido a cabeça e estava inconsciente. Consegui visitá-la rapidamente na enfermaria, apenas para checar se minha amiga conseguira melhorar, mas ela ainda não havia acordado.

   Rick conversou com Morgan, que descobri ser um antigo amigo de Big Grimes. Ao que parece, foi a primeira pessoa que o líder encontrou no apocalipse, e foi por causa dele que Rick continuava vivo. Apesar disso tudo, Grimes pediu para que ele passasse a noite na "cela" improvisada da comunidade. 

   No momento, me encontrava no sofá da sala da minha "nova casa", com Daryl ao meu lado. Carl já estava dormindo em um dos quartos. Judith e Julian em outro e Rick tomava banho. Cassie estava morando com o irmão, e pelo que me contaram, a garota teve um pequeno desentendimento com Little Grimes. Provavelmente era coisa de adolescente, já que o motivo era um garoto chamado Ron e uma garota chamada Enid, da mesma idade de Carl e Cassie. 

   — Vou dormir. — disse Daryl, se levantando do sofá. — Boa noite, pirralha. — completou, apertando levemente meu ombro.

   — Boa noite, velho. — disse, observando-o sumir pelas escadas. 

   Permanecia no sofá, apenas relaxando os músculos pelos dias agitados que tivemos fora de Alexandria. Fechei meus olhos e suspirei quando senti duas mãos em meus ombros. Elas começaram com uma massagem no pescoço, e foram descendo até meus braços. Abri os olhos e olhei para cima, apenas para conseguir enxergar os azuis dos olhos de Rick observando todo meu rosto. 

   — Foi um dia cansativo para nós dois. — disse ele antes de contornar o sofá e se sentar ao meu lado. 

   — Eu sei. — Me aconcheguei no corpo quente por conta do banho. — Daryl pediu para que você não matasse ninguém enquanto estivéssemos fora. — zombei, arrancando uma risada fraca de Rick. 

   — Aposto que já explicaram tudo. — Senti seus dedos acariciarem levemente a pele do meu braço. Assenti. — Vai tomar banho antes de dormir? — perguntou, desviando completamente do assunto. Assenti novamente, sentindo o líder soltar mais uma leve risada. — Só acredito vendo, Dixon. — Virei meu rosto até encontrar seus olhos. 

   — Está dizendo que vai tomar banho comigo, Big Grimes? — perguntei me aproximando suavemente, fixando meu olhar no seu. Rick ergueu uma sobrancelha. 

   — Não é uma má ideia. — respondeu ele, sorrindo sacana. Revirei os olhos e sorri, me afastando de seu corpo. 

   — Vá para a cama, te encontro em alguns minutos. — disse já correndo até a escada, sem deixá-lo dizer uma palavra sequer. 

                                       (...)

   Um movimento de Rick na cama me fez despertar no dia seguinte. Abri os olhos lentamente e me virei para encarar o rosto sereno de Big Grimes enquanto dormia. Senti seus braços me puxando mais para perto levemente e apenas me aconcheguei em seu corpo. Ele depositou um leve beijo em meu ombro.

   — Você acorda cedo demais. — disse ele, a voz ainda grossa. Revirei os olhos e soltei um riso abafado. 

   — Você reclama demais. — respondi afastando seus braços do meu corpo, com um leve esforço, e tirando o lençol de cima de mim. 

   Busquei minhas roupas pelo quarto. Uma calça jogada ali, outra camiseta do outro lado, e por aí foi. Joguei todas em um canto do quarto antes de caminhar até o guarda roupa e escolher algumas peças limpas — E o colete de couro por cima. — para em seguida me virar novamente para Rick e vê-lo com os olhos fixos em mim. 

   — Levante-se e pare de me encarar desse jeito. — ditei jogando outras peças de roupa em cima dele, já me direcionando até o banheiro em seguida. 

   — Deixe o cabelo solto. — Ele pediu, chegando por trás de mim antes que eu pudesse erguer os braços e trançar os fios escuros. 

   — Ele me atrapalha. — retruquei, colocando uma grande mecha escura atrás da orelha. Rick suspirou, mas não por irritação, e sim porque sabia que não adiantaria discutir comigo. 

   Ele depositou um último beijo em meu pescoço antes de se afastar e terminar de colocar a roupa. Voltei minha atenção ao meu cabelo e rapidamente a trança de costume já estava presente bem firme em minha cabeça. Saí do banheiro e percebi que Rick me esperava apoiado no batente da porta. Passei no quarto de Judith e Julian enquanto o homem caminhava até o quarto de Carl. 

   Quando abri a porta, percebi que o garotinho já acordara e pulava em seu berço. Soltei uma leve risada antes de caminhar até ele e o puxar para os meus braços. Se Jules já conseguia andar, logo Judy também conseguiria. Era apenas uma questão de tempo, e eu ficava realmente feliz por eles terem um lugar como Alexandria, onde podiam dar os primeiros passos sem se importarem com os mortos ou qualquer coisa que pudesse ameaçá-los do lado de fora. 

   — Ma. — Ele grunhiu passando levemente as mãos por meu rosto. Fixei meu olhar em seus olhos por um momento, e nem me dei conta de alguém se aproximando. 

   — O que deu em você? — A voz de Daryl invadiu meus pensamentos e fez minha atenção em Julian se esvair. O garoto pulou nos braços de meu irmão quando o viu.

   — Pa. — grunhiu mais uma vez, e não tardou para Daryl ficar com a mesma expressão que eu. 

   Julian havia acabado de falar suas primeiras palavras, e por incrível que pareça elas me deixaram mais surpresa do que animada. Ele realmente via eu e Daryl como figuras paternas, e acabou de deixar isso incrivelmente claro para ambos. Meu instinto de responsabilidade e proteção por aquele garotinho só aumentou naquele momento, e quando olhei nos olhos de Daryl, percebi o mesmo. 

   — Acho que deveríamos descer.

                                       (...)

   — Devíamos apenas deixá-lo aqui. — Rick insistiu.

   Minutos antes, eu e Rick saímos para enterrar o corpo de Pete. Tínhamos a autorização de Deanna e Jessie sabia que era a melhor opção. Não era uma coisa boa enterrar assassinos abusivos dentro da comunidade, mas Rick já estava indo longe demais optando por deixar o corpo exposto em cima da terra. Nunca me opus ao que Big Grimes dizia, mas daquela vez eu tive que contradizer. 

   — Rick, querendo ou não ele ainda era uma pessoa. — disse parecendo indignada. 

   — Era um assassino que batia na mulher e no filho mais novo. — Ele respondeu e parecia um tanto irritado. 

   — Você não precisa se estressar comigo. — disse um pouco mais grossa. — Falei contigo numa boa. — Franzi o cenho em sua direção.

   Antes que o homem pudesse me responder alguma coisa, senti uma movimentação atrás de mim, e com um gesto, estavam todos calados enquanto eu caminhava lentamente até alguns arbustos. Puxei a faca da bainha e olhei para o chão, procurando rastros. Além do meu e de Rick, consegui identificar mais um. Logo de cara soube que a pessoa ainda estava viva. 

   — Se não aparecer agora, vai se arrepender amargamente depois. — gritei não muito alto. 

   Continuei observando os arredores, e me virei rapidamente quando ouvi um barulho vindo dos arbustos. Um garoto saiu de lá. Estava com uma touca na cabeça e o olhar parecia entristecido e enraivecido. Já o vi com Carl e Cassie na festa de Deanna dias antes, mas não tinha certeza de quem era. 

   — Ron, o que faz aqui? — Rick perguntou se aproximando rapidamente do garoto. 

   — Queria saber onde meu pai iria ser enterrado. — Ele respondeu. — Se é que vão enterrá-lo. — Seus olhos transbordavam raiva quando olhava para o líder. 

   Novamente, antes de Rick pudesse dizer alguma coisa, pedi para que ficasse em silêncio após ouvir alguns grunhidos ao longe. Sem olhar para trás, caminhei até onde supus estar vindo os ruídos, e percebi que tanto Rick, quanto Ron me seguiam. Os dois atrás de mim faziam barulho, e me deixavam um pouco desconfortável, já que eram mais barulhentos que meu irmão e até mesmo Aaron. 

   Caminhei lentamente quando percebi estar me aproximando de um penhasco. Fiz um aceno com a mão para que Rick e Ron parassem assim que alcancei a borda. Quando olhei para baixo, não pude acreditar no que meus olhos observavam. Franzi o cenho observando uma grande horda de Walkers, presa por caminhões. Não era parecida com nenhuma horda que enfrentei até aquele dia. Era grande, e poderia fazer um estrago imenso apenas com a metade. Um dos caminhões não aguentaria. Aquele grupo estava direcionado até Alexandria, e era uma nova e gigante ameaça que deveríamos enfrentar, por mais amedrontadora que pudesse parecer. 


Notas Finais


FOOOOOOIIIII ISSOOOO GALERINHA, PRA QUEM TAVA ESPERANDO OS WALKERS E TODA A INVASÃO EM ALEXANDRIA, ELES CHEGARAM!!!

Bom gente, os próximos 4 capítulos são daqueles que já estavam em minha mente dês de quando tive a ideia da fanfic!!! O último desses 4, o 28 ou 29 n lembro, é o mais especial da fanfic, porque ele se chama Not Gonna Die (nome da fic pra quem n percebeu kkkkkk) E EU AMO ELE DE PAIXÃO KKKKKKK!!! E nesses 4 capítulos, apenas um deles é de Pov. porque eu realmente precisava descrever os sentimentos de TODOS os personagens, e não apenas de um, okay??? Bom, espero MUITÍSSIMO Q GOSTEM!!!

GENTE, vou esclarecer algumas coisas, uma leitora me pediu uma cena de incesto dos dois irmãos, e apesar de eu shippar os dois fortemente, não encaixaria nem um pouco no contexto da história entenderam? Iria ficar MUITO nada a ver, e ia ficar meio estranho, por isso não coloco o incesto, MAAAASSSS, como eu amo vocês, vão ter vários momentos dos dois juntos que iremos shippar BASTANTE!!! Heheheh

Bom genteeeeee, COMENTEM BASTANTEEEEE, AMO COMENTÁRIOS DE VOCÊS!!! SÉRIO!!! Espero muito que tenham gostado!!!

BEIJOS DA BALEIA E ATÉ QUINTA Q VEM🖤🐳


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