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História Not Gonna Die - Season 1 - Memories


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


WALKERS CHEIROSOSSSSSSS VOLTEEEEEIIIIIIII!!!! Então galera, era pra eu postado mais cedo, só que a preguiçosa aqui dormiu hehehe MAS ESTOU AQUI AGORA!!

GENTEEEE SEUS LINDOOOOSSSS, MUITO obrigada pelos comentários e favoritooooossssss!! AAAAHHHHHH FIQUEI MUITO FELIZ!!❤️

Gente, vem aí uma Pov. do Daryl para saberem como ele se sentiu com o reencontro... nesse cap ele da algumas pequeninas dicas sobre o que aconteceu quando ele estava com ela, oká? Kkkkkk

Sem mais delongas, Boa Leitura❤️

Capítulo 5 - Memories


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - Memories

Pov. Daryl Dixon

   Eu com certeza devia estar sonhando quando vi minha irmã bem diante dos meus olhos. Achei que era uma alucinação, mas aquilo mexeu de um jeito completamente desconfortável comigo. As lembranças dela invadiam minha mente a todo segundo, me fazendo sofrer cada vez mais. Eu devia estar feliz por tê-la em minha frente de novo, não é? Não naquele momento. 

   O resto do meu coração se quebrou em mil pedaços apenas quando vi o castanho de seus cabelos desenhados em uma trança. Ela sempre amou usar aquela trança, dês de quando éramos pequenos. Quando vi o azul esverdeado de suas orbes, os caquinhos do meu coração param de bater por um momento. E quando vi o resto dela, parada bem em minha frente. Sem ferimentos, sem nenhum defeito. Sempre como minha irmãzinha foi, eu tinha plena certeza de que era apenas uma alucinação. Não havia jeito de ela ter sobrevivido ao que aconteceu

   Essa era outra lembrança que eu sempre, sem excessões, afastava ao máximo da minha cabeça, mas acho que de tanto eu evitá-la, aquele foi o momento para ela explodir em minha mente, em turbilhões de imagens e sentimentos. Eu pensei que perderia de vez a cabeça. Eu queria que aquilo sumisse logo de lá, e pensei que se mandasse Reyna embora, as lembranças iriam junto com ela. 

   Mas não foram.

   Pelo contrário. Elas se intensificaram a medida que Reyna corria para a mata, e quando Rick voltou, com ela desacordada em seus braços, foi o extremo para mim. Não consegui segurar as lágrimas. Elas escorriam descontroladamente. Parte por dor de vê-la daquele jeito, e parte por raiva.

   Raiva, sim. Raiva por Reyna ter fugido aquele dia. Raiva por ela não ter nos procurado quando melhorou. Raiva de ter me feito sofrer igual um marica achando que ela estava morta, vagando por aí como um cabeça oca imundo e fedido. E principalmente raiva por não estar feliz em vê-la viva, em minha frente. Talvez teria sido melhor se ela tivesse realmente morrido. 

   Tentei evitar e desconversar ao máximo qualquer assunto relacionado à minha irmã, que Rick, Michonne ou até mesmo Carl iniciavam. Passei a noite em claro junto com Rick. Ele percebeu que eu não queria tocar no assunto da minha família, e ficou apenas em silêncio ao meu lado, apenas me fazendo companhia, enquanto Michonne, Carl e Reyna dormiam no carro. Eu sinceramente não sabia o que fazer. Não estava preparado para conversar com ela, não agora. A saída era, como sempre, me fechar mais ainda.

   Se eu disser que não estava com vontade de abraçá-la, ao mesmo tempo que brigava com ela por ter passado tanto tempo longe de mim, eu estaria mentindo a mim mesmo. E minha vontade aumentou mais quando a vi com a mira no pequeno esquilo na árvore. Lembrei dos tempos antigos quando saíamos para caçar. Ela inclinava a cabeça na hora que mirava em seu alvo e tensionava o maxilar. Minha mente repetia a mesma frase que sempre disse a ela quando a ensinei a caçar. Mantenha toda a atenção no alvo, e nunca errará. 

   O grito de Rick chamando seu nome não assustou só a ela, mas percebi que estava tão concentrado em ver minha irmã caçando novamente no momento, que dei um pequeno pulo e olhei rapidamente para o homem. Reyna ficou furiosa por ele ter feito-a errar. Ela sempre ficava furiosa quando algo ou alguém a atrapalhava na caçada. Acho que teve à quem puxar.

   Reyna caminhava à frente do grupo, pisando forte, e provavelmente estaria com o cenho franzido, sua mão esquerda estaria apertando tanto seu arco que os nós de seus dedos estariam brancos e todos os xingamentos possíveis já teriam passado por sua cabeça. Percebi que Carl achou graça da reação de minha irmã pelo olhar divertido que lançou a ela. Reyna não viu, mas com toda a certeza a deixaria mais irritada ainda. Querendo ou não, ela é uma Dixon.

   — Tudo bem? — Michonne se aproximou de mim. Balancei afirmativamente a cabeça como resposta. — Sabe que vou continuar insistindo, não sabe? — Repeti o ato, ainda sem olhar para ela. — Daryl... 

   — Acho que vamos ter que acampar mais uma noite. — A voz de Reyna interrompeu a fala de Michonne. No fundo agradeci por aquela conversa ter acabado, por ora. — Isso se não quisermos chegar de noite nesse tal Terminus. — Ela estava parada em frente à mais uma das placas sobre o suposto lugar seguro. 

   Rick chegou logo depois e olhou o mapa com os próprios olhos. Ele concordou com a cabeça, antes de continuar a andar novamente. Reyna lhe lançou um olhar inconformado enquanto permanecia parada no lugar observando-o avançar pelos trilhos. Carl parou ao lado de Reyna, assim como Michonne, consequentemente, eu parei também. 

   — Por que pararam? — Rick perguntou quando virou-se para nós, colocando as mãos na cintura. 

   — Acho melhor acamparmos mais uma noite. — Reyna repetiu. Rick revirou os olhos e suspirou. — Faça a careta que quiser, mas se chegarmos de noite, estaremos cansados. Já estamos com fome, se precisarmos lutar, garanto a você que nenhum de nós voltará a ver a luz do dia. — Ela dizia séria na direção do homem. Não queria admitir, mas Reyna tinha razão. Seria melhor chegarmos quando já estivermos descansados.

   — Ok, você venceu. — disse Rick levantando as mãos para o alto. — Vamos acampar.

                                 (...)

   A noite estava mais escura que o normal. Não havia muitas estrelas no céu, e como estávamos no meio do nada, acabou ficando mais escuro e solitário ainda. Carl estava ao lado de Michonne, calado, ao passo que Rick estava um pouco mais afastado, olhando para o nada, e às vezes olhava para o filho. 

   Reyna estava isolada também, mas bem longe de mim. Uma parte de mim não gostava daquela distância. Mas meu orgulho falava mais alto. Ela olhava distraída cada uma de suas flechas quando se levantou, colocou a aljava pendurada no tronco, pegou o arco e caminhou em direção à mata. Minhas palavras saíram antes mesmo de eu pensar:

   — Aonde pensa que vai? — perguntei em um grunhido alto. Ela paralisou seu corpo no lugar e virou-se para mim. 

   Reyna não sabia se arregalava os olhos, ou apenas ensaiava algo na cabeça para dizer. Ela olhou para mim surpresa. Parte por eu ter direcionado uma palavra a ela dês da noite passada, e parte por ter que dar uma explicação do que faria, coisa que ela, e todo verdadeiro Dixon, detestava. 

   — Vou procurar algo para comer. — disse ela depois de alguns instantes me encarando. Meu instinto protetor gritava para ir junto ou não deixá-la ir. Mordi o interior da minha bochecha, tentando controlar minha fala.

   — Vou junto. — Não deu certo. Merda, não estava preparado para ficar sozinho com ela. Mais uma vez, Reyna arregalou os olhos em surpresa, mas agora era apenas por que eu estava trocando mais palavras com ela. Ela franziu o cenho antes de concordar com a cabeça e voltar seu caminho até a mata.

   Peguei a besta e fui na mesma direção que ela. Rick estava tão distraído que duvido que tenha prestado atenção na conversa. Carl estava com a mesma carranca de antes, mas Michonne me olhava com um mínimo sorriso. Revirei os olhos antes de adentrar a mata a minha frente.

   Reyna me esperava, com o capuz levantado. Ela era uma ótima caçadora de noite, por conseguir se esconder muito bem e silenciosamente. Ensinei a ela tudo o que ela sabe, mas ela sempre foi melhor do que eu na parte da noite. Quase não se ouviam os sons dos seus passos, ao contrário dos meus. 

   — Pare de fazer barulho. — disse ela involuntariamente. Ela nunca gostou quando eu saía para caçar com ela à noite justamente porque eu fazia mais barulho que o normal. Soltei um grunhido em resposta. 

   Reyna continuou andando pela mata, tentando achar rastros de algum animal. Eu procurava de um lado e ela do outro. Estávamos em completo silêncio, mas estava confortável. Realmente estava. Me senti como nos velhos tempos, nem que tenha sido apenas por alguns minutos. 

   — Na árvore. — sussurrou ela, apontando para uma árvore mais distante, com um pequeno esquilo no tronco.

   Ela caminhou, ainda sem um mísero barulho, em direção à árvore. Reyna se posicionou da mesma forma de sempre depois que pegou uma das flechas e a preparou no arco. Não tirei os olhos dela nesse meio tempo. Quero dizer, não tirei até sentir o tão familiar cheiro de morte e ouvir os conhecidos gemidos. 

   Um Walker se aproximava de minha irmã, mas ela estava tão concentrada no esquilo que nem se deu o trabalho de perceber. Em um impulso ergui a besta e mirei no cabeça oca. Exatamente na mesma hora que Reyna atirou, eu também o fiz. O esquilo caiu, seguido do Walker. A morena deu um pequeno pulo ao perceber o morto ao seu lado. 

   Ela desviou seu olhar para mim com a respiração um pouco irregular. Antes de caminhar até onde a flecha e o esquilo caíram, Reyna me lançou um aceno com a cabeça. A morena abaixou novamente o capuz assim que passou por mim para voltar até onde o resto do pequeno grupo estava. Novamente a sensação nostálgica me atingiu quando coloquei os olhos em sua única trança, que atravessava toda a lateral de sua cabeça. Me lembrei de Reyna pequena. Uma criança ainda indefesa, com a mesma trança nos cabelos. Só então percebi o quanto minha irmãzinha crescera.

   — Parece que não devo mais um esquilo. — disse Rick assim que voltamos.

   — Continuo com uma flecha a menos. — Reyna respondeu em um grunhido. — De qualquer jeito isso vai impedir que morremos de fome antes de chegarmos no Terminus. — Ela se sentou ao lado do ex-xerife, pegou uma faca da bainha em seu cinto e se preparou para limpar o pequeno animal, exatamente do jeito que eu havia ensinado.

   Observei Reyna silenciosamente. O jeito que franzia as sobrancelhas quando estava extremamente concentrada em algo me lembrava de quando ela tinha nove anos. Ela tentava fazer um desenho que a professora de sua escola — na época que nossa mãe ainda estava viva e dava importância a nós — havia pedido. Ela ficara quase uma hora desenhando, sempre com as sobrancelhas franzidas, indicando sua concentração. Quando ela acabara o desenho, me pedira para que eu fosse com ela caçar. Não fora necessário ela implorar, porque eu gostava de ensinar minha irmãzinha a caçar. 

   — O jantar está servido. — disse ela após alguns segundos limpando o esquilo para que pudéssemos comer. 

   Carl e Michonne se aproximaram. Reyna lhes entregou um dos pedaços da carne. Rick pegou em seguida, e quando ela desviou seu olhar até mim, para me entregar um dos pedaços, apenas balancei fracamente a cabeça em negação. Eles precisavam mais da comida do que eu. Inclusive ela

   — Continua o mesmo de sempre, percebi... — disse ela em um rosnado enquanto revirava os olhos e levava um pedaço da carne até a boca, lambendo os dedos em seguida. Coisa que ela aprendera comigo e Merle. 

   Reyna se levantou de onde estava com um pouco da carne nas mãos. Ela caminhou até a minha direção e estendeu o alimento para mim. Encarei-a como um desafio a ela continuar insistindo. A morena acabou me desafiando de volta, levando a carne para mais perto da minha boca. Revirei os olhos e bufei enquanto pegava a carne em sua mão. Levei o pedaço à boca e, como Reyna, lambi os dedos quando terminei. Minha irmã lançou-me um olhar satisfeito e voltou até seu lugar ao lado de Rick.

                                (...)

   A noite passou, sem pesadelos dessa vez. — Coisa bem incomum nesse meio tempo. — Rick e Reyna passaram parte da noite vigiando, e apenas dormiram quando trocaram o turno comigo e Michonne. Poupamos o pequeno Carl de acordar. O moleque precisava descansar de qualquer jeito, apesar de parecer que ele não tivera uma noite muito tranquila por conta dos pesadelos. 

   Voltamos a caminhar até o Terminus quase que imediatamente. Foi uma viagem tranquila. Reyna e Rick caminhavam em nossa frente, um tanto afastados, e apesar de não estarem trocando nenhuma palavra sequer, pareciam estar confortáveis ao lado um do outro. Carl e Michonne conversavam de vez em quando, mas eu não abria a boca. Continuei minha conversa interna com os meus sentimentos e lembranças.

   Como previ em minha mente, depois de mais ou menos uma hora de caminhada, avistamos uma grande construção ao longe e mesmo com a distância, era possível de ler, em letras enormes: TERMINUS. Rick resolveu ir pela mata e entrar pelos fundos. Quem quer que sejam aquelas pessoas, queríamos vê-las antes que elas nos vissem. 

   O xerife enterrou a bolsa azul com as armas em um ponto estratégico, caso precisássemos fugir rapidamente. Nos separamos em dois grupos para olhar os arredores, certificando-nos de que não havia ninguém vigiando. Era agora ou nunca que saberíamos se ainda existiria um lugar seguro nesse mundo. Mas confesso que não estava muito confiante nessa hipótese. Não agora.


Notas Finais


FOOOOOIIIII ISSO WALKERS CHEIROSOS!!! Espero MUITÍSSIMO que tenham gostado!! Comentem o que acharam, não sejam tímidos, eu AMO conversar com vocês!!!

E aí, galera, o que acham que vai acontecer no Terminus??? Hehehehe

ATÉ QUINTA QUE VEM, SEUS LINDOS. BEIJOS DA BALEIA🐳❤️


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