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História O colecionador de sorrisos - Ame-me


Escrita por: FattyKetty

Notas do Autor


Mano... s2

Capítulo 12 - Ame-me


Fanfic / Fanfiction O colecionador de sorrisos - Ame-me

De todas as vezes que fiquei nervoso na vida, aquela era sem dúvida a pior. Nem mesmo a sensação de esperar pelo resultado do meu Trabalho de Conclusão de Curso na faculdade se assemelhava minimamente a tensão de estar naquele quarto de hotel, um quarto ao lado de Minhyuk. Sem coragem de sair de lá, com o coração querendo sair pela boca de tanta ansiedade. Parecia que não o via a anos e precisava mais do que qualquer coisa, olha-lo de perto e sentir seu toque contra minha pele.

Faziam poucas horas que estava num país diferente, mas só conseguia pensar nele. Tive todo o tempo do mundo para pensar sobre tudo quando tive que voltar a casa dos Lee desesperado pelos meus documentos e roupas ou quando esperei horas pelo meu voo. E mesmo assim, agora que estou finalmente aqui, agora que o sangue começou a esfriar... Não sei o que fazer. Seria eu capaz de fazê-lo mudar de ideia? Seria eu suficiente?

Suspirei desistindo de achar uma resposta imediata e tomei a decisão mais sensata do momento... Fui tomar um banho. Deixei que minha mente passeasse por lembranças e desejos enquanto a água fria tentava me dar um pouco de coragem. Não dava pra negar o quão destruído estava depois de tantos pensamentos auto depreciativos. Realmente precisava melhorar antes de dar de cara com Minhyuk. Depois do banho, coloquei uma roupa confortável e esperei pacientemente no corredor o momento certo de tocar sua campainha. As sete em ponto. Isso deixaria ele feliz de alguma forma? Eu não sei, mas tentaria de tudo pra ignorar o medo em ser rejeitado por ele.

07:00 PM

Toquei a campainha e mordi o lábio esperando ansiosamente que ele atendesse a porta, mas nada me preparou para quando ele realmente o fez. Com seu rosto bonito como sempre, cabelo bem penteado pra trás e olheiras inoportunas e atípicas em baixo dos seus olhos bonitos. Ele me analisou por alguns segundos franzindo o cenho.

-"Como chegou aqui?"- Perguntou confuso ainda me olhando dos pés a cabeça.

-"Minhyuk..."- Tentei falar alguma coisa mais vê-lo daquele jeito fez meu coração apertar. Só consegui abrir e fechar a boca em busca de algo certo para dizer-lhe. Seus olhos pareceram assustados com meu obvio estado desestruturado. J

-"Entre..."- Ofereceu com uma voz firme e obedeci, aproveitando os segundos que ele não me encarava para tentar engolir as lágrimas. Minha vontade era abraça-lo para sempre.

Ele fechou a porta e sentou-se no sofá branco. O segui com o olhar e logo depois com o corpo, sentando de frente pra ele num outro sofá. Mesmo que quisesse fingir que não estava o encarando o olhava sem desviar, hipnotizado. Ansiando. Segurando-me com todas as forças para não acabar esquecendo a parte de conversar com ele. Minhyuk parecia cansado e suspirou coçando os olhos antes de direciona-los a mim novamente.

-"O que faz aqui YuKwon?"- Indagou com um tom magoado.

-"Eu... Quero saber porque foi embora... "- Disse parte da verdade, tratando logo de calar a boca, segurando a avalanche de palavras que poderia escapar por entre meus lábios a qualquer momento. Ele ponderou por um momento e conseguia ver claramente como ele estava dividido entre mentir ou não.

-"Eu apenas percebi Kwonnie... Não importa o quanto eu queira você só pra mim... A liberdade que sempre admirei te leva sempre pra longe. Intangível... Eu tinha certezas e agora não tenho

mais nada... Talvez como você sempre disse... Tenha sido apenas um erro."- Pronunciou as palavras sem desviar o olhar e eu sabia que ele era completamente sincero. Deixei a primeira lágrima rolar pelo meu rosto. E a partir desse momento ele não desviou mais os olhos dos meus.

-"Sei que nunca te disse isso com todas as palavras... Mas eu sou seu a muito tempo... Sempre fui..."- Disse e ele mordeu o lábio pensativo. O silêncio pairando entre nós. Ele levantou com cuidado e estendeu a mão para que eu segurasse.

-"Vamos..."- Falou, mas enxuguei as lágrimas com as costas das mãos e neguei com a cabeça.

-"Onde?"- Perguntei firme.

-"Deitar..."- Ele falou olhando-me. Eu sabia que ele queria apenas me consolar e não deixaria. Mesmo que amasse e nesse momento precisasse de sua gentileza.

-"Eu não quero passar por cima dos nossos sentimentos de novo. Estou cansado de deixar meias palavras pairando ao nosso redor."- Adverti sincero e ele abaixou a mão e voltou ao seu lugar com um suspiro.

-"Você não é meu Yu Kwon... Me disse isso naquele dia e mesmo que eu quisesse ignorar tive o desprazer de testemunhar com meus próprios olhos..."- Falou encarando a porta.

-"O que exatamente você viu?"- Perguntei.

-"Você disse que ainda sentia algo por alguém e então beijou Jaehyo... Mesmo depois de me dizer que não ia..."- Falou num tom rouco, magoado. Respirei fundo confuso.

-"Jaehyo me magoou muito e é realmente difícil ignorar alguém com uma força tão grande sobre você. Ele me trás lembranças, dolorosas. Lembranças de como éramos felizes e como ele mentiu pra mim durante cada sorriso... Ele me beijou e não permiti isso por nenhum segundo, ele empurrou seus desejos contra mim... - Falei tentando fazer sentido, decidido a dizer tudo o que queria. -"Eu sei que isso te incomoda e meu direito de reclamar sobre sua possesividade é zero, quando me agrada e te machuca... A volta de Jaehyo me transtornou justamente por te ter na minha vida. Por sentir você desde tanto tempo. Nutrir sentimentos a respeito de cada traço do seu jeito. Ele virou uma certa lembrança continua dos meus medos. Como um sinal de alerta quebrado, que soa pra sempre. Como se todo esse... Amor fosse ser pisoteado por você a qualquer momento assim como Jaehyo fez e tantos outros fizeram. Mas eu decidi que confiaria em você. Eu decidi ser mais forte que isso... Eu..."- Queria continuar falando, mas não sabia mais o que dizer. Mais um suspiro cansado.

-"Você quer namorar comigo Kim YuKwon?"- Perguntou e olhei-o, ele exibia um meio sorriso fraco, apenas para demonstrar-se mais suave. -"Eu senti sua falta..."- Comentou quando me recusei a responde-lo enfiando minha cabeça nas palmas das minhas mãos. Estava tão aliviado, tão aliviado. Que poderia passar um mês agradecendo por isso. Ele levantou mais uma vez e estendeu seu braço na minha direção, dessa vez segurei-o ainda incapaz de sorrir como ele, que beijou os lados do meu rosto e me abraçou de forma carinhosa. Eu apertei-o contra mim com tanta força, fechando os olhos, inspirando seu cheiro como se fosse oxigênio e eu estivesse prestes a me afogar. Ficamos assim por um tempo, porque me recusava a solta-lo ou até mesmo em afastar minimamente para encontrar sua boca, só queria afundar cada vez mais entre seus braços, enquanto meu coração batia mais devagar.

Conforto.

-"Eu te observava a muito tempo... Desde que entrou naquela casa. Você ignorava completamente minha existência e isso me deixou realmente bravo... No começo era um brincadeira. Soar diferente com você para que acabasse enfeitiçado por mim... No final você quem me enfeitiçou. Não sabia mais deixar de rolar meus olhos na sua direção. Ou pedir que arrumasse meu quarto quando estava estrategicamente de toalha. Tocar aquela música que te faz fechar os olhos, imaginando que estivesse pensando em mim. Eu fiquei tão feliz quando falou comigo pela primeira vez, fiquei tão feliz... E eu queria te estrangular quando negou a nossa conexão por causa do motorista chato..."- Comentou sem deixar o abraço, seu tom se tornando mais ameno a cada palavra. Apenas curti o som do seu coração contra meu ouvido e suas declarações calmantes. -"Mas eu consegui que se rendesse a mim. E eu queria te colocar numa caixa, entrar também e ficar lá pra sempre com você, mas era impossível. Você sempre teve esse olhar magoado, um receio palpável. Como se minha intenção fosse menos do que te amar completamente. Eu não toco no que eu não quero Kim YuKwon... E eu quero você pra sempre. Eu sinto muito meu mal humor sempre que as coisas saem do planejado... Eu sei que meu jeito autista pode ser meio estragado as vezes. Mas minha vontade era matar Ahn Jaehyo em segundos por ousar beijar a tua boca... Eu teria ido mesmo que minha vó não tivesse me pedido isso. Eu só queria respirar um pouco. Garantir que não ia estrangular ninguém e depois eu voltaria pra te mostrar que você é meu..."- Sua última frase saiu com uma gargalhada rouca que ecoou no meu corpo. Me aconcheguei mais nele apertando-o. -"Não tem nada mais delicioso do que ler no seu diário como meus planos davam certo e o quanto você caia nas minhas armadilhas inteiramente... Por isso arranquei aquilo. Eu admiro seu desapego completo. Eu não imaginei que viria aqui... Eu não imaginei que gostasse assim de mim..."- Continuou comentando e eu já estava calmo.

-“Não fique mais longe de mim...”- Minha voz saiu abafada contra seu peito.

-“Confesso que sua atitude de se auto declarar meu, pode ter me deixado tranquilo, mas... Não vou te prometer que vou querer Jaehyo trabalhando perto de você ainda...”- Deixou claro.

-“Duvido que ele continue lá depois do que disse pra ele...”- Sussurrei contra seu peito. Sorrindo sincero depois de tantos dias dolorosos. Sem coragem para abrir os olhos.

-“Isso já me poupa certo trabalho...”- Comentou. Talvez sua possessividade fosse um defeito pros outros e talvez minha dependência fosse igualmente ruim a olhos alheios, mas no nosso mundo particular. No espaço tempo que pertencia apenas a nós dois. Isso se tornou certo. Completando a necessidade um do outro de forma natural. Para que nossos corações machucados vissem que sempre há um jeito certo. Um fio de esperança que nos ligou de forma incerta. Que nos mostrou que nem sempre é bom tentar mudar sua personalidade ao ponto da auto destruição, haverá quem entenda... haverá quem ame.

-“Que rei bondoso...”- Brinquei balançando nossos corpos de um lado pro outro, parecia até mentira o quão denso o clima estava a minutos atrás.

-“Esse apelido é realmente ótimo!”- Comentou sorrindo.

-“Sabe o que mais seria ótimo?”- falei finalmente afastando minimamente nosso contato.

-“O que?”- Indagou sorrido e olhando pra mim com um carinho que pela primeira vez não era deixado apenas na base do subtendido.

-“Sentar ou deitar... Me sinto exausto...”- Comentei e ele apertou os olhos decepcionado.

-“Poxa jurei que me diria que estava disposto a gastar horas num sexo selvagem e violento.”- Disse piscando um olho de forma provocativa.

-“Não tem vergonha de dizer esses absurdos?”- Perguntei franzindo o cenho enquanto nos afastávamos quase completamente para nos dirigirmos a cama.

-“Não se for pra você...”- Brincou e rolei os olhos.

Ele deitou primeiro e me joguei sobre ele. Ignorando como deveria ser pesado. Apenas enganchei minhas pernas nas dele e continuei abraçando seu corpo com afinco.

-“Você cheira tão bem...”- Comentou começando um carinho gostoso contra os fios do meu cabelo. Relaxei, deixando cada sentimento ruim cultivado ao longo da semana se dissipar com seu poder sobre mim. Até simplesmente apagar em meio a sua proteção.


Notas Finais


Só mais um em <3


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