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História O Dragão e o Lobo - Rhaenys Targaryen


Escrita por: HenriqueVietri

Notas do Autor


Decidi presenteá-los mais cedo.
Sou o Batman das Fanfics, sempre as escrevo durante a madrugada, quando o crime compensa e impera diante dos fracos e oprimidos (tosquisse, eu sei. Jargão tosco rsrs).
Enfim, espero que gostem.

Capítulo 6 - Rhaenys Targaryen


Rhaenys

Rhaenys reconhecia uma derrota, poderia compreendê-la facilmente. Às vezes se é derrotado em combate, uma batalha, mas nem sempre a Guerra está perdida. Os sons de Jon e Dany fazendo sexo fizeram-na sentir com raiva em um primeiro momento, mas finalmente ela desprendeu-se destes sentimentos egoístas. “Visenya e Rhaenys não eram egoístas, elas dividiram o mesmo Rei. Rhaenys, a mais amada, e Visenya, aquela em quem Aegon confiava totalmente para governar”. Mas qual das duas ela mesma poderia ser? Nada, provavelmente. Estava prometida a um homem (que gostava de outros Homens, e isso fazia com que tivesse medo) que não estaria muito presente em sua cama, e deveria aprender a lidar com isso.

Mantinha a sua mente concentrada no que importava naquele exato momento, não a memória dos sons de prazer que tinha ouvido, e sim em seu futuro marido. Lorde Renly Baratheon tinha as características de um Baratheon – olhos e cabelos negros como carvão, poderosamente intrincados e charmosos, além de uma barba grossa. Ele não parecia ser o tipo de homem que se deitava com Loras Tyrell, até pelo motivo de ser o exato tipo de homem na qual as princesas, ladies e todo o tipo de garotas facilmente “apaixonáveis” gostavam de ter em sua cama. “Não me importo em ter um marido que goste de outros homens, desde que ele tente me satisfazer ao menos”. Renly também demonstrava ser bondoso e amoroso, e reconhecia nele o homem que não a deixaria desamparada.

Trajava roupas negras, totalmente sombrias, como era de seu feitio, todas feitas com o melhor couro das Cidades Livres. Também havia o Dragão de três cabeças vermelho bordado em suas costas. Ela odiava usar vestidos, e não tinha prazer em usá-los. Gostava mais do estilo braavosi. Também preferia conversar com ele no seu lugar preferido: os Jardins da Fortaleza Vermelha, o lugar preferido da sua ancestral Rhaenys.

- És mais bela do que eu imaginava, Milady. – disse Renly carinhosamente. Ele trajava um gibão dourado com o veado negro bordado. Rebites dourados decoravam o mesmo, suas botas eram negras, as melhores da Terra da Tempestade, além de trajar um camisão igualmente negro por baixo feito de cetim. Seus olhos reluziam como o mais puro ônix. – Eu sei que deve ser estranho, tendo em vista que nós estamos nos conhecendo agora.

- Eu não acho tão estranho, eu o conheço de outros momentos. – disse.

Relembrou involuntariamente o dia em que Lorde Stannis ajoelhou-se perante o Rei Rhaegar Targaryen, jurando fidelidade e pedindo perdão pelos seus pecados, assim como os do irmão rebelde que agora estava em fuga. Lembrava-se de tê-lo visto em meio aos Lordes da Tempestade no momento em que seu pai concedera perdão e o nomeara Lorde Protetor da Tempestade. Stannis era fiel ao irmão, mas não nutria muito amor por ele, evidentemente.

- Sim, o Dia do Perdão, como alguns chamam. – resmungou Renly. – Também conhecido como “O Dia em que o Tolo Robert caiu de vez”.

Rhaenys gargalhou. “Ao menos ele tem algum senso de humor, não é”? Renly era o tipo de homem que poderia satisfazê-la. “Ele que tenha Loras quando quiser desde que me dê prazer também. Então nós ficaremos quites”.

- Você é encantador, Lorde Renly. – Rhaenys admitiu. – Mas nós sabemos que o seu carisma não é o meu maior empecilho.

- O que seria...?

- Todos nós sabemos, ou pelo menos fingimos não saber, mesmo que, na realidade, seja a coisa mais óbvia dos Sete Reinos. – Rhaenys tentou não ir direto o em demasia na tola esperança de que ele capturasse a ideia. – Loras Tyrell.

- Minha senhora, eu...

Ela estendeu a mão pedindo para que ele ficasse em silêncio.

- Mentiras não adiantam aqui, milorde. – insistiu. – O Rei Rhaegar firma este acordo na boa intenção de tornar as relações da Coroa com as Terras da Tempestade ainda melhores, e nós somos aqueles que pagarão o preço pelos erros de nossos amigos, não é? Meu avô louco trouxe o problema, meu pai ajudou-o a desenvolver-se, Robert rebelou-se e causou ainda mais problema e o vencedor leva tudo. Não quero mentiras entre nós, por favor, pois somos vítimas do mesmo acaso. Poderia tentar me acompanhar?

Renly parecia um pouco intimidado ao falar sobre Loras, e isso indicava o quanto o amava. “Alguém é bondoso demais para conseguir esconder os seus sentimentos. Isso é honrável, mas uma visível falha”.

- Milady, eu acho que...

- Milorde, eu compreendo a sua hesitação, mas acredite quando eu lhe digo que somos nós dois aqui, neste pequeno Jardim. – Rhaenys se pôs a insistir. Ele permaneceu em silêncio, porém ela não era do tipo de ficar quieta. – Eu entendo que milorde nutre amor por aquele homem, e particularmente eu não me importo. Desde que isso não venha a atrapalhar a gente.

- De que forma, minha senhora?

A voz dele saía cada vez mais engasgada, como se estivesse quase morrendo.

- Eu quero a minha porção de prazer e luxúria, seja como for. – retorquiu. – Você vai ser o meu marido, então deve honrar o seu compromisso de me dar filhos, prazer e não me importunar. Não sou do tipo controlável, mesmo que eu seja subserviente as necessidades do Domínio. Aceitei o casamento como prova de minha lealdade a Casa Targaryen, demonstrando comprometimento com a união dos Sete Reinos, além de... – essa parte era simples: Rhaenys desejava sinceridade total dele, então lhe daria uma boa amostra de sua própria sinceridade. – Eu amo Jaehaerys, meu meio-irmão, e sempre será ele em meu coração. Isso pode parecer um absurdo agora, e não espero que compreenda, mas eu lhe digo: estou disposta a receber e dar prazer em nosso casamento, já que Jaehaerys é inalcançável. Minha dúvida é simples...

-... A senhorita quer saber se eu lhe darei a mesma honra, mesmo amando Sor Loras Tyrell. – concluiu Renly. – Vejo que nós amamos pessoas que estão muito distantes de nossas possibilidades, isto é fato. Jaehaerys irá se casar com Daenerys, Nascida da Tormenta, e ouvi dizer que eles planejam partir para Braavos.

“Braavos ou Volantis. As fofocas não falam sobre o segundo destino?”.

- E Loras Tyrell é jovem o suficiente para receber alguma senhora bem nascida da Campina, ou de outros lugares. – continuou Rhaenys. – Ultimamente os meus ouvidos estão cheios de fofocas. Ouço dizer que Sansa Stark será oferecida a Viserys, mas também já ouvi que ela seria oferecida a Sor Loras. Ouvi tantas coisas, admito.

- Ouviu sobre o Príncipe Aegon e Lady Arianne?

Sem dúvidas aquela fofoca era a melhor de todas, principalmente pela necessidade de uma abdicação por parte de Arianne. Caso isso fosse concretizado, o Rei Rhaegar consertaria (em parte) a sua dívida com Dorne. Não que um Rei devesse explicações aos seus súditos, mas ele deveria manter a paz da forma que fosse possível. Dorne ressentia-se por Elia Martell, então Arianne supriria a necessidade de daqueles homens da duna de serem honrados depois de uma desonra tão grande que lhes fora imposta. “Lyanna é uma boa mulher, e eu compreendo os motivos de meu pai tê-la amado. Ela é doce, suave, e ainda conserva a beleza invernal na forma de uma Rainha do Inverno, mas que governa no Sul”.

Elia, sua mãe, sempre odiaria e amaria Rhaegar, pois alguns sentimentos você nunca deixava escapar. Sua mãe o amava, desejava tê-lo novamente, e já a vira lamentar todas as vezes que tivera a chance de mantê-lo. Por outro lado, ela já falara abertamente – em locais fechados – sobre a hipótese de matá-lo com suas próprias mãos. Enfim, o amor e o ódio unidos sempre seriam imprevisíveis.

- Aegon e Arianne. Seria o caminho ideal para a paz total com Dorne. – disse. – Felizmente é uma opção real, e devemos agradecer por isso. Infelizmente a minha mãe sempre ficará deprimida, pois ela foi renegada. Como já não pode ter mais filhos sem correr sérios riscos de vida, ela já não pode ser dada em casamento para algum Lorde importante... Isso torna tudo desesperador.

- Sinceramente minha senhora, eu não vejo Elia Martell em busca de outro marido, e sim em busca de vingança. – Renly demonstrava estar interado a respeito de tudo. – Imagino que deve ter sido difícil, mas... A senhorita não acha que um Rei como Rhaegar poderia ter duas esposas?

- Rhaegar não é Aegon, o Conquistador. – redarguiu Rhaenys. – Não é fácil, milorde. Entretanto... Sinto que é possível, ou que teria sido possível. Os motivos de meu pai em não tentar me são obscuros, e talvez não me importe mais com isso.

- Com o que a senhorita se importa?

Rhaenys sorriu lascivamente.

- Loras é bom com a boca? Digo... – ela fez o movimento natural da mão envolta em um pênis sendo friccionado contra a boca. – Ele chupa bem? Digo, será que ele é bom nisso? Eu sou boa, garanto. Então o senhor ficaria honrado.

- Milady, eu acho que...

- Deixe de tolice, Lorde Renly. – ela insistiu. – Acha mesmo que vai se esconder na Fortaleza Vermelha debaixo da proteção do Rei sem que as pessoas saibam de coisas? Camareiros têm bons olhos, isso eu lhe asseguro. Eles me asseguraram que o senhor tem certa afeição por grandes lábios no seu pau. Isso é verdade?

- Minha Senhora, eu...

- Tímido. – sugeriu Rhaenys. – Gosto dos tímidos.

- Pensei que você amava Jaehaerys.

- Oras, não seja iludido. – retorquiu ferozmente. – Quando o homem que você ama não te dá atenção, o que você faz? Procura consolo com outros e imagina que eles são aquele que você ama. O coração precisa de amor e o corpo de prazer. Às vezes não é possível ter os dois, então você se contenta com um. Fácil.

- A senhorita faz parecer um sentimento fácil.

Ela se empertigou na cadeira aveludada. Mesmo confortável (relativamente), sentira o desconforto da afirmação.

- Daenerys possui o que eu mais queria. – disse. – Minha própria tia roubou o irmão que eu amo. Isso é vil, sabia? Não a odeio, mas sempre tive o desejo de sugerir ao Rei que casássemos nós duas com ele.

- Mas o Rei Rhaegar não desperdiçaria uma boa filha com um casamento tão desnecessário com o filho que não herdará os Sete Reinos. – Renly deduziu. – Jaehaerys é amado, e isso é óbvio, tanto quanto Aegon. Entretanto, ele não herdará nada além de alguma riqueza e uma boa vida em Braavos.

“Ou Volantis”.

- Exatamente, e nisso eu dei azar, pois o meu maior desejo me escapa pelas mãos toda vez que tento possui-lo. Já cogitei matar Aegon para que Jaehaerys fosse o herdeiro. – ela riu de si mesma. – Mas eu também o amo, o meu irmão caçula e teimoso! Eu amo os dois, mas eles se odeiam (ou Aegon odeia Jaehaerys por este ser filho de Lyanna, que causou a separação de nossos pais).

- Lyanna ajudou a criar o Príncipe Aegon, não foi? – indagou Renly.

- De fato, ela o criou tão bem quanto a mim. Nossa mãe sempre o envenenou contra Lyanna e o Norte, e sempre que retornávamos de Dorne, ele se tornava cada vez mais rebelde e teimoso quanto a ela, buscando desobedecê-la e desonrá-la frente ao nosso pai.

- Mas você a ama.

Rhaenys sentiu-se apertada.

- Lembro-me de estarmos falando sobre boquetes.

- Sim, mas eu sou do tipo que prefere conhecer os corações.

- Dos Homens e Mulheres, ou somente dos Homens? – Rhaenys disparou e imediatamente sentiu a culpa de suas palavras desmedidas. “Às vezes você não dá sossego”. – Perdoe-me, eu não queria ofendê-lo.

- De ambos, milady. – ele respondeu educadamente. – Só quero entrar no seu jogo: se nós vamos nos casar, seria interessante nos compreendermos.

Rhaenys Targaryen sentiu que Renly começava a entrar no jogo, e isso seria excelente para eles.

- Eu gostava mais de falar a respeito de boquetes, mas vou abrir uma exceção. – disse. – Sim, eu a amo como se fosse a própria Elia Martell, minha mãe. Por que eu a odiaria? Claramente é um capricho tolo e não me dou ao luxo de senti-lo, afinal... Rhaegar seguiu seu coração e conseguiu ir até o fim. Sei que ele se casou com Elia devido à obrigação, e por Dorne ser um aliado interessante dos Targaryen através dos anos, mas eu compreendo muito bem o que é amar verdadeiramente alguém e esta pessoa estar inalcançável. Consegue me compreender?

- Perfeitamente. – Renly estava interessado.

- Lyanna Stark é uma bela mulher, honrada e o ama. Sem dúvidas meu pai é mais feliz ao lado dela, e isso também me faz feliz. Aegon não consegue compreender e eu o compreendo também: ele nunca amou como nós amamos. Se ele ama, eu nunca ouvi falar a respeito. Simplesmente é isso, milorde.

Nunca vira Renly Baratheon tão interessado em ouvir o que uma mulher tinha a dizer.

- Pelo visto nós seremos um casal abençoado pelos deuses, minha senhora. – ele disse. – Eu darei o que a senhorita deseja a senhorita me permitirá ter aquilo que desejo, podendo participar, caso deseje...

- Caso o pau de Loras Tyrell fique duro em frente de uma mulher.

Renly riu.

- Esperava uma mulher teimosa e tímida.

- Não sou Naerys Targaryen, a Santa de Aegon, o Indigno. – devolveu. – Sou Visenya, mas meu nome provém da outra irmã. Não vê?

- Vejo com clareza, minha Princesa, e farei tudo ao meu alcance a fim de honrá-la da maneira que lhe é devida. Confie em mim. – a voz dele soou tão verdadeira e gentil que seu coração sentiu um breve momento de conforto. – Gostaria que tudo fosse diferente e que cada um de nós pudesse ter exatamente aquele que ama.

- Loras e Renly, Rhaenys e Jaehaerys. Droga! Nós somos infantis mesmo...

Riram juntos.

A semana seria repleta de oferendas, de Lordes oferecendo suas filhas em casamento e esperando que as mesmas saíssem de lá prometidas a outros lordes (ou futuros lordes). Margaery Tyrell seria oferecida a Robb Stark, pelo pouco que ouvira falar. “Mas já ouvi tanta coisa”. Viserys a Sansa, Arianne a Aegon, e tudo mais. Sua cabeça girava com a necessidade da nobreza de fazer leilões a fim de dar as suas filhas uns aos outros a fim de manter alianças, promessas e etc. Rhaenys não compreendia muito bem como isso funcionava, e por tal ela começava a se sentir mais como Duncan Targaryen, que se casou por amor.

“Um mundo onde todos casam por amor seria lindo, não é sua tolinha?”. Deixara os sonhos infantis a fim de tornar tudo que havia dentro dela uma verdadeira mulher. Apaixonara-se por Jaehaerys desde cedo, e há muito tempo tentava tê-lo para si – pelo menos até o momento que Daenerys Targaryen visitou a Corte pela primeira vez. Foi quando o perdeu – não que ela fosse descartável para ele, e sim porque Dany o apaixonara de uma forma inexplicável. Eram tão próximos e amigos, dormiram juntos inúmeras vezes (na mesma cama, sem sexo, e depois de longas noites de conversa), dividiam os mesmos prazeres e até mesmo treinaram a espada juntos. Agora a Draconata preferia o Chicote de Couro de Dragão (Dracon), se tornara adulta e uma mulher por completo.

O que nunca mudaria era o seu amor terno e eterno por Jaehaerys. Ela queria chorar, mas as lágrimas não vieram. Às vezes o mundo não era um mar de rosas, mas um oceano de espinhos poderia ser considerado exagerado.

- De fato nós somos infantis, mas isso não desmerece nossos sonhos. Esperança é um ponto importante, milady. Eu sei que pode parecer estranho, porém é o que somos: a esperança de que, um dia, tudo aquilo que desejamos é a única coisa que irá importar no final das contas.

- A nossa felicidade. – concluiu Rhaenys. – Obviamente ao lado daqueles que amamos.

Renly anuiu.

- A senhorita tem um bom coração, admito. Desejo que a senhorita seja feliz e lutarei por isso, já que nós fomos destinados um ao outro. Particularmente eu continuo desejando que Jaehaerys e você tivessem...

- Casado, coisa do tipo.

- Sim, sim. – Renly prosseguiu. – Mas pense comigo: Talvez a sua tristeza seja necessária, já que faz um casal feliz. Não acha? O Príncipe Jaehaerys e Lady Daenerys de Pedra do Dragão estão apaixonados um pelo outro pelo que ouvi dizer. Também ouvi dizer que a ideia partiu de Viserys (depois de Daenerys pedir isso a ele).

- Os desgraçados planejaram tudo nas minhas costas, obviamente. – Rhaenys sorriu e passou a mão cuidadosamente pelos seus cabelos prateados. – Meu pai permitiu sem o meu conhecimento e, quando fiquei sabendo, lembro-me de ter chorado muito, como uma verdadeira menininha. Odeio admitir.

- Chorar não é vergonhoso.

- Mas não do meu feitio, se é que me entende. – continuou Rhaenys. – A Draconata não chora, mas as lembranças eram demasiadamente intensas. Uma infância inteira ao lado dele, dormindo na mesma cama às vezes, contando histórias sobre os Dragões, a Longa Noite e todo tipo de coisas que nos assustavam. Era lindo, contudo eu não percebi o óbvio...

-... Você desenvolveu amor fraternal da parte dele, o que sem dúvidas não fazia parte do seu plano. – concluiu Renly. – Isso significa que a senhorita o ama há muito mais tempo do que gostaria de admitir. Cá estamos nós: dois desiludidos conversando a respeito das coisas que gostariam de ter, mas que provavelmente jamais terão.

- Errado, milorde. – Rhaenys cortou-o. – Sor Loras o ama e vocês dividem este sentimento, por mais que não seja algo que poderão contar aos sete ventos, claro. Entretanto ele retribuiu, diferentemente de Jaehaerys. Nitidamente aquele homem somente me vê como sua irmã.

- Ou ele finge vê-la como irmã, mas no fundo a deseja. – Renly sugeriu. – Alguns homens temem amar aquelas com quem desenvolveram um relacionamento puramente fraternal, eu já vi acontecer, mesmo que não tenha sentido isso. Enfim... Caso um dia ele demonstre interesse, eu não incomodaria vocês.

- Não seja gentil em excesso, milorde. – brincou Rhaenys.

Ela estendeu as mãos e tocou as dele com firmeza, apertando-as contra as suas em um momento de transmissão de segurança, abrigo e afeto. Eles deviam isso um ao outro, já que compartilhariam uma vida inteira juntos. Filhos, vida e tudo... Rhaenys aprenderia a amar e aceitar aquele homem a cada dia se necessário.

Mas seu coração sempre pertenceria a Jon, não Jaehaerys.

Somente Jon, o seu Jon.

- Saiba que estarei ao seu lado para sempre, milorde. Juro minha lealdade ao senhor. - disse Rhaenys. – Ao menos você terá dois excelentes guerreiros ao seu lado, não é?

Renly sorriu.

- Os deuses me abençoaram com uma esposa-guerreira. – Renly inclinou-se em sua direção e manteve o sorriso quente em seu rosto. – Ajudemos um ao outro, milady.

“Sim, nós faremos isso. Mas...”.

Ele nunca seria Jon.

O seu Jon.

 

 

 



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