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História Not Gonna Die - Season 1 - Time to die


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


WALKERS CHEIROSOSSSS TUDO BELEZAAAAA??? Como prometido, aqui está o capítulo depois de exata uma semana! Acho que vou conseguir manter esse ritmo! QUINTA QUE VEM TEM MAIS HEHEHEH

Confesso que gostei bastante de escrever essa capítulo😂❤️

P.S: NÃO DEIXEM DE LER AS NOTAS FINAIS, TEM RECADINHO KKKKK

Beijos, boa leitura!❤️

Capítulo 3 - Time to die


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - Time to die

Pov. Reyna

   Michonne não conseguiu conter as lágrimas quando viu Carl e seu pai pelo vidro da janela da casa. Esse grupo devia ser muito unido para estarem sofrendo desse jeito. A morena deu três toques na porta, sem hesitar, com um sorriso nos lábios. Essa era a minha hora de sair lenta e disfarçadamente dali. Eu até gostaria de ficar com eles, mas não podia. 

   Dei alguns passos silenciosos para trás, enquanto erguia novamente o capuz. Tinha alguma coisa me incomodando, algo dentro de mim que não estava deixando eu me afastar daquelas pessoas. Parecia que seria o melhor para mim e para elas se eu ficasse, e não fugisse como sempre. 

   Lógico, já topei com outras pessoas além dessas, mas elas nunca me deixaram com essa sensação. Era confortável, mas ao mesmo tempo duvidoso. Nenhum grupo, além dessas três pessoas me fez sentir assim. Era quase impossível dar mais um passo na direção contrária. Era quase impossível olhar para a morena parada em frente à porta uma última vez antes de partir. E era quase impossível me afastar; tanto fisicamente como mentalmente. 

   Estava tão focada nesses pensamentos e sensações, que nem vi o garoto de minutos atrás abrir a porta e abraçar Michonne com toda a força, enquanto desviava seus olhos para mim e sorria ainda mais. Minha tentativa de sair de fininho tinha fracassado, então apenas me permiti abaixar novamente o capuz e olhar nos olhos azuis de Carl, enquanto ele soltava a morena e caminhava em minha direção.

   — Decidiu voltar? — perguntou com um sorriso fraco nos lábios. Ergui uma sobrancelha em sua direção e levantei minimamente um dos cantos dos lábios. 

   — Carl, venha aqui. — O homem completamente acabado falou, olhando fixamente em mim, com o olhar de um animal prestes a atacar se machucarem sua cria. 

   — Pai, relaxa, ela não vai fazer nada de mal. — dizia Carl para seu pai, mas o homem continuava seu olhar fixo em mim. Eu devolvia o olhar da mesma maneira, desafiando-o a tentar fazer alguma coisa. 

   — Afaste-se. — Ele não deu ouvidos ao filho. Continuava com suas orbes azuis em minha fuça, enquanto ameaçava pegar uma faca na bainha em sua cintura. 

   Michonne não esboçava nada, apenas encarava o homem com as sobrancelhas franzidas. Carl tentava acalmar a situação, mas nem prestávamos atenção no que o garoto dizia. O homem deu um passo à frente. Minha mão esquerda se apertou em volta do arco, e a direita estava formigando para não subir até uma das minhas flechas. Sabem aquela sensação que eu disse? Que eu não conseguia me afastar? Naquele momento ela se intensificou. Não posso deixar Carl com alguém tão abalado com as perdas ao ponto de se tornar perigoso apenas com o olhar. 

   — Eu falei, afaste-se. — Ele rosnou em minha direção, dando outro passo em seguida.

   — Não ouse dar mais um passo, babaca. — disse enquanto subia a minha mão e alcançava uma das flechas. 

   — Reyna, se acalme, tudo bem? — Carl se aproximou novamente, mas não desviei meu olhar. 

   — Rick, ela não vai fazer mal nenhum. — disse Michonne. Ela se aproximou e colocou uma mão no ombro do homem, vulgo Rick. 

   — Não temos tanta certeza. Ela é uma estranha, e olha o que estranhos fizeram conosco até agora. — Ele diz impaciente.

   — Se não fosse por ela, eu poderia estar morto agora. — Carl gritou, finalmente atraindo a atenção de todos. Rick olhou para o filho com o cenho franzido, mas eu continuei encarando-o. 

   — O que quer dizer? — Michonne perguntou por Rick.

   — Quando acordei hoje de manhã, havia dois Walkers do lado de fora da casa. Eu saí pelos fundos e os atraí para mais longe antes de matá-los. — A medida que Carl falava, ele se colocava entre mim e o pai. — Mas eu me distraí, e apareceu um terceiro Walker. Eu caí, e eles caíram por cima de mim. As balas haviam acabado e eu não tinha o que fazer. Estava quase sendo mordido. — Rick não tirava os olhos do filho, com um medo imenso no olhar. Eu conhecia muito bem aquele olhar, porque eu mesma já o usei. — Reyna matou o Walker que faltava, e depois me ajudou a entrar em uma das casas. Nós achamos pudim, mas infelizmente acabou em minutos. — Carl completou, com um ar um pouco divertido pela lembrança.

   Rick respirava irregularmente quando se abaixou — com certa dificuldade — até o filho e o abraçou, e ainda no aperto dos braços de Carl, o homem desviou seu olhar para mim. Seus olhos brilhavam em minha direção agora, como se estivesse agradecendo silenciosamente, ao mesmo tempo que pedia desculpas. Abaixei minha mão que segurava a flecha em resposta. 

                                (...)

   — Voltem em duas horas. — Rick dizia várias e várias vezes antes de Carl e Michonne saírem para procurar suprimentos nas outras casas da pequena cidade, mas antes de sair, Carl pediu para eu ficar com seu pai. Demorei para ceder, mas entendia que Rick no momento estava instável, e precisava de alguém por perto. Babá de um adulto, que ótimo, Reyna. Muito bom. 

   Assim que Carl e Michonne saíram, me joguei no sofá em frente à porta, enquanto Rick subia lentamente as escadas. Só agora, olhando bem para ele, percebi o quanto estava acabado. A camiseta completamente rasgada e suja de sangue. Vários hematomas no corpo e muitos mais no rosto. Um tiro de raspão na perna. Parecia ter sido bem superficial, mas não queria dizer que não estava doendo. Além da mão já enfaixada. — Provavelmente um machucado anterior. 

   O que mais me impressionava em Rick, era que ele não havia nem cogitado em pedir a minha ajuda para subir as escadas, mas também não queria dizer que não poderia ajudá-lo, então me levantei rapidamente do sofá e caminhei até onde o homem estava, quase se arrastando, e tentei colocar um de seus braços em volta dos meus ombros.

   — O que está fazendo? — perguntou ele, me olhando com o canto dos olhos.

   — Não reclame. Quase não se aguenta em pé. — respondi fazendo força enquanto o arrastava até o final das escadas. Rick apontou para o banheiro. Virei meu corpo junto com o do homem e o puxei até o interior do cômodo. 

   Rick retirou o resto de camiseta que ainda cobria o seu corpo. Ele tentou começar a limpar seu rosto, mas novamente tive que me aproximar e ajudá-lo, sem que ele pedisse. O sangue já estava completamente seco em seu rosto, então estava um pouco difícil de limpar. Abri todos os armários do banheiro, e por sorte achei uma pequena caixinha de primeiros socorros. Lá havia gazes, antibióticos e algumas outras coisas que provavelmente poderiam ajudar. 

   — Seu dia de sorte, Big Grimes. — disse enquanto limpava seu rosto com soro fisiológico. Na verdade peguei qualquer líquido que estava lá, já que não fazia ideia de como usar aquelas coisas. Tinha pouquíssimo conhecimento em medicina, mas pelo menos dava para o gasto.

   Terminada a limpeza no rosto, passei para o tronco. Limpei alguns lugares com cortes superficiais e passei pomadas em alguns hematomas na costela e costas. Peguei uma faixa que havia na caixa, enrolei em volta de sua perna e troquei o a que estava completamente suja, na mão direita. Quando terminei, me afastei um pouco para analisar meu pequeno trabalho. 

   — Como se sente? — perguntei já me aproximando novamente para levá-lo até o quarto onde havia uma cama. 

   — Melhor. — Ele respondeu enquanto fazia uma pequena careta na hora que sentava na cama. 

   O silêncio se instalou novamente. Rick não se mexeu, apenas continuou sentado na cama, perdido em seus pensamentos, enquanto eu começava a ficar cada vez mais impaciente. Nunca fui de ficar muito tempo trancada em casa. Sempre gostei de ficar do lado de fora. Graças aos meus dois irmãos mais velhos, me acostumei a ficar quase o dia inteiro no meio do mato, se não fosse caçando, apenas correndo de um lado para o outro, com ou sem companhia. E aquela casa já estava começando a me deixar nervosa. Sem nem perceber, comecei a andar de um lado para o outro, olhando para todos os lados possíveis. Provavelmente iria decorar cada detalhe daquela maldita casa. 

   — Você me lembra um amigo meu andando de um lado para o outro desse jeito. — disse Rick, com um singelo divertimento na voz. 

   — Carl me disse a mesma coisa. — respondi no mesmo instante que parei de andar para olhar para o homem machucado em minha frente. O olhar divertido de Rick mudou para algo que não consegui identificar muito bem. Ele se ajeitou de um jeito desengonçado na cama, e buscou os meus olhos.

   — Sobre mais cedo... — Ele começou. Franzi o cenho em sua direção. — Eu sinto muito. Sabe, pela cena que eu fiz. — Respondi com um leve balanço com a cabeça e um grunhido. 

   — Você não iria conseguir me matar de qualquer jeito. — comentei sentando ao seu lado na cama.

   — Ah é? — Rick me olhou com as sobrancelhas erguidas. 

   — Você ia dar um passo e cair com o seu estado físico no momento. — Fiz mais uma observação. — Aliás, minhas flechas são muito mais rápidas do que seu facão. — Rick riu. Pela primeira vez vi aquele homem soltar uma pequena risada sequer. Apesar de isso não ser uma grande surpresa já que também não sou de sorrir muito. 

   — Obrigado. — disse ele depois de mais alguns segundos de silêncio. Virei meu rosto para o lado, tendo total visão de seus olhos azuis. — Por salvar Carl... E todo o resto. — Ficamos nessa posição, um olhando para o outro durante alguns milésimos, antes de eu desviar meu olhar e me levantar da cama.

   — Você devia descansar. — disse me virando para a porta do quarto. 

   Não esperei resposta antes de sair do quarto, mas pelo silêncio atrás de mim e o pequeno barulhinho da cama, deduzi que Rick seguiu meu conselho. Desci as escadas até o sofá em frente à porta, onde se encontravam meu arco e a aljava com as flechas. Eu não largo aquele arco por nada na vida. Ele era a única coisa que me lembrava meus dois irmãos. Eles juntaram um dinheirinho por muito tempo para me dá-lo de presente no meu aniversario de quinze anos. Treinei muito para conseguir uma mira certeira, mas valeu muito a pena, tanto que hoje em dia, só consigo sobreviver por causa dele.

   Eu precisava sair daquela casa nem que fosse por cinco minutos. Já estava começando a atingir meu ponto de loucura por ficar trancada. Então, aproveitei que Rick provavelmente estava cochilando, e saí pelos fundos. Ergui o capuz e fui direto para a mata. Com sorte poderia achar alguns coelhos ou esquilos para mais tarde. 

   Caminhei para todos os lados possíveis, sem me afastar demais. Já estava quase desistindo e voltando quando vi um pequeno esquilo bem paradinho em uma árvore. Alcancei uma flecha na aljava e posicionei, mirando no pequeno animal. Lembrei de todas as dicas que meu irmão havia me dado para caçar e quando tive certeza da minha mira, atirei, acertando em cheio o pequeno esquilo. 

   Caminhei até ele e o enrolei em um pedaço de tecido velho. Um é melhor do que nada, pensei já voltando para a casa. Amarrei o esquilo em uma corda e pendurei na alça da aljava antes de começar a caminhar. Como sempre, andava prestando atenção em todos os lados, barulhos e cheiros — o cheiro pode, definitivamente, salvar sua vida. — e por sorte, não havia nenhum Walker por perto. 

   Quando cheguei em frente à casa, percebi uma movimentação diferente no interior. Primeiramente pensei que fossem Carl e Michonne, que já tinham voltado, mas depois deduzi que eram muito mais de duas pessoas, e pelas vozes altas — bem idiota gritar daquele jeito em um apocalípse. — com certeza eram todos homens. 

   Pensei em entrar escondida para ajudar Rick, mas não iria dar certo. Pareciam muitos e estavam espalhado demais pela casa. Um com certeza iria me ver apesar de eu saber me esconder muito bem. Dei a volta pela casa, me abaixando em cada janela que passava, quando vi uma movimentação diferente na janela do banheiro. Era Rick saindo com toda dificuldade. Corri até ele e o ajudei a sair de lá mais rápido, seguindo até a lateral da varanda. 

   Rick pegou seu revólver, que só percebi que ele tinha agora, e destravou. Ele estava quase se levantando para atacar o único homem na varanda, quando em segundos vi Michonne e Carl se aproximando. Meu cérebro nunca trabalhou tão rápido ao ponto de segurar no ombro de Rick e puxá-lo para trás. Ele me olhou com os olhos arregalados, e eu apenas apontei para frente, mostrando a dupla se aproximando. 

   Ele pareceu entender, então apenas colocou sua mente para funcionar tentando bolar alguma coisa para sairmos dali ou avisarmos Carl e Michonne para se afastarem. Uma gritaria dentro da casa começou de repente, e o homem que estava na varanda correu para dentro do imóvel. Era a nossa deixa para sairmos em disparada de lá. Ajudei Rick a se levantar antes de corrermos e puxarmos a samurai e o Little Grimes de lá. 

                               (...)

   — Onde você estava? — Rick perguntou assim que conseguimos alcançar uma distância maior e mais segura da pequena cidade. 

   — Capturando nossa janta. — respondi grossa, apontando para o esquilo preso na aljava. 

   Continuamos nossa caminhada por várias horas, até chegarmos à exaustão extrema. Decidimos acampar na mata aquela noite, e o esquilo que serviria para a janta, ficou para o almoço. Mas mesmo assim não satisfez nenhum dos quatro, e para piorar, não consegui capturar mais nenhum animal que fosse no caminho. Com a ajuda de Michonne, consegui fazer uma pequena fogueira. Ficamos em volta do fogo, tentando distrair nossas mentes com alguma conversa idiota.

   — De um à dez, qual o tamanho da fome de vocês? — Rick perguntou.

   — 15. — Carl respondeu com um sorriso fraco no rosto.

   — 28. — Michonne falou também sorrindo. Todos olharam para mim esperando uma resposta. Encarei-os por alguns segundos antes de dizer:

   — Muita. — Os três em minha frente riram como resposta, enquanto eu apenas ergui fracamente um dos cantos dos lábios. 

   A conversa continuou até chegarmos na parte que me perguntavam sobre o começo de tudo isso. Aquele era um assunto que realmente me assustava e trazia, não só a mim, mas a todos, lembranças horríveis e pesadelos. Sem contar que me fazia lembrar dos meus irmãos.

   — Eram só você e seus irmãos no começo? — Carl perguntou. Suspirei antes de responder. 

   — Sim. — respondi tentando evitar ao máximo as imagens do começo. — Nós até achamos algumas pessoas no caminho, mas ou elas morreram ou sumiram de nossas vidas. No fim, ficamos só nós três. Sobrevivendo à tudo isso. — Já era. As imagens invadiram minha cabeça novamente. Imagens dos dois, e imagens de nossa separação. 

   — Eles...? — Michonne deixou o resto da pergunta voando no ar. 

   — Não sei. — disse desviando meu olhar para o chão. — Me perdi dos dois depois de um tempo. — Não foi exatamente assim, mas eu odiava falar no assunto, e essa foi a melhor resposta que achei para todos que me perguntassem a mesma coisa. — Vão dormir, eu fico de vigia. — Encerrei o assunto antes que as lembranças ficassem piores. Os três pareceram entender e confirmaram com a cabeça. 

                                (...)

   Os dois dias seguintes foram exatamente como o anterior. Andamos até à exaustão. Mas no primeiro dia conseguimos achar uma casa um pouco velha pelo caminho. Havia alguns chocolates e suprimentos. Eram escassos mas dava para nos alimentar um pouco. Também consegui capturar alguns esquilos, e conseguimos achar um pouco de água e uma estrada de trilhos de trem.

   A primeira placa que vimos nos trilhos, me deixou bastante intrigada. Nela lia-se: "Santuário para todos. Comunidade para todos. Os que chegam sobrevivem: TERMINUS." Nós quatro ficamos duvidosos, mas mesmo assim seguimos na direção apontada no mapa até o tal Terminus, por pura curiosidade.

   Já era noite novamente, e como sempre já estávamos exaustos. Iríamos parar onde estávamos, mas Rick avistou um carro mais alguns quilômetros adiante. Mesmo que não funcionasse, o veículo seria um bom lugar para Carl dormir em segurança, e foi por esse motivo que Rick queria chegar até ele. 

   — Vá descansar, Carl. — disse Rick enquanto abria a porta do banco de trás do carro. O garoto entrou depois de abraçar o pai rapidamente. 

   Eu, Rick e Michonne nos sentamos nos trilhos em frente ao carro. Novamente o famoso momento de conversas inúteis e aleatórias começou. Mas dessa vez nenhum deles fez menção sobre o começo disso tudo. Até Rick fazer a primeira pergunta.

   — Sabe, Reyna. Sempre que encontro alguém novo, faço as mesmas três perguntas. — disse ele olhando diretamente em meus olhos. — Quantos Walkers você matou? — Essa pergunta com certeza foi a mais idiota que eu já ouvi na minha vida.

   — Acho que ninguém sabe a resposta exata, Big Grimes. — respondi sarcástica. Fiz uma careta demonstrando minha ironia, mas Rick continuou sério, olhando em meus olhos. 

   — Quantas pessoas você matou? — Fez a segunda pergunta. 

   — Isso importa? — perguntei já impaciente.

   — Apenas responda, por favor. 

   — Quatro. — respondi segundos depois em um grunhido.

   — Por que? — Michonne continuava em silêncio, esperando minha resposta, assim como Rick. 

   — Três delas foi para me defender. Elas tentaram me matar, mas não conseguiram. — falei com a voz um pouco mais rouca. — E a outra, porque me pediu. Ela iria se transformar... — Deixei o resto da resposta no ar. Já era muito óbvio o que aconteceu depois. 

   — Você nunca mencionou seu sobrenome. — Rick fez uma observação, mudando completamente de assunto. — E também não fala o nome dos seus irmãos quando os menciona em alguma conversa. 

   Era impressionante como Rick mantinha seus olhos fixos nos meus. Ele tinha belas íris azuis, mas mesmo assim era assustador tê-las com a completa atenção em você. Rick era um cara completamente misterioso e complicado de entender. Mas ao mesmo tempo não conseguia desviar os verdes dos meus olhos dos azuis em minha frente. Era bizarro o jeito que queria tanto desviar o olhar mas ao mesmo tempo queria ficar encarando-o por um longo período de tempo. 

   — Não gosto de tocar no assunto. — disse em um grunhido. — Não importa mais meu sobrenome. Nenhum importa. Eles não servem para mais nada agora, assim como os nomes dos meus irmãos também não importam. Eles estão provavelmente mortos. Para qual finalidade vou ficar lembrando deles? — Soltei tudo de uma vez, com a voz ainda rouca pelo tom baixo.

   — Eu sei que não quer ficar lembrando, Rey. — Michonne tomou a palavra de Rick. — Mas Rick está querendo dizer que, se precisar conversar com alguém sobre assuntos como esses, estamos aqui. Você é da família agora. — A morena me lançava um olhar confortável. Encarei aquele olhar o tempo que consegui, antes de suspirar pesadamente.

   — Eu vou dar mais uma olhada, e ver se é pelo menos um pouco seguro aqui. — disse me levantando e pegando o arco e a aljava de flechas. Rick e Michonne se limitaram em assentir em minha direção.

   As palavras de Michonne ficavam ecoando repetidas vezes em minha cabeça, junto com as malditas imagens dos meus irmãos. Me embrenhei na mata procurando por alguma coisa que me fizesse esquecer, mesmo que por um segundo, tudo aquilo de fim do mundo e perdas. 

   Me escondi atrás de uma árvore assim que ouvi os grunhidos horríveis daquelas coisas. Pelos sons dos passos não eram muitos. Talvez dois ou três, e eram exatamente esses dois ou três que eu iria usar para me distrair. Assobiei para chamar a atenção, ainda escondida na árvore. O primeiro Walker caminhou até a minha direção enquanto eu alcançava uma das flechas e posicionava no arco. Atirei quando pensei estar em uma distância segura, mas os dois outros já haviam me visto, e se aproximavam.

   Empurrei um deles para o lado, a fim de enfiar a faca na cabeça do segundo. Na hora que puxei a lâmina de volta, o outro Walker já estava com sua boca aberta, pronto para abocanhar minha carne. Hoje não, colega. Alcancei sua têmpora com a faca. Esse foi até mais fácil, deveria estar mais apodrecido do que o outro.

   Suspirei pesadamente enquanto me afastava dos dois mais recentes, e fui até o terceiro. Coloquei um dos pés em sua garganta e empurrei, enquanto puxava com a mão a flecha que atravessava sua testa. Encarei alguns bons segundos a ponta da flecha, como sempre fazia quando atirava, verificando se ela ainda estava inteira. É um saco fazer flechas, então sempre torcia para que nenhuma delas quebrasse. 

   Hora de voltar, Reyna. A voz da minha consciência dizia repetidas vezes. Virei para o lado que tinha vindo e caminhei de volta até onde Rick, Michonne e Carl estavam, mas quanto mais eu chegava perto, mais eu me escondia entre as árvores. O motivo? Um grupo de homens apontava armas para Michonne e Rick e outro segurava Carl pelo pescoço. Provavelmente são os desgraçados que invadiram a casa onde estávamos. Além das armas, parecia ter alguém apanhando perto do carro. Não consegui enxergar quem era. Minha cabeça fervilhava pensando em uma maneira de salvá-los, e a primeira coisa que ouvi saindo da boca de um deles, gelou meu coração:

   — Hora de morrer, parceiro. 


Notas Finais


FOI ISSO, WALKERS! Tinha que ter as três perguntinhas famosas na fic né galera hahaha❤️ Espero muitíssimo que tenham gostado!! Comentem bastante o que estão achando, ou se quiserem dar alguma ideia para a história, posso ver se consigo encaixá-la!

Recadinhos:
- MUITO obrigada mesmo pelos favoritos e comentários! Sério galera, fiquei muito felizona hahahahah
- Já vou avisar que vão ter alguns capítulos com músicas, que eu me inspirei para criar toda a situação em que ela aparece, e TODAS as musicas que eu citar na fic, vou colocar o link e o nome dela aqui nas Notas Finais, belezera?
- Se quiserem que eu coloque o link da Not Gonna Die, coloco nos próximos capítulos, mas se já quiserem pesquisar, é da banda Skillet Blz?

É isso, Walkers!! MUITO obrigada mesmo por lerem! BEIJOS DA BALEIA🐳❤️


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