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História O caminho dourado - Reconhecimento


Escrita por: NisaBenthon

Capítulo 2 - Reconhecimento


  

Cap 2 – Reconhecimento

 

Quem seria aquele homem que  me dirigiu a palavra?

 

Estava fazendo uma tarde com por do sol vermelho, um céu de cores brilhantes com as constelações quase gritando lá em cima para serem olhadas. Eu estava sozinha. Reagrupando minhas idéias sobre o local e procurando algo para fazer ao cair da noite. Dei uma volta de 180 graus de onde estava sentada para olhar o céu. Foi olhando para ele que  vi um relógio de pedra, com marcadores de fogo com os 12 símbolos zodiacais. É uma torre de quatro faces que pode ser vista de qualquer lugar do Santuário. O relógio de fogo só pode ser aceso quando o Santuário está sendo invadido

 

- Lindo... – murmurei com a boca aberta

 

Ao observar aquela obra de arte me veio a vontade de sair daquela solidão estranha que veio acompanhada da vontade de chorar. Eu precisava de um lugar com pessoas alegres e musica.

 

Uma festa badalada! 

 

A frase estalou em minha mente.

 

- Vou a algum lugar onde as pessoas aqui se reúnam. – bati a poeira da roupa e trilhei o caminho de volta ao local onde estava hospedada.

 

A construção ficava em um topo de colina, o hall era esplendorosamente espaçoso e sem nenhuma mobília. O chão de pedra brilhava, e concordo que se tivesse móveis o atrapalharia. A intenção era não apagar o brilho dos ladrilhos desenhados em mosaicos de deuses gregos.

 

A impressão era de estar dormindo em um museu luxuoso  muito bem cuidado. Todas as peças do local eram obras de arte, inclusive a cama em que estava, inclusive e os artefatos de uso particular. Minha cama era de marmore, com ninfas esculpidas em cada curva,  todos os demais moveis tinham o peso de pedra e madeira maciça. As almofadas eram bordadas  a fios de ouro e prata, com imagens gloriosas de batalhas ou cenas de amor entre deuses e humanas.

 

O aroma do local era sempre de jasmim fresco. Como se colocassem uma arvore florida no centro do quarto sempre que eu saia.  

 

Tomei um banho demorado, vesti uma blusa leve preta e uma saia cigana também negra.  Havia um imenso  lance de escadas que era necessário descer para chegar do hotel à pequena cidade  dava uma vista panorâmica dos lugares com mais pessoas, o que ajudava a escolher o local mais agitado.  

 

Fui em direção a um lugar que havia música alta tocando, muitas pessoas falando, grupos definidos de homens, poucas mulheres. Aquilo me pareceu uma boa fonte de estudos... e diversão.

 

Me sentei em um banquinho próxima ao balcão de atendimento e pedi um drink não alcoólico. Assim que minha taça colorida de frutas e flores chegou, eu já tinha filmado muita coisa ali.

 

Quem poderia ser um cavaleiro? Comecei a brincar com essa pergunta  em minha mente cada vez que observava alguém.

 

Vi rostos de homens mais diversos... há alguns passos de mim havia um moleque com sorriso maroto e andar manhoso, cabelos azuis esvoaçantes a altura dos ombros e uma bela boca desenhada. Altura mediana e porte físico rígido.

 

Disfarçando as encaradas que eu havia dado olhei para a porta e vi  outro homem moreno de estatura desconcertante e semblante austero, sempre de braços cruzados e cabelos curtos marrons.

 

- Esse sim  tem cara de segurança!- falei comigo com o canudo da bebida  preso entre os dentes.

 

 Perto dele tinha outro homem, não tão  alto quanto o moreno, bem mais magro e de gestos extravagantes.  Este  falava muito alto e parecia ser muito maldoso com suas palavras. Ao cruzar com o olhar dele senti arrepios.

 

Me levantei de onde estava e comecei a andar entre as pessoas. Me sentia um fantasma pelo qual todos enxergavam através. Fazia um calor que só quem mora  na península do mediterrâneo saberia explicar.

 

Dei voltas por todo o recinto externo e vi mais algumas pessoas que simplesmente bebiam algo que eu não identifiquei e ouviam as palavras dos outros, com rostos sérios. Cheguei a ouvir as palavras de alguns em minha mente. Suas vozes ecoavam como se estivessem em um salão vazio.  

 

Parei de pensar naquilo, fechei meus olhos e comecei a separar aquelas vozes inúmeras que ricocheteavam em minha mente. Nesse momento identifiquei algo que fez meu coração disparar.  Uma  voz em especial me chamou atenção... a voz que eu havia escutado naquela tarde. Aquele homem estava ali.  A energia que senti na parte da tarde havia retornado. O som da voz parecia mais concentrado, menos rebuscado e eu procurava quem era o dono daquele timbre sonoro de voz. Agora cada rosto ali presente era um alvo para meus ouvidos e olhos assim que abrisse-os.

 

O brilho do local parecia bem mais intenso depois que abri meus olhos. Algo de errado aconteceu. Algo que fugiu das minhas habilidades.  As conversas cessaram repentinamente e todas as pessoas as quais eu havia observado aleatoriamente estavam me olhando seriamente.

 

- O que houve? – perguntei baixinho para o atendente de bar que  também estava me olhando e estava mais próximo. Ele simplesmente baixou a cabeça, envergonhado, murmurando uma resposta que eu não soube interpretar direito. 

 

Uma mão pesada tocou meu ombro.

 

De sobressalto olhei na direção do braço e de onde vinha a mão. Emudeci e senti o sangue fugir de minha face. Uma lufada de ar gelado passou pelos meus cabelos, como se um fantasma transpassasse meu corpo físico

 

- Te assustei, garota? – meu olhar, após percorrer toda extensão do braço, antebraço, ombros e pescoço parou focado nos lábios do homem que falava comigo.

 

Ali havia um sorriso enigmático e meigo. Ali estava um homem alto, cabelos dourados, olhos cor de mel, vestido de jeans sujo e surrado  e uma camiseta branca sem estampas, com mangas e golas rasgadas.

 

 

- Não... você não me assustou. Me pegou desatenta – olhei de novo para ele e repeti a frase que havia dito comigo mesma antes de abrir os olhos -  A voz que eu ouvi a tarde! Claro! Foi você quem conversou comigo hoje nas ruinas! – apontei para seu peito e sorri.

 

Nenhum músculo na face dele se moveu diante de minha descoberta. A penas piscou e sua pupila se dilatou milímetros e se contraiu.

 

- Pode ser que sim. – esboçou um sorriso por um segundo

 

Fiz um bico ao respirar, não tinha percebido que minha respiração estava presa até então.

 

– Por favor me traga um suco de laranja com muito gelo e açúcar... – sem olhar para o lado, segurei o braço do atendente do bar e fiz o pedido  - Minha taxa de glicose esta em níveis alarmantemente baixos...  – passei as mãos em minha franja, jogando-a para trás em um gesto  nervoso.

 

- Conseguiu se resignar com seus pensamentos? Ou ainda está revoltada com tudo que viu ate agora sobre nós? – cruzou os braços e abriu um sorriso meigo ao me encarar.

 

Pisquei rapidamente diante da pergunta dele.

 

- “Intrigada” é a palavra correta para me definir.  E não resignada– cocei o alto da minha cabeça em sinal de nervosismo.

 

As vozes das conversas de outras pessoas retornaram aos seus respectivos interlocutores. Aos poucos sons  de interação voltaram a ecoar pelo local.  Dei mais uma olhada ao redor, não  tinha mais  a impressão que   todos estavam de olho em mim.

 

Voltei-me para quem me tocou o ombro.

 

 – Quem é você? – falei seria enquanto o encarava.

 

O som do copo sendo colocado no balcão foi abafado pelo nome dele.

 

- Aioros. – ao falar ele estendeu a mão para mim - Muito prazer.

 

Respirei aliviada de alguma forma. Algo naquele gesto indicava que ele era amigável, e algo em sua aura me dava conforto.

 

- Ah... Sou Nisa. – peguei a mão que ele oferecia com minhas duas mãos.

 

Terminei de tomar meu suco e deixei sob o copo uma nota de valor decente  para quitar a despesa de consumo e pagar a gorjeta. Sai daquele lugar conversando com o  homem alto de cabelos dourados. Ele talvez fosse a pessoa  certa para conversar e  tirar minhas duvidas.

 

Perguntei sobre o Santuário. Como era organizado, quem comandava as coisas por ali. Aos poucos descobri que Aioros era um cavaleiro de ouro que não tinha  fanatismo em sua forma de falar. Aparentava ser um homem coerente e transparente.

 

- De onde surgiram os cavaleiros? – as dúvidas pipocavam em minha cabeça.

 

Aioros tomou um ar serio e começou uma narrativa:

“ Quando a primeira guerra entre os Deuses começou muitos homens que lutavam por Atena morreram,  até que sobraram apenas garotos para lutar. Como odiava as armas, Atena os vestiu com armaduras feitas com Oricalco, o pó de estrelas, e as banhou com a "Vontade Divina".  Para usá-las era necessário trabalhar suas energias e despertar o cosmo dentro de si. Segundo o mito, todo ser humano é capaz de despertar e elevar seu Cosmo, desde que passe pelo treinamento necessário.

Os Cavaleiros de Atena são hierarquizados de acordo com o metal que compõe sua armadura e sua constelação guia, e esta classificação serve também para dividí-los quanto ao nivel de seu poder, isto é, a capacidade de elevarem seus cosmos.

Eles são dividas em Bronze, Prata e Ouro; tais armaduras são entregues a guerreiros, que possuem domínio do cosmo, equivalente ao nível da armadura. Enquanto as Bronze são vestidas por Cavaleiros  supostamente mais fracos, as de Ouro pertencem àqueles que dominam completamente o Sétimo Sentido, um poder sem mensura, que seria a percepção cósmica de canalizar e dominar plenamente a energia que permeia toda a matéria.

A diferença destes para os demais é que os 12 cavaleiros de ouro dominam o sétimo sentido. São poucos os que despertam esse poder e um número ainda menor deles consegue controlá-lo. Um ser  que domina  este Sentido tem um poder enorme.

 

Um Cavaleiro geralmente aprende as mais variadas técnicas de combate em seu treinamento. O treinamento começa na infância e vai ate a morte. Todos tem o poder de curar automaticamente e podem usar o Cosmo para curar outro ser.”

 

Levei alguns segundos em silencio para digerir as informações.  Energia cósmica, matéria.

Tudo que ele me respondia era claro e objetivo. Em tom didático e muito calmo. Aioros falava comigo em um tom quase religioso. Ele sabia que eu tinha mais coisas para perguntar, mas eu não sabia como fazer.

 

- E onde estão todos os cavaleiros? – deixei escapar  enquanto ele respirava sorvendo o ar para os pulmões empinando o peitoral.

 

Ele enrijeceu o dedo indicador e indicou uma serie de pessoas no recinto. O gesto de apontar em todas as direções com os dedos que ele fez me deixou encabulada.

 

- O quê? QUALQUER UM   daqueles seriam esses supostos “guardiões” do santuário? – fiz cara de duvida e falei em tom alto.

 

 

 - Cada Cavaleiro está sob a proteção de uma constelação. Por isso, há tantos Cavaleiros quanto constelações no céu. São 29 no céu do hemisfério norte e 47 no hemisfério sul. Ainda podemos acrescentar aquelas que estão no rastro do sol... as 12 constelações do zodíaco. Elas têm características que não se vê nas outras. E somente esses 12 Cavaleiros têm a honra e o direito de vestir a armadura de ouro.

 

 

Ele me dizia que a vida de cada um dos cavaleiros era normal, desde que não haja convocações para reuniões e conselhos.

 

- Essas reuniões  são como as que ocorrem em guerras? – questionei em tom incrédulo de novo.

 

- Parecidas... são como prevenção dessas guerras. – ele sentou-se em um muro enquanto falava comigo.

 

 

- Como pode? Fazem décadas que guerras como as descritas em livros  não ocorriam. Cavaleiros eram escravos das guerras causadas pelos deuses.  - sentei ao lado dele, sedenta de verdade

 

-  É um conselho de cúpula em que alguns recebem missões, com intuito de trazer a paz e dar continuidade nisso.

 

- Há baixas nessas “reuniões”?

 

 

Ele soltou um riso e me tocou o ombro novamente

 

- Toda guerra mata, minha querida.

 

- As armaduras tem vida? – cocei meu queixo como quem raciocina acima de tudo que ele contava.

 

O rapaz respirou e recomeçou a narrativa:

 

- A armadura de um cavaleiro tem uma vida, que, ao ser destruída em batalha, só pode ser revivida  por um descendente do povo que as forjou, e não restaurada de maneira qualquer. No caso das Armaduras de Atena, por exemplo, o cavaleiro deve sacrificar um terço do próprio sangue para ajudar na recuperação.

 

Enruguei a testa e fiz cara de reprovação, mas ele continuou:

- Apesar de cada tipo de armadura ter características diferentes, seus princípios de funcionamento são bastante similares: elas são muito mais resistentes do que o metal comum, e amplificam a cosmo-energia do usuário muitas vezes.

 

Olhei em volta. Aquela vontade de chorar que me assolava na parte da  tarde voltou.

 

- E essa dor que sinto vagar por aqui? É como se  uma sombra pairasse sobre a cabeça de todos. Tem cheiro de sangue, de maldade. – mostrei meus braços arrepiados.

 

- Você  é iniciada? – Aioros me olhou com o rosto mais serio.

 

- HUH?? – gemi sem entender  – O quê?

 

- Deixa pra lá... uma pessoa contestadora como você não iria ser aceita nunca como aprendiz aqui. – ele começou a rir e retirou a mão de meus ombros.

 

- Você está me falando que não tenho competência em arte de lutar?  - olhei fazendo careta para o que  ouvi -  Fala sério!! Nem disso eu preciso!!

 

- Não é isso. É o caso das “regras” que  eu lhe falei antes.  É necessário seguir regras que você não aceitaria facilmente. Só isso. – a mão esquerda dele bagunçou meus cabelos, como se eu fosse uma criança.

 

 - Então era você mesmo quem falou comigo de tarde! – ele balançou a cabeça positivamente.

 

- Não podemos nos envolver com estrangeiros ou civis. São contra as regras. Então falei com você por telepatia. Entendeu por que todos nos encararam agora a noite no bar?

 

- Ah... que ridículo! Não estou interessada em matar raptar ou fazer lavagem cerebral em nenhum cavaleiro! – dei de ombros e fingi não olhar para ele.

 

- De fato suas intenções não estão claras para ninguém aqui. – ele desceu do muro em um pulo sem encostar as mãos ou pés  na parede.

 

Suspirei ao reparar no tipo de corpo atlético e leve que  ele ostentava.

 

 - Ta certo.... você tem um  corpo muito lindo, mas não to procurando aventuras. – falei  rindo tentando descontrair o ar serio que ele tomou.

 

O riso dele ecoou pelas ruínas distantes alem da rua de pedras em frente ao bar que estávamos.  Falamos sobre muitas coisas mais.

 

Passei uma semana ali. Conversei muito com Aioros. Sua lógica me aturdia algumas vezes. Em nossa última conversa ele declarou ser um cavaleiro oficialmente, pois, até então, era apenas uma suposição minha.

 

- É  o que eu preciso para provar que  vocês existem! – gritei feliz com as mãos para cima - O que  você faz de extraordinário? – e ao dizer isso, movi meus braços e fiz o céu se esconder sob uma nuvem e relampejar.

 

Aioros me olhou e sorriu.

 

E em um flash uma pedra gigantesca ao meu lado se espatifou em uma chuva de areia.

 

Me escondi atrás dele, com certo receio de não ter entendido o que houve.

 

- Se machucou? – ele me olhou por trás dos ombros e sorriu.

 

Movi as mãos para pegar os grãos que  caíram em forma de uma garoa fina de areia.

 

- Maravilhoso...- balbuciei sentindo a areia cair fina sobre nós.

 

- Você é extraordinária também.

 

Nesse dia ele me explicou as teorias físicas, energéticas e cósmicas de todas as ações que  os cavaleiros podiam fazer.

 

As aulas de Aioros sempre me fascinavam.

“No ser humano são reconhecidos cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato; sendo suas respectivas funções: ver, ouvir, cheirar, saborear, falar e sentir a "textura". Contudo, existem  mais sentidos que os iniciados nas artes de ser cavaleiros desenvolvem:

Sexto Sentido é a intuição. Faz os humanos poderem perceber e se comunicar com pessoas a grande distância. Com esse sentido um humano pode saber quando cada pessoa vai nascer ou morrer, ele também pode prever algo que irá acontecer. Você tem isso bem mais do que desenvolvido, não é Nisa?

 Sétimo sentido é o domínio total do "Cosmo". Quando um cavaleiro consegue dominar este cosmo por completo, isto quer dizer que ele alcançou o máximo. Desde os tempos mitológicos, apenas os Cavaleiros de Ouro conseguiram dominar o máximo do sétimo sentido, sendo, assim, pessoas praticamente invencíveis. Mas, na verdade, se um Cavaleiro de Bronze ou Prata estiver muito determinado e encorajado, ele também poderá alcançar o sétimo sentido, mesmo sendo com muito mais dificuldade. O poder desse sentido é capaz de superar a perda dos outros seis.

O oitavo sentido é a habilidade que permite aos Cavaleiros irem até o Mundo dos Mortos e voltarem sem morrer. Assim como o sétimo sentido, é necessário um bom estado de espírito para despertá-lo.”

Sorri amarelo diante daquela narrativa. Eu já havia conhecido o mundo dos mortos em ocasiões anteriores. Não sabia que era necessário treino para que as pessoas conseguissem este poder.  Permaneci quieta ate que ele terminasse a narração.

 - Existe também o nono  Sentido, chamamos de Suprema Virtude.  E  seria a "Vontade Divina", um poder que permeia o universo desde o Big Bang. Aqueles que o alcançam, ganham o poder para se converterem em deuses.

Respirei fundo diante dessa ultima descrição. Olhei para meu braço arrepiado e sacudi a cabeça que começava a fazer analogias sobre os poderes dos cavaleiros e os poderes que eu tinha desde minha infância.

 

- Obrigada amigo. – dei um beijo em seu rosto. – Agora eu volto tranqüila, cheia de respostas e sem pulga atrás da orelha sobre a existência de cavaleiros que protegem a ordem do santuário de Athena!

 

Mas ele não me disse qual constelação regia suas habilidades. Muita vezes, eu  olhava para ele e via um anjo da guerra. Talvez, até tivesse visto  asas em suas costas em uma de nossas conversas.



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