História Sendo editada !!! Aparti do cap 13 - Príncipe escravo.

No primeiro dia de Rigel no palácio de Luna , ele estava tão triste com tudo o que aconteceu que não foi capaz de sair do próprio quarto.

Ele chorou por horas antes de alguém bater na porta, era uma menina, bastou um olhar para saber quem era.

" Isabel."

A nome da sua irmã saiu de seus lábios em um sussurro.

Isabel sorriu.

" Olá Rigel."

E foi assim que ele começou a curar.

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Isabel não sabia o que pensar do seu irmãozinho. Sua mãe sempre foi fascinada pela criança que ela não conseguiu levar.

Afinal, não importa o quão boa e generosa Luna gosta de aparentar ser, sua mãe sempre foi orgulhosa e mesquinha. Luna não pode ter filhos já que ela sua alma gêmea se desprezam. Por isso Isabel e Rigel existem , um acordo assinado com mágica fez ambos filhos de Luna espiritualmente.

Mas Isabel sabia melhor, eles não são apenas filhos, são troféus. Prêmios para ela esfregar no rosto do ex amante, uma forma de dizer que sua linhagem está garantida.

No começo , quando ainda era nova demais para entender os esquemas da sua mãe, Isabel via Luna como tudo que um dia ela almejava ser, linda , poderosa, gentil e doce. Isabel assim como todo o reino da Lua tinha Luna em um pedestal.

Não foi preciso muito para vê a verdade, foi fácil encontra os sorrisos falsos, vê através da falsa bondade e generosidade, Luna não ajudava alguns camponeses pobres do reino humano por simples gratidão, não, ela tinha outros planos.

Sua mãe realizava pedidos a troca de acordos que levava muitas coisas, anos de vida e até magia. Todo desejo tem um preso e Luna adorava os pegar.

Seu irmão foi um pequeno bônus que ela estava salivando a anos para por as mãos, Isabel estava de olho em Rigel desde que soube de sua existência, ela o observou por uma bola de cristal por anos, ela viu quando o príncipe das trevas o encontrou e quando Eiríkr o Rei imortal o atraiu para o reino das trevas.

Ela viu tudo sem poder fazer nada. Uma vez longe dos seu alcance Isabel temeu pela vida do irmão que jamais pode conhecer, porém sua mãe não.

Luna diferente de Isabel ainda podia vê Rigel, sua mãe estava furiosa por dias. Isabel só pode observar sua mãe se enfurecer pela audácia de sua alma gêmea por roubar um de seus filhos. Sim, Isabel também sabia que Eiríkr era a alma gêmea de Luna.

O rei das trevas e a rainha da noite, que apropriado.

Seria poético se ambos não se odiassem tanto.

Quando Rigel apareceu com sua mãe no castelo, Isabel não soube como reagir. Ela pensou muito antes de decidir que iria ajudar seu irmão a se curar de um coração partido, de um vínculo quebrado.

Então Isabel tomou coragem e bateu em sua porta, ela o iria ajudar a se reerguer.

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Anos se passaram desde que Rigel abandonou Florencer ,sua mãe Luna o ensinou a usar seus poderes, como manipular a luz e as sombras, porém o que mais o interessou foram os desejos, pelo o que Luna o ensinou, era o poder de usar a sua própria magia para atender pedidos para outros, nunca para ele mesmo e a sua parte da barganha seria o que lhe agrada desde que a outra parte envolvida aceitasse. Era tão interessante que Rigel se viu fascinado pelo assunto.

Pelo que Luna lhe disse só membros das famílias reais podem fazer os desejos ou seja Hakon também os poderia realizar.

Rigel havia mudado depois dos muito anos em que deixou sua cidade para seguir Luna para o reino da Lua, ele tinha fechado o seu coração, se tornando frio e reservado. Rigel tinha aprendido que para ser um príncipe respeitado ele deveria aprender a ser tanto admirado quanto temido.

Isabel o ensinou muito, sua irmã mais velha o mostrou como se comporta e agir, como fechar suas emoções e ter total controle sobre sua própria mente. Sua irmã foi o que o ajudou a superar Hakon, ela o mostrou como empurrar a dor e a trancar em um lugar onde já não seja um problema ou empecilho.

Luna o ensinou como ser poderoso e Isabel a ser implacável. Rigel cresceu para ser um jovem de quinze anos frio e calculista.

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Era um dia comum quando ele apareceu. Rigel estava treinando esgrima sozinho nos jardins quando o que parecia ser um portal se abre e deixa cair uma pessoa.

Era um menino com cabelos azul claro de todas as coisas , Rigel observou o cabelo estranho com curiosidade enquanto inspecionava o desconhecido, ele parecia está com dor.

Rigel preparou sua espada e se aproximou , o menino que parecia ter uma idade próxima a sua, ele gemeu de dor, Rigel olhou seu rosto e quase deixou a espada cair.

Era Hakon.

Uma dor antiga pulsou em seu peito com a visão.

Hakon gemeu novamente de dor ainda inconsciente da sua presença, então Rigel percebeu que não era ele, não era Hakon, não era a sua alma gêmea. Se fosse Hakon o vínculo, mesmo quebrado iria exigir de Rigel que o ajudasse, que fizesse a dor do seu companheiro sumir.

Essa percepção o acalmou ao mesmo tempo que o deixou ainda mais curioso.

Por quê esse garoto tem o rosto da sua miserável alma gêmea?

" Quem é você e o que está fazendo aqui ?"

Rigel finalmente pergunta desejando algumas respostas.

O impostor imediatamente vê Rigel e se assusta.

" Eu sou Haki, príncipe do reino das trevas. Desculpa, eu não queria invadir; estava tentando um feitiço de viagem. Eu não pretendia está aqui."

Ele fala rápido se levantando.

Rigel o observa com atenção.

" Eu não sabia que Hakon tinha um irmão."

Ele parece se encolher quando o nome de Hakon sai dos lábios de Rigel.

" Somos gêmeos. Ele é o herdeiro, sou o segundo príncipe."

E pela primeira vez Rigel conseguiu entender a profundidade do que Isabel quis dizer, quando o avisou que Luna sempre esteve ansiosa para cravar as garras nele.

Ambos , Luna e Eiríkr conseguiram um par de gêmeos para exibir.

Luna ganhou uma herdeira e um sobressalente, já Eiríkr teve um herdeiro e seu sobressalente.

Rigel quase quis rir da maldita ironia.

Sorrindo para o príncipe tão parecido com sua alma gêmea, mas tão diferente ao mesmo tempo Rigel se aproxima.

" Bem eu sou Rigel, príncipe do reino da lua."

Ele não precisava dizer que era um segundo filho, todos sabiam que Luna tinha uma herdeira para o seu trono, Rigel ser um sobressalente estava subentendido na frase.

Haki relaxou um pouco com a sua apresentação.

" É um prazer. Você poderia me ajudar a entra em contato com Hakon? Ou me enviar de volta para casa. Eu não sei como voltar se sou sincero."

Haki admitiu com o rosto vermelho de vergonha.

Rigel achou de certa forma patético e adorável.

Tão fraco. Tão diferente do poderoso e distante Hakon.

E foi então que um plano perverso começou a se formar na mente de Rigel. Ele tinha o irmão fraco e idiota da sua alma gêmea bem a sua frente, o outro parecia tão ingênuo quanto indefeso , se o destino estava lhe dando uma chance como essa por quê não finalmente ter uma pequena vingança pela dor tão brutal que Hakon o causou quando quebrou o vínculo ?

" Claro. Se você desejar eu posso entra em contato com Hakon. Em troca vou permitir que fique comigo até que ele apareça."

Rigel ofereceu estendendo a mão.

Em outro mundo, um onde Isabel o ensinou que a melhor forma de seguir em frente é se concentrando na própria felicidade Rigel não teria feito isso. Em um mundo onde Hakon foi mais gentil quando o mandou embora de sua vida , Rigel não teria feito o que estava fazendo. Em um mundo onde Luna o senta e explica que era a alma gêmea de Eiríkr e que aquele ser jamais permitiria que Rigel e Hakon estivessem juntos e que provavelmente era obra dele tudo o que Hakon fez, Rigel definitivamente não faria o que estava prestes a fazer.

Mas esse é o mundo onde nada disso aconteceu, então Rigel estende a mão infestada de magia com os pensamentos gritando em vingança.

" Sim !"

Haki exclamou tão feliz a apertando.

Era bom saber em que outros lugares as pessoas eram boas, que nem todos eram como em seu reino, porém antes mesmo que ele pudesse terminar o seu pensamento correntes douradas apareceram e envolveram seus pulsos e pernas, Haki gritou em horror quando sentiu sua essência ser aprisionada.

Ele estava sendo escravizado.

A noção disso o fez tentar lutar para se livrar das correntes, porém foi inútil.

Haki sentiu o vínculo escravo se completando e toda luta saiu do seu corpo, ele relaxou contra a sua vontade e sorriu para o ser desprezível que era Rigel Lunar.

" O que posso fazer para te agradar , mestre?"

O pedido saiu de seus lábios por conta própria. Haki sorria contra a sua vontade enquanto lágrimas gordas caiam pelo seu rosto.

Por fora ele é a imagem da submissão e harmonia, por dentro Haki estava gritando e agonizando por não conseguir soltar uma única palavra.

Rigel sorriu e a fúria de Haki se tornou terror, o sorriso era idêntico ao de Eiríkr quando uma das terríveis criaturas conseguiam cravar as garras em Haki, em sorriso cruel e predatório de quando ele conseguia exatamente o que queria.

~

Isabel não gostava do escravo do seu irmão.

Ela entendia Rigel, ela melhor do que ninguém sabe o quanto foi difícil para ele superar a dor de ter a rejeição de uma alma gêmea , ela sabe que ele jamais irá conseguir machucar Hakon diretamente, seu vínculo não iria permitir, não importa o quão quebrado esteja.

Então ela entende o porque ele está fazendo isso, sua mãe ficou eufórica com o feito de seu irmão. Capturar um membro da realeza de tal forma é inacreditável, eles não são príncipes e reis por nada, a magia, o poder em seu sangue é extraordinário e o fato de Rigel ter capturado um príncipe em um vínculo escravo sem sofrer sequer um arranhão é quase impossível.

Os poucos funcionários que trabalham no castelo estavam radiantes com a notícia, ninguém gostava do reino das trevas, um reino inteiro infestado de criaturas mortais e sanguinárias, sempre que um desses monstros acaba saindo de seu território um rastro de sangue e morte fica em seu caminho. O feito de Rigel trouxe esperança a todos que um dia aquele reino pudesse ser erradicado.

Os criados do castelo da Lua eram elfos normais e de livre arbítrio, não eram como os de Eiríkr que não passavam de fantoches de carne e magia, sem vontade ou pensamentos próprios.

O fato era que Isabel não gostava do escravo de seu irmão, ela não perguntou o nome dele, não queria saber, era mais fácil assim, sem saber o nome talvez ela possa se convencer que ele não era um inocente em tudo isso, alguém que não tinha nada haver com os conflitos de Rigel e Hakon. 

É mais fácil para Isabel tentar não pensar no príncipe escravo de forma alguma. Ela não entende por quê a incômoda tanto vê os seus olhos vazios encontraste com o sorriso em seus lábios, ele estava sofrendo, ela sabe em sua alma que ele está sofrendo e isso a machuca de uma forma que a assusta.

Ela tenta o evitar, ocupando seu tempo livre dos estudos em coisas variadas em vez de ficar com seu irmão, ela volta a tocar piano e aprende violino só para se manter longe de Rigel e seu escravo. Porém ela ainda os vê de relance nos corredores, o corpo cada vez mais magro e as olheiras do escravo foi o que a fez parar e falar com seu irmão alguns dias depois que ele capturou o segundo príncipe da trevas.

" Você tem o mandado dormir ou comer? Ou mesmo descansar?"

Seu irmão parou no corredor com a sua pergunta e lançou um olhar avaliador no escravo, o mesmo tem os olhos colados em Rigel, pronto para obedecer cada ordem imediatamente.

" Não, eu não. Precisava?"

" Sim, irmãozinho você precisa. O mande se alimentar e dormir um pouco, vamos passar um tempo juntos enquanto isso , faz tempo que não passeamos pela cidade."

Rigel como esperado ouviu o seu pedido e dispensou o príncipe escravo. Mesmo tentando evitar Isabel olhou para ele, ela diferente de Rigel que já tinha se virado e voltado a andar, viu os olhos do escravo se enchendo de lágrimas, viu o alívio escorrer pelos seus ombros e ele relaxar, seus olhos se encontram e Isabel se arrependeu no mesmo instante.

Quando seus olhos se encontram ela viu tudo, ela viu sua dor, seu cansaço e até o mesmo gratidão pelas suas palavras.

Ela não aguentou , imediatamente ela o afastou e foi trás de Rigel. Ela não queria o entender, ela não queria simpatizar por sua dor. Esse príncipe que estava pagando pelos erros do irmão com quem dividia o mesmo rosto, Isabel não queria ter nada haver com ele.

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Tudo deu errado para Haki no momento em que ele quis tentar aprender o feitiço de portal, ele só queria ter uma forma de fugir de seu pai se Eiríkr decidisse o matar, porém deu errado, ele sabia que deveria ter esperado Hakon e ter feito isso com a ajuda de seu irmão, mas ele quis se sentir útil pela menos uma vez na vida, tudo deu errado e agora ele estava preso a um vínculo escravo.

Haki foi fisicamente incapaz de vê sua alma gêmea se fastar, ele não podia parar de andar até o seu quarto para comer e fazer tudo o que precisasse e por fim dormir. Seu mestre o ordenou que fizesse isso.

Mestre, mesmo em sua própria mente Haki era incapaz de se referir ao mestre como algo diferente disso.

Ele o odiava.

O mestre não o fazia fazer muita coisa, geralmente ele só o ordenava que caminhasse a alguns passos atrás dele , servisse chá e outras coisas fúteis e sem importância. Não seria tão ruim se ele também não esquecesse de o ordenar para comer ou dormir.

Haki não tinha controle sobre o próprio corpo, ele não podia fazer nada se o mestre não ordenar.

Era uma tortura, ser privado de dormir e comer e ainda sorrir como se nada estivesse errado, caminhar quando tudo o que ele queria era se jogar no chão e sucumbir a inconsciência. Haki temia que morreria nos próximos dias por isso, mas Isabel impediu.

Ele sabia que sua alma gêmea não descobriu sobre o vínculo ainda, Isabel o estava empurrando e negando a cada passo do caminho, Haki sequer podia se aproximar ou falar com ela, os únicos momentos em que podia olhar para ela era quando ela estava dentro do seu campo de visão, quando estava perto do irmão , o que não acontecia com frequência. Ele só a via de passagem pelos corredores.

Foi uma surpesa quando ela parou o mestre e o informou sobre a condição de Haki.

Ela se importava, é claro que se importa, o vínculo não permitiria nada menos, mas mesmo assim Haki foi levado pela emoção esmagadora de gratidão, com a interferência dela, ele finalmente poderia comer um pouco e dormir, depois de dias sem nada.

Ela fugiu quando sentiu as suas emoções se transmitir pelo vínculo. Ela não o queria e isso era mais doloroso do que qualquer coisa que Rigel pudesse fazer com ele.

Haki só podia fechar os olhos e chorar enquanto espera que seu irmão venha ao seu resgate.

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Hakon estava desesperado, já vaziam semanas desde que Haki desapareceu. Ele sabia que seu irmão gêmeo estava tentando criar o feitiço de portal com runas. Hakon deveria o ter ajudado, mas desde que quebrou seu vínculo com Rigel tudo era tão difícil.

Era como se houvesse um peso constante em seu peito que nunca iria embora.

Machucar Rigel foi a pior coisa que ele já fez a si mesmo, foi como arrancar um pedaço da própria alma.

Hakon estava sofrendo.

Mesmo depois de três anos ele estava sofrendo.

Então quando soube do projeto do seu irmão ele o deixou em paz e não se envolveu, agora Haki desapareceu e isso é culpa sua. Ele falhou como uma alma gêmea e falhou como irmão.

Arrumando a mochila por cima do ombro atravessou o castelo de seu pai decidido a procurar nem que seja em todos os reinos pelo seu irmão caçula.

Uma mão agarra seu braço, Hakon se virá para um dos criados de seu pai.

" Onde está pensa que está indo?"

A voz de Eiríkr sai perfeitamente da boca do criado. Hakon não se intimida e arranca o braço das garras do serviçal.

" Vou procurar Haki ! Ele desapareceu e eu tenho que encontrá-lo."

" Seu irmão fraco já deve está morto a essa altura. Desista garoto, você só achará ossos."

" Haki é mais forte do que você jamais ousou lhe da crédito, pai."

Hakon rosnou e sem o da tempo para responder ele continua o seu caminho. Quando chega a saída ele sabe que Eiríkr permitiu sua busca.

Se seu pai não o quisesse fora do castelo então ele não estaria. Eiríkr tem controle total sobre o palácio, se ele desejasse Hakon estaria preso no fundo da masmorra com um único pensamento.

Respirando fundo Hakon se prepara para a sua busca.

Ele já falhou demais, ele precisava encontra Haki.