— COMO ASSIM VOCÊ E O JP VOLTARAM?
Elas gritam em uníssono me fazendo rir, e as duas cruzam os braços olhando pra mim.
— Vocês ensaiaram isso?
Pergunto rindo e as duas continuam me olhando seria.
— E pra falar a verdade não é como se nós estivéssemos juntos antes.
Falo como se fosse o óbvio e as duas suspiram colocando a mão direita na cintura, é, elas ensaiaram isso.
— Não é isso que estavam correndo pelo ouvido das pessoas aqui no morro - Emma.
— Esse povo fala demais - Indaguei.
— Você sabe como é: O que não acontece eles inventam e o que acontecem eles aumentam - Comenta Vitória me fazendo rir - Por isso que eu saio pegando todo mundo.
Completa nos fazendo olhar pra ela incrédulas.
— O que?
Pergunta sem entender e nós duas rimos, fiquei ouvindo o sermão das duas por um tempo, vê elas bravas comigo porque estavam com medo de eu me machucar me deixava feliz, elas se importam comigo, demorou um pouco mais finalmente o nos “debate” acabou elas me apoiaram e afirmaram que estariam comigo em qualquer decisão que eu tomasse.
Nos abraçamos e subimos já que íamos para o “parque” levar o irmão da Vitória, Vitor, que tinha 7 anos, Emma como sempre foi a primeira a se arruma, estava com um vestidinho solto, e xingando tudo que é nome por as outras roupas não dar mais nela, Vitória estava com um short cintura alta lavagem clara, um cropped vermelho escuro e uma sapatilha preta, e nesse momento estava trançando o cabelo da Emma.
Eu entrei no banheiro fechando a porta e me despi, me olhei no espelhando, virando meu corpo de lado olhando para minha barriga, ela continuava a mesma coisa, suspirei aliviada, não tinha sinais de uma gravidez em mim, e os enjôos provavelmente são resultados de uma mudança de alimentação, liguei o chuveiro e entrei no mesmo, sentindo a água gelada descendo por todos os cantos do meu corpo, feche os olhos e suspirei fundo, eu estava feliz, mas algo me dizia que algo ruim estaria por vir e que minha felicidade não duraria por muito tempo.
Desliguei o chuveiro e sair no mesmo enrolada em uma toalha e enxugando meu cabelo com a outra, meu celular apita pego o mesmo e vejo que é uma notificação do meu calendário menstrual, avisando que minha menstruação chegaria hoje, sair do banheiro e vestir uma lingerie olhei pras meninas que tavam conversando.
— Emma me empresta um absorvente?
Pergunto e a mesma olha pra mim com cara de nojo.
— Te empresta não querida, pode ficar, não quero devolução.
Ela fala com cara de nojo e vai em direção a um gaveta, dou risada da mesma.
— Aff! Adeus sonho de ser titia.
Fala Vitória e se deitando na cama desanimada e eu dei língua pra mesma, visto um short jeans lavagem escura, uma blusa azul claro com um ombro caido e calcei um all star cano baixo branco, pois é, Melissa Gama Stuart com um sapato que não tem salto, quem diria, faço um rabo de cavalo no meu cabelo e faço uma make para esconder minhas orelhas, e passo um gloss cor de rosa franguinho nos lábios, coloquei meu celular em um bolso e o absorvente no outro e as meninas pegaram suas coisas e descemos, saimos de casa e fomos andando encontrando JP e TH na esquina perto da casa da Vitória.
— Bateu uma carência agora…
Comenta Vitória olhando pra frente, eu e Emma damos rosada abraçando a mesma.
— Onde as donzelas pensam que vão?
Pergunta TH com os braços cruzados.
— Existe uma diferença muito grande entre pensar e fazer querido.
Fala Emma com os braços cruzados o olhando com um olhar desafiador.
— Então a dondoca tava pensando em sair sem me avisar, ainda vestida desse jeito?
Fala JP me olhando de cima a baixo.
— Manda em mim agora?
Falo e o mesmo rir vindo em passos lentos e eu vou dando passos pra trás.
— Você não vai sair com esse shortinho, curto demais.
Ele fala e eu dou risada.
— E você vai fazer o que pra mim impedir?
Falo o desafiando e o mesmo me carrega me pondo nos seus ombros como se eu fosse um saco de batata.
— JP me ponha no chão.
Falo irritada batendo nas costas dele e o mesmo age como se aquilo fosse um ataque de cócegas, todos estavam rindo daquela cena.
— Só se troca esse short.
Ele fala ainda me prendendo e eu reviro os olhos.
— Eu me visto como quero, você não manda em mim.
Falo e o mesmo dar risada.
— Então vou levar a senhorita pra casa.
Fala virando de costas me dando a visão de minhas amigas e o TH rindo, traíras, ele começa a andar.
— Tá, tá, eu troco o short.
Falo suspirando me dando por vencida.
— Promete?
Fala e eu respiro fundo pedindo a Deus paciência.
— Eu não preciso prometer nada.
Falo irritada e o mesmo suspira.
— Então deixa eu aumenta os passos.
Fala e eu bufo.
— Ta eu prometo.
Falo revirando os olhos e ele me coloca no chão, empurrei o mesmo sem usar muita força.
— Você é um idiota.
Falo irritada indo em direção a minhas amigas, pego a mão delas e vou andando.
— Também te adoro Loirinha.
Ouço sua voz entre as risadas, reviro os olhos com um sorriso e finalmente chegamos a casa da Vitória, a mesma abriu e quando entramos nos deparamos com uma criança furiosa sentada no sofá, ele parecia muito com a Vitoria, os mesmos cabelos castanhos claro, os olhos incrivelmente preto, bochechas um pouco rosada e magro.
— Esqueceu de mim?
Ele pergunta sério olhando pra irmã.
— Não enche pirralho, agora vamo logo.
O mesmo vem até a gente e saímos da casa dela indo em direção a pracinha que tinha lá na favela, quando chegamos tinha crianças para tudo que é lado, algumas mães sentadas no banco com seus filhos no colo ou balançando seu carinho, as crianças gritavam e corriam por todo a praça, aquela é uma das cenas mais lindas e verdadeiras que eu já vi.
— Em pensar que daqui a alguns anos será nossos filhos correndo por essa praça.
Comenta Emma com um sorriso, eu e Vitória olhamos pra ela, o Vitor rir.
— Desculpa gatas, mas contem pelos filhos de vocês, o da Vitória não sobreviveria nem a cinco minutos fora da maternidade.
Ela olhou irritada para o mesmo fazendo nos rir e a mesma bufa.
— Claro que meu filho sobreviveria.
Fala a mesma na defensiva.
— Claro que não sobreviveria, você fez meu bolo de aniversário com um leite fora da validade eu fiquei 4 dias cagando mole e peguei uma infecção intestinal, magina o que você faria com um bebê.
Argumenta o mesmo fazendo eu e a Emma gargalhar, ficamos mais um tempo no parque vendo as outras crianças e o Vitor brincar, ate que chegou um moreno dos olhos verdes na praça e Vitória começou a dar em cima dele, eu e Emma apreciamos aquela cena rindo, acabou por Vitória conseguir o numero dele, ficamos conversando por um tempo quando anoiteceu eu e Emma levamos Vitória e Vitor pra casa e fomos para casa.
— Então você e o JP tão namorando?
Ela fala abrindo a porta e eu dou risada entrando
— Não estamos namorando… Nós só estamos… Juntos.
Falo a última palavra depois de pensar um pouco.
— Não dou uma semana para o JP colocar Relacionamento Serio no facebook.
Ela fala rindo e eu dou risada, sabia que o JP era um pouco apressado demais, mas eu gostava disso, era como se eu fosse tão importante que ele queria fazer tudo rápido para não me perder, mas ao mesmo tempo eu tinha medo, medo de isso que rola entre a gente ser uma coisa rápida, sei que nada dura pra sempre, mas se tem uma coisa que eu queria que durasse são os momentos felizes ao lado dele.
Tomamos nossos banhos e nos deitando na cama começando a assim The Walking Dead, Emma fechada os olhos todas as vezes que via sangue e eu ria da cara dela, algum tempo depois ja tínhamos pego no sono.
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