História November Rain - Sofa rule

Dentro, fora. Dentro, fora.

A pressão sendo construída aos poucos em todo meu corpo, o suor escorria livre pelo meu corpo. Lauren aplicava beijos lentos e molhados enquanto soltava gemidos e grunhidos de tanto prazer.

- Porra! Lauren! - Gemi alto quando ela investiu com força no meu ponto esponjoso.

- Vamos, amor, goza pra mim... Merda! Goza comigo! - Lauren exclamou perdida no próprio prazer.

A morena começou a investir com mais rapidez e força, mas alguns segundos e eu iria ter um orgasmo glorioso.

- Lauren! Porra e-eu v-ou goz...

- AI MEU DEUS! KARLA CAMILA EU VOU TE MATAR! - Toda a sensação e o momento foi destruído assim que o grito histérico de Dinah rasgou o ambiente. Lauren tensionou todo seu corpo com o susto e estava pronta pra pular pra bem longe de mim, mas fui mais rápida e a segurei contra meu corpo, puxei a manta que cobria o sofá que a essa altura já estava no chão ao nosso lado e nos cobri.

- Merda, Dinah... - Minha voz não saiu mais alta que um sussurro.

- Eu vou dar 5 minutos, ouviu bem? 5 minutos pra vocês se vestirem enquanto eu espero lá fora. Nem um minuto a mais, nem um minuto a menos! - Exclamou a polinésia entredentes pior do que uma mãe brava. Apenas acenei com a cabeça e tentei regular minha respiração.

- Merda, Camz, como eu vou olhar pra Dinah agora? - Lauren perguntou se levantando de cima de mim com o rosto mais vermelho que pimentão.

- Ela vai me esganar e cortar seu pau fora. Droga! Porque você tem que ser tão irresistível e convincente o tempo todo? Isso é tudo culpa sua!

- Minha? - Minha namorada perguntou indignada.

- Sua sim, srta " É só uma rapidinha" - Respondi fazendo sinal de aspas com os dedos enquanto procurava as minhas roupas pela sala.

Lauren me mostrou o dedo do meio enquanto passava as alças de seu sutiã pelos braços.

- Ah claro! Porque a srta " Merda, preciso gozar mais e tem que ser aqui" não fez nada né... - Debochou devolvendo o sinal de aspas.

Eu não aguentei e comecei a rir alto, a situação toda estava começando a ficar engraçada, mas eu sabia que assim que o furacão Hansen entrasse por aquela porta novamente minha vida seria um inferno daqui pra frente. Pior que eu não poderia nem reclamar, fui eu que procurei sarna pra me coçar - como diria minha mãe - quebrando a minha própria regra.

Peguei todas as minhas roupas do chão e vesti rapidamente, olhei no espelho no canto da sala e ajeitei um pouco meu cabelo. Olhei novamente pra Lauren e ela apenas ajeitava sua touca.

Fui até a porta e segurei a maçaneta respirando fundo, me preparando pro sermão.

- Ótimo, pelo o menos são rápidas pra se vestir. - Dinah disse entrando. A loira jogou sua bolsa ao lado da porta e levantou o olhar pra nós encarar. - Sua. Própria. Regra. - Começou pausadamente. - Você quebrou sua própria regra, Karla. Eu poderia dar um sermão gigante... Mas, vou te aliviar e me poupar saliva.

Eu arqueei uma sobrancelha olhando desconfiada para minha melhor amiga, ouvi um suspiro de alívio do meu lado vindo da minha maravilhosa namorada. Mas eu ainda estava desconfiada e surpresa. Como assim sem sermão?

- Você vai fazer da minha vida um inferno, não é?

- Mas é claro que eu vou! - Exclamou sorrindo feito uma psicopata. - Primeiro você vai mandar desinfetar esse sofá, depois... Vamos ver... Claro, a louça é toda sua por duas semanas. - Finalizou sua sentença. Ou eu pensei que ela tivesse finalizado.

- Feito. - Disse dando de ombros.

- Ah não, eu não acabei. Todo mundo vai ficar sabendo desse showzinho aqui e acredite... A humilhação pública de vocês será minha alegria daqui pra frente.

Claro que ela não iria ficar de boca fechada, e se contentaria em fazer piadinhas internas que só ela entendesse. Seria muito pior com todo o pessoal nos zoando, isso ainda renderia muitas risadas pros nossos amigos.

(...)

Lauren e eu estávamos fazendo um mês de namoro, e estávamos mais melosas do que nunca. Começo de namoro é uma maravilha, o clima de lua de mel então nem se fala, parece que cada dia que passa meu desejo por ela aumenta.

Agora eu estava sentada no refeitório, na mesa habitual desde que ocorrera a fusão dos grupos, nós nos tornamos realmente o "Casal squad", só estamos esperando Trolly se assumir. Eu ein, casalzinho sonso.

Mas um dia de piadas, já fazia uma semana que Dinah tinha contado pra eles como eu e Lauren não podíamos esperar pra chegar no quarto e tivemos umas quatro rapidinhas no sofá.

- Caramba, Mila, não sabia que você era uma ninfomaníaca. - Vero mal conseguiu dizer em meio às suas risadas escandalosas.

Dinah tinha contato como nos pegou no flagra, um segundo antes de molharmos o sofá, como ela mesmo disse. Então Lauren não satisfeita contou como me persuadiu a ficar no sofá e depois como eu implorei pra não sairmos dele. Já não bastava a humilhação dos meus amigos, a minha namorada tinha que ajudar também.

- Vocês parecem duas coelhas, eca. - Ally soltou fazendo uma expressão tão engraçada de nojo.

- Eu nem sabia que o brinquedo da Lauren funcionava! - Normani implicou. Toma essa!

- Ei! - Lauren fechou a cara para a melhor amiga. E eu sorri maliciosa.

- E como funciona, Mani... - Disse dando uma piscadela para a morena. Precisava constranger a minha namorada também, porque aqui se faz, aqui se paga.

- Camila! - Exclamou com a voz mais alta e mais fina. Fazendo todo mundo gargalhar. Lauren constrangida era tão fofo.

Não aguentei e tive que beijá-la.

- Ei, não vão tentar se reproduzir bem na nossa frente pelo amor de Deus.

- Vai se foder, Dinah.

- Você quer lavar louça por mais uma semana, Karla? - Dinah ameaçou.

- Vocês ainda tão nisso? - Lucy perguntou.

- Sim.

- Sim.

Dinah e eu respondemos ao mesmo tempo, ela animada e eu em tom tedioso.

- É ridículo, ela até me supervisiona quando está em casa. - Disse revirando os olhos.

- Uau... General Hansen... - Shawn disse com uma voz engraçada.

- Até parece que bota medo. Todo mundo aqui sabe que ela é passiva, adora abrir as pernas pra Mano. - É claro que quem disse isso foi o Troye. Esse garoto tinha virado meu ídolo, ele é Dinah viviam se provocando.

- Olha aqui chaveirinho colorido...

Dinah começou a responder, mas Mani tocou seu braço e fez um leve "shhh" e a polinésia se calou.

- Eu disse... Passiva. - Troye cantarolou.

- Meu Deus, Mani. Me ensina porque eu quero controlar ela também. - Disse só pra provocar.

- Desculpa, Mila, mas não. O que eu fiz você não pode fazer.

- Mani! - Dinah exclamou totalmente constrangida.

- Toma essa, Jane. - Minha namorada disse só pra implicar mais um pouco.

(...)

Estava agarrada a Lauren encostada em seu carro. Já tinha acabado o período e estávamos esperando dar nossos horários de ir pro estágio, então resolvemos ficar um pouco juntas.

- Que tal... - Um selinho. - Se eu... - Outro. - Te buscas hoje. - Mais um. - No estágio? - Um último selinho e o mais belo dos sorrisos que eu já vi.

- Hmm eu ia adorar. - Respondi de forma manhosa.

- Ótimo, assim que você ficar livre me liga que eu vou te buscar, certo?

- Certo, meu amor. - Concordei e apliquei um beijo suave sobre seus lábios macios.

Trocamos mais alguns beijos e Lauren teve que ir. Fiquei só mais alguns minutos no estacionamento esperando a minha melhor amiga, afinal viemos em seu carro hoje. Lauren até se ofereceu pra me levar, mas Dinah e eu estagiamos no mesmo lugar, não teria porque ela se incomodar.

O resto do dia passou rápido e eu só queria agradecer a Deus por isso, tive tanto trabalho hoje que tudo o que eu queria era um banho e desmaiar na minha cama, mas uma certa morena dos olhos verdes viria me buscar e só por essa informação eu já em sentia mais disposta.

Ajeitei as últimas coisas em minha mesa e peguei minhas coisas, já tinha ligado pra Lauren tinha uns quinze minutos e então resolvi descer para esperá-la do lado de fora do prédio.

Quando sai meu queixo quase caiu, meus olhos se encheram de lágrimas. O motivo?

Bom, a minha namorada. Lauren estava parada na porta do prédio, encostada em seu carro gloriosamente vestida toda de preto, as mesmas roupas do nosso primeiro encontro e com um única rosa brava nas mãos. Era como reviver a mesma cena. Ela estava linda, mais do que o normal.

- Oi meu amor. - Foi o que ela disse ao me estender a rosa.

- Meu Deus, Lauren... Aí... Oi. - Eu mal conseguia falar.

Ela sorriu e desencostou do carro pra chegar perto de mim, levantou a rosa próximo ao meu rosto.

- Pra você.

Eu peguei a rosa, mas não faço ideia de como, meu corpo mais parecia uma gelatina do que não sei o que.

- Vem, vamos passar um tempo juntas. - Ela disse me puxando em direção ao carro.

Eu passei o caminho todo sorrindo que nem uma perfeita bobona. Aquela mulher era real? A cada dia, cada segundo ela me fazia amá-la ainda mais.

Entramos no seu prédio e fomos subindo até seu apartamento. E mais uma vez Lauren me surpreendeu. O apartamento estava com a luz baixa, dando todo um ar romântico pro ambiente que estava enfeitado com uma diversidade de flores, flores essas que eu sabia bem de onde vinham. A mesa do lado da bancada da cozinha toda arrumada pra um perfeito jantar à luz de velas.

- Lern...

- Não fala nada. Vem, depois nos jantamos... - Minha namorada me puxou em direção ao corredor que levava aos banheiros.

Revelando o ambiente também todo decorado com pétalas e velas aromáticas. Eu estava maravilhada, ninguém nunca tinha me tratado assim, tão carinhosamente. Eu nunca fui tão romântica, nunca gostei de melacao. Mas, Lauren me fazia querer aquelas coisas. A morena parou atras de mim e colocou suas mãos na gola da minha jaqueta, começando a puxa- la do meu corpo.

- Você disse mais cedo que estava muito ocupada, imaginei que estaria cansada agora. - Ela finalmente se manifestou me virando de frente pra si. - Então eu pensei em relaxarmos um pouco na banheira. Te faço até uma massagem. Você pode vestir uma das minhas roupas, fica linda nelas mesmo. Então nós jantamos. - Ela ia dizendo e me despindo. - Pedi sua comida italiana no seu restaurante preferido, podemos beber um bom vinho e então... Vamos fazer amor, até cair exaustas na minha cama. - Finalizou quando desceu a última peça pelas minhas pernas. Eu não tinha palavras pra me expressar, parecia fora de órbita.

A morena sorriu pra mim e começou a se despir, não ousei desviar os olhos dela por um segundo.

O banho foi longo, Lauren me fez a massagem prometida e muitos carinhos. Depois vesti uma de suas calças de moletom e uma de suas camisetas de banda e nos jantamos em meio a conversas aleatoriamente.

- O Sr. Carlos vai te matar quando ver que cortou as flores dele. - Disse divertida.

- Não vai, não. Na verdade ele em ajudou quando expliquei todos os meus motivos. - Respondeu suavemente enquanto bebia seu vinho.

- E quais são? - Quis saber.

- Bem, eu disse a ele que tinha essa garota por quem eu estou completamente apaixonada. Então depois de me ouvir por horas, de rir com algumas histórias ele ainda não parecia convencido a me deixar pegar algumas flores. Disse que eu tinha que ter mais um argumento. - Ela continuou passando um braço pra apoiado no encosto da minha cadeira ao lado da sua. - Então eu tive que dizer a ele que precisava mostrar pra essa garota maravilhosa o quanto a amava. - Ela disse como se não fosse nada e eu a encarei profundamente encontrando tanta certeza.

- Você disse que precisava...

- Que precisava mostrar o quanto eu te amo. Eu nunca disse, Camz e eu sei que você sabe que eu amo. Qualquer um sabe, basta olhar pra mim. Mas eu precisava mostrar e dizer que eu nunca me senti assim e você precisava ouvir. Porque eu te amo, Camila Cabello! E eu estou amando amar você.