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História O Destino do Príncipe - Lorde Uzumaki


Escrita por: Miahwe

Notas do Autor


Voltei mais cedo do que eu imaginava :v
Espero que gostem desde aqui:
Boa leitura, amorzinhos sz.

Capítulo 2 - Lorde Uzumaki


Segurou o galho com ambas as mãos, balançou-se por uns segundos e se lançou ao chão, caindo sobre a ponta dos pés para diminuir o impacto enquanto flexionava os joelhos, agachando. Levantou-se e passou as mãos pelos cabelos emaranhados, colocando-os para trás, mas estes logo voltaram a cair no mesmo lugar.

Estralou o pescoço com um movimento rápido e iniciou a caminhada de volta a fortaleza.

Tinha saído pela manhã para fazer uma caminhada e ficar sozinho, longe da corte, de seu pai e, principalmente, de seus “deveres de príncipe”. Tinha almoçado em uma vila e descansado sob a sombra de uma árvore robusta, fora realmente um dia bom.

Chegou à cidade que ficava ao redor da fortaleza e puxou a capuz da capa de algodão para esconder o seu rosto das pessoas, não precisava de um alarde em seu dia perfeito. Caminhou entre as pessoas com passos largos e firmes, virou em algumas ruas e continuou em frente.

As ruas tinham cheiro de lixo e algo mais que fazia-o torcer o nariz. Um homem esbarrou em seu ombro bruscamente, desequilibrando-o. – Cuidado! – Sasuke falou para o indigente e deu as costas para continuar o caminho.

– Ninguém mandou você ficar na frente, seu merda – o homem falou com um vozeirão rouco. Sasuke sentiu um puxão em sua capa e virou para encarar o homem, este que não pensou duas vezes e puxou o colarinho da túnica do garoto aproximando os rostos. O capuz caiu nas costas com a sacudida. – Não passa de um pirralho; cuidado com quem você levanta a voz, bastardo.

Sasuke estava encarando a mão segurando seu colarinho, uma mão grande e suja. Levantou um olhar raivoso para o homem, que o soltou em segundos. – Mas... – o vagabundo começou e parou assim que sentiu uma lâmina gélida ser pressionada contra a garganta.

– Bas-tar-do? – Sasuke pronunciou lentamente. – Quem você chamou de bastardo? – o homem não respondeu. Sasuke abaixou-se rapidamente e lhe deu uma rasteira, levando o homem ao chão.  – Você sabe quem eu sou, seu camponês imundo?

Algumas pessoas que circulavam pararam para ver o que estava acontecendo e burburinhos começaram a ecoar.

– Quem é ele? – algumas pessoas perguntaram.

– É o príncipe... – mais sussurros surgiram e mais pessoas pararam para olhar a cena.

Sasuke ignorou as pessoas; foi insultado em público, desrespeitado e aquilo não ficaria assim. Abaixou-se ao lado do homem, pressionando novamente a adaga contra a traqueia do plebeu. – Eu sou o Príncipe Sasuke Uchiha, aldeão. Você tem alguma noção do que fez?

– Eu não sabia, senhor... Vossa Graça... Peço perdão – pediu o homem, com o rosto pálido. – Não me mate... eu imploro, por favor...

A única coisa que tinha que fazer era furar a garganta do homem e tudo terminaria, seria rápido e então continuaria seu caminho. Uma voz, porém, surgiu atrás de si, interrompendo seus pensamentos.

– Não suje suas mãos com esse sangue tão inútil, meu príncipe. – Era Kisame, o capitão da guarda do rei.

Sasuke estalou a língua, pensativo. Realmente não seria bom matar aquele indigente ali, em público.

– Prenda-o, Capitão Hoshigaki, prenda-o por desrespeito à família real – Sasuke falou com autoridade e guardou a adaga de volta na bainha presa no cinto.

O capitão fez um aceno para um guarda e passou as ordens.

– Vossa Graça! – gritava o homem. – Me perdoe! – pedia enquanto era arrastado pelo guarda.

– Me acompanhe até o castelo, Capitão Hoshigaki – Sasuke ordenou e começou a caminhar, o capitão logo atrás e dois guardas ao seu redor. A multidão logo se dissipou espalhando fofocas sobre o ocorrido.

 

 

Chegou à fortaleza e se dirigiu aos próprios aposentos na torre da família real. Jogou a capa no chão e pediu à uma criada para providenciar um banho gelado, queria esfriar a cabeça. Seu dia perfeito fora estragado por um aldeão maltrapilho. Suspirou, controlando o desgosto, e esperou pelo banho enquanto tomava vinho, sentado no peitoril da janela. Um mar verde se estendia no oeste enquanto telhados e fumaça de tabernas se estendiam a leste.

 A porta de seu quarto abriu e Sasuke virou para ver quem o incomodava desta vez. Era Itachi, seu irmão e herdeiro do trono do Fogo. Vestia uma túnica negra de tecido nobre, uma corrente de prata e aço formada por círculos decorava sua túnica, assim como o cinturão de prata e metal onde duas adagas descansavam. As botas decoradas com ferro iam até os joelhos, luvas sem dedos decoram os antebraços com placas de metal negro. Os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo frouxo e o olhar era intenso e preciso.

Itachi marchou até o meio do quarto de Sasuke onde um enorme tapete se estendia com algumas almofadas espalhadas, estas que deveriam estar em cima da cama que por sua vez não aparentava uma arrumação mais atraente. A luz do sol refletia nas braçadeiras do irmão e criava uma sombra distorcida no mesmo ao longo do quarto até as sombras da baú de roupas.

– A fortaleza da Terra pereceu em chamas. Os Uzumaki morreram no incêndio.

Sasuke cuspiu o vinho que tinha na boca pela janela e olhou para o irmão, atônito. – Os Uzumaki? Não pode ser.

– As notícias chegaram agora. Parece que foi há dois dias.

– Quem vai subir ao trono do reino da Terra? – Sasuke perguntou.

– O Lorde Nagato Uzumaki, irmão da rainha Kushina.

– Podemos atacar? Pegar o reino da Terra?

Itachi de ombros. – Creio que sim. Eu sugeri que nosso pai falasse antes com o Lorde Uzumaki para entender quais são os objetivos dele e talvez oferecer uma aliança. – Itachi continuou. – Assim, nos pouparíamos de uma guerra e de mortes.

Sasuke nada teve a comentar, apenas assentiu. Seu irmão sempre sabia o que fazer. 

– Agora, deixando esse assunto para os mais velhos resolverem. – Itachi comentou e prosseguiu, com um olhar divertido: – Fiquei sabendo de seus feitos no mercado. Papai não está nada contente por você ter faltado às aulas e a mamãe ficou a mamãe ficou toda preocupada de manhã.

Sasuke deu de ombros e um rajada de vento entrou pela janela, balançando seus cabelos e suas roupas. – Foi uma manhã gratificante. Quase toda, quero dizer.

Itachi abriu a boca para falar, porém foi interrompido por fracas batidas na porta.

– Entre – Sasuke respondeu.

A porta se abriu um pouco e uma criada de cabelos loiros entrou, fez uma reverência aos dois príncipes e falou para Sasuke: – Seu banho está pronto, Vossa Alteza.

 

 

                                   ***

 

 

Estava escuro. Sentia doer, mas não sabia onde, talvez a dor estivesse em todo lugar. Não queria sentir aquela dor, queria sair dali, queria se sentir bem.

Aos poucos, começou a sentir os membros; seu corpo estava de volta, mas a dor continuava. Sua cabeça parecia estar maior que o corpo e pesava muito, doía como se o pescoço não a aguentasse. Seus braços ardiam e sua boca estava seca.

Seca... Fogo... Seus pais...

Abriu os olhos dolorosamente. Uma luz feriu sua retina e Naruto voltou a fechar as pálpebras. Sua cabeça doía tanto.

– Ele acordou – escutou uma voz diferente falar ao seu lado.

– Finalmente, pensei que ele iria morrer. Tragam água – disse outra voz, desta vez era feminina e gentil.

Queria ver quem eram, mas tinha medo de abrir os olhos e a luz cegá-lo. Continuou com os olhos fechados. Sentiu água em sua boca e se forçou a engoli-la, sua garganta doía. Tossiu, engasgando, e encolheu o corpo dolorido. Sua cabeça pulsava terrivelmente.

E, então, desmaiou novamente.

 

Quando abriu os olhos novamente, não havia luz e pontos brilhantes brilhavam no céu. Sua dor de cabeça havia amenizado um pouco, assim como o resto das dores.

– Se sente melhor? – a voz feminina de antes perguntou e Naruto virou a cabeça, lenta e dolorosamente, para encarar quem falava com ele.

– Onde estou? – perguntou com dificuldade.

– Em uma aldeia no reino da Terra – a garota de estranhos cabelos rosas respondeu. – Um dos meus amigos o encontrou desmaiado ao pé de um monte. – Ela deu de ombros. – Você estava muito mais pálido do que agora, pensei que não iria sobreviver, perdeu muito sangue.

Naruto voltou a cabeça para as estrelas novamente, sem nada a ter para responder.

Ela não sabe quem eu realmente sou.

– Coma isso – ela falou colocando algo pastoso em seus lábios, tinha um gosto amargo de ervas misturadas com carne desfiada de javali e algo que não reconheceu. – Você dormiu por três dias.

Três dias!

Quase engasgou com aquela pasta quando ela terminou de falar, três dias era muito tempo, muita coisa deve ter acontecido. A fortaleza...

Naruto tentou sentar-se enquanto acabava de engolir aquela coisa nojenta, mas a menina empurrou-o pelos ombros obrigando-o a deitar bruscamente fazendo as dores de seu corpo pulsarem dolorosamente. – Não. Você tem que descansar.

– Me diga... O que aconteceu com a fortaleza da Terra?

– O Lorde Uzumaki reclamou o trono.

Meu tio, isso é bom, ele irá me reconhecer e me protegerá até quando eu possuir idade para subir ao trono. Tenho que voltar e mostrar que o filho do rei Minato ainda está vivo.

O breve pensamento dos pais fez com que lágrimas rolassem de seus olhos silenciosamente.

– O que houve? – a menina perguntou assustada.

Naruto fechou os olhos, tentando conter o rio de lágrimas e dor.

– Aqui doí muito – respondeu, levando a mão ao peito esquerdo, que parecia ter sido amarrado e torcido.

– Seu coração? – A menina franziu o cenho e logo seus olhos se iluminaram quando ela entendeu o que ele quis dizer. – Sinto muito, mas essas dores só amenizam o tempo.

Naruto mordeu o lábio para evitar que um gemido saísse, para que não piorasse o choro, mas, ao invés do gemido, um arquejo acabou saindo de seus lábios.

Por que isso está acontecendo?


Notas Finais


Iai?
Acho que o próximo cap. vai demorar um pouco para vir, terei provas essa semana e não sei se vai dar tempo de postar mais cedo. Enfim, :P Boa noite sz


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