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História O Dragão Branco - Branco Como Neve


Escrita por: Memesfar

Notas do Autor


Bem, mais uma fez um cápitulo mais devagar, mais com uma surpresa atrás da outra! Me diverti muito escrevendo este aqui, e estou me divertindo mais ainda pensando no que vai acontecer com o pobrezinho do Jon.... :D

Não se esqueçam de comentar, isso me deixa muito felizaum sabe? :D

Capítulo 8 - Branco Como Neve


Era frio. Oh se era. Estava perdido em branco, a neve encobria tudo em volta de si, o gelo envolvia seus ossos e os olhos azuis olhavam por entre as partículas frigidas da chuva branca. Quando se moveu o gelo que cobria-o quebrou-se, estilhaçando-se em pequenos flocos transparentes. Tudo derretia a sua volta, estava quente, quente como um dragão. Andou sobre gelo, gelo tornou-se em água, água evaporou e aqueceu-se tanto que virou fogo. Corria, corria pelas matas geladas, correu por horas, correu por meses e anos, não soube julgar, mas chegou ao mar, abraçou as águas azuis geladas. Deleitou-se. Mas parou quando viu um Lula, uma Lula brigando com um pequeno dragão indefeso, assustado e confuso,incitado e irado... Puro mal, ouviu-se...

... Mas acordou com uma luz rubra em seus olhos. Acordou com um estrondo imaginário, levantou-se num estalo, respirando frio, olhou para os lados e viu as peles na parede, a escrivaninha e o mais reconfortante, viu Maerys dormindo pacificamente em sua cama. Nessa noite, não teria ninguém para aquecê-lo, então trocou de roupa. Pôs uma cota de malha por baixo de uma túnica ornamentada de vermelho, com branco e preto também, um par de botas de viajem pretas e um calção preto decorado de branco. O acampamento estava adormecido, e Barristan dormia do lado de fora da tenda numa cadeira simples de carvalho velho.

Olhou para o céu avermelhado por causa do cometa. Isso aqueceu Jon. Andou por sobre os restos da batalha e deu a volta no pavilhão até chegar no laboratório improvisado de Corliss, aonde o mesmo roncava em um coxão na terra. Agron dormia silenciosamente, todo pintado do carmim do Olho do Dragão. Pegou uma pano nevado e lançou-o no chão ao lado do olho bom de Agron, depois colocou a mão em sua cabeça e sentou-se. Agron acordou de imediato após o toque quente e afável, silvou baixinho e descansou a cabeça pesada na perna do amigo. Jon sentiu-se pronto para adormecer, mas lutou contra a vontade e libertou-se gentilmente do companheiro, foi até a irmã, que até agora não havia acordado. Acariciou seu rostinho pequeno afetuosamente. Ficou lá, olhando o cometa, o lindo, lindo cometa a tremeluzir a... A perder o brilho lentamente. As estrelas em volta começaram a aparecer novamente, escapando dos braços escarlate do ponto vermelho que privou-os de assistir a guerra dos tronos. Estão assassinado-o, pensou Jon. Ouviu uma súbita respiração em seus braços, então tudo escureceu.

O carmim foi substituído pelo negro, por um momento Jon era cego e frágil, mas sua visão se acostumou com as sombras. Sobre si estendia os pequenos olhos brilhantes da noite, centenas, milhares, incontáveis estrelas. A irmã estava acordada, milagrosamente.

— Quieta — disse amistosamente pra irmãzinha — durma, amanhã cavalgamos.

 

Acordou com a mão fraterna de Barristan batendo em seu ombro.

— Assustei-me quando vi que não estava na barraca — Disse com um sorriso.

Abriu os olhos para encontrar um dia claro ainda assim cinzento. Desprendeu-se delicadamente do aperto amoroso da irmã e pôs-se de pé, ajeitando o cinto e bloqueando o sol da manhã com a mão.

— Decidi que queria dormir aqui — informou a Barristan — Aerea acordou — completou sisudamente.

Agron estava acordado e silvava quando Corliss tentava chega perto. Estava todo enfaixado, e usava um tapa-olho para o olho esquerdo. Estava melhor, isso era certo.

— Jon... — hesitou Barristan — quer andar?

— Claro — declarou atentamente. Gostava de andar antes de cavalgar, alongava as pernas para um dia cheio de bater as coxas nas costas de um cavalo.

Deixaram Corliss e Aerea com o dragão e departiram para uma caminhada no campo. Soldados preparavam o desjejum, e o cheiro de ovos e bacon foi capaz de deixar a boca de Jon aguada. Homens iam e viam, desmontando as tendas e barracas, empacotando os bens, bebendo cerveja e alguns determinados até treinando. Deixariam 200 homens em Fosso Cailin, isso seria mais que o bastante para segurar uma fortaleza com esta.

— Tem uma coisa que devo falar... Sobre seu pai — soou quando passaram por um individuo despregando a barraca da terra — sobre seu avô... — abaixou a cabeça.

Não, pensou Jon, diga não Jon, ganhara mais assim. Não gostava daquilo, Barristan raramente era relutante.

— Seu pai — continuou — brincava de espadas com eu avô, lembro-me. Rhaegar pôs as mão no primeiro livro por causa do pai. Como ele gostava de ler. E gostava de tocar a harpa que Aerys lhe deu de presente, tocava nas ruas de Porto Real com um chapéu no chão, só pra ver com quantas moedas ficaria no final do dia. Sempre dava-as para os pobres, só que uma vez só nos embebedamos mesmo — um sorriso escapou de seus lábios velhos.

— Vamos conversar sobre lembranças? — Jon estava confuso, parecia que ele iria falar alguma coisa tão importante.

— Não — ele voltou a realidade — o que quero dizer é que Rhaegar amava o pai. Já ouviu como Aerys morreu? — Tinham dado uma volta, e chegando perto da tenda real Barristan sentou-se na cadeira que dormiu na noite passada.

— Todos sabem.

— Foi um dia triste. Vi ele lutando com Robert, e como ele deu uma chance para o maldito. “Lyanna”, ele gritava quando a espada passou pelo ombro, “meu amor Lyanna!” foram suas ultimas palavras. Vi na cara de Rhaegar que ele sentia luto, tudo que queria era amar a amada, mas teve que matar metade do sete reinos para conseguir fazer isso. Chegamos em Porto Real destruídos, e Rhaegar só chamou o pai com a força do dever. Tive medo que Aerys fosse matar o próprio filho. “Não se preocupe Barristan”, Rhaegar me assegurou, “ele é meu pai, sei como lidar com ele”. Juro que vi lágrimas em seus olhos. Em questão de minutos O Rei Louco começou a gritar, e em questão de segundos silencio caiu sobre a sala. Arthur e eu estávamos de guarda, então abrimos a porta; nada bom podia vir do silencio de um louco. Quando abri a porta, me deparei com... — Barristan estava hipnotizado pelo chão, seus olhos estavam quase vermelhos — Rhaegar segurava uma faca, sua mão estava ensanguentada e Aerys jazia morto no chão. Quando chegamos perto ele olhou nos meus olhos, “fiz o tinha que fazer”, foi mais uma pergunta do que nada, “não fiz? Fiz certo, salvei o reino...”

Não, era o pensamento primitivo que vinha a cabeça de Jon, Não, não e não. Era traição, o pai era rei por causa de traição, Jon era rei por causa de traição, sua vida resumia-se em traição. Como poderia Rhaegar fazer aquilo? Matar o próprio pai, mesmo que o próprio pai fosse louco Jon nunca nem pensaria sobre o assunto. Mas... O que aconteceria se ele não o matasse? Jon nasceria sem tio, seria um derramamento de sangue, segundo o que ouviu sobre o Rei Louco. Fazer o que é certo. Era isso que devia ser. Fazer o que é certo. Rhaegar é um herói, salvou todos do Rei Louco.

Encostou-se num barril de vinho da árvore. Ficou lá, em silêncio, olhando as pupilas choronas de Barristan. Jon estava atordoado.

— Ele fez o certo?

O velho cavalheiro passou a mão nos olhos.

— Ele traiu...

— Sim ou não?

Parecia que estava enfiando uma faca na boca dele, que no poço mais escuro do coração do velho a resposta enfurnava-se, estava na ponta da língua...

Não, traição nunca é certo — Jon sabia que Barristan mentia. Ele era tão acostumado em ser honesto que mentir era antinatural.

Jon levantou-se e parou bem na frente do velho.

— Serviu um traidor a vida inteira então.

O deixou com o comentário e dirigiu-se para Agron, que não estava longe. Barristan. Porque Barristan haveria de guardar um segredo tão crucial ao próprio rei? Amava o pai, mas e se fosse louco? E se fosse matar os que amava, e se fosse fazer injustiças?

Seguiria o exemplo do pai. Deixaria honra e família de lado e faria o certo.

 

Cavalgaram da primeira luz até o meio-dia, para uma pausa. Não havia estradas, e os campos lamacentos e úmidos estendiam-se por pouco menos que 20 quilômetros, aonde o barro tornava-se arbustos e mato, e a grama morta tornava-se árvores molhadas. Quando chegava-se a esse ponto, faltava apenas 10 quilômetros até a nascente do Rio Febre, aonde encontrariam o resto do exercito, junto com os vassalos de Eddard.

Foi uma viajem silenciosa com Stannis, Ned, Edmure e Arthur ao seu lado. Barristan ficou com a vanguarda a comando de Jon, e Beric tinha os batedores, junto de seus irmãos, Manfred e Galladon. O terreno era traiçoeiro, e mais que alguns cavalos; e até homens; ficaram presos no barro. Podia-se ver a floresta a distancia quando pararam, e Jon agradecia que estavam pertos do local de encontro. Ao contrário dos velhos que o rodeavam, Robb era uma boa companhia, jovem e cheio de energia. As árvores à distância eram escuras e tinham as folhas caídas, o mato era baixo e quase negro, e tudo em volta dali era molhado; o ar, o chão e as nuvens alvacentas. Contemplava a paisagem gris quando a fria mão de Eddard agarrou seu ombro.

— Essas são as terras dos cranogramos — disse apontando para o sul, onde os pântanos verde-negros ficavam — nenhum exercito nunca conseguiu passar por lá sem o conhecimento ou permissão dos cranogramos, e os que tentaram sucumbiram nas águas traiçoeiras dos pântanos. Só os Reed sabem as táticas e caminhos para passar de lá pra cá. Está é a porta do norte — ele completou olhando com olhos cinzentos a paisagem a sua frente.

Jon tinha a cabeça em outro lugar. Pensava no sonho que teve. Pegou-se pensando porque os sonhos eram tão gelados, e o que os olhos azuis poderiam significar, mas, principalmente, pensava sobre a Lula lutando com o pequeno dragão. Sabia o que significava, porém rejeitava a idéia ternamente. Vai ficar tudo bem, dizia a si mesmo, Daemon vai ficar bem, insistia em pensar, mas o sonho claramente apontava inconfundivelmente para o que Jon temia.

— Acha que os Outros passariam pelo Gargalo? — alguma coisa no breu de sua cabeça forçou as palavras para fora de sua boca.

Eddard virou a cabeça e fitou-o com os olhos quase fechados, por causa do sol.

— Os Outros se foram a milhares de anos — disse com... Com medo na cara? — mas para responder a pergunta, são mortos, nada poderia pará-los.

Dedos gelados tocaram os intestinos de Jon e ele jurou que iria vomitar gelo. Tentou ignorar a sensação, mas teve que pedir licença a Eddard para desmontar do cavalo e sentar perto de Agron. O dragão recuperava-se extremamente bem, um dia depois da batalha onde quase morreu e estava forte e animado. Quando viu Jon silvou e abanou a calda. Estavam no meio de muitos homens que faziam fogueiras para comida, bebidas ou apenas descansavam com algum teto de roupas ou pele feitos a pressas.  Abraçou a besta amavelmente e ficou lá por alguns minutos. Ainda tinha bandagens no corpo inteiro, mas quando Jon olhou aonde a asa tinha sido furada, defrontou-se com um buraco um terço menor que o original. É por isso que são tão bons com a guerra, pensou Jon. Iria ter dormido lá se pudesse, e até cochilou um pouco, mas foi acordado pela trombeta de ida. Seria apenas mais algumas horas de cavalgada e estariam na nascente.

Levantou-se e montou no cavalo, que estava bastante assustado com Agron. O dragão seguiu-os e o maldito cavalo quase surtou, mas Jon acalmou-o com palavras amigas e tapinhas do lado da cabeça. Em questão de minutos estavam na ponta da fila, junto de seus vassalos e comandantes. Beric tinha voltado com noticias, mas nenhuma importante. Jon decidiu nomear o cavalo. Medroso ou frouxo?

 

Quando ouviu o som calmante da nascente quase caiu do cavalo. Pensou que seria uma cavalgada pacífica mas enganou-se profundamente. A lama não foi embora, as árvores faziam andar a cavalo impossível, já que eram pequenas demais. A vegetação e pequenos lagos mostraram-se aleivosos e um homem afogou-se quando foi puxado para baixo por um buraco acobertado pela água verde de um riacho. O pior eram os mosquitos, que quase devoraram metade do sangue de Jon. Tiveram que caminhar, e quando chegaram na nascente o sol se punha, transformando o céu, que por uma vez estava limpo, em uma festa de dourado, laranja e carmim.

Observou as águas indo com a correnteza Rio Febre. Diferente das águas pantanais que esperava, o rio era de um azul cristalino e reluzente. Tinha uns 100 metros de uma margem à outra e de lá o rio ia para baixo, onde desaguaria na Boca*. Prendeu Medroso numa árvore e sentou-se num lugar aonde não tinha grama, apoiando as costas na mesma árvore. Não tinham espaço para montar barracas, então dormiriam sob o céu e estrelas esta noite. Agron apareceu em sua frente, quebrando galhos e esmagando a grama. Silvou e deitou-se perto do dono. Decidiu que não iria dormir, queria ver Robb chegando... Se bem que... Descansar os olhos não seria tão... Mal...

... Acordou quando uma mão o sacudiu.

— Como vai o dorminhoco? — perguntou uma voz jovem e revigorante.

A floresta era uma festa de laranja e dourado, tochas reluziam e fogueiras crepitavam, jogando os dedos negros da fumaça no céu escuro da noite.

— O que? — Jon perguntou ainda atordoado. Abriu os olhos e deparou-se com um menino a sua frente. Tinha os cabelos encaracolados e ruivos, os olhos eram azuis como o Rio Febre, e uma barba ligeira circundava os seus lábios vermelhos. Parecia-se muito com a mãe — Robb — disse pondo-se de pé e endireitando-se — já chegou?

Ele acenou com a cabeça.

— Nunca vi um dragão — ele disse curioso. Jon gostava que não o chamassem de Vossa Graça, como a maioria de todos faziam, com algumas exceções.

Jon virou a cabeça e fitou Agron, que ainda estava adormecido ao seu lado.

— É, ele não esta nas melhores condições — disse acariciando as escamas nevadas do animal. Jon percebeu que Robb carregava um saco que parecia vazio — o que é esse saco?

Robb levantou o braço, mas rapidamente percebeu a ausência de peso.

— Pra onde ele foi? — ele perguntou a ninguém em especial, procurando pela mata por alguma coisa. Não demorou muito para que voltasse com um pequeno lobo. Tinha uma cor nívea e os olhos eram rubros como a Chuva Rubra — é pra você — Robb falou entregando o lobinho a Jon. Ele era fofinho e pareceu se apegar a ele no momento que se tocaram.

— Tem um nome? — perguntou hipnotizado nos olhos vermelhos do animalzinho. Não tinha mais que três semanas de vida.

— Não — respondeu Robb — a mãe morreu. Encontramos eles na Mata dos Lobos e decidimos ficar com eles. Pensamos que tinham só cinco, mas esse aqui apareceu por último, estava escondido.

— Ele gosta de se esconder né? — Robb acenou a afirmação de Jon — acho que... Fantasma?

— Ele é seu.

— Fantasma — ele repetiu.

Dirigiu seu olhar para os homens chegando. Alguns carregavam caixas, outros guiavam cavalos pela floresta e a maioria se sentava e preparava uma fogueira. Os vassalos de Eddard vinham à frente. Jon “Grande-Jon” Umber foi o primeiro a ver Jon com o pequeno lobo nas mãos. Ele era grande e forte, como o apelido sugeria, e mesmo que talvez tivesse trinta anos, parecia jovem e animado. Uma barba castanha encobria os seus lábios como um tronco, os olhos também eram castanhos, e ele carregava a maior espada que Jon havia visto.

— Então este é o rei? — perguntou para Robb, batendo suas mãos de gigante nas costas quebradas do rei, fazendo-o grunhir de dor. Grande-Jon rapidamente tirou a mão de suas costas — minhas mão são muito grandes para você? — não sabia se brincava.

— Não — respondeu fazendo uma careta — só cai da porra de um dragão — foi tarde demais quando percebeu o que disse.

 A maioria dos senhores e senhoras iriam reprimi-lo, mas o grande homem riu.

— Depois vai me contar da batalha, Vossa Graça! — exclamou e vazou para descansar ou qualquer outra coisa.

Os outros apenas reverenciaram-no robustamente, como os nortenhos faziam. Então decidiu que gostou de Grande-Jon. Rickard Karstark, Galbart Glover, Maege Mormont e Roose Bolton, eles e seus familiares que podiam lutar o saudaram, felizes e honestos, todos menos o Bolton e seu bastardo. Roose era a pessoa certa para se chamar de aranha, ou escorpião ou um inseto macabro qualquer. Parecia não ter pelos, a pele era pastosa e no mínimo pálida, não mostrava cicatrizes e rugas, os lábios eram finos e perto de invisíveis, muito pálidos como a pele, mas o que mais incomodava Jon eram os olhos, novamente pálidos e feitos de gelo. Ouvira histórias assustadoras sobre o homem, e piores sobre o bastardo. Ramsay tinha os cabelos longos, lábios vermelhos de sangue e uma aparência rechonchuda. Herdou os olhos e a frieza do pai. Inevitavelmente, não foi o Lorde Sanguessuga que o deixou mais inconfortável, mas quando o bastardo o olhou por longos segundos com um sorriso no rosto. Jon quase mandou os guardas o prender, mas o bastardo apenas murmurou Vossa graça e seguiu o caminho, ainda com um sorriso frio nos lábios.

Robb mostrou os mesmos sentimentos de Jon.

— Esse bastardo sempre me assusta — disse quando eles foram para longe.

— Já ouviu as história dele? — ainda estava um pouco inconfortável.

— Não sei se um homem seria capaz de fazer tal coisas.

— Um homem como ele... — murmurou por fim Jon.

Sentou-se e começou a brincar com o novo companheiro, Fantasma. Gostou de seus olhos vermelhos, e os pelos brancos eram macios e reconfortantes. Estranhamente, o pequenino, que era bem grande para ser de três semanas, não latia ou fazia sequer um som. Só tentava morder os dedos nus de Jon.

Encontrou-se entretido pelas brincadeiras afáveis por um longo tempo, mas foi interrompido quando as trombetas soaram mais uma vez. Será a vanguarda chegando? Perguntou-se. Robb tinha feito uma fogueira, e sentiu-se estúpido por sair de perto do calor, deixando o lobo no chão forrado de terra. Um homem chegava do Oeste, onde iriam seguir no dia seguinte. Trazia alguns homens consigo, dez ou quinze, Jon chutou. O homem que parecia liderar usava um capuz, fazendo impossível de reconhecer o rosto, mas era possível perceber que era esquio mas robusto, e movia-se bem rápido.

Barristan pôs-se entre o homem e o rei e mais homens apareciam ali e aqui; Eddard, Edmure, Stannis e seus vassalos, todos menos... Ramsay... Não havia tempo para pensar.

— O que pensa que esta fazendo, viajante — perguntou autoritariamente Barristan.

O homem virou a cabeça e tirou o capuz, revelando um rosto pálido e cortês, com uma barba negra igual ao cabelo que caia sobre os ombros. Quando virou a cabeça de volta Jon avistou um tapa-olho no olho esquerdo. Todos pareceram se surpreender, todos menos os mais jovens.

— Surpresos senhores? — perguntou ironicamente, com um sorriso nos lábios... Azuis pálidos?

— O que faz aqui? — rosnou Arthur Dayne.

— Ora, vim avisar meu rei da armadilha que meu irmão estava planejando...

Armadilha? — disse Jon, recebendo olhares e imediatamente se arrependendo de ter feito a pergunta.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Aqui uma notinha!

*Boca – O lugar onde o Rio Febre deságua não tem nome, então inventei um mesmo ^^

Aqui esta uma edição num mapa que eu fiz em quinze segundos: https://s16.postimg.org/4e0xy86xx/Betch.jpg


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