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História O campeão e a jornalista - Partiu Floripa?


Escrita por: lardluar

Notas do Autor


Espero que gostem <3

Capítulo 4 - Partiu Floripa?


Fanfic / Fanfiction O campeão e a jornalista - Partiu Floripa?

Acordei com meu celular gritando ao meu lado, era meu despertador avisando que em 30 minutos deveria estar na redação para trabalhar. Tomei coragem para levantar e ir me arrumar, em menos de 15 minutos já estava prontíssima para ir – esse feito foi recorde – passei pelo banheiro para pegar um comprimido para dor de cabeça e fui logo para meu destino. Após longos minutos parada no transito enlouquecedor de São Paulo havia chegado em meu destino, entrei apreçada não dando muita atenção a quem vinha conversar comigo. Quando finalmente consegui sentar em minha mesa suspirei aliviada, arrumei minhas coisas, liguei meu computador e vi Junior vindo em minha direção, ri quando vi sua cara de ressaca.    

- Bom dia Ju – disse a ele que se sentava em minha frente.    

- Só se for pra você né Manu, porque eu to bichado. – fui obrigada a rir de seu drama.    

- Isso que da cair na noitada sendo que tem trabalho no dia seguinte!    

- Eu curto a vida baby, fui curtir a noite, e você deveria ter ido junto mocinha.    

- Não deveria não, trabalhei ontem de noite também.    

- Vai me dizer que você foi na coletiva do surfista?    

- Sim eu fui.    

- Eu hein Manuela, eu acho que você conviveu muito tempo com ele e agora não fica mais longe dele. – ele ria.    

- Eu não convivi com ele, apenas o segui, e você sabe que não consegui nada no aeroporto.    

- Eu ainda acredito mais na minha tese, ele é bem gatinho, me apaixonaria fácil por ele. – Vocês podem até achar estranho o comentário de Junior, mas para mim isso já suava normal. A tempos Ju tinha me confessado sua opção sexual, e então desde daquele dia, ele havia se tornado o amigo gay que toda garota deveria ter.    

- Você se apaixonaria por qualquer moreno sarado Ju – gargalhei – Mas eu não, você sabe de como sou difícil!    

- É eu sei, difícil dificílima.    

- Isso ai gato – pisquei pra ele – Mas mudando de assunto, eu preciso falar com Marcos, será que ele já chegou?    

- Eu vi ele na sala dele antes você chegar – ele disse apontando para a pequena sala.    

- Então com licença Ju, mas eu preciso ir conversar com o Marquito – disse me levantando não esperando a resposta de Junior. Bati na porta de Marcos e entrei, ele se encontrava escrevendo algo mas logo toda a sua atenção estava voltada para mim.    

- Olha só quem está em solo brasileiro novamente – ele se levantou e veio até a mim. – Manu como vai, querida? – me deu um forte abraço    

- É, estava na hora né e como é bom te ver novamente – nos sentamos em sua mesa    

- E então, como foi a viagem?    

- Foi ótima, ganhei varias experiências e tal.    

- Pode ter certeza que isso deixará seu currículo muito bom, mas então como foi a coletiva?    

- Boa também, consegui apenas uma resposta, mas era o que eu precisava para complementar a matéria    

- E por falar em matéria, você já tem ela pronta?    

- O rascunho sim, só preciso finalizar algumas coisas, mas acredito que ficará muito boa.    

- Essa é minha garota – rimos – Será que eu posso ter a honra de vê-la?    

- Não precisa nem perguntar né Marquinhos? É claro que não!    

 - Você realmente não muda – ele se aproximou de mim e nossos rostos ficaram bem próximos – Continua a mesma menina da época da faculdade.    

- Não Marcos – eu me afastei envergonhada – Eu amadureci e não acho mais legal misturar as coisas e nem quero mais também – me levantei e fui para a porta.    

- Desculpa Manu, eu não sei porque fiz isso – ele veio até mim – Eu acho que ainda sou ligado ao passado.    

- Então por favor esqueça o passado, porque quem vive de passado é museu. – Dei uma piscadinha e sai de sua sala. Fiquei surpresa por saber que Marcos ainda não tinha me esquecido, mesmo depois de tanto tempo. Tudo aconteceu quando eu ainda estava estudando, Marcos já havia acabado o curso e também já trabalhava aqui, tivemos um breve envolvimento mas nada que pudesse ir para frente, fiquei mal apenas nos primeiros dias, mas depois disso superei, porem pelo jeito Marcos não. Voltei para minha mesa e continuei meu trabalho.    

GABRIEL - MARESIAS    

   Finalmente Maresias, estava no melhor lugar do mundo com a melhor companhia do universo vivendo o meu maior sonho, e isso era tudo que eu vinha desejando nos últimos meses. Mesmo estando em um pequeno período de folga tratei de levantar ainda pela manhã para conseguir aproveitar o máximo do meu dia. Sendo assim, acordei as 09:30 e desci para o café.    

- Bom dia família – disse sentando á mesa com todos.    

- Bom dia filhão – minha mãe passou a mãe pelo meu cabelo.    

- Acordou cedo hoje hein Bi – comentou Charlão.    

- É mesmo filho, vai fazer alguma coisa agora? – minha mãe servia meu café.    

- Eu estava planejando em levar a Sophi para surfar como fazíamos antigamente, sinto falta disso.    

- Algo me diz que ela vai curtir a ideia, queria ir junto, mas eu e sua mãe temos uma reunião.    

- E já estamos atrasados por sinal – dizia minha mãe olhando as horas – Vamos Cha?    

- Vamos querida – eles se levantaram    

- Filho cuida da Sô hein, ela ainda ta dormindo então faz ela comer algo antes de ir, não se esqueçam do protetor e divirtam-se – dona Simone depositou um beijo em meu rosto e subiu para pegar alguma coisa.    

- Eu acho que não preciso dizer mais nada depois das instruções né?    

- Definitivamente não, dona Simone já se encarregou – gargalhamos    

- E Gabriel, fica de olho na sua irmã hein, não deixa nenhum pirralhinho dar ideia na nossa menina – Charlão dizia serio.    

- Pode deixar comigo, não vou deixar ninguém nem olhar pra ela nos próximos 20 anos – disse piscando.    

- Você não sabe como deixa seu velho tranquilo ao dizer isso – ele riu e foi esperar minha mãe no carro. Quando minha mãe desceu novamente á acompanhei até a porta e ela repetiu mais uma vez todas as coisas que eu deveria fazer antes de ir para a praia.    

- Você entendeu Gabriel?    

- Sim mãe, você repetiu por no mínimo umas 5 vezes.    

- Okay filho, você sabe como são as mãe né? – eu assenti – Bom, fiquem com Deus e divirtam-se – nos abraçamos e ela foi pro carro.    

- Manhêêêêêê – gritei antes que ela pudesse entrar no carro.    

- Oi? – ela parou na porta e olhou.    

- Você ta muito gata hoje!    

- Obrigada Bi – ela sorriu, entrou no carro, e eles partiram. Entrei novamente em casa e fui terminar de tomar café. Minutos depois fui até o quarto de Sophia para acorda-la, ela ainda dormia como um anjo, me sentei ao seu lado e tentei acorda-la sem nenhum susto    

- Hey amorzinho está na hora de acordar – fazia carinho em seu cabelo    

- Só mais um pouquinho Bi – ela fazia bico e coçava os olhos    

- Anda gatinha levanta ou você vai me deixar ir para a praia sozinho – tive que apelar para o drama    

- Eu acho que não né – ela disse se sentando na cama – Vou me arrumar e ai vamos.    

- Antes você tem que tomar café e eu arrumar as coisas – sorri – Pode ser assim?    

- Pode – ela sorriu – Me espera lá em baixo então – Sophia foi direto para o banheiro e eu fiquei pensando em como estou velho, até pouco tempo atrás ela era um bebê em meus braços e hoje já é uma pequena moça linda. Preparei tudo o que precisávamos levar mas ainda faltava as pranchas, então fui para a garagem resolver isso. Estava eu entretido com os meus brinquedinhos quando do nada Sophi surgiu atrás de mim me dando um belo susto.    

- Olha o drama Biel, você ainda é muito novo – ela disse engraçada – Ei o que eu vou comer?   

- O que você quiser gatinha, pode ir lá e comer o que quiser, a mãe não vai ficar sabendo.   

-Tem certeza? A mamãe vai nos matar!   

- É mesmo né – disse coçando a cabeça e tendo a certeza de que se eu fosse pai, eu seria um péssimo pai.  – Vamos lá, vou preparar seu café e depois fazemos isso.   

- As vezes você é maluco sabia? – rimos e fomos para a cozinha, Sophia se sentou na mesa e eu fui para o fogão, estava me sentindo um verdadeiro chefe de cozinha.   

- Então o que a senhorita vai querer comer?   

- O que eu quiser?   

- O que você quiser – disse sorrindo.   

- Panquecas – ela disse com um sorriso maroto nos lábios   

- Ainda é de manhã e você quer panquecas? Não Sô, escolhe outra coisa.   

- Mas você disse que poderia ser qualquer coisa – ela cruzou os braços e fez um bico enorme   

- Mas eu não sei fritar nem um ovo, imagina fazer panqueca – me aproximei dela – Come uma fruta agora e depois eu te levo para almoçar aonde quiser – sugeri   

- Promete? – ela havia desmanchado o bico    

- Prometo!   

- De dedinho? – ela mostrou seu dedo mindinho   

- De dedinho anjo – entrelacei meu dedo no dela.   

- Ta bom então – ela sorriu – Vamos pegar as pranchas?   

- Vamos, mas antes pega uma maçã pra você. – ela pegou a maçã e nós voltamos para a garagem, pegamos a prancha e fomos para a praia. Eu curtia muito ficar em casa, era o lugar que eu conseguia ficar tranquilo, estar com a família e tinha o mar pertinho de mim. Bastaram alguns minutos lá e já tinha perdido as contas de quantas fotos eu havia tirado, tratamos logo de entrar no mar antes que mais pessoas chegassem.   

MANUELA - CASA MAYSA   

Depois de algumas horinhas tentando finalizar aquela bendita matéria recebi uma ligação da May, ela estava muito animada mas não queria me contar o motivo por celular, então combinamos que quando eu terminasse tudo daria uma passadinha na casa dela. Sendo assim, quando terminei fui direto encontrar com ela.   

- Amigaaaa – ela disse abrindo a porta para mim   

- Acho que sou eu né?! – sorri sarcasticamente e entrei enquanto ela me olhava feio pela brincadeira. – E então qual o motivo da felicidade?   

- Partiu passar o réveillon em Floripa? – ela disse em êxtase enquanto se sentava   

- O que? – me sentei ao seu lado – Assim do nada?   

- Assim do nada ué – ela ria   

- O que vai ter de bom lá? Posso até pensar na ideia – claro, que eu só estava fazendo charme, porque logico que eu toparia   

- Noitada, festa, vários gatinhos e claro que: muito álcool! - gargalhamos.   

-Vai com calma ai mocinha, me conta mais sobre isso.    

-Então amiga, topa ou não?    

-Claro! Partiu Floripa! - a ideia não era ruim, na verdade era perfeita.   

-Floripa que nos aguarde! – ela se jogou no meu colo e rimos feito loucas.   

- Ai saí de cima de mim sua obesa – a empurrei – Vamos quando então?   

- Queria curtir o sábado lá, então pode ser sexta de manha?   

-Por mim tudo bem, mas vamos depois que minha matéria for ao ar.    

-Tudo bem amiga, vou avisar o Danilo. - ele disse pegando o celular.   

-Ta pegando ele ainda? - ela assentiu. - Até que tá durando hein.   

-Acho que agora vai pra frente, to tão feliz com ele. - os olhos dela chegavam a brilhar.   

-Ei, eu não vou ficar de vela né? Me diz que ele vai levar alguém com ele.    

-Relaxa Manu, ele vai levar uns amigos também.    

-Opa! Agora eu gostei... - gargalhamos. - Vamos sair pra comemorar? - digo animada.   

-Baladinha?   

-Na verdade tava pensando em alguma coisa mais calma, pra colocar o papo em dia né.    

-Partiu Outback então?   

-Eu topo, chama o Junior também, agora eu preciso ir pra casa. Beijocas gordinha. - digo indo em direção a porta.   

-Beijinhos vaca.    

GABRIEL – CASA   

- Bora Sophia – eu gritei da sala, eu e Sophi já havíamos surfado e já estávamos em casa, como não tinha ninguém que soubesse cozinhar, resolvemos sair para almoçar. – Vamos Sô! – sim eu estava apressando minha irmãzinha.   

- Calma Biel – ela retrucou ainda de seu quarto. Quando minha mãe me disse á dias atrás que Sophia já não era mais um bebê, eu não acreditei, mas agora eu posso ver que ela realmente cresceu e como todas as mulheres demora muito para ficar pronta.   

- Tudo bem eu espero – ela e minha mãe eram as únicas que conseguiam me fazer esperar, pois sou a pessoa mais impaciente que existe nesses casos. Enquanto aguardava, recebi uma ligação, era o Neymar.   

-Diz ai meu brother. - atendi.    

-Tranquilo meu campeão?   

-Tranquilinho Ney. O que manda?   

-Mano liguei pra fazer um convite; partiu virada de ano em Florianópolis?    

-Não precisa pedir duas vezes, to dentro! - mas é claro que eu estaria. - Mas assim do nada, sem combinar?   

-Tava foda de falar com o campeão ai, mas tá combinado então?    

-Claro Ney... - Sophia finalmente havia descido. - Mais tarde nos falamos, a Sô ta me apressando aqui.   

-Suave irmão, manda um beijão pra ela. - assim que ele desligou voltei toda minha atenção para minha irmã.   

-Quem era no telefone? - ela perguntou como a dona Simone fazia.   

- Uma novinha – tentei deixa-la com ciúmes, ela apenas me lançou um olhar sério é frio. – Brincadeira gatinha, era só o Ney e ele te mandou um beijo.   

- Faz tempo que ele não vem aqui né, estou com saudades daquele manézão – ela se sentou ao meu lado.   

- Como é que é? Você está me trocando pelo Neymar? Não aceito isso – cruzei os braços   

- Ihhhh ta com ciúmes, ta com ciúmes – ela cantarolou em meu ouvido.   

- Estou mesmo – mostrei a língua   

- Relaxa Bi, eu amo você – Sophia se jogou sobre mim.   

- Ama mesmo? – ela assentiu – Muito?   

- Muitão!   

- Também te amo muitão pequena – dei um beijo em sua testa – Agora vamos, porque você me deixou morrendo de fome!   

- Diz ai eu to mandando muito bem né não?   

- É, não tem jeito, ta no sangue!   

- Família Medina na veia – disse batendo em seu braço   

- Isso aí, Medina na veia – a imitei – Agora chega de enrolação e partiu!   

- Partiu! – trancamos a casa toda e fomos a procura de algum lugar maneiro para almoçarmos, no fim acabamos optando por uma pizza. Depois que comemos percebi que Sophia estava muito quieta e parecia desconfortável.   

- Ta tudo bem Sôsô? – perguntei atento   

- Biel minha barriga ta doendo, eu preciso ir no banheiro – ela disse se levantando   

- Vai lá Sô, quer que eu vá com você?   

- Não Gabriel, eu vou sozinha! – ela saiu andando apressadamente até o banheiro e eu aguardei na mesa, pedi a conta para o garçom e Sophia ainda não havia voltado. Eu realmente estava ficando preocupado com a Sophi, ela estava demorando demais e também não estava bem, como eu não poderia entrar no banheiro feminino pedi para uma moça que trabalhava no local para ir checar se tudo estava bem. Fiquei esperando ao lado da porta do banheiro por mais alguns minutos até que as duas saíram de lá, os olhos de minha irmã estavam vermelhos e a sua fisionomia não era muito boa.   

- Aqui está ela senhor – a moça disse soltando a mão de Sophia.   

- Obrigado viu – sorri para a mulher   

- Disponha, agora eu preciso ir. – ela se foi e nós fomos para o carro.   

- O que aconteceu lá dentro Sô?   

- Nada não – ela já estava dentro do carro com seu aparente desconforto.   

- Então porque você demorou tanto lá? – eu já guiava o carro de volta para casa.   

- Porque sim e para de fazer essas perguntas Gabriel – estava irritada agora.   

- Tudo bem mocinha – passei a mão em seu cabelo – Que tal um belo sorvete como sobremesa? - tentei usar o sorvete para anima-la, pois sabia que ela não resistiria.   

- Hoje não Biel, só quero ir para casa agora. – ela não soltou um belo sorriso como eu esperava, apenas ignorou o convite   

- Sophia o que houve? Você nunca recusa sorvete e... – ela me interrompeu   

- Que saco Gabriel, eu já disse que quero ir para casa! – minha irmã caçula havia perdido a paciência comigo e eu sem entender nada, apenas fiquei quieto até que chegássemos em casa. Quando chegamos ela subiu correndo para seu quarto, não disse nada, apenas subiu e eu consegui ouvir a porta sendo fechada com força. Esperei por ela ainda lá na sala, mas pelo jeito não desceria tão cedo, então eu mesmo subi.   

- Sô posso entrar? – perguntei batendo na porta.   

- Não! – ela disse imediatamente, sua voz era de choro e eu me preocupava a cada momento.   

- Você ta chorando baixinha? – perguntei e é claro que ela negou – Está sim, eu consigo ouvir daqui, me deixe entrar, por favor...   

- Já disse que não Gabriel!   

- Eu estou preocupado Sophia!   

- Eu estou bem, então você pode por favor me deixar sozinha?!   

- Tudo bem, qualquer coisa me grite e eu subo correndo. – ela não respondeu e eu desci. Eu não sabia o que fazer, então o que eu fiz? Isso mesmo, liguei para minha fiel escudeira, minha mãe!   

 -Oi Bi, aconteceu alguma coisa? - ela disse ao atender.  

-Oi mãe, aconteceu, mas não é nada grave.   

-O que aconteceu filho?  

-É a Sophia, ela está trancada no quarto dela e não quer sair de jeito nenhum.   

-O que aconteceu? Ela se machucou? - senti uma leve alteração em sua voz.   

- Eu não sei também, nós saímos para almoçar e do nada ela disse que estava com dor e foi ao banheiro, demorou lá e eu pedi para uma moça ir buscar ela. Agora ela esta chorando e dizendo que não aconteceu nada. – eu disse nervoso como se eu fosse a mãe desesperada.  

- Tudo bem Biel, mantenha a calma! – achei engraçado ela tentando me acalmar – Ela disse aonde estava doendo?  

- Na barriga, mãe o que eu faço? Ela não quer deixar eu entrar, mas eu acho que vou entrar do mesmo jeito.  

- Não faça isso Gabriel, fica tranquilo, eu e seu pai estamos perto de casa já.  

-O que eu faço?   

-Nada, senta ai e espera a mamãe chegar.   

-Tudo bem, não demorem.   

-Estamos chegando, fica calmo e não invade o quarto da sua irmã. Beijos.   

  A minha vontade era de entrar logo, a porta estava fechada, mas não trancada, contudo não faria isso. Minha mãe sempre dizia que tínhamos que respeitar o espaço das mulheres. Depois de muito tempo – talvez nem tanto assim – ouvi o carro sendo estacionado, eles mal entraram e eu já estava subindo as escadas.  

-Gabriel, pode ir parando bem ai!   

-O que? Não, vou avisar que vocês chegaram. - disse obvio.   

-Nem pensar, vamos respeitar a vontade dela. - minha mãe se aproximou – Fica aqui com o Cha, eu subo e falo com ela.   

-Eu quero ir junto! - protestei.  

- Você não é o pai dela e nem se fosse iria, eu sei muito bem o que aconteceu e você vai ficar bem aqui com o seu pai! – ela ficou parada no mesmo degrau que eu  

- Mas mãe... – novamente ela me interrompeu  

- Mas nada Gabriel, pra baixo agora! – ela apontou pro sofá e eu como não sou nenhum louco a obedeci.  

- Ta bom!  

  Me sentei junto a Charles que logo tratou de me entreter com algum assunto, em questão de alguns minutos minha mãe estava entre nós novamente.  

- E ai mãe? – eu disse curioso enquanto ela se sentava entre nós  

- O que ela tem amor?  

- É meus caros meninos, pelo jeito a menininha de vocês está se tornando uma moça – ela sorria e seus olhos estavam brilhando, eu e Charles não entendíamos nada.  

- Oh meu Deus – eu não acreditava – Aquilo tudo era só tpm – soltei um sorriso bobo e aliviado ao mesmo tempo.   

-Agora teremos um furacão ainda maior, que Deus nos ajude. - Charlão disse nos fazendo rir.  

- Ela poderia ter me contado antes, não precisava ter ficado tão nervosa daquele jeito e eu poderia ter ajudado ela.  

- Ela estava assustada né filho, isso é normal para todas as meninas – ela disse me fazendo carinho  

- Então ela está bem né?  

- Sim querido, só está meio tristinha por causa da cólica, mas isso passa!  

- Eu acho que vou lá fazer companhia a ela então.  

- Vai lá então.   

   Antes de subir para o quarto da Sôsô passei na cozinha e peguei um pote de nutella e duas colheres.  

- Será que tem um lugarzinho pra esse irmão grudento nessa cama? – eu disse abrindo a porta e colocando somente a cabeça para dentro do quarto.  

- Vem cá Bi – ela disse batendo a mão na cama e então eu me deitei ao seu lado - Desculpa por ter sido grossa com você mais cedo, mas você estava muito irritante.  

- Tudo bem amor, eu posso imaginar como – sorri – Mas agora você está bem não é?  

- Sim, mas a minha barriga dói muito – ela dizia se acomodando em meu peito. 

-Eu sei que dói meu anjo, mas vai passar logo. - depositei um beijo em sua testa. - Trouxe uma coisa que vai te deixar feliz!  

-O que? - perguntou ela tristonha. 

-Isso aqui! - lhe entreguei a nutella. 

- Nutella, como isso vai me ajudar? 

- Eu não sei, mas eu sei que chocolate sempre deixa as meninas felizes nesses dias. - dei de ombros. 

-Ta então, agora vamos assistir um filme. 

- Vamos! – ficamos a tarde toda assistindo filme e ela devorou o pote de nutella. 

   Depois de passar pela casa da May voltei para minha casa que estava uma bagunça, desde que havia voltado de viagem não tinha arrumado nada e a moça que me ajuda com a limpeza só viria mês que vem. Coloquei uma musica e fui para a luta, coloquei as coisas no lugar, as roupas na maquina de lavar, algumas coisas dentro do armário e por ultimo fui ao mercado fazer compras. Quando finalmente havia acabado todos os deveres, me joguei na cama dando uma olha no celular. Maysa estava confirmando nosso jantarzinho. Para fechar o dia de trabalho com chave de ouro, fui ver se estava tudo certo com a minha matéria e estava, graças a Deus. Só eu sabia o quanto tinha dado duro naquilo, passei tanto tempo me dedicando a vida de outra pessoa e amanha todos finalmente irei fechar esse ciclo.  

[TEMPO DEPOIS] 

  Já estava no restaurante, procurei por meus amigos até que os encontrei, já estavam bebendo e rindo feito loucos.  

-Nem me esperaram pra começar. - me sentei. 

-Manu, querida, a vida é muito curta pra ficar te esperando. - disse Junior virando seu copo.  

-To vendo baby, e to vendo você precisar de um fígado novo também.  

-E ai amiga, já arrumou as malas? - May disse enchendo meu copo, nós realmente gostávamos de beber.  

- Ainda não amiga, paguei de domestica hoje – fiz cara de sofrida 

- Oh coitadinha da nossa amiga, mas Manuela para que ta feio! 

- Desde quando manter a casa organizada é feio? 

- Feio é você ter que fazer isso, ta ai toda riquinha e não quer pagar empregada – gargalhei 

- Não é isso seu idiota, a moça que trabalha lá em casa ta de férias, ai sobra tudo pra mim. 

- Então como você fez o serviço de casa direitinho, ganha como premio uma pergunta – Maysa também já estava animadinha. 

-Lá vem... - já estava me preparando. 

- Você e Marcos voltaram? – eles me olhavam esperando pela resposta 

- O que? Da onde tiraram isso? – respondi gargalhando 

- Eu vi vocês quase se beijando mais cedo. 

- Você viu ele tentando me beijar, eu não quero mais nada com ele! 

- Então quer dizer que Marcos ta querendo reviver o passo é? – Maysa dizia 

- Mas como querer não é poder, a única coisa que ele vai conseguir é um tapa se tentar fazer isso de novo! 

- Mas o Marcos não é de se jogar fora – os olhos de Junior chegavam a brilhar 

- Ele é gato – murmurei – Mas isso não significa que eu quero alguma coisa com ele. 

-Você ta certa amiga, tem mais é que curtir mesmo, aquela Floripa vai ficar pequena!  

-Florianópolis que nos aguarde! - eu e May brindamos.  

  Já era de madrugada quando resolvemos ir pra casa, May foi arrumar as suas coisas e Junior veio comigo para me ajudar. 

-Manuela, vamos arrumar essa mala logo, porque eu quero é cama! - Ju se jogou em minha cama. 

-Calma ai, pegar as coisas. - corri, pois sabia que a qualquer momento Junior cairia no sono. 

   Como já tinha em mente o que queria levar, não demoramos muito com aquilo, logo já estávamos capotados.  

GABRIEL  

  Depois de passar o resto do dia assistindo filme com a Sophia, fui para meu quarto, pois ainda tinha que ligar para Neymar. 

-Fala Medina! - ele disse ao atender. - Já avisou a mamãe que vai passar uns dias em Floripa? 

- Ainda não, nem tenho certeza se eu vou mesmo. 

- Qual é Gabriel, para de ser besta mano. Você vai sim, precisa dar uma relaxada depois de tudo que aconteceu. 

- Eu posso relaxar muito bem em casa – ri. 

- Não é esse tipo de relaxar que eu to falando seu idiota – não me contive e gargalhei.  

-Eu até vou cara, mas não é pelas mulheres.ele riu irônico - Quer dizer, não SÓ pelas mulheres. Eu preciso mesmo relaxar e tirar um tempo pra curtir com os amigos. 

-Bora ir amanhã cedinho?  

-Bora cara! Algo tá me dizendo que esses dias vão ser demais, quero só ver no que vai dar.  

-Algo me diz o mesmo! Brother preciso ir, até amanhã irmão. 

-Vamos nos encontrar lá? 

-Acho que sim brother, mas o Danilo vai pegar o mesmo voo que você.  

-De boa então, voar sozinho é muito chato. Enfim, até amanhã Ney! 

-Falow Biel! 

   Depois de falar com ele fui avisar meus pais, já estava tarde, apenas eles estavam na sala. 

- Não dormiu ainda filho – disse ela batendo a mão ao seu lado para eu me sentar 

- Não mãe, estava falando com o Ney– me sentei ao seu lado e me acomodei.  

-O que estão aprontando agora? - Charlão já previa.  

-Ele e os meninos vão passar a virada em Floripa, tudo bem se eu for?  

-Por mim tudo bem. - minha mãe olhou para meu pai esperando uma resposta. 

-Por mim também, você mais do que merece esse descanso.  

-To precisando mesmo. - disse me levantando. - Vou ir arrumar minhas coisas.  

- Quer ajuda para arrumar as malas então? – minha mãe sempre ajudava. 

-Claro né dona Simone, continuo não sabendo fazer isso direito. - sorri. 

-E eu agradeço por isso!  

   Arrumamos minha mala, na verdade minha mãe arrumou, eu apenas separei o que gostaria de levar.  

-Pronto filho, tá tudo arrumadinho. - ela se deitou ao meu lado na cama. 

-Muito obrigado minha linda, eu não seria nada sem você. - eu estava precisando de colo de mãe, então me aproveitei.  

-E eu não consigo imaginar minha vida sem você. - dona Simone acariciava meu rosto. - Queria te perguntar uma coisa filho. 

-Vish! La vem, mas fala dona Simone. 

-Como ta o coração do meu campeão? - eu não merecia esse assunto a essa altura do campeonato. 

-Ta batendo, graças a Deus. - eu não queria falar sobre. 

-Eu quero saber das meninas, quando vou me tornar sogra? - ela havia ignorado minha resposta anterior. 

-Ué mãe, achei que não quisesse uma nora. 

-E eu não queria, mas pensando melhor, acho que vai ser o melhor pra você. Não quero todas essas marias parafina em cima do meu filho. 

-Maria parafina é o que mais tem em cima de mim. - dei um sorriso satisfeito. - E é tão difícil achar alguem legal, acho que meio desisti.  

Difícil? Filho, qualquer uma gostaria de te namorar, você é lindo, gentil e um campeão.  

-Por isso mesmo, todas elas querem o Medina, campeão famoso e com uma boa conta bancária. Alem do mais, essa coisa já até perdeu a graça. - ela me olhou como se não estivesse entendendo. - Quero dizer, é óbvio que pegar mulher não perdeu a graça, mas acabou se tornando fácil demais e eu não gosto de coisas fáceis. 

-Na verdade, eu acho que você deveria ser só da mamãe. - disse minha mãe enchendo meu rosto de beijos.  

-Relaxa dona Simone, você sempre vai ser a mulher da minha vida.  

  Naquele dia peguei no sono com os carinhos da minha mãe.  

 



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