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História O Amor e o Poder - Amor, Amigos e Surpresa.


Escrita por: Duhau

Notas do Autor


Demorei mas cheguei! Peço que não morram do coração pq tem muita coisa pela frente ainda! Kkk

Leiam as notas finais, tenho muito a dizer por lá...

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Bom final de domingo para todos! Bjssss <3

Capítulo 31 - Amor, Amigos e Surpresa.


Fanfic / Fanfiction O Amor e o Poder - Amor, Amigos e Surpresa.

ALEX

 

3 DIAS DEPOIS…

 

Kiss it, kiss it better, baby (Beije, beije para sarar, amor)

Kiss it, kiss it better, baby (Beije, beije para sarar, amor)

Been waiting on that sunshine (Estou esperando aquele raio de sol)

Boy, I think I need that back (Garoto, acho que preciso disto de volta)

Can't do it like that (Não consigo deixar as coisas assim)

No one else gonna get it like that (Ninguém mais faz desse jeito)

So I argue, you yell, had to take me back (Então eu discuto, você grita, tinha que me aceitar de volta)

Who cares when it feels like crack? (Quem se importa quando parecemos drogados?)

Boy you know that you always do it right (Garoto, você sabe que sempre faz do jeito certo)...

 

 

Ela estava rebolando em cima de mim. Tocava Kiss It Better da Rihanna, no som em cima da estante do quarto dela – mas era quase que impossível de escutar devido aos seus gemidos – enquanto ela cavalgava em quatro dos meus cinco dedos, o polegar estava massageando seu clitóris que estava inchado de tanto prazer que eu estava lhe proporcionando. Ela se agachou, esfregou seus seios que eu logo tratei de chupar e apertar com força com a mão que eu tinha livre e que anteriormente estava em sua cintura acompanhando seus movimentos e então seus gemidos aumentaram me excitando ainda mais, mas logo ela tratou de retirá-los de mim e começou a chupar os meus, me deixando mais excitava do eu já me encontrava. Ela se levantou, continuou esfregando seu sexo no meu e me penetrou, eu já estava molhada, confesso. Ela apertava meus seios  com uma mão  e com a outra continuava me masturbando. Era uma sensação incrível tê-la sobre mim, incitando minha loucura.

Mas na verdade, apesar de todo o clima de tesão em que estávamos, eu fazia mais do que apenas fazer amor com ela. Eu a admirava, via o quanto era linda e é sempre em momentos como esse que eu vejo que a amo. Não, não é na hora do sexo que eu me faço amá-la mais. Eu percebo que a amo cada vez mais quando ela faz algo que pra ela é tão engraçado que a faz rir, e é o sorriso mais lindo que eu já vi ou quando ela fala sério e eu finjo achar que não acredito apenas para ela me dar uns tapas e depois subir em cima de mim e me dar um beijo, a amo até quando ela está morrendo de ciúmes e não admite, a sua cara de brava é tão linda, seu bico do tamanho do mundo é tão perfeito, que só me dá vontade de beijá-la e dizer o quanto a amo. A amei desde o primeiro momento em que a vi. E agora ela está grávida. Dizem que a mulher quando engravida cria um brilho especial, na Piper não, com ela é diferente. Piper só engrandeceu o brilho que ela já possui. Sei que vou ouvir muito que não tenho obrigação nenhuma com esse bebê que ela está gerando, mas eu a amo tanto e consequentemente eu amo esse pequeno só por ser uma parte dela e por isso me sinto responsável por cuidar deles dois com todo o zelo do mundo.

Seus gemidos aumentaram – Deus, até a forma com que ela geme é linda – senti que ambas estávamos próximas de alcançarmos nosso ápice e gozarmos. Piper se retirou de cima de mim apenas para se posicionar com seu sexo de frente pra mim, ficando ela de frente para meu sexo. Nos chupávamos e introduzíamos nossos dedos em cada de nós uma ao mesmo tempo, até que foi impossível nos segurarmos. Gozamos juntas e nos limpamos juntas também, lambendo cada espaço de nosso sexo, nos causando pelo menos mais dois ou três orgasmos.

Piper se aconchegou em meu braço, ela sorria e eu sorria só por ela sorrir. Estávamos nuas, cobertas apenas pelo lençol branco que anteriormente estava jogado pela cama. Eu a abraço, lhe dou um beijo e afago seus cabelos.

- Três horas da manhã. Precisa acordar cedo hoje? – Fico preocupada em saber se Piper tem algum compromisso.

- Alex... Você quer namorar comigo? – Ela me olha. Eu me assunto com sua pergunta.

- O que? – Tento entender o que ela disse.

- Eu sei que ainda não me divorciei e agora ainda estou grávida, mas... Eu te amo, não consigo mais ficar longe de você! – Vejo que ela fala sério.

- Esse pedido é por causa dos vários orgasmos que te dei hoje? – Tento descontrair.

- Não idiota... Ah quer saber? Deixa pra lá, esquece! – Ela fala um pouco chateada e volta a pôr sua cabeça em meu braço envolvendo seu braço em minha cintura.

- Hey... – Ponho a mão em seu queixo e ela me olha atentamente – É claro que aceito ser sua namorada... É tudo o que eu mais quero... Cuidar de você, do cookie... E não importa se você ainda não se divorciou, afinal, somos um casal diferente, não é? – Sorrio pra ela.

- Sim, somos... Mas olha, prometo que essa situação com o Larry é temporária e sobre o cookie... Não se sinta obrigada a nada! – Ela me sorri mas logo fecha o cenho ao falar de sua gravidez.

- Hey, o cookie é um pedacinho seu... E eu já o amo só por isso! – Passo a mão em sua barriga – E cuidarei de vocês dois, as duas pessoas mais importantes da minha vida! – Finalizo e lhe dou um beijo.

- Alex, você não existe! – Ela diz sorrindo novamente.

- Existo sim e agora, sou sua namorada, oficialmente! – Respondo porque pode parecer loucura mas eu já me sentia assim antes.

- Eu te amo, Al! – Piper me encara e depois se aconchega em mim.

- Eu também te amo, Pipes! – Beijo sua testa – Mas você não me respondeu... Precisa acordar cedo? – Insisto na primeira pergunta que fiz.

- Não... Amanhã é sábado! – Ela reclama.

- Hoje é sábado! – Corrijo.

- Que seja... Boa noite! – Ela me sussurra.

- Boa noite! – Respondo sorrindo.

E eu fico ali, admirando-a dormir com um sorriso no rosto que talvez seja consequência de algum sonho bom que ela possa vir a estar tendo, até que eu pego no sono e como sempre, sonho com a minha amada.

 

…What are you willing to do? (O que você está disposto a fazer?)

Oh, tell me what you're willing to do? (Oh, me diga o que está disposto a fazer?)

Kiss it, kiss it better, baby (Beije, beije para sarar, amor)

What are you willing to do? (O que você está disposto a fazer?)

Oh, tell me what you're willing to do? (Oh, me diga o que está disposto a fazer?)

Kiss it, kiss it better, baby (Beije, beije para sarar, amor)

(Kiss It Better – Rihanna)

 

PIPER

 

Três dias haviam se passado. Eu ainda estava em casa, me convalescendo e Alex permanecia comigo, ela tentou ir a aula no início mas Caputo não permitiu ao vê-la usando uma tipóia para apoiar o braço ainda com pontos – ela ainda não podia forçar os movimentos – e obrigou-a a entregar o atestado médico que se está se encerrando hoje e eu ainda tenho mais dois fora o fim de semana ao qual eu estou fazendo planos que ela ainda não sabe. Alex não queria de jeito nenhum me deixar só, nossa rotina era pela manhã eu sequer sair da cama, ela não deixava de jeito nenhum e acabávamos passando a tarde entre o sofá e a cama vendo televisão e conversando.

- Se continuar me olhando assim, eu não vou resistir... – Ela disse ainda de olhos fechados e com a voz rouca.

- E vai fazer o que? – Perguntei com um sorriso nos lábios.

- Isso. – Alex pulou pra cima de mim.

Ela me agarrou e me beijou. Um beijo de tirar o fôlego. Suas mãos apertaram minha cintura com força, aquilo já estava nos excitando mas ela mesma por conta própria cessou nosso beijo.

- Bom dia! – Alex sorriu enquanto colocava uma mecha de meu cabelo para trás e encarava fundo meus olhos.

- Bom dia! – Sorri de volta.

- Eu me aproveitaria, se não tivesse que ir a faculdade hoje! – Ela olhou debaixo do lençol observando meu corpo desprovido de qualquer peça de roupa que pudesse cobri-lo e foi então que se pronunciou.

- Mas você tem que ir e também, eu não deixaria... Você não pode forçar esse braço, tirou os pontos ontem e já abusou... – Empurro ela para que saia de cima de mim.

- Você em cima de mim não é nenhum esforço... – Alex ri enquanto cai ao meu lado.

- Ha-Ha – Digo sem ter nenhuma graça – Acho melhor você se levantar ou vai se atrasar! – Virei de lado apoiando minha cabeça em meu braço e observei ela pegando seu óculos no criado mudo ao lado.

- Em 5 anos de faculdade, é a primeira vez que não sinto vontade alguma de ir... – Alex bufa ao se virar pra mim.

- É, mas vai... Já faltou três dias... – Digo séria.

- Nossa, pareceu até minha mãe falando agora... Vem cá, você quer se livrar de mim, é? –Fui perguntada.

- Não, mas você é bolsista, certo? – Ela afirma positivamente com a cabeça – Então não deve faltar... – Finalizo meu pensamento.

- Nem se for pra cuidar de você? Sabe que eu fico preocupada quando estou longe! – Ela insiste.

- Principalmente por mim, tenho Red e ela vai saber cuidar de mim... Você já faltou muito, não vou deixar você me usar como desculpa... Cadê a Alex Vause que eu conheço? Estudiosa, focada... Boston te mudou, foi? – Perguntei curiosa.

- Não... Acho que estou só exausta, sei lá, faltam 3 meses para eu me formar e acho que agora é que o cansaço está batendo... – Ficou um silêncio enquanto nos olhávamos – Promete que qualquer coisa, você vai me ligar? – Fui pressionada.

- Olha, eu sei como isso é mas já está acabando, aguenta mais um pouco... – Tentei ser compreensiva – E eu prometo que se acontecer qualquer coisa, eu te ligo! – Sorri.

- Tudo bem! – Ela me sorriu – Vou me arrumar – Alex me deu um beijo e saiu da cama, seguindo para o banheiro.

 

XxXx

 

Algum tempo depois e já estávamos tomando café preparado cuidadosamente pela Red. Ela não permitia que eu comesse algumas coisas devido a gravidez, dizia que eu deveria manter uma gestação saudável e a Alex como sempre, concordava com ela.

- Depois do estágio, vou pra casa mas por favor,qualquer coisa que acontecer, que você sentir, me liga que eu venho correndo pra cá! – Alex me disse já ao final de seu suco.

- Pode deixar, mas fica tranquila que está tudo bem... Nada vai acontecer, você se preocupa demais! – Digo rindo.

- Me preocupo porque te amo... Agora preciso ir, estou em cima da hora, já! – Ela me dá um beijo e sai.

- Cuidado, boa aula! – Grito.

- Acho que hoje minha mãe resolveu incorporar em você... Quero minha Pipes de volta! – Ela grita de volta – Te ligo no intervalo, te amo! Fui! – Ouço a porta bater.

- Acho que essa criança só veio pra fortalecer vocês... – Red diz interrompendo meus pensamentos.

- É, pode ser... Mas ainda não estou certa de que Alex vai segurar essa barra... Na verdade, ela nem tem obrigação... – Falo ainda capisbaixa.

- Prevratite vashe litso vsegda k solntsu, to teni budut otstavat' – Fiz uma cara de quem não entendeu – “Volta teu rosto sempre na direção do Sol e então as sombras ficarão para trás.” É um provérbio russo. O que eu quero dizer, é que você não deve ficar pensando no que já aconteceu ou o que ainda pode acontecer. Viva o presente, seja feliz. Alex está te proporcionando algo que você nunca teve em seu casamento. Felicidade. – Ela me explicou.

- Pode ser... Só tenho medo, sei lá... De repente ela cai na real e vê que não é isso que ela quer... Red, ela tem um futuro maravilhoso pela frente, tem tudo pra ser uma das melhores advogadas da cidade e com o tempo até do país... Pra quê ela vai querer se prender a mim com um filho de outro casamento? – Comecei a desabafar.

- Porque ela te ama. Ela quer ser tudo isso, quer crescer ao seu lado, com a criança que com certeza ela tornará tão filho dela quanto será seu. Pare de bobagem, ela só quer estar ao seu lado, te proteger, cuidar de você... Aceite isso e esqueça esses pensamentos ruins! – Senti que era chamada a atenção.

- Tá legal, prometo parar de pensar desse jeito... – Concordei. – Alex não sabe ainda, mas estou pensando na hipótese de ir esse final de semana à Nova York conversar com Larry sobre a gravidez e o divórcio... – Disse receosa.

- Você quer ir sem ela? – Aquela que considero minha segunda mãe me perguntou.

- Não é que eu queira, mas sei que se eu contar e ela quiser ir, vai acabar dando confusão e eu quero ter essa conversa em paz. – Fui sincera.

- Talvez ela deva ir pra te proteger... Depois do que aconteceu, começo a duvidar da sanidade dele. – Red sentou na mesa junto comigo.

- Ele estava bêbado! – Contestei.

- Mas antes dele estar bêbado, ele já estava com a arma, o que significa que ele já estava pensando em matar Alex ou você, vai saber... – Minha russa afirmou e eu tive que lhe dar razão ao abaixar minha cabeça. – Leve a Alex. É melhor prevenir do que remediar. – Ela chegou a conclusão.

- Vou pensar no caso, é uma hipótese, eu nem sei se vou ainda! Eu só sei que agora, vou para o meu quarto porque não importa o que eu diga, você sempre irá defender a Alex... – Eu ri. – Qualquer coisa eu estarei deitada! – Dei um beijo no rosto de Red e saí indo para onde a informe.

Vi tv, ouvi rádio, mexi em meu notebook. Mas nada me entretia, até que de tanto pensar em Alex acabei pegando no sono e bom, ela apareceu em meus sonhos.

 

ALEX

 

- Alex, preciso falar com você. É urgente! – Ouvi de Daya assim que cheguei na universidade.

- Oi Daya, bom dia! Tudo bem com você? Eu e Piper estamos bem, obrigada... Agora me diz, o que aconteceu que você está desesperada? – Disparei em resposta.

- Oi, tô bem e fico tranquila em saber que você e Piper também estão... – Ela me sorriu – O problema é que aconteceu e pode acontecer pior... – Seu tom permanecia desesperado. – Olha, vamos pra aula e no intervalo eu te conto tudo! – Daya pareceu voltar a respirar.

- Tá legal, vamos senão chegamos atrasadas! – Disse e em seguida seguimos para a sala.

O tempo passou, as aulas se arrastaram e o intervalo chegou. Eu estava no telefone com Piper quando Daya chegou me arrastando campus afora.

- Amor, preciso resolver um problema aqui mas mais tarde eu te ligo. Pode deixar, baby... Se cuida e qualquer coisa me liga! Te amo muito! Beijos. – Foi a única coisa que consegui dizer a Piper antes de desligar o celular.

Paramos próximas a uma árvore, onde havia uma sombra que nos refrescava do Sol que nos proporcionava um calor exorbitante.

- Só temos 10 minutos e eu to ficando cada vez mais preocupada com essa sua cara, então pelo amor de Deus, me diz quem morreu! – Disse com uma cara de assustada.

- A Tricia... – Daya fez uma pausa – Ela ta metida em uma grande enrascada com a Stella e nós precisamos da sua ajuda. – Ela finalizou.

- Mas o que houve? – Perguntei mais assustada.

- A Tricia estava precisando estudar e não tinha tempo por causa do estágio dela e da avó que você sabe que é debilitada e precisa de ajuda pra quase tudo... Por causa disso, ela passou a fazer uso de cocaína para se manter acordada a noite e assim poder estudar mais... – Daya parecia nervosa.

- O QUE ??? – Soltei um grito sem querer.

- Shiiu Alex, não chama atenção por favor, só você ta sabendo disso! – Minha amiga tampou minha boca.

- Desculpa... Agora entendi porque ela andava bastante inquieta... – Lembrei as últimas vezes que a vi na faculdade.

- Sim... Ela também começou a emagrecer muito e criar profundas olheiras. Quando a gente dormia juntas, percebi que ela passava a noite revirando a cama e saindo e voltando do meu lado toda hora também... Esse último final de semana eu encostei ela  na parede e então ela me contou... – Vi lágrimas começarem a escorrer por seu rosto – Deus, ela ta devendo uma grana alta a Stella e está sendo ameaçada. A gente não sabe o que fazer! – Ela levantou a cabeça para tentar impedi-las.

- Por que não me disse antes? Eu não tenho dinheiro mas posso ajudar de outra forma, não sei, podemos pensar em algo, levar ela para a reabilitação... – Procurava dizer algo coerente.

- Não, eu não vim te pedir dinheiro... Só não disse antes porque você surgiu segunda feira machucada, achei que já tinha preocupação demais com a Piper depois do que você me contou... – Daya respirou fundo – Tricia está agora tentando um acordo com a Stella, por isso que eu vim falar com você escondida dela. Eu quero denunciar Stella, mas não sei como! Você sabe como ela e a família dela tem influência por serem importantes... – De novo, Daya parecia desesperada.

- Daya, calma. Eu vou ver o que posso fazer.  Leva ela pra nossa casa mais tarde, eu vou para lá assim que sair do estágio. Vamos manter isso em absoluto segredo, ok? – Falei a primeira coisa que pensei.

- Ok. – Ela concordou.

- Então tudo bem... Fica calma, a gente vai resolver isso! – Busquei tranquilizá-la e logo vi Tricia se aproximando. – Agora muda esse rostinho porque ela está vindo em nossa direção. – Assim que dei o toque, Daya limpou o rosto e tentou sorrir.

- Oi amor! Oi Alex! – Tricia parecia normal quando chegou nos cumprimentando.

- Oi Tricia, tudo bem? – Agi casualmente.

- Tudo sim... Mas aconteceu alguma coisa? – Ela perguntou olhando para Daya que estava envolvida em seus braços.

- Não... Eu estava só explicando melhor como quase levei um tiro e você sabe como a Daya se assusta a toa! – Disfarcei.

- Verdade... Que loucura Alex, ela me contou o que houve! Você e a “P.” estão bem? – Tricia me parece preocupada comigo e com Piper que ela evita dizer o nome em público para ninguém ouvir, não foi possível esconder dela depois que eu  fui parar no hospital porém eu omiti a gravidez de Piper para Daya e para ela.

- Estamos sim, ela volta semana que vem! Mas por favor, para todos os efeitos, eu sofri uma tentativa de assalto.  – Passo a mão em seu braço sorrindo e logo percebemos que já está na hora de voltarmos para a próxima aula – Bem, melhor irmos porque o Healy só sabe nos olhar com aquela cara de tarado que ele tem sempre que entramos na sala depois dele. – Ri.

- Pode deixar... Vamos! – Todas nós rimos e seguimos de volta para o centro universitário.

Agora, além de todos os problemas que eu já tenho, também tinha que achar um jeito de ajudar minhas amigas, principalmente Dayanara que eu não podia deixar na mão nunca.

 

XxXx

 

- Bem vinda de volta, Alex! E aí, como está se sentindo? – Sou recebida por Hill assim que chego no escritório.

- Estou bem, e você? Sentiu minha falta? – Brinco com ela.

- Sim, estou bem e sim, senti sua falta porque ninguém nesse escritório sabe fazer um relatório de um processo em andamento direito e entregar dentro do prazo... – Dessa vez ela parecia estar desabafando – Mas que bom você estar bem, e Piper? – Seu tom leve voltou.

- Está bem também, mas ainda está de repouso em casa... – Me acomodei na mesa – Ela está grávida! – Sussurro mas sei que estou sorrindo feito boba.

- Uau... É... Devo te dar os parabéns?! – Jane parece surpresa.

- Eu sei, é estranho... Ela prestes a se divorciar, grávida do marido – faço aspas na última palavra dita – Mas eu to bem com isso... – Falo tranquilamente.

- Bem, então parabéns! – Agora Jane diz mais animada.

- Eu só te peço pra não contar a ninguém, sabe... Ainda é segredo... Não que eu ache que você vá contar, mas é que sei lá, seu irmão trabalha com o Carl que é irmão da Piper e ninguém da família sabe... – Tento me explicar mas acho que me atrapalho.

- Alex, fica calma... Relaxa, não vou comentar com o Jonathan. Fica entre nós! – Ela ri e eu me tranqüilizo. – Agora vamos trabalhar, porque estamos cheias de processos. Parece que os americanos só querem saber de processar tudo e todos! – Começo a rir junto com Hill quando ela brinca com o fato de ter serviços acumulados.

E assim, volto a minha rotina no escritório. Muito serviço, pilhas e pilhas de processos em minha mesa para eu fazer o relatório detalhado de cada um – porque não importa o nível de intimidade, Hill continua sendo rígida e séria comigo no escritório – para ser entregue dentro de curtos prazos. Confesso que senti falta disso.

 

PIPER

 

As horas passam devagar, me sinto tão agoniada que chego a ouvir o tic-tac do relógio em cima de meu criado mudo. Alex já me ligou duas vezes, uma no intervalo da faculdade e outra quando acabou a aula, mas permanece me mandando mensagem a todo momento. Respondo cada sms e volto a dar minha atenção ao que estava fazendo anteriormente. Nada. Ouvi música, vi televisão deitada, fui conversar com Red na cozinha, tentei ouvir rádio na sala, voltei para o meu quarto, dormi mais um pouco mas nada parecia fazer com que a hora avançasse. A verdade é que eu estava sentindo falta da Alex, já tinha me acostumado com sua presença todo o dia e sabia que essa noite ela não voltaria para cá mas ansiava por ouvir sua voz e ficar longos minutos com ela ao telefone ao contrário do que foram suas ligações rápidas que ao invés de matar a saudade, só fez aumentá-la. Eu estava sentindo algumas dores no local dos pontos, acredito que foi devido ao fato de eu ter abusado um pouco, andando pra lá e pra cá devido ao nervoso de estar só em casa com nada para me distrair 100% do meu tempo livre, o que me fazia lembrar que quando Alex estava aqui, ela não me deixava sequer sair da cama e até para tomar banho ela me ajudava e o mais incrível nela foi que ela respeitou o fato de eu não poder fazer esforço quando eu tanto insistia para fazermos amor, acho que ela só se rendeu nessa noite porque eu não desisti logo, como fiz das outras vezes em que ela me negava com todos os seus motivos para cuidar de mim, mas eu sabia que era nossa última noite juntas e eu já não aguentava mais, precisava tocá-la, precisava ser tocada. Então, tivemos mais uma noite maravilhosa. Eu não posso dizer “uau, essa foi a melhor noite de todas” porque com a Alex, todas as noites são as melhores que todas as outras.

E eu estava pensando em nossas noites juntas quando meu celular começou a tocar. Quando peguei, vi que havia escrito na tela “número não identificado” e deixei que continuasse tocando mas a pessoa era insistente e então resolvi atender.

- Alô? – Disse um pouco receosa.

Silêncio do outro lado da linha, só ouvia a respiração da outra pessoa que aparentava estar nervosa pela forma acelerada ao qual respirava.

- Alô! – Aumentei um pouco o tom, mas nada ainda da outra pessoa responder – É alguma brincadeira, isso? Quem é? Se for trote eu vou desligar! – Falei irritada e dei alguns minutos para ouvir se a alguém falava, mas nada ainda – Okay, então estou desligando em 3,2... – Quando me preparo para desligar ouço um fio de voz.

- Pi-Piper, não desliga por favor! – Eu reconhecia aquela voz desesperada.

- Larry? É você? – Pergunto só pra confirmar o que eu já sei.

- Si-Sim! – Ele gaguejava e sua voz estava chorosa. – Piper, eu te amo! Por favor me perdoa, eu não queria... Não queria te machucar! Eu te imploro, por favor me perdoa! – Larry estava desesperado do outro lado da linha.

- Larry, calma! Eu estou bem, graças a Deus está tudo bem! Não aconteceu nada, então esquece! Eu já te perdoei! – Tento acalmá-lo.

- Eu não queria, juro que não queria! Por favor, volta pra mim! – Larry não se acalmava e eu começava a me desesperar.

- Larry, está tudo bem mesmo, sério! – Eu queria continuar conversando com Larry mas meu celular fez o som de notificando mais uma das várias mensagens da Alex – Olha Larry, eu preciso desligar agora, mas não fica preocupado, tá legal? – Tentei dispensá-lo.

“Estou com muito trabalho, mas confesso que estava sentindo falta! Como você está, meu amor? Sabe que qualquer coisa que sentir pode me ligar que eu vou correndo até aí! Estou com saudades, te amo muito. Beijos!”

Logo respondi Alex e tomei uma decisão: Eu iria sim a Nova York encontrar Larry esse final de semana, Alex querendo ou não.

 

ALEX

 

“Está tudo bem Al, relaxa! Foca mais no seu trabalho, nos falamos mais tarde! Estou sentindo sua falta, também estou com muita saudades de você. Te amo demais, beijos!”

Recebi uma mensagem de Piper respondendo mais uma de minhas inúmeras mensagens, ela pedia para eu não me preocupar com ela mas era impossível. Ela ainda estava em recuperação e eu sabia que ela poderia sentir algo, de repente uma dor ou um repuxe dos pontos. Eu senti e ainda sentia um pouco de dor, reflexo da noite que tive com Piper.

- Alex, reunião em 10 minutos. Leve os relatórios do processo da Grand Bell. – Hill me avisou assim que passou por mim para sair da sala.

- Então tá, né... – Falei para mim assim que a vi ultrapassando a porta.

Terminei os relatórios daquele dia, chegando a adiantar alguns para o dia seguinte e faltava uma hora para eu ir embora. Significava que se a reunião demorasse, eu sairia assim que acabasse mas se fosse rápida eu pediria para ir embora devido a dor que eu sentia.

A reunião era sobre os últimos processos pegos pelo escritório. Eram geralmente analisados para tentar chegar a uma conclusão sobre as chances de vitória e derrota dos mesmos. Isso era comum por lá. Demorou uns 30 minutos até a reunião ser dada por encerrada. Voltei para a sala onde eu trabalhava e aguardei até minha chefe voltar, o que não demorou mais que dez minutos.

- Hill... – Chamei-a.

- Sim, Alex. – Ela me respondeu sem sequer me olhar.

- Eu queria saber se você poderia me liberar mais cedo, é que eu já terminei os relatórios de hoje e até adiantei alguns para amanhã mas estou com muita dor no braço que machuquei. Você sabe que eu não pediria se eu realmente não tivesse com dor. – Fui mais cautelosa que pude.

Ela olhou no relógio e respirou fundo. Acreditei que ela estava pensando na resposta que me daria.

- Tudo bem. – Foi a única coisa que ela me disse.

- Obrigada. – Agradeci mais tranquila.

Arrumei minhas coisas deixando a mesa arrumada e peguei meu blazer, pois fazia muito frio já ao final da tarde. Eu tentava me vestir o mais social possível, já que eu saía da faculdade correndo para o escritório. Foi quando estava próxima a porta quando ouvi me chamar.

- Alex... Essa semana, não precisa vir ao escritório. Leve os processos que você tem que fazer o relatório e me envie-os prontos por email. – Jane parecia séria.

- Olha, se você está falando isso pela dor que estou sentindo, não tem problema algum. Pode ficar tranquila, eu posso vir trabalhar normalmente. É que eu retirei os pontos ontem e ainda sinto um pouco. – Me expliquei.

- Não é por isso exatamente... Você vem fazendo um bom trabalho e eu resolvi ser legal... Você está se recuperando ainda e acredito que esteja preocupada com sua namorada, principalmente agora que ela está... Bem, você sabe... – Ela permanece falando sério.

- Sim... Obrigada, então. – Falei um pouco surpresa.

- De nada... Agora vá antes que eu mude de idéia! – Dessa vez minha chefe soltou um leve sorriso.

- Então eu vou antes que seu momento “chefe bondosa” vá embora e volte a “chefe má”... – Brinquei com ela.

- Isso mesmo! – Jane me sorriu.

Peguei tudo o que eu teria que fazer para ser entregue durante a semana e me retirei, antes que ela me gritasse de novo para dizer que eu não poderia mais ficar em casa e acabasse com minha alegria de ficar com Piper após a faculdade. Segui para casa, lembrei que ainda teria a tal conversa com Daya e Tricia.

 

XxXx

 

Já era por volta das 18 horas quando cheguei em casa. Coloquei a chave dentro do pote de vidro que costuma ficar próxima a porta e pendurei meu blazer. Segui em direção a sala e percebi que a casa estava um grande silêncio.

- Daya, cheguei! – Avisei falando um pouco alto – Daya? – Chamei de novo, mas ainda assim não houve resposta.

Decidi seguir para o meu quarto, no caminho eu bateria na porta de seu quarto. Pela hora, ela já deveria estar em casa pois ela sempre chega um pouco mais cedo que eu.

- Daya, cheguei! – Falei assim que bati na porta de seu quarto.

- Eu estou no banho! – Ouvi ela falando e notei que vinha do banheiro.

- Ah, tudo bem então! – Disse.

Segui para o meu quarto, estava exausta e com dor. Tomaria um analgésico e comeria algo após o banho. E foi o que fiz. Depois de um banho que me relaxou, segui até a cozinha e após comer, tomei o remédio. Assim que segui para a sala e sentei no sofá para ver um pouco de televisão antes de ter que estudar, ouvi a campainha tocar.

- Deixa que eu atendo! – Daya gritou enquanto vinha do corredor que dava acesso aos quartos.

Era Tricia, o que significava que estava na hora de ter a longa conversa sobre a merda que ela estava fazendo.

- Desculpa a demora, fiquei presa no trabalho. – Ouvi ela falar com Daya. – Oi, Alex! – Ela me cumprimentou.

- Oi Tricia! – Respondi simpática.

Elas passaram um tempo conversando, Tricia foi tomar banho o que significava que ela passaria a noite em nossa casa, com Daya, o que não era problema algum. Esperei ela se acomodar e comer qualquer coisa que Dayanara tinha feito pra ela, até realmente que ter a conversa. Quando minha amiga me olhou, eu sabia que era chegada a hora. Elas se aproximaram de onde eu estava e enquanto Daya sentou ao meu lado, sua namorada sentou de frente para nós em um puff que tínhamos. Desliguei a televisão, era hora de conversarmos sério.

-Tricia, a Daya me contou o que está acontecendo e eu pedi para que você viesse pra gente conversar porque eu quero te ajudar. – Falei olhando para ela que parecia surpresa.

- Olha Alex... – Ela tentou falar algo.

- Relaxa, eu não vou te julgar. – A interrompi.

- Baby, não precisa ficar nervosa. Alex só quer saber como tudo começou. – Daya tentou acalmá-la.

- Bem... Eu precisava arranjar um jeito de estudar, eu estava trabalhando muito e chegava exausta. Ainda tinha que cuidar da minha avó e não estava dando conta. Era época de provas e eu sou bolsista como vocês, então não posso ter nota baixa! – Ela começou a contar – Um dia comentando isso com alguns conhecidos, eles me disseram que conheciam alguém que podia me ajudar e me apontaram a Stella. Quando me disseram que ela vendia drogas, no início eu relutei porque não queria e achava que ia arranjar outro jeito. Só que eu estava cada vez pior, por isso acabei cedendo em procurá-la. No início eu pegava e pagava na hora, mas depois eu comecei a precisar comprar os remédios da minha avó que não estava recebendo do governo por estar em falta, então expliquei a ela que me disse que eu poderia pagar depois. Mas eu fui deixando de pagar, principalmente depois que parei de usar. Ela começou a me cobrar com curtos prazos que eu não consigo pagar e foi então que ela me deu um ultimato: Ou eu dou um jeito de vender pra ela e assim pagar a dívida, ou vão me matar e não estou falando que será ela. – Ela terminou quase chorando.

- Calma... Como eu disse a Daya, não tenho como ajudar financeiramente mas talvez eu tenha uma idéia pra você se livrar dela e de quem seja que esteja chefiando ela. – Falei.

- E que idéia seria essa? – Daya me perguntou, ela já estava junto a namorada tentando consolá-la.

- Entregar ela a faculdade e a polícia. – Disse séria.

- Ela não vai sequer chegar perto da prisão e provavelmente não será nem suspensa, você sabe do poder que a família tem, eles dominam a indústria de bebidas do país! – Tricia se desesperou de novo.

- Calma... Eu pensei em como... Mas você vai ter que se arriscar... – Levantei a sobrancelha séria.

- Co-como? – Ela gaguejou.

- Você vai ter que falar com ela, dizer que vai vender. Nós iremos ficar escondidas e tirar uma foto. Entregamos para o Caputo e se nada acontecer, enviamos à polícia. – Falo naturalmente.

- Peraí Alex, é perigoso demais! Tricia pode perder a bolsa! – Daya se manifestou.

- Não se a gente contar em uma espécie de bilhete, que foi armado. Vocês não precisam fazer nada, eu faço. – Falo.

- Não, não mesmo! – Mais uma vez Daya se intromete.

- Eu tenho medo Alex, Caputo pode não acreditar! – Tricia se pronuncia.

- Tudo bem, então eu faço. Vocês só fotografam. Eu chego até ela, peço e quando ela me entregar, vocês tiram a foto. Mas antes, eu irei falar com o Caputo, dizer que suspeito disso e que vou dar um jeito de provar a ele. – Proponho.

- Aí você está se arriscando! Não faça isso por minha causa, eu dou meu jeito, pago a ela ou vendo pra acabar com a dívida! – A minha amiga preocupada, falou ao mesmo tempo que se levanto e começou a andar pela casa.

- Tricia, você tão minha amiga quanto a Dayanara. Eu não vou deixar você se ferrar por causa da filha da puta da Stella. Eu já estou afim de quebrar a cara dela mesmo, entregar ela vai ser melhor do que isso. – Falo com raiva.

- Por que? Ela te fez algo? – Esqueci que Tricia ainda não sabia de mim com a Piper.

- Não exatamente... Só andou me provocando durante um tempo aí... – Tentei disfarçar.

- Ah sim... – Me respondeu sem saber o que dizer – Então você tem certeza do que quer fazer? – Ela me perguntou.

- Absoluta. - Respondi

Olhei no relógio em meu pulso, era 19h30min. Já que não trabalharia no escritório o resto da semana, decidi que iria para a casa de Piper. Faria uma surpresa.

- Bem, preciso ir... Tem alguém me esperando e ela nem sabe disso. – Sorri.

- Garota nova, Vause? – Tricia me perguntou sorrindo.

- Nem tanto... Escrevendo uma nova página de uma história que tive em Nova York... – Falei feito boba.

- E quando vamos conhecê-la? – Fui perguntada.

- Digamos que já conheça! – Deixei no ar quem pudesse ser.

- Então fala quem é! – A curiosidade dela tomava conta.

- No momento certo você saberá! – Depois que a respondi, eu saí direto para meu quarto.

Algum tempo depois, já com algumas coisas necessárias em minha bolsa, me preparava pra sair.

- Meninas, estou indo... Juízo e não façam nada que eu não faria! – Brinquei.

- Tá legal, nos vemos na faculdade! – Daya me respondeu.

- Beijos pra vocês que ficam, porque eu já fui! – Abri a porta e saí sem demora.

Queria logo chegar na casa da Piper, estava com um misto de preocupação e saudades. Só ficaria mais tranquila quando estivesse com ela. Pensei em ir de metrô mas demoraria, por isso decidi pegar um táxi. Assim que entrei, relaxei. Sabia que poderia demorar um pouco até chegar lá, ainda havia um pouco de trânsito nas principais vias.

 

PIPER

 

Logo depois de falar com Larry e responder Alex, acabei dormindo e só acordei quando Alex me ligou dizendo que tinha saído do trabalho. Aproveitei, tomei um banho e desci para comer algo e me deparei com Red na sala, vendo televisão.

- Até que enfim, achei que não fosse acordar nunca! Já está quase na hora da janta! – Ela disse assim que me viu.

- Por que você não me acordou? – Perguntei com um pouco de ênfase ao mencioná-la.

- Queria que você descansasse. – Ouvi.

- Ando descansando demais esses dias, inclusive já estou começando a me irritar com isso! – Falei.

- Não mesmo, você precisa de repouso absoluto. Lembre-se que você ainda está com pontos e agora é responsável por outra vida além da sua! – Red me dava sermão.

- Cookie está muito bem, obrigada! – Me sentei.

- Cookie? – Minha mãe postiça pareceu não entender.

- Alex deu esse apelido a ele quando viu a primeira ultra, disse que parecia um biscoito pelo tamanho. – Ri quando lembrei.

- Essa menina é bem criativa! – Ela me respondeu rindo.

- Você não sabe o quanto! – Brinquei.

- Mas até que é um apelido bonitinho. Podemos usá-lo até saber o sexo do bebê. – Red chegou a conclusão.

- Red... – Ela me olhou – Tô com fome! – Reclamei.

- Farei algo para você comer. – A jovem senhora logo se levantou.

- Obrigada! – Agradeci e me ajeitei no sofá.

Fiquei assistindo o jornal deitada enquanto Red preparava alguma coisa, mas não demorou muito para ela me chamar. Com a fome que eu estava, era capaz de eu comer todos os sanduíches do McDonald’s. Estávamos conversando coisas aleatórias, já que estávamos na mesa da cozinha e Red me acompanhava no jantar.

- Nossa, bem que dizem que comemos por dois quando se engravida... Nunca senti tanta fome antes! – Brinquei.

- Estou vendo! – Red sorria como nunca tinha visto antes.

- Red... Larry me ligou hoje... – Falei séria.

- O que aquele covarde queria? – Ela parecia alterada.

- Calma. Ele ligou desesperado, pedindo desculpas, chorando, dizendo que não queria ter atirado e tudo mais. – Eu falava naturalmente.

- Ah claro, ele só veio com uma arma pra dar uma de valente... Larry me decepcionou. – Red falou mais calma.

- Me deu pena dele. – Disse um pouco triste – Por isso tomei uma decisão. sexta-feira a tarde irei para Nova York, não quero mais adiar essa conversa que eu preciso ter com ele. – Respirei mais intensamente.

- A Alex já sabe? – Ela me perguntou.

- Não, porque tomei essa decisão depois que eu desliguei o telefone. Mas eu já te falei hoje mais cedo que eu não quero que ela vá, por isso não sei se devo contar. – Olhei para minha ruiva.

- Você não pode ir sozinha e nem Alex vai gostar quando souber que você a enganou. – Eu sabia que Red tinha razão, mas era necessário.

- Ligarei para Carl, vou pedir para ficar na casa dele. Volto domingo de manhã. – Tentei cortar o “assunto Alex.”

- É você quem sabe. – Ouvi em silêncio.

Me levantei e fui até a sala, pensaria em um jeito de fazer com que Alex não soubesse de minha viagem, por mais que soubesse que seria impossível.

 

XxXx

 

- Eu estou bem, acredite. O tiro não atingiu nenhum órgão, ma eu vou te contar tudo quando chegar a Nova York. Posso então ficar na sua casa? – Eu já estava falando com meu irmão fazia algum tempo.

- Tudo bem Piper, mas é tudo uma loucura! – Carl me respondeu abismado com tudo o que eu tinha lhe contado que aconteceu.

- Sim, mas você irá entender melhor quando eu chegar aí. Devo estar chegando sexta-feira a noite! – Tentava cortar o assunto.

- Está bem, me avisa mais ou menos o horário que eu te busco no aeroporto! – Carl estava bem tranquilo já.

- Pode deixar... Ah, Carl... Só te peço um favor. Não comente nada com a Nicky. – Pedi.

- Mas por que eu comentaria? – Ele me perguntou curioso.

- Não sei mas, tudo o que posso dizer agora, é que Alex Vause não pode saber. – Sabia que viria mais perguntas.

- Você está cheia de mistérios, mas tudo bem. – Agradeci por Carl não me fazer mais perguntas.

- O que Alex Vause não pode saber? – Quando ouvi a voz rouca junto com a de meu irmão no telefone, eu gelei.

- Carl, nos falamos depois. Beijos. – Desliguei o mais rápido possível.

Fiquei olhando-a sem saber o que falar.

- Anda Piper, me diz... O que é que eu não posso saber? – Alex parecia irritada.

Eu não sabia o que fazer ou dizer, não tinha desculpa para dar a ela e ser pega assim de surpresa, me deixava mais nervosa. Então fiquei ali, gelada e encarando-a tentando arranjar uma explicação plausível.


Notas Finais


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AGRADECIMENTOS:

Primeiramente aos mais de 500 favoritos... Aqueles que comentam, que não comentam, que lêem e indicam minhas fanfics ou que pararam de ler por motivos pessoais mas pretendem se organizar e voltar a ler ou até mesmo àqueles que pararam de ler porque não querem mais ou enjoaram. Porque se não fosse cada um de vocês, eu não chegaria até aqui. A vocês, meus leitores fiéis, tenho cada um dentro do meu coração. Cada elogio, cada crítica, cada opinião de vcs é muito significativo pra mim, pois é o que me ajuda a melhorar cada vez mais.
Segundo, às minhas amigas especiais que tbm são autoras, outras somente leitoras, mas somos uma família e muitas vezes elas me ajudam demais a desfazer cada dúvida minha, dando idéias para completar àquelas que já possuo em mente.
Por fim, agradeço aos elogios que me fazem seja aqui ou em minhas redes sociais. Eu não me acho tudo que dizem que eu sou, acredito que tenha autoras e pessoas muito melhores que eu.
Vocês me fazem muito feliz, espero ter cada um de vcs comigo sempre pq no meu coração eu já tenho todos !!!
Enfim, se eu continuar vou chorar, então MUITO OBRIGADA A TODOS VOCÊS, PORQUE SEM VOCÊS EU NÃO SOU NADA !!!
Até a próxima... Bjs !!! ;-*


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