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História Not Gonna Die - Season 1 - You are dead


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


WALKERS CHEIROSOS, EU VOLTEEEEEIIIIIIII!!! Como toda quinta feira pretendo voltar!!

Primeiramente, queria MUITO agradecer todos os favoritos e comentários do cap passado! VOCÊS SÃO INCRÍVEIS, sério mesmo!! Amei todos❤️❤️

Vamos lá, galera, um capítulo depois do almoço, todo mundo de barriguinha cheia já preparados para o que vem nesse capítulo... só digo uma coisa! Segura na mão de Deus e vai... preparem os coraçõezinhos, porque VAI TER REENCONTRO NESSA PORRA kkkkkkkkk

SEM MAIS DELONGAS, BOA LEITURA❤️

Capítulo 4 - You are dead


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - You are dead

Pov. Reyna

   Meu sangue fervilhava no momento que puxava uma das flechas da aljava e apontava para o homem que parecia o líder. Não precisei soltar, porque Rick foi mais rápido e socou o rosto alheio, e essa foi a deixa para Michonne enfiar a espada no peito de um deles, para eu soltar a flecha e acertar na têmpora de outro, e para o homem que estava apanhando no canto reagir e acabar com os outros dois. 

   O homem que segurava Carl tinha seu olhar apavorado enquanto eu me aproximava com os olhos em chamas. Ele soltou Carl e quase implorou por misericórdia, mas Rick avançou em seu pescoço e arrancou um pedaço da carne do homem. Aquilo fez com que mesmo eu me surpreendesse e puxasse Carl para mais perto. Segurei a cabeça do garoto tentando protegê-lo de ver seu pai agindo daquela maneira.

   Como se já não bastasse, Rick pegou sua faca da bainha e esfaqueou diversas e variadas vezes o homem. Ele rasgou todo o peito do pobre coitado, e não parava por um segundo. Seu rosto, roupas e corpo de encharavam cada vez mais com o sangue. Carl tinha seu olhar fixo e amedrontado em seu pai, e minha vontade de tirá-lo daquela cena e fazê-lo esquecer se tornava cada vez mais forte.

   — Rick, já chega. — falei alto o bastante para fazer o homem parar com o que fazia e me olhar com fúria nos olhos, que foi diminuindo à medida que percebia o que havia feito diante dos olhos do próprio filho. 

   Rick desviava seu olhar de Carl para mim várias vezes. O branco que rodeava o azul de seus olhos se encheu de lágrimas. Sua respiração estava irregular. Tentei ao máximo lhe lançar um olhar reconfortante, apesar de que "estar confortável" era uma coisa que nenhum de nós sabíamos o que era. Eu iria falar alguma coisa, mas outra pessoa abriu a boca antes de mim.

   — Reyna? — Nem notei uma quinta presença até aquele momento.

   Virei rapidamente meu rosto para ver quem era o sujeito que chamava meu nome. Franzi fracamente o cenho tentando ver o rosto escondido pela escuridão da noite e pelos cabelos longos e castanhos do homem. 

   Minha respiração falhou ao mesmo tempo em que arregalava os olhos e dava um ligeiro passo para trás. As imagens voltaram. Meus dois irmãos e eu sobrevivendo, até aquele maldito dia... Sem perceber, estava ofegante e meus olhos se enchiam de lágrimas involuntariamente. Ele estava bem à minha frente, em um estado não tão diferente de mim. Meu irmão estava lá. Daryl estava lá. 

   I saw her bleed
   (Eu a vi sangrar)

   You heard me breath
   (Você me ouviu respirar)

   And I froze inside myself
   (E eu congelei por dentro)

   And turned away
   (E me afastei)

   I must be dreaming
   (Eu devo estar sonhando)

   Suas mãos tremiam, junto do resto do corpo. Seus olhos arregalados e a respiração entre-cortada demonstravam surpresa, dor, tristeza, mais um pouco de dor, medo, e principalmente a dor. Aquela dor que eu prometi a mim mesma não voltar a ver, mas agora com as orbes azul esverdeadas percorrendo todo meu rosto e corpo, tentando confirmar se eu estava realmente ali, me faziam querer correr e nunca mais voltar a ver aquele olhar novamente. Aquilo me matava lentamente por dentro. Corroía todo o meu coração. 

   — Reyna... — Ele repetiu em um fio de voz. Dei mais um passo para trás. Daryl repetiu meu ato. — Não. Não pode ser ela. — Ele franziu o cenho, ainda com os olhos arregalados. 

   We all live
   (Todos nós vivemos)

   We all die
   (Todos nós morremos)

   That does not begin to justify you
   (Isso não começa a justificá-la)

   — Daryl... — Sussurrei de volta, mas ele me interrompeu.

   — Pare. — gritou ele. — Pare, você não é real. É uma imagem que minha mente perturbada está vendo. — Ele dizia a si mesmo, andando de um lado para o outro. Michonne e Carl observavam confusos a cena, enquanto Rick se aproximava devagar de meu irmão. — Não se aproxime, Rick. — gritou mais uma vez.

   It's not what it seems
   (Isso não é o que parece)

   Not what you think
   (Não é o que você pensa)

   No, I must be dreaming
   (Não, eu devo estar sonhando)

   — Daryl, se acalme... — Rick tentou falar.

   — NÃO. NÃO VOU ME ACALMAR. — Ele olhou para Rick por alguns segundos antes de desviar seu olhar para mim. — VOCÊ ESTÁ MORTA! NÃO TINHA COMO SOBREVIVER ÀQUILO. — Daryl apontava o dedo indicador na direção dos meus olhos. — Vai embora... Por favor, saia da minha cabeça. — Ele dizia olhando para o chão, enquanto chorava. — Vai embora...

   It's only in my mind
   (Está apenas em minha mente)

   Not in real life
   (Não na vida real)

   No, I must be dreaming 
   (Não, eu devo estar sonhando)

   Não quis nem ouvir o que Rick iria dizer, a única coisa que fiz foi correr de volta para a mata. Ignorei os chamados de Carl e Michonne enquanto corria desesperadamente por entre as árvores. Nunca pensei que fosse reencontrar meu irmão. Nunca pensei que se reencontrasse, ele reagiria daquela maneira. Daryl não era o mais explosivo se me lembro bem. 

   Um vazio imenso se encontrava em meu interior. O pior não foram nem as palavras, mas sim o olhar. Sua dor era extremamente perceptível em seus olhos, e me torturavam lentamente, como se pequenos, mas profundos, cortes rasgassem meu coração. Meu desejo era desaparecer daqui e arrancar a dor no olhar de meu irmão mais velho. 

   It's not what it seems
   (Isso não é o que parece)

   Not what you think
   (Não é o que você pensa)

   No, I must be dreaming
   (Não, eu devo estar sonhando)

   Apenas parei de me movimentar entre as árvores quando minhas lágrimas me cegavam por completo. Eu parecia a porra de uma garotinha assustada, correndo e soluçando por aí, mas não estava dando a mínima para isso naquele momento. Eu queria chorar, chorar tanto como se isso fosse fazer Daryl parar de sentir dor. Eu deveria ter morrido aquele dia. Foi com esse pensamento que a escuridão chegou até mim. 

   It's only in my mind
   (Está apenas em minha mente)

   Not in real life
   (Não na vida real)

   No, I must be dreaming 
   (Não, eu devo estar sonhando)

                                (...)

   O burburinho de vozes e a claridade me acordaram. Assim que recuperei meus sentidos, percebi que estava no banco da frente, que estava reclinado, de um carro. As imagens voltaram. Tanto do meu passado, quanto da noite passada. Me surpreendi em ainda ter um coração quando pude senti-lo apertar violentamente em meu peito. 

   No banco de trás, Michonne estava sentada com a cabeça de Carl em sua coxa. Ela me lançou um singelo sorriso com o canto dos lábios. Nem tentei devolver. Sorrir era definitivamente a última coisa que queria ou conseguiria fazer naquele momento. 

   — Disseram que procuravam por um homem que matou um deles. — Aquela voz era inconfundível. Daryl. — Eu ia fugir no meio da confusão, mas quando vi que eram vocês... — Ele deixou o resto da frase no ar. — Não tinha ideia do que eles seriam capazes de fazer.

   — Ei, não é culpa sua. — A voz de Rick ecoou em meus ouvidos, rouca. — Não é, tudo bem? — Longos segundos de silêncio se fizeram presentes. — Você é meu irmão.

   A simples frase voou até mim como um soco certeiro. Naquele momento, me lembrei da frase que mais ouvi na minha vida vinda da boca de Daryl. Você é minha irmã. Nunca deixarei nada acontecer contigo. Fechei os olhos tentando espantar aquilo da minha mente, e quando os abri de novo, Michonne olhava para mim, com pena. Outra coisa que nunca quis que sentissem por mim. Pena.

   — E por mais que fique tão perturbado, Reyna também é sua irmã. — Suspirei pesadamente ao ouvir as palavras de Rick, mas Daryl não respondeu sobre o assunto.

   — Aquilo que fez ontem... Qualquer um teria feito. — Ele mudou de assunto depois de alguns longos segundos em silêncio. — Aquele não era você, Rick.

   — Uma parte era eu. Você não se lembra do que fiz a Tyreese? — Rick disse. Não fazia ideia de qual expressão estava em seu rosto no momento. — Tudo o que importa é que Carl está aqui. E eu vou protegê-lo. 

   Virei meu rosto involuntariamente para Carl, e não me surpreendi quando vi que ele estava acordado, em silêncio, apenas ouvindo tudo. Os olhos vazios. A respiração calma. Me irritava tanto que crianças da idade dele tivesses que passar por todo esse mundo horrível. Era a vez da geração dele de governar tudo isso, mas outras gerações de mortos vivos estão comandando. E isso acontecerá por muito tempo. Carl era apenas uma criança. 

   Olhei de relance para fora do carro e avistei meu arco e minha aljava de flechas perto da roda da frente. Abri a porta e pulei para fora, sem fazer nenhuma questão de olhar para os outros dois. Me abaixei para pegar a aljava e senti o grande peso dos dois pares de olhos me olhando enquanto passava a alça pelo tronco e me abaixava novamente para pegar meu arco com a mão esquerda. 

   — Rey. — Ignorei a voz de Rick chamando meu nome e comecei a andar até a mata. — Reyna. — Ele chamou novamente, mais alto. 

   Adentrei a mata em segundos, ainda ignorando o chamado de Rick. Eu tinha plena certeza de que ele estava vindo atrás de mim, mas também não liguei. No fundinho tinha uma pequena esperança de Daryl também vir atrás de mim, mas pela sua reação noite passada, isso seria quase impossível. 

   Apenas parei de andar quando uma mão segurou meu ombro, me fazendo parar. Me virei para ver os olhos azuis de Rick. Ele ficou alguns longos segundos apenas encarando meus olhos. Mais uma vez, não conseguia desviar meu olhar do seu. Não sei como Rick conseguia me fazer ficar tão vidrada em seus olhos. Aquilo me fazia lembrar da noite passada, e eu já sentia a porra das lágrimas tentarem surgir em meus olhos novamente.

   Rick pareceu ter percebido as lágrimas, porque em milésimos ele me puxou para um abraço. No começo eu arregalei os olhos, sem esboçar nenhuma reação sequer. — Digamos que demonstrações de afeto não eram tão comuns em minha família. — Aos poucos, fui relaxando meus músculos e subindo meus braços até a cintura do homem a minha frente. 

   Me permiti apertá-lo um pouco enquanto apoiava meu queixo em seu ombro. Naquele momento me toquei que nem me lembrava da última vez que havia recebido um abraço. Rick levou a mão até meus cabelos trançados e fez uma pequena carícia ali antes de me soltar e se afastar um pouco.

   — Está tudo bem? — perguntou ele. Sério, Rick?

   — Eu não sei. Pergunte ao seu amigo ali atrás. — respondi grossa em um grunhido. Rick desviou seu olhar para o chão.

   — Apenas... Vamos voltar, ok? — disse ele tentando me puxar de volta. — Quero retomar nosso caminho o mais cedo possível. — Hesitei por alguns instantes. Não sei se estava preparada para encarar meu irmão, mas Rick segurou minha mão direita e apertou confortavelmente.

   Franzi o cenho na hora que ele me puxou, pensando em como ele conseguia me convencer facilmente sobre tudo. Isso estava começando a me irritar, mas ao mesmo tempo era bom, porque Rick parecia ser maduro o bastante para me convencer de fazer a coisa certa, pelo menos. 

   Quando voltamos para os trilhos, soltei minha mão do aperto de Rick, que virou seu rosto rapidamente em minha direção um pouco confuso. Desviei minha atenção para Carl e Michonne, que já estavam fora do carro. Michonne arrumava a espada nas costas, e Carl olhava distraidamente para algum ponto fixo na mata.

   Meus olhos logo desviaram até Daryl. Ele também se encontrava distraído, mas olhando cada uma das flechas de sua besta. Confesso que senti muito a falta dessa besta. De Daryl. De Merle... Espera, eu não vi Merle em lugar algum até agora e do jeito que eles são, Daryl não conseguiria ficar nem um segundo longe de seu precioso irmão mais velho. Caminhei até Michonne na intensão de obter alguma informação sobre o meu irmão, já que eu sabia que Daryl não queria nem olhar na minha cara, quem dirá falar comigo.

   — Michonne. — Eu até tentei chamá-la mas a voz de Rick chamando o nome da mulher foi mais alta do que a minha. — Está pronta? — perguntou recebendo um aceno afirmativo como resposta. — Vamos embora.

                                (...)

   Logo nossa caminhada voltou, agora com mais um integrante. Daryl caminhava afastado de mim, ao lado de Rick — que percebi que segurava uma bolsa azul. Deduzi serem as armas dos homens de ontem à noite — e Michonne, ao passo que Carl caminhava afastado do pai, ao meu lado. Ele mantinha a cabeça baixa enquanto caminhava, com o olhar distante. Rick virava a cabeça várias vezes na esperança de que seu filho o olhasse de volta, mas isso nunca acontecia. 

   — O que tanto está pensando? — Sei que não era a melhor pergunta para começar uma conversa, mas eu nunca soube exatamente como começar um diálogo, então recebi um olhar irônico e raivoso por parte do garoto. — Foi mal... — Carl voltou seu olhar para o chão. 

   — Por que Daryl não fala com você? — perguntou ele em um sussurro depois de alguns minutos. Aquele famoso aperto no coração se fez presente antes que eu respondesse.

   — Achei que já conhecesse os Dixons o bastante. — respondi no mesmo tom de voz. Carl bufou algo parecido com uma risada. 

   — Conheço tão bem, que sei que não está preparada para contar sua história ainda. — disse ele logo depois. Imitei sua reação segundos antes. — Hey, olha ali. — O garoto apontou em algum lugar para a mata. Segui seu indicador até uma árvore próxima, onde um pequeno esquilo estava pendurado no tronco. 

   — Jantar garantido. — falei enquanto puxava uma das flechas da aljava. — Comemore, Little Grimes. — Abaixei ao lado de Carl e concentrei meu olhar no pequeno esquilo.

   Mais uma vez os passos da caça que meu irmão me ensinara passaram rapidamente pela minha cabeça. Me lembrei da época que o mundo ainda era governado pelos vivos, quando eu e Daryl saíamos para caçar, ou eu e Merle corríamos atrás de encrencas na cidade. Me obriguei a espantar as lembranças e me concentrar apenas no pequeno animal na árvore, mas quando ia soltar a flecha...

   — Reyna! — A voz de Rick soou alta em meus ouvidos, consequentemente eu errei a mira, e consequentemente o esquilo fugiu. Bufei, profundamente irritada. Olhei para Rick com fúria, mas ele continuou com o mesmo olhar em mim. — Fiquem perto. — Revirei os olhos enquanto corria até onde a flecha havia acertado. 

   Puxei a flecha da árvore e olhei automaticamente para a ponta. Que ótimo, Big Grimes, uma a menos, pensei enquanto olhava a ponta destruída da flecha. Joguei-a longe antes de voltar para os trilhos, pisando duro e com fogo nos olhos. Rick, Michonne, Daryl e Carl me esperavam parados. Passei por todos eles, mas antes parei onde Rick estava e disse:

   — Me deve uma flecha e um esquilo ao seu filho. — Encarei seus olhos durante algum tempo antes de desviar meu rosto do seu e voltar a andar, tomando a frente do grupo.


Notas Finais


NÃO ME MATEM, WALKERS CHEIROSOS, POR FAVOOORRRR!! Quinta que vem tem Pov do Daryl para vocês saberem como ele está se sentindo!!

Manooooo ameiiiii escrever esse capítulo, e a música que coloquei deu um up maior Ainda no drama heheheheheh
GALERA VOU COLOCAR O LINK DA MÚSICA AQUI!!
Bleed - Evanescence
https://youtu.be/QRzbwFdu1rc

Acho que é tudo que tenho para falar!! MUITO brigada por leremmm!! SEUS LINDOS ATÉ QUINTA!!❤️ beijos da Baleia🐳❤️


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