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História O Amor é Uma Droga - Bom de se sentir.


Escrita por: FrameS

Notas do Autor


Oi gente, trago o último capítulo dessa fanfic.

Leiam as notas finais, se quiserem KKKKKKKK

Boa leitura <3

Capítulo 4 - Bom de se sentir.


Fanfic / Fanfiction O Amor é Uma Droga - Bom de se sentir.

— Você ‘tá bem amigo? — já era a décima vez que eu fazia aquela mesma pergunta, na esperança de que Kyungsoo pudesse expor mais o sentimentos que ele estava tendo no momento. 

Mas a resposta era sempre a mesma. 

— Estou. 

 

Já era quatro e meia da tarde do outro dia, e o meu processo de animar Kyungsoo estava indo de mau a pior. Sinceramente eu já estava perdendo as esperanças nele; em todos esses anos de amizade, eu nunca havia visto Kyungsoo tão triste como hoje. Nem mesmo no enterro de Turner, o meu pequenino gato que morreu devido a merda de uma bicicleta ter passado por cima dele.

Estávamos jogados no sofá e enrolados em uma coberto, assistindo mais uma vez “O Grito”, pois era o filme preferido de Kyungsoo. E mesmo eu me borrando de medo, decidi que faria esse esforço por ele. Entretanto não estava adiantando de nada, já que ele não tinha sequer uma reação – seja de falar as falas decoradas dos personagens, ou fazer os efeitos sonoros do filme. O que, particularmente, eu achava muito escroto. 

Apesar da escrotice do meu querido amigo, ele era um cara legal, e não merecia aquela tristeza toda. 

Foi pensando nisso, que decidi colocar uma música animada, e nada melhor do que Tom Odell para isso. Não que as músicas dele fossem totalmente animadas, porém, assim como eu, Kyungsoo é um grande fã dele e na minha visão, duvido muito que ele não vá cantar Can't Pretend. 

— Duvido que tu não solte essa franga agora... — sussurrei, dando o meu famoso sorriso travesso. Já estava na playlist do meu celular procurando pela música, mas acabava me distraindo e esquecendo o que estava fazendo ali. 

Quando finalmente me dei conta dos minutos perdidos que passei procurando a droga da música, os créditos do filme já passavam na televisão de plasma de 52 polegadas do meu amigo – eu, talvez, seja um pouco exibido. Mas nada perspectivo. 

Kyungsoo olhava para a tela e sequer se mexia, só a encarava fixamente e discretamente batia palmas, como sempre fazia no final. Eu ainda não tinha perdido as esperanças de achar a música no meu celular, mas eram tantas que passavam pelos meus olhos, e eu juro que tentava meu máximo para não colocá-las agora. 

 — Baek, nós podemos ir para o meu quarto? — olhei descrente para a figura melancólica de Kyungsoo, e fui até ele batendo forte no piso de madeira.

 — Puta que me lascou, Kyungsoo! — gritei exaltado, pronto para dar uns bons tapas naquele rosto limpo de acnes. No entanto lembrei da situação em que estávamos, então respirei fundo e orei para que Deus me desse mais paciência. — Claro que não podemos ir para o quarto, vou colocar uma música para animar esta casa. 

 — E não pode ser dentro do meu quarto? — Kyungsoo ajeitou seu edredom com uns desenhos estranhos de caldeirão, e tentou se levantar. Mas, como o belo amigo chato que ele me ensinou a ser, eu não deixei. 

Voltei a vasculhar o meu celular, e depois de dez segundos, achei a bendita música na playlist  “Sadness Byun”. Como deu para perceber, sou alguém sem criatividade alguma, que Deus me perdoe por isso. 

Antes de clicar na música, decidi que todos os vizinhos iriam se juntar a nós para ouvir essa deliciosa canção – querendo ou não. Peguei o som do meu amigo, que era estranhamente legal porque tinha um formato de porco, e conectei com o meu celular. 

“Love, I have wounds

(Amor, eu tenho feridas)

Only you can mend

(Apenas você pode curar)

You can mend

(Você pode curar)

I guess that's love

(Acho que isso é amor).”

 

Kyungsoo pareceu sentir as primeiras partes da música, assim como eu também. As teclas do piano eram pressionadas agora e junto a voz do cantor, me causavam arrepios pelo corpo todo. Eu, sinceramente, nunca me cansaria de escutar aquela música. Sentia-me em um daqueles filmes de comédia romântica em que atriz estava agora tendo um pequeno colapso de tristeza, enquanto bebia um vinho e chorava horrores vendo um filme sobre cachorros. 

Eu via algumas lágrimas acumuladas no olho de Kyungsoo, e eu não sabia se o ajudava, ou deixava ele chorar até que toda a água evaporasse do seu corpo. Já estava no refrão da música, e eu tentava acompanhar o cantor naqueles “Ooh”, mas eu sentia que não estava muito legal. 

Quando os últimos acordes foram feitos no piano, a campainha soa, e pra variar, quase me mata do coração. Começou a tocar “Wait” do M83, e a tristeza logo bateu em mim, me fazendo ir lentamente abrir aquela porta. Kyungsoo cantou as primeiras partes da música, contudo acabou se rendendo às lágrimas e deixou-se levar pela bad do momento. 

As batidas na porta eram cada vez mais fortes, e aquilo me fez perceber o quão apressada a pessoa deveria estar, e o quão raivoso ela estava me deixando por isso. 

 — ‘Quê que é? — abri a porta, e ao mesmo tempo minha boca foi lá no chão com a figura que estava parado nela. Kim JongIn, mas conhecido agora por, Judas Kim. — O que você quer? — perguntei frio, grudando meus braços contra meu peito. 

Admito que fiquei com pena de JongIn, pois seu rosto estava todo amassado e seus olhos avermelhados, seu cabelo mesmo estava uma desgraça. Seu olhar estava fixo para dentro da casa, e eu sabia que ele já tinha visto Kyungsoo todo encolhido no sofá. 

— Baek, por favor, eu preciso falar com ele. — sussurrou com a voz trêmula, apontando para o garoto deprimido. Antes de deixá-lo entrar, claro que eu iria dar um puxão de orelha nele. 

— Você sabe que pisou na bola com ele, né? — JongIn assentiu, e já iria abrir a boca para falar algo. Mas eu o interrompi na mesma hora. — Então JongIn, se você falar mais alguma merda pro Kyungsoo, eu juro que quebro toda tua cara. Você me entendeu? — perguntei dando passagem para ele adentrar a casa; JongIn deu um pequeno sorriso para mim e quando ele estava entrando, eu coloquei um pé na frente, o que resultou na sua queda.

Gargalhei, mas gargalhei bem alto enquanto ia até minha mochila. Kyungsoo olhava seriamente para JongIn jogado no chão, tentando limpar as lágrimas que ainda desciam pelo seu rosto, o que claramente era inútil da parte dele. Respirei fundo, e fui caminhando lindamente até a porta, pronto para ir embora. 

— Ei, se entendam! 

E saí da casa, com um sorriso do tamanho do mundo, morto de nervoso pela conversa que eles teriam. Porém eu sou Team Kaisoo, e tenho fé nesse shipp. 

Agora eu teria um encontro com aquele dumbo, e passei tanto tempo com Kyungsoo, que já tinha esquecido daquilo. Meu coração já voltava a batucar no meu peito, droga! Maldita hora em que fui aceitar aquele convite! 

 

→←

 

O tic tac do relógio já estava começando a me deixar louco, enquanto ainda marcava seis e quarenta e cinco. Eu estava vestido fazia algum tempo, porque simplesmente não consegui parar quieto quando via as horas cada vez mais perto. Minha mãe não estava em casa, muito menos meu irmão – pois este sempre aproveitava para sair com Hoseok, assim que tinha uma oportunidade. 

Para falar a verdade, eu tinha uma pequena inveja do relacionamento que eles possuíam. Eu via nos olhos deles, o quanto eles se amavam, e também vi na briga feia que eles tiveram depois do que KyungSoo disse para Taehyung. Confesso que ri horrores da briguinha, mas depois chorei com a reconciliação.

Chorei porque Sehun não tinha a paciência de Hoseok, e muito menos me abraçava no meio da briga. E chorei porque estava muito bêbado mesmo; depois de beijar Chanyeol, fui atrás do meu irmão e sem querer achei uma garrafa de sei lá o que e bebi tanto que quase desmaiei. Sorte que achei aquele cabeçudo na casa de Hoseok, às cinco horas da manhã. Eles estavam brigando no meio da rua, e pelo que percebi, Taehyung estava meio bêbado também. Belo exemplo que eu dou para ele, coitadinho. 

Olhei uma última vez para o relógio, e arregalei os olhos quando vi que já estava atrasado um minuto. Peguei meu celular e fui correndo até a cafeteria, sentindo a merda do meu estômago roncar. 

Adentrei o local apressado, todos me encararam quando dei um suspiro em alto e bom som, mas o que infernos eu poderia fazer? Estava cansado e precisava respirar antes de procurar pelo dumbo. Olhei aos redores e encontrei a figura dele me encarando com um sorriso de orelha a orelha, o que fez meu coração acelerar novamente. Todavia, agora não era de cansaço. 

Aproximei-me lentamente, contando cada passo que eu dava até àquela mesa um pouco afastada dos outros. Quanto mais eu me aproximava, mais rápido meu coração batia. E eu não sabia o que infernos estava acontecendo comigo, seria um ataque cardíaco? Ou apenas... Não mesmo! 

— Baekhyun! — o dumbo exclamou quando eu finalmente me sentei a sua frente na mesa. Dei um sorriso sem graça, pois ele sabia a merda do meu nome, e eu não sabia o dele. Injusto. 

— Cara, como você sabe meu nome? Porque eu não lembro de você ter falado o seu... No entanto, você sabe o meu. — falei baixo, com um tanto de vergonha por isso. Mas a sua risada me chama a atenção, e claro, olhei, para ele completamente confuso. 

— Baekhyun, você salvou seu número assim no meu celular, então deduzi que era seu nome. — ele explicou ainda com uma expressão risonha, e eu igual um pimentão de vergonha. — E o meu nome é Park Chanyeol, prazer! 

Chanyeol estendeu a mão para que o cumprimentasse, e merda, ao invés de apertar, eu apenas me apressei em pegar o cardápio porque minha fome era grande demais. 

Depois que nossos pedidos chegaram, eu e Chanyeol conversávamos como se fôssemos amigos de infância. Dávamos gargalhadas altas, nem nos importando dos olhares tortos que recebíamos da atendente que ficava no caixa. 

Pela nossa conversa, percebi que Chanyeol era realmente uma ótima pessoa. Alguém engraçado, tinha uma risada super estranha e era lindo. Sério, Chanyeol conseguia ser ainda mais lindo que Sehun, e eu nunca pensei que estaria vivo para dizer que alguém tinha uma beleza maior que a de Sehun. 

Chanyeol. Chanyeol. Chanyeol. 

O seu nome soa tão bem na minha cabeça. Agora que sei o nome dele, me parece tão mais fácil falar sobre ele. Chanyeol tinha um rosto lindo, os lábios rosadas e carnudos, os olhos um pouco grande, mas que pareciam combinar tão bem com o formato da sua cabeça. As orelhas se mexiam sempre que ele se empolgava em um assunto, e quando ele percebia e ficava com vergonha, elas ficavam vermelhas; porém ele não desanimava, e continuava falando e falando... Tão maravilhosamente, mexendo seus lábios rapidamente e me fazendo lembrar do beijo que tivemos. 

— Baekhyun, você quer ir na minha casa? Podemos assistir um filme, ou sei lá. 

Por mais que eu soubesse o que realmente Park Chanyeol queria, eu não conseguia simplesmente dizer “não”. 

— Claro! 

 

→←

 

O filme rodava na TV, e eu não estava prestando atenção em merda alguma, não sabia nem qual era o filme que estávamos assistindo. Meus pensamentos estavam em Kyungsoo e JongIn, e eu me perguntava: “será que meu shipp ‘tá de boa?”; minha curiosidade estava tão grande, que por pouco não liguei para a mãe de Kyungsoo. Só que, senti as mãos de Chanyeol sobre o meu cabelo, em um carinho tão bom, que me fez esquecer até meu nome. 

— Baekhyun? — Chanyeol falou baixo, ainda com as mãos sobre meus fios góticos.

— Hum? 

E então veio o inesperado. 

Depois de semanas, senti os lábios de Chanyeol sobre os meus novamente, em um toque singelo e bom. Os lábios dele tinham um gosto salgado de pipoca, já que praticamente o obriguei a fazer quando chegamos. 

Aos poucos ele foi me empurrando para deitar no sofá, e eu fraco, fui cedendo. O beijo havia se tornado algo maior, e o ambiente pareceu ficar mais quente, como se estivéssemos no inferno – bela comparação a minha. Suas mãos aliciavam minhas pernas; aliciava e as apertava com força, me fazendo soltar alguns gemidos tímidos pelo beijo. 

Quando eu me toquei da real situação em que estávamos, pareceu tão tarde ao me ver. Minhas unhas arranhavam de leve as costas de Chanyeol. Eu podia sentir seu cheiro, e enquanto ele beijava meu pescoço, eu apenas me deixava sentir aquelas sensações que, para mim, eram novas. 

Eu não sabia reagir a tudo aquilo, não sabia o que fazer porque era a minha primeira vez. Por mais clichê que pareça, eu sempre pensei em me entregar para alguém que eu amasse de verdade. Na verdade, sempre achei que seria para o Sehun, porque eu realmente pensei amar ele.

Quando, na verdade, foi uma simples relação entre amigos que confundiram sentimentos de amizade, com sentimentos de paixão. Minha mente, como sempre me pregando uma peça.

Chanyeol tirava nossas roupas lentamente, com uma delicadeza que eu sequer sabia existir. O toque dos seus lábios eram quentes, e o das suas mãos me transmitia uma tranquilidade sem igual. Estava sendo tudo perfeito, e exatamente como eu imaginei; não que eu fosse a merda de um adolescente que esperava o príncipe encantado, mesmo sabendo que este nunca existiu, mas eu era uma pessoa, e como qualquer pessoa normal, eu tinha sentimentos e eles eram tão... Infantis. E eu acabava por gostar disso, gostava de ter esses sentimentos. 

Chanyeol me preparou com os seus dedos, me adentrando e perguntando a todo minuto se eu realmente queria continuar com aquilo. Eu possuía um sorriso tosco nos lábios, um sorriso que nunca cheguei a realmente dar a Sehun. 

Chanyeol, por mais desconhecido que fosse, estava me fazendo ter todos as sensações, que com Sehun eu não tive.

Eu ouvia seus gemidos roucos próximos do meu ouvido, e no vai e vem do ato, ele distribuía vários beijos molhados pelo meu torso nu; distribuía beijos pelo meu rosto, e tomava meus lábios em um beijo de tirar o fôlego.

E quando tudo aquilo acabou, nós caímos cansados no sofá. Nossas respirações estavam rápidas, meu coração parecia querer abrir um buraco na minha caixa torácica, e eu só sabia pensar no quão bom aquilo foi. Cuidadosamente, Chanyeol deitou minha cabeça em seu peitoral desnudo e passou a mexer no meu cabelo.

 — Baekhyun, me desculpe por isso... — sussurrou com a voz melodiosa no meu ouvido, e eu abri meus olhos, encarando-o confuso. — Depois disso, eu nunca mais vou deixar você em paz. 

Então eu acabei por entender que, Chanyeol era a pessoa certa para mim. 

Às vezes eu me pegava pensando que se Sehun me deixasse, eu nunca mais encontraria alguém, e que seria um velho ranzinza e com vários gatos para cuidar. Eu sempre fui tão negativo e sadboy, que nunca realmente parei para pensar na vida de verdade. Sempre achei que meus únicos companheiros seriam apenas, meu CD da Lana Del Rey e os álbuns do Arctic Monkeys que eu tinha baixado no computador. Minha vida era mais depressiva e melancólico do que as músicas do The Smiths, e eu achava que seria para sempre assim. 

Todavia, foi em uma festa, depois de terminar meu namoro de três anos, que percebi que o amor não era uma droga. 

Olhando para o rosto de Chanyeol, que mesmo cansado mexia nos meus cabelos e esperava que eu dormisse para ele poder também dormir, que eu percebi que o amor, na verdade, era algo bom de se sentir. 


Notas Finais


Bom gente, queria primeiro agredecer aos favoritos, que mesmo pouco, me deixaram bastante feliz. Agradecer ao Hope que foi meu primeiro beta, e a Biazitha por ter betado o resto, e ter tido a paciência de corrigir meu erros que com o tempo vou aprendendo a concertar. Obrigada pelo apoio de todos, e pelos comentários e blá blá blá kkkkkkkkk

Essa é a primeira fanfic solo que eu terminei, e me sinto realmente feliz por isso. Te Quero Por Bem não consegui terminar, infelizmente, mas quem sabe um dia eu volte com ela.

E também quero agradecer ao apoio das minhas amigas, Brit e Riely, essa última que me cobra bastante KKKKKKKKK enfim, chega.

Estou feliz e pronto! Espero encontrar vocês em outros projetos meu, e até mais <3


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