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História Not Gonna Die - Season 1 - Jealous


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


WALKEEEEEERS, VOLTEEEEEIIIII!!!! Genteeeee, esse é o capítulo taaaaao esperado que veremos algumas crises de ciúmes hehehehe, get ready!

Galerinha, esse capítulo é o primeiro de 4 que eu já havia planejado há tempos. Três deles são em terceira pessoa porque precisava mostrar os sentimentos de mais de uma personagem ok? Os 4 caps têm um cronograma certinho!! ESPERO MTO QUE GOSTEM🖤🖤🖤

Genteeeeeee, os comentários estão diminuindo, ONDE TÁ TD MUNDOOOO?? Vocês acham melhor eu postar de algum outro dia, tipo sábado ou sexta que é mais tranquilo por conta da escola e trabalho essas coisas? Porque de quinta é mais fácil pra mim sabe? Mas se quiserem que eu mude o dia, sem problemas!!!

SEM MAIS DELONGAS, Boa leitura, enjoy🖤

Capítulo 25 - Jealous


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - Jealous

Narradora On    

   Todos os moradores se encontravam na casa de Deanna, convocados por Rick para uma reunião de emergência. Reyna percebeu que a anfitriã parecia estar com a mente vagando muito longe do assunto principal: a grande horda na pedreira. A mais velha olhava pela janela, sem demonstrar nenhuma reação com qualquer palavra que Rick proferia. 

   — Aquele grupo está em nossa direção. — disse Rick, mantendo todas as atenções sobre si. — Não é questão de "se" eles vierem até aqui, é questão de "quando" eles vierem até aqui. — Ele fez uma pausa, e colocou as mãos na cintura. — Quando chegarem, Alexandria já era, e provavelmente todos nós iremos com ela. — Mais uma pausa. — Eu não vou deixar que isso aconteça. 

   — Eu trabalhei com Reg na construção dos muros. — Tobin tomou a palavra. — Posso fazer um reforço nos muros atuais. — Reyna balançou a cabeça silenciosamente antes de puxar o ar para falar. 

   — Você não viu a quantidade de mortos de que estamos falando. — disse ela, séria. — Reforçar os muros não adiantará de nada. Precisamos atraí-los para longe de Alexandria. 

   — E como quer que façamos isso, docinho? — Carter perguntou, e parecia um tanto impaciente. 

   A mulher o olhou profundamente, como apenas ela conseguia fazer quando não ia com a cara de alguém. O desconforto do homem foi quase nítido para ela, mesmo que ninguém mais tenha percebido a não ser Daryl. Ele viu Carter encolher os ombros minimamente, enquanto engolia em seco. Reyna desviou o olhar para Rick, com ar vitorioso nos olhos. 

   — Eu tenho um plano. — Rick retomou a palavra após encarar os azuis esverdeados dos olhos da Dixon mais nova. 

                                       (...)

   Os moradores trabalhavam sob o sol quente, seguindo todo o plano de Rick cautelosamente. Qualquer erro na construção dos pequenos muros na estrada poderia significar o fim de Alexandria. Reyna estava ao lado de Jayden, ajudando com o que precisassem. Daryl ficara em Alexandria, ajudando Cassie a cuidar de Julian e vigiando toda a comunidade enquanto grande parte dela estava fora dos muros. 

   — Quase não reconheci Daryl quando vocês chegaram. — disse Jayden, puxando um assunto qualquer enquanto ajudavam a sustentar uma das placas de metal. 

   — Ele precisa de um corte de cabelo. — Reyna respondeu, abrindo um leve sorriso. 

   — Exato. — Jayden, por sua vez, sorriu abertamente. — Sabe, Jessie às vezes corta o meu cabelo. Posso pedir para que corte o de Daryl. 

   Reyna olhou para a mulher citada, e a viu em uma conversa animada com Rick. Ela notou a mesma admiração nos olhos azuis de Big Grimes que havia visto na festa de Deanna. Naquele dia ela não havia se abalado, mas havia algo a mais naquele olhar, e estava realmente incomodando a mulher mais do que deveria. Sendo irmã de quem era, sabia que estava com ciúmes.

   — Rey? — Seus pensamentos se interromperam com o chamado de Jayden. — Você está bem? — Ela o olhou, e simplesmente assentiu suavemente. — Então, sobre o que eu dizia. Quer que eu peça a Jessie que faça um corte de cabelo em Daryl? — Ele perguntou mais uma vez, e uma raiva repentina atingiu o peito de Reyna.

   — Eu não quero ela sequer tocando em meu irmão. — rosnou um tanto irritada. Jayden já conhecia o comportamento dos Dixons, e por esse motivo não demonstrou reação. 

   Ela encarou Jayden por mais alguns segundos antes de se afastar. Quando já estava longe de qualquer pessoa daquele grupo, olhou novamente para Jessie e Rick. Ela sentiu a habitual sensação de raiva subir por toda sua espinha enquanto observava atentamente cada sorriso que o líder abria para a loira. Reyna odiava admitir, mas queria aquela mulher o mais longe possível de seu amado. 

   Reyna estava tão concentrada na dupla e em sua raiva, que não percebeu a movimentação atrás de si. Ela apenas mostrou alguma reação quando sentiu algo a empurrar para o chão. Logo o familiar cheiro de morte invadiu suas narinas e a visão do Walker sobre seu corpo se fez presente. O arco estava repousado no tronco junto a aljava, então sua única opção era usar sua faca. 

   A mulher procurou a arma branca na bainha, mas percebeu que a lâmina havia caído em um ponto que ela não conseguia recuperar. Ela percebeu a aproximação das pessoas para ajudá-la, mas sua raiva era mais forte que qualquer sentimento que poderia sentir, e por esse motivo, teve força o suficiente para trocar as posições com o morto e ficar sobre ele. 

   Com uma força quase insana, ela ergueu a cabeça pútrida e levou de volta ao chão, conseguindo esmagar o crânio imediatamente, sentindo o sangue podre espirrar em todo seu rosto e corpo. Reyna levantou, quase ofegante, mas sentiu que uma parte, mesmo que pequena, de sua raiva havia sido esvaída, mas o sentimento apenas voltou quando sentiu a mão familiar segurar delicadamente seu braço, enquanto ouvia a voz rouca em seus ouvidos. 

   — Você está bem? — Ele terminou a pergunta bem a tempo de Reyna puxar fortemente seu braço de volta e olhá-lo com fogo nos olhos. 

   — Fique longe de mim. — cuspiu as palavras, com raiva em cada sílaba desferida. 

   Rick a observou se afastar, com passos fortes e decididos até sua motocicleta. Ela deu a partida no veículo e desapareceu na estrada. O líder ficou parado onde estava, observando, confuso, sua amada ir embora. A única coisa que podia consolá-lo era que Reyna tomara o caminho de volta a Alexandria, mas mesmo assim ainda pegou o walkie-talkie e chamou por Daryl. 

   — Na escuta. — Ele ouviu o amigo dizer. 

   — Se Reyna aparecer, por favor me avise. — disse Rick, sem desviar os olhos da direção de onde a Dixon havia partido. 

   — O que aconteceu com ela? — Daryl perguntou, visivelmente preocupado. 

   — Ela está bem. — Rick garantiu. — Apenas está com raiva. 

   — E de que seria? — Daryl manteve seu tom desconfiado. 

   — Ainda vou descobrir. — Rick disse por fim, encerrando o assunto. Ele ainda encarava a estrada agora vazia, e não percebeu a aproximação de alguém, até a pessoa dizer algo. 

   — Já viu um Dixon com ciúmes? — Jayden perguntou. O homem assentiu levemente. — Então sabe o motivo da raiva, e sabe que essa reação é normal. 

                                        (...)

   Daryl estava inquieto em frente aos portões de Alexandria. Depois de terminar a conversa com Rick, parou o que estava fazendo com sua moto e correu até os portões. Estava preocupado com sua irmã, e sabia que Reyna Dixon enraivecida pilotando uma motocicleta não era uma mistura aceitável. E ele só conseguiu se sentir aliviado quando ouviu o barulho do motor da motocicleta, e viu o veículo se aproximando dos portões.

   — Daryl? — A voz de Rick soou no walkie-talkie. 

   — Ela está aqui. — disse ele encerrando o assunto enquanto corria para abrir os portões. 

   Reyna entrou na comunidade, sem dizer uma palavra sequer. A expressão do rosto fechada, os olhos pegando fogo e os movimentos fortes. Daryl fechou os portões e correu até onde sua irmã havia parado o veículo. Ele a olhou por inteiro certificando-se de que não havia se machucado, apesar de estar completamente suja de sangue. 

   — Problemas de caça? — Daryl perguntou simplesmente, conseguindo chamar a atenção de Reyna para seu rosto. 

   Ela hesitou, pensando que se conversasse com seu irmão se sentiria melhor, mas achava que sua raiva vinha de um motivo muito infantil e estupido, então apenas negou com a cabeça e se direcionou até a casa de Jayden, onde sabia que Cassie estava cuidando de Julian. Ela tinha consciência de que Daryl a seguia, mas não fez nada para impedí-lo. 

   O Dixon sabia que sua irmã não queria conversar, e respeitava seu espaço, mas Reyna nunca explodiu dessa forma por nada. Ela poderia até ser cabeça quente, assim como ele mesmo e como Merle, mas daquela vez ele tinha certeza de que algo incomodava a irmã mais nova, e a dúvida consumia seu coração aos poucos. Ele odiava ver Reyna daquele jeito. Sempre odiou, e sabia que Merle também odiava.

   — Reyna. — chamou, com a voz um pouco mais firme. Ela se virou, mas não escondia a impaciência. 

   — Eu só quero me limpar, ok? — disse ela. A voz parecia um pouco cansada. 

   — Aconteceu alguma coisa? — Daryl insistiu. Sabia que mexia com fogo ao fazer, mas também sabia como lidar com sua irmã. 

   — É besteira. — Ela rebateu. — Agora, por favor, pode me deixar em paz por um momento? — pediu rudemente. Daryl não se abateu, porque já estava acostumado com o jeito de Reyna quando não queria conversar sobre algo. 

   Ele não insistiu dessa vez, então apenas a acompanhou até a casa de Jayden. Quando chegaram em frente à porta, Cassie a abriu, com Julian nos braços e um sorriso fraco no rosto. Cassandra era outra preocupação de Daryl. A garota não parecia estar radiante como sempre esteve. Era a primeira vez que via, nem que fosse um pouco, tristeza no olhar da garota, e não gostava da sensação que aquilo proporcionava. 

   — Vou pegar uma toalha para você. — disse Cassie enquanto se direcionava até o andar de cima da casa. Reyna a seguiu, e Daryl permaneceu na sala, com Jules nos braços. 

   Reyna tomou um banho rápido, conseguindo tirar qualquer vestígio de sangue de Walker de seu corpo e cabelo. Quando saiu, usou a toalha que havia recebido de Cassie e vestiu as roupas que a garota lhe trouxera. Seu colete estava sujo, portanto não conseguiria usá-lo no momento. Ela desceu de volta para a sala, e se deparou com Rick e Jayden conversando com Cassie e seu irmão.

   — Rey, você está bem? — Rick perguntou assim que a viu. 

   Reyna caminhou lentamente até ele, um pouco mais calma no momento, mas parou quando olhou para a porta e teve a visão de Jessie, com um sorriso fraco em sua direção. Ela voltou a olhar para o chão, e apenas assentiu, enquanto dava um singelo passo para trás. Demorou alguns segundos para que ela erguesse o rosto e encarasse os olhos de Grimes. O homem tentou dar um passo na direção da Dixon, mas ela se afastou mais. 

   — Estou bem. — disse ela com a voz mais firme. 

   Rick a encarou fixamente por alguns segundos, tentando entender o porquê do jeito que a mulher estava agindo. Jayden dissera que era ciúmes, mas ciúmes de quem? Jessie? Era quase ridículo pensar nessa opção. Rick realmente admirava Jessie, por ter seu jeito meigo e inocente de ser, mas ele realmente se apaixonara pelo jeito bruto e agressivo de Reyna. Era uma tremenda diferença, e Grimes achava que era visível. Talvez estivesse errado. 

   Daryl encarou profundamente os olhos do amigo. Ele conseguia perceber sua irmã com ciúmes tão bem quanto reconhecer os passos de um morto e um vivo na terra. Mas o porquê de ela estar com ciúmes era um tanto desconhecido para o caçador, mesmo que pudesse ter uma leve desconfiança. Ele quis socar Rick, sem motivo, apenas por deixar sua irmã em uma situação como essa, mesmo que não tenha sido a intenção.

   — Eu vou indo, então. — disse Rick, encarando Reyna uma última vez antes de se virar e caminhar em direção a Jessie na porta. 

   Reyna observou a porta se fechando atrás de Rick e Jessie, e sentiu mais uma pontada no peito. Ela sabia que sua atitude estava sendo infantil e egoísta, mas era um pouco incontrolável, visando que Jessie era a mulher dos sonhos de qualquer homem. Rick poderia muito bem trocar a mulher problemática, grossa e mal educada pela mulher doce, delicada e amorosa, e esse pensamento a corroía internamente. 

   — Julian já comeu? — Ela perguntou, tentando desviar seus pensamentos. 

   — Já. — Cassie respondeu, se aproximando com o garoto no colo. 

   Jules se agitou no colo da loira quando viu que se aproximava de sua "mãe". Reyna se permitiu sorrir observando o grande sorriso no rosto jovem do garotinho. Ela o pegou nos braços e Julian envolveu os braçinhos no pescoço da mulher. Daryl se aproximou, admirando a cena a sua frente. Ele acariciou os cabelos castanhos escuros de seu "filho", esquecendo-se totalmente do fim do mundo do outro lado dos muros. 

                                        (...)

   Os moradores voltaram para Alexandria quando já estava escurecendo. Eles haviam conseguido construir todos os muros da estrada, e estavam com uma pontinha de esperança de que talvez o plano de Rick pudesse dar certo. Reyna e Daryl ainda não haviam voltado para sua casa, junto de Rick, Carl e Judy. Ficaram para jantar com Cassie e Jayden. Os Dixons estavam realmente preocupados com a garota. Ela não estava radiante, mesmo que tentasse demonstrar. 

   — Cass. — Reyna chamou, e caminhou ao lado da loira até chegarem em seu quarto. — Por favor, não minta para mim. — pediu, séria. — O que está acontecendo? — Cassie suspirou, e não disfarçou o desânimo em sua expressão. 

   — Não é nada, Rey. Juro. — disse ela. 

   — Cassandra. — Reyna insistiu, repreendendo a garota como se fosse sua irmã mais velha. Cassie a olhou por alguns segundos. 

   — Eu vou parecer uma criança dizendo isso. Tem certeza de que quer perder seu tempo? — Ela não recebeu resposta, o que sabia que significava um "sim". Ela suspirou novamente. — Briguei com Carl. — disse por fim, parecendo envergonhada. 

   — E por que brigou com Carl? — Reyna insistiu. 

   — Bom, eu não briguei com Carl. Não exatamente. — A Dixon franziu o cenho, esperando a explicação. — Ele brigou comigo. — Ela fez uma pausa. — Ele estava escalando os muros, junto com aquela menina, Enid, sabe? — Reyna deu de ombros, mostrando indiferença em relação a garota citada. — Eu falei para ele que era perigoso, e que deveria parar de fazer isso, mas ele começou a gritar, dizendo que não havia pedido minha opinião, e que não precisava que eu me preocupasse, porque eu... — Reyna percebeu que a garota controlava o choro. — Porque eu não era ninguém para ele. 

   Uma única lágrima escorreu no rosto da garota, e Reyna sentiu como se recebesse um soco no estômago. Nunca havia visto Cassie triste com algo antes, e agora percebia o quão ruim aquela visão estava sendo para ela. Reyna realmente adorava Carl, mas ver Cassie daquele jeito a fez sentir vontade de caminhar até a sua casa e ter uma séria conversa com Little Grimes. 

   — Por favor, não faça nada com ele. — Cassie se apressou em pedir, ao ver que Reyna não gostara do que havia ouvido. — Não conte a Daryl também. Tenho uma ideia do que são capazes de fazer juntos. — completou, quase implorando com os olhos. Ela viu, nos azuis das orbes da garota, o amor jovem que nutria por Carl.

   — Você gosta dele? — Ela perguntou, ainda com a expressão séria. Cassie hesitou, mas depois de alguns segundos assentiu, envergonhada. 

   — Só não entendo por que Carl falou daquele jeito comigo. — Reyna conhecia aquele momento. Era a hora para Cassie desabafar tudo o que queria. — Sempre demonstrei o quanto eu gosto dele. Permiti que ele me beijasse, e ele fala assim comigo. — Reyna arregalou os olhos, e fez a garota parar de falar. 

   — Você permitiu o que? — perguntou, sentindo-se como uma mãe, protegendo sua garotinha. Cassie sorriu constrangida. 

   — Eu ia te contar. — disse ela. 

   — Cassandra, você e Carl são crianças. — Reyna começou o famoso "sermão", com a voz um pouco mais elevada, conseguindo chamar a atenção de Daryl e Jayden da sala. — Existem doenças, e nesse mundo novo elas se multiplicaram, porque você não consegue ter uma higiene estável. — Cassie tentava falar, mas então Daryl apareceu no quarto, com Jayden e Julian atrás. 

   — O que está acontecendo aqui? — O Dixon perguntou. 

   — Cassandra e Carl se beijaram. — Reyna respondeu sem hesitar. Daryl encarou Cassie, como um pai costumaria fazer. 

   — Como assim, "Cassandra e Carl se beijaram"? — Daryl perguntou, se aproximando da garota enquanto ela revirava os olhos. 

   — Exatamente como você imagina. — disse Reyna. Jayden ficara na porta, entretido com a cena. 

   — O que ele te fez? Te beijou a força? Ele tocou você? Tentou tirar alguma peça de roupa sua? Eu vou matar aquele pirralho. — Daryl despejou as perguntas, visivelmente irritado. 

   — Daryl, ele não me tocou em lugar nenhum, e eu deixei ele me beijar. — Cassie tentou se explicar, o que fez os Dixons se exaltarem cada vez mais. 

   — Como você diz isso na maior tranquilidade? — Daryl perguntou.

   — Vocês são crianças. — Reyna completou. Jayden soltou uma risada, mas quase não fez diferença. 

   — Quanto tempo vai demorar para você perder sua virgindade, agora? — Daryl perguntou novamente, deixando Cassie mais envergonhada e irritada. 

   — Esse beijo não significou nada para ele. — Cassie gritou finalmente, conseguindo a atenção dos Dixons. — No fim aconteceu que apenas eu gostava dele. Carl se interessou por Enid, então eu não tenho nenhuma chance, ok? — Ela terminou o que falava, um pouco triste com a próprias palavras. 

   — Primeiro ele te beija e depois te magoa. — Reyna voltou a falar. — Eu vou acabar com aquele pirralho. 

   — Reyna, me escuta, por favor. — Cassie gritou de volta. Julian parecia tão entretido quanto Jayden. — Eu já admiti que eu gosto de Carl. Gosto muito, e não quero que nada aconteça com ele. Tudo o que eu peço a vocês dois é que esqueçam isso. Está tudo bem, eu vou ficar bem. — afirmou, novamente com um leve sorriso no rosto, mesmo os olhos ainda demonstrarem tristeza. 

   — Isso não ameniza as coisas para você, mocinha. — disse Daryl, continuando sua postura momentânea de pai. Cassie soltou uma risada. 

   — Por favor, me deixem de castigo. — disse ela, realmente se divertindo com a situação. Os irmãos se entreolharam, confusos. — Vocês estão agindo como se fossem meus pais. É uma sensação ótima. — Sua expressão alegre voltava aos poucos. — Continuem. 

   Reyna e Daryl encararam um ao outro mais uma vez, achando um tanto engraçado a postura que tomaram naquele momento. Daryl revirou os olhos antes de se voltar para Cassie novamente e acariciar seus cabelos de forma suave. Reyna apenas observou, mas estava mais relaxada. 

   — Só nos prometa que vai tomar cuidado. — pediu ela, recebendo um sorriso e um aceno positivo por parte da garota. 

                                       (...)

   — Tem certeza de que não quer que eu vá junto? — Reyna perguntou mais uma vez a seu irmão. 

   No dia seguinte, Rick queria fazer um teste com os moradores para conseguirem executar o plano perfeitamente. Daryl iria de moto, e Abraham e Sasha no carro. O Dixon pedira a sua irmã que ficasse em Alexandria, protegendo Jules e todos os outros na comunidade. Depois de muita insistência, a mulher concordou, mas até Daryl sair, não o deixou em paz, perguntando se precisava que ela fosse junto. 

   — A única coisa de que preciso é você estar aqui e garantir a segurança de Cassie, Superman e Bravinha. — disse Daryl, enquanto com a ajuda de Reyna, arrumava os últimos detalhes de sua moto para saírem. 

   — Mas Jayden vai estar aqui, e se algo acontecer com você? — Reyna continuava insistindo. 

   — Eu vou ficar bem, Rey. Não conhece seu irmão? — A mulher encarou os olhos do irmão, preocupada, mas depois de pensar, assentiu.

   Daryl subiu na moto, mas antes que desse a partida, se inclinou o suficiente para conseguir beijar a testa de sua irmã. Um gesto que demonstrava todo o carinho que tinha por ela. Reyna apertou levemente o ombro do homem, mostrando a ele que estava preocupada, mas que também confiava no Dixon. 

   — Rick pediu para que deixasse isto com Deanna. — Ele estendeu um walkie-talkie. — Mas seria melhor deixar com você. — Reyna pegou o aparelho, e o pendurou no cós da calça. — Qualquer coisa que acontecer, por favor me avise. 

   — Você também. 

   A fala de Reyna deu fim a conversa. Ela observou seu irmão dar a partida no veículo e sair dos portões da comunidade junto com outros carros. Antes que pudesse fechar as portas, sentiu alguém segurar levemente seu braço. Ela se virou para poder encarar as orbes azuis de Rick. Ele não disse absolutamente nada, apenas se inclinou e depositou um beijo em seus lábios. Reyna ficara surpresa, mas não fez nada para o impedir. 

   — Boa sorte. — Ela sussurrou, recebendo um aceno positivo por parte do líder. 

   Rick entrou em um dos carros, onde Michonne e Morgan o esperavam. Reyna fechou os portões e se direcionou até a enfermaria. Rosita havia a procurado mais cedo, dizendo que Tara acordara e estava melhor. Quando chegou, viu Eugene conversando com a amiga, e se surpreendeu quando viu Tara já de pé.

   — Devia estar descansando! — disse Reyna assim que se aproximou. 

   Tara sorriu em sua direção e lhe puxou para um abraço. Reyna ficou sem reação no começo, um tanto surpresa com a ação da mulher. — Querendo ou não, ainda não era muito acostumada com contato físico. — Mas depois conseguiu relaxar os músculos e devolver o aperto carinhoso de sua amiga. 

   — E como está Jules? — Tara perguntou ao se afastar de Reyna. 

   — Quer vê-lo? — A Dixon perguntou, já se direcionando até a porta. Tara a seguiu. — Eugene? 

   — Terá que me desculpar, Reyna, mas irei cumprir um dos turnos de vigia nos muros. Fico agradecido com o convite. — Reyna não controlou uma leve risada pelo jeito de Eugene falar, mas assentiu e saiu da enfermaria. 

   Reyna caminhou ao lado de Tara até a sua casa, e encontrou Carl na sala, junto com Enid cuidando de Judy e Jules. O garotinho soltou um gritinho quando avistou a Dixon se aproximando e estendeu os braços, se agitando no colo de Enid. Reyna o pegou no colo e se aproximou de Tara. 

   — Hey, Big Little Jules. — disse ela, com um sorriso no rosto. Julian resmungou algo como um "Hey", o que fez Reyna erguer as sobrancelhas. 

   — Estava ensinando meu filho a falar, Little Grimes? — Reyna perguntou, chamando o garotinho de filho tão naturalmente, que nem havia percebido. Carl sorriu levemente, mas negou com a cabeça. 

   — Cassie estava. — respondeu, com uma ponta de irritação na voz. Ciúmes? Talvez. — Eu até ajudei, até Ron chegar. — A raiva era explícita quando disse o nome do filho de Jessie. Reyna sorriu fracamente, conseguindo entender toda a situação entre Carl e Cassie. — Mas, mudando de assunto, você chegou a conhecer Enid? — Ele apontou para a garota. 

   — Eu a vi por aí, escalando os muros. — Reyna disse, cínica. — É um prazer. — completou. Tara segurou a risada.

   — Igualmente. — Enid respondeu, forçando um sorriso. 

   Reyna e Tara passaram alguns minutos juntas na casa, conversando. Tara podia ser considerada uma grande amiga de Reyna, mesmo que tivessem se conhecido recentemente. Reyna conseguia ter alguns momentos de diversão quando conversava com a mulher, e apreciava esses momentos. 

   Julian começara a reclamar no colo da Dixon. Ela entregou o garotinho a Tara para poder caminhar até a cozinha e preparar algo para ele comer, mas parou no meio do caminho quando ouviu a voz de Daryl no walkie-talkie. 

   — Rey? — Ele chamou, parecia agitado. 

   — Aqui. 

   — Faremos agora. — disse ele. 

   — Não era apenas um ensaio? — Reyna perguntou, surpresa. Tara não estava muito diferente. 

   — Um dos caminhões caiu. Os mortos estão soltos. Eu, Sasha e Abraham vamos atraí-los agora. 


Notas Finais


FOOOOOOOIIIII ISSO WALKERS!!!! Espero muitíssimo que tenham gostado!! VOCÊS VIRAM GENTE A REYNAZINHA COM CIÚMES QUE FOFA HAHAHAHAHAH Sem contar no Daryl e na Rey todos fofos dando uma de papai e mamãe de Cassie e Julian hahahahah🖤

COMENTEM PESSOAAAAALLL, ajuda muuuuuito com meu processo criativo, porque me da mais animação para escrever (quem aqui também é autor de alguma fic sabe!!)

COMENTEM, CONTEM PARA OS AMIGOS SOBRE A FIC, CONVERSEM COMIGO, MANDEM MENSAGENS, AMOOOO CONVERSAR COM VOCÊS!! (Tudo em maiúscula mesmo pra vcs verem hahaha)

ESPERO QUE TENHAM GOSTADO, BEIJOS DA BALEIA E ATÉ QUINTA QUE VEM🖤🐳

*Desculpem qualquer errinho de ortografia hehe


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