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História O Halloween das Fadas - Encantos e Desencantos


Escrita por: Machene

Capítulo 6 - Encantos e Desencantos


Fanfic / Fanfiction O Halloween das Fadas - Encantos e Desencantos

Cap. 6

Encantos e Desencantos

- Peraí gente, que história é esta? Eu não estou entendendo. – Haru fala confuso.

- Zeref é nosso inimigo. – Mirajane explica simplesmente – Ou ao menos, é como ele se declara. Ele quer destruir a Fairy Tail, e está recebendo ajuda dessas bruxas.

- É mentira, só pode! Zeref não tem como ser irmão do Natsu! – Lisanna faz uma careta, percebendo o nervosismo das fadas e de Lucy.

- Oh, mas é aí que vocês se enganam. – Maxine prossegue sorrindo – Eles nasceram dos mesmos pais, viveram juntos, até que, por uma fatalidade, toda a sua família morreu. Zeref ficou obcecado em ressuscitar seu irmão, e acabou criando várias coisas magníficas, como o Portão Eclipse... Até chegar nos demônios etherious, criados a partir do éter que constitui a própria magia. Todos falsos, meras criações nascidas com o mesmo propósito: matar seu criador. Ele os trancou em livros pra lacrar seu poder até que estivessem prontos para liberar o caos no mundo e achá-lo. Infelizmente, houve uma pequena, ou eu deveria dizer grande, intervenção em seus planos, chamada Igneel. – ela pausa de propósito.

- Ei... – Happy começa com aflição – Você nos disse uma vez, que o irmão de Zeref é E.N.D. – Vitalina ofega e engole, ainda sentada no chão, sem querer encarar os amigos, e então ele fita a maga estelar, ao longe, com tristeza – Lucy... Você sabia? – a expressão de nervosismo da moça responde por si só.

- Sim, é tudo verdade. – Max afirma em seu lugar – Natsu, ou melhor, o Etherious Natsu Dragneel; E.N.D.... – a feiticeira ri do choque dos demais – Ele deveria ser a maior transmutação de Zeref: os poderes de um demônio no corpo de um humano recriado. Mas quando seu “papai” dragão decidiu não lhe matar e esconde-lo do mundo, criando-o longe do seu irmão mais velho, a situação tomou outro rumo. Um rumo muito interessante. Não acha, maga estelar? – todos se voltam à loira que treme – Pois eu conheço bem a história de como suas antepassadas ajudaram os Dragon Slayers a atravessar centenas de anos na história através do Eclipse, para purificar os espíritos eivados dos dragões adormecidos dentro deles, a fim de poderem derrotar o dragão negro, Acnologia.

- Espera aí um segundo! – Let toma a dianteira – O que nós ouvimos é que você e as outras bruxas se ocuparam em eliminar os dragões que existiam, e você quer vingança pelas fadas terem protegido a horda que vivia aqui neste lugar.

- Ah claro, só contam a versão resumida nos contos de fadas. – a bruxa desdenha – Pois é, ainda é minha maior meta de vida. Não sei se Igneel fugiu da investida que fizemos naquele dia, porém, graças à sua intervenção no ataque ao Refúgio das Fadas, Acnologia não me foi muito útil. Agora, com Zeref, eu posso ganhar mais. Enquanto ele estiver cego de desejo, almejando se reunir com seu querido irmãozinho e o grande amor da sua vida, sua primeira mestra de guilda, Mavis, eu posso manipular seu exército como bem quiser sem que aquele idiota perceba. Só que, para não ser injusta, eu considero a conveniência do trabalho que aquele dragão do fogo teve, ao trancafiar seu espírito dentro do corpo do Dragneel caçula, porque enquanto ele criava anticorpos para evitar a sua dragonificação, depois de lhe ensinar magia de Dragon Slayer, nós ficávamos mais fortes. Pena não poder agradecer. – ela ri – Finalmente, vamos cobrar a dívida que as fadas têm conosco.

- Só pode estar brincando! – Jellal fala de punhos cerrados – Que provas você tem para acusar Natsu de ser E.N.D.?

- Eu preciso dar alguma? Quantas testemunhas viram a salamandra ardente engolir uma lacrima infundida com ethernano da arma Etherion e sobreviver? Acham que ele se recuperou fácil daquela concentração tão grande de partículas de magia ingeridas só por ser um Dragon Slayer? Se for o caso, são mais tolos do que eu imaginava. Bem, mas acho ser bem possível, considerando que dois de vocês nem notaram a minha presença quando estive em Onibasu. – Gray e Juvia se entreolham na mesma hora.

- Ei, então foi você que deu para o prefeito aquela mascote que provocava a ilusão do calor do sol na cidade?! – o mago do gelo constata – Você era a mulher com véu azul para quem eu perguntei onde a Juvia estava quando nos separamos naquela missão!

- Ah, então a ficha caiu finalmente? Bem, antes tarde do que nunca, não é?!

- Opa, para tudo e segura! – Haru balança as mãos, fazendo uma careta confusa e boba – Quer dizer que o Natsu pode comer o poder da Elie?

- Na verdade, só o elemento fogo que está presente no poder. – Astêmio explica – A mistura dos outros componentes na magia não fizeram bem a ele quando o absorveu.

- Olha só... – Elie se pronuncia, já tendo soltado Plue – Eu estou entendendo quase nada desta discussão, mas o que eu sei com certeza é que você não bate bem da cabeça, então, já que as duas estão em minoria, seria uma boa hora para se renderem, e aí depois pode discutir os seus planos maquiavélicos com suas amigas, que já foram derrotadas, na prisão. – Maxine passa a língua nos dentes, fazendo um chiado, e balança o indicador.

- Acho que não. Podem começar me passando a fossa e as fadinhas, se não quiserem que sua amiga vire churrasco sobre meus raios. – a feiticeira direciona a mão direita para Lucy, provocando faíscas de ameaça.

- Se você quer brincar de soltar raios, pode fazer isto comigo!

- Tenho certeza de que sou mais rápida que você no gatilho, dragão dos raios.

- Ei, você não precisa dela para completar seu plano? – Julia questiona aflita.

- Agora não adianta mais. A Lua de Sangue se aproxima do fim, então não há tempo, mas eu posso arranjar outra maga estelar enquanto espero a próxima oportunidade. Antes, eu planejo me livrar dessas pedras no meu caminho, e aí consumir a vitalidade de todas as crianças que vocês me roubaram.

- Não vai poder sem a sua sopa. – todos ouvem de repente, e as bruxas ainda viram a tempo de ver Pantherlily, ao lado de Charle, ambos em tamanho grande, derrubar no chão o caldeirão com a poção preparada, enfurecendo-as ainda mais.

- Vocês vão pagar por isto! – Winifred brada, pegando o livro preto de sua líder do ramo espinhoso onde estava suspenso – Não terão como nos atingir enquanto tivermos...!

- Oh, quer dizer, este livro aqui? – a gata branca retira da cartola encantada da maga estelar uma obra idêntica à outra, arremessando para Vitalina quando esta se levanta.

- Acharam que não suspeitaríamos que iam esconder o livro original? – a fada das estações ri, congelando o livro em mãos até quebra-lo por inteiro, para o desespero das adversárias, que veem a cópia se esfarelar sobre os dedos da Sanderson mais velha – Se com magia o livro estava protegido, com magia ele poderia ser destruído.

- Foi a última gota. – Max diz entre dentes – Comecem a rezar.

Maxine se vira, fitando Lucy com um sorriso malicioso no rosto, e uma esfera de energia surge na sua mão esquerda. Quando ela lança o poder na sua direção, a loira move a cabeça para o lado, fechando os olhos, e ergue o braço direito como se quisesse parar o ataque. Neste momento, a bola luminosa desaparece no meio de um muro de chamas, que surge repentinamente e some da mesma maneira. Todo mundo fica chocado.

A bruxa tenta acertar a moça novamente, mas desta vez a maga não desvia o olhar e toma outro susto quando, na sua frente, brota outra parede de fogo que elimina a ameaça. Os espectadores começam a procurar uma explicação para o fenômeno estranho, sendo que Natsu ainda está paralisado, observando com joelhos e mãos no chão. É então que o lado direito do pescoço da jovem brilha, chamando atenção para a marca ali cravada.

Perto de sua clavícula, a imagem do dragão vermelho, com chifres e olhos escuros, incendeia, o que a faz tocar o local com a mão direita. As lembranças do instante em que a conseguiu invadem sua mente, e um sorriso brota em seu rosto ao lembrar do significado que ela traz. Um sorriso que aborrece a inimiga, por também conhecer sua representação.

- O que aconteceu? Que marca é aquela no pescoço da Lucy? – Elie questiona.

- É a marca do dragão. – Levy começa a se empolgar – A Lucy não pode ser tocada!

- Ah é? E como ela conseguiu? – neste momento, a maioria dos amigos ao redor se vira para o Dragneel, que vai de anteriormente atordoado para rubro em segundos.

- É... Eu coloquei nela. É a minha marca.

- A marca de um dragão é o símbolo de companheirismo e proteção que eles usam para representar sua ligação exclusiva com seu par. – Astêmio explica – A luz que a marca emite mostra o tipo de aura do dragão, a emissão de energia que seu espírito possui. Não existem marcas iguais, então, no caso do Natsu, aquela marca pode ser capaz de proteger a Lucy ateando fogo em tudo que queira machuca-la.

- Que sensacional! Eu preciso de uma dessas! – Julia vibra, fazendo alguns rirem.

- Acho que não seria possível, pois apenas dragões e magos que podem usar magia de Dragon Slayer conseguem tal feito. Mas vocês ainda podem proteger uns aos outros apenas com a vontade de cuidar de quem amam. – Vitalina finaliza a explicação, andando um pouco pra frente e gritando – Ei, Maxine, já chega! Você não vai poder tocar na Lucy! Admita a derrota! – a feiticeira a fita com fúria no semblante, torcendo os dedos das mãos.

- Eu não me rebaixo nunca! – ela devolve falando um pouco mais baixo.

- Ah é? – a fada cruza os braços e sorri maliciosamente, notando pelos cantos dos olhos o gato de orbes dourados, até então, distante da agitação – Bom, que esquisito ouvir isto vindo de uma mulher que se sacrificou tanto por um rei banido, ou melhor, um gato traiçoeiro, que se engraçou com uma das suas “irmãs”.

- O quê? – os olhos de Maxine arregalam, e por detrás dela Winifred recua.

- Uh, quer dizer que não sabia? Seu querido “Balt” foi amante de Winifred.

- Não diga asneiras, seu vagalume pérfido! – a bruxa volta a cerrar os orbes, estando eles já cercados por manchas escuras, sinal do desgaste excessivo de sua força.

- Ela fala a verdade, Maxine! – o até então caído Turin, autointitulado “Flint”, com certa ajuda, levanta – Não é a fada a criatura desleal aqui. Seu amante, enquanto humano, era companheiro de Winifred, mas a largou para ficar com você quando achou que poderia usa-la para ter seu reino de volta. Ou até mais. – o lábio superior da feiticeira estremece, e a mão erguida antes na direção da maga estelar recai ao virar para o felino negro, que recua assustado – E por vingança, ela o transformou num gato. Você foi traída, pelos dois.

A apresentação da verdade começa a causar o efeito esperado em Max segundos depois: seu corpo travado treme aos poucos, sua feição confusa vai ficando temerosa, e, de cima para baixo, uma energia maligna emana até seus cabelos flutuarem. Das pontas de seus dedos, raios negros faíscam até o chão, e, por fim, ela se vira para seus traidores. Baltazar não perde tempo em tentar se refugiar dentro de uma abóbora aberta no campo.

Para a infelicidade de Mary e Sarah, deixadas para trás na fuga solitária da irmã mais velha, o céu, que escureceu rapidamente, atira uma forte descarga elétrica em ambas, destruindo as estátuas. É notável que os olhos de Maxine escureceram por completo, e em sua mente só há um desejo: erradicação. Uma a uma, as abóboras ainda de pé na grama são estilhaçadas com raios, enquanto a bruxa caminha lentamente até o outrora amante.

Lucy aproveita para se refugiar junto aos amigos, sendo acolhida nos braços do seu namorado. Os espectadores encaram a cena amedrontados, quando o felino escondido sai em busca de abrigo sem encontrar qualquer um, e finalmente se volta à antiga parceira com a cabeça mais rebaixada. De repente, a feiticeira líder o segura pelo pescoço e ergue acima de sua cabeça, recitando palavras num idioma desconhecido por muitos presentes.

Uma nuvem de fumaça se forma ao redor do corpo do gato, e, na sequência, Baltazar se transforma em humano de novo, logo sendo jogado no chão. Completamente nu e meio atordoado, ele rasteja para trás. Quem tem coragem de fita-lo, em grande maioria homens, ainda enxerga feições felinas em seus amarelos cabelo, barba, bigode e cavanhaque, mas nota-se que agora apenas medo repassa pelos olhos dourados.

- Ma-Max... – o rei deposto sorri assustado, balançando a mão esquerda frente ao corpo – E-Eu posso explicar tudo. O que aconteceu... Eles estão querendo nos separar! Por favor, não acredite no que dizem! – a bruxa se abaixa e puxa a cabeça dele para trás, apertando seus curtos fios enquanto o obriga a fitar o vazio de seus orbes.

- Se não é verdade, por que pude desfazer seu feitiço usando o nome da Winifred?

- Ah, essa parte eu entendi. Escutei ela falando o nome da outra. – Belnika relata num sussurro, encolhida perto dos que observam de longe.

- Eu sabia que não teria como eles escaparem disto, justamente porque era possível quebrar o encanto recitando o feitiço de anulação e usando o nome da pessoa que lançou a transformação. – o bruxo local conta depressa, no mesmo tom baixo de voz.

- Max, por favor...! – Baltazar volta a implorar quando a ex-amante se afasta – Isso aconteceu antes de eu conhecer você, meu amor! E os nossos planos? Nossos desejos?

- Meu único desejo agora é ver você coaxar misericórdia, sapo miserável.

Mal ela acaba de falar, ao apontar na direção do humano, ele se transforma em um sapo. Sem demora, a feiticeira o esmaga com o salto do sapato direito, motivando a plateia a desviar os olhos com horror. Depois, devagar, Max se volta aos demais, que entram em posição de defesa. Contudo, ao invés de atacar como eles esperam que faça, ela sorri de modo diabólico, ainda vibrando energia maligna com a magia negra fazendo flutuar seus cabelos e despencar raios do céu.

- Feliz Dia dos Mortos. – e num relâmpago repentino, ela desaparece.

Após isto, o clima começa a ficar mais agradável, embora ainda frio, como se uma tempestade estivesse prestes a chegar. Vitalina ajuda Levy a ficar visível de novo, falando que bastava fechar seu leque para tanto, e ensina Laxus a voltar para a forma humana. Na sequência, ela recolhe as bruxas desacordadas no campo ao provocar uma ventania, forte o suficiente apenas para levar os corpos até a mansão e tranca-las lá.

Enquanto isto, Astêmio junta as pedras esotéricas rosadas deixadas em círculo no chão, onde antes era a prisão de Lucy e Elie. Os outros aproveitam para falar com as duas. Tendo a certeza de que elas estão bem, os casais passam a examinar uns aos outros, em busca de ferimentos graves, mas não há grandes estragos. Excerto mentais, e o dano de transformação física sofrido por Turin, vulgo “Flint”.

O bruxo sorri ao notar que muitos o encaram em busca de respostas, e suspira ao lado do parceiro Conan, já em sua aparência humanizada. Antes de pé em quatro patas, ele senta e espera as fadas se aproximarem.

- Bom... – Aste bate uma mão na outra, pegando a bolsa marrom que levava consigo a tiracolo e entregando ao transmorfo – Obrigado por emprestar a bolsa. Todas as pedras que tinha, e as novas, foram colocadas aí. Ah, pode entregar os cajados das Sanderson pra ele também. – o artesão informa à Pantherlily, que repassa os objetos também ao parceiro da fossa – Com isso, vai poder declarar sucesso à operação contra a irmandade de Maxine.

- Obrigado. Nós não teríamos conseguido sem vocês.

- Ok... Então, por que o gato está falando? – Elie questiona, fazendo alguns rirem antes que olhe para os exceeds – Bom, não que eu já não tenha visto algo igual.

- Não sou um gato, senhorita, sou uma fossa. Ou melhor, eu era. Sou um bruxo.

- Ok. Acho que explica o porquê daquele gato com aquela bruxa não poder falar.

- Na verdade, ao contrário de mim e dos exceeds, Baltazar estava sobre o efeito de um feitiço lançado por Winifred, a mais velha das irmãs Sanderson. Ele é que o impedia de falar, para não contar à Maxine o que eu e a fada acabamos dizendo. Bom... É óbvio que será melhor começar do início, já que não estava conosco quando me apresentei. E eu devo me apresentar apropriadamente de novo para os demais. Desculpem ter mentido, mas se dissesse meu nome verdadeiro, poderia correr o risco de ter a minha localização descoberta mais rapidamente, e a irmandade de Maxine saberia que estava a caminho pra impedir seus planos. Então... O meu nome real é Turin.

- Desta parte nós já ficamos informados. – Laxus interrompe, de braços cruzados – Aquelas bruxas te acusaram de ser um “lacaio traidor”. O que aconteceu realmente?

- Eu era servo de Maxine, quando ela ainda não era tão poderosa, ou tão ambiciosa. Como o falecido Baltazar fazia, meu serviço era espionar os outros e revelar seus segredos a ela. Posteriormente, os demais bruxos acharam que minha antiga mestra estava fora de controle, assim que começou com a ideia de realizar um ritual de rejuvenescimento que nossos antepassados faziam, e os descendentes nem se atreviam a mencionar. Os anciões de nosso clã me deram poderes de bruxo, além de uma forma mais humana, e me pediram para esconder o livro dela no mundo humano. Mas Maxine descobriu.

- E aí veio para nós a função de limpar a bagunça delas. – Levy conclui – Há algum tempo, alguns de nós fizeram missões a mando de Vita, e depois ela e Aste explicaram que tudo tinha a ver com a desordem provocada pelas bruxas.

- O roubo da verba da Escola Primária de Magnólia, para pagar a guilda das trevas que elas enviaram para sequestrar as crianças de Kunugi, a mascote dada de presente ao prefeito de Onibasu, que causou a ilusão de calor na cidade para coletarem ingredientes para a poção, e a desordem na livraria Book Land. – Erza relembra.

- Foi onde eu escondi o livro de feitiços dela. Pouco depois, eu conheci Conan. – o transmorfo grunhe, fazendo alguns sorrirem – Quando Maxine viu que nossa irmandade estava se dividindo, ficou furiosa e me acusou de traição, mas não teve a chance de tocar em mim graças à proteção dos meus irmãos.

- O mesmo tipo de magia de proteção que nós pregamos, constituída com amor.

- Sim. – o bruxo sorri, confirmando com a cabeça para a fada artesã – Eu fui embora, junto àqueles que eram contra ela, e levei comigo o segredo de que seu então amante, o rei deposto do mundo humano, havia se comprometido anteriormente com Winifred antes de ser transformado num gato por vingança, quando ele a trocou. Maxine nem suspeitava disto, pois foi na época em que se ocupava em caçar as fadas e os dragões, com a ajuda de Acnologia, o dragão negro da morte, para cobrar a dívida que julgava ter com a recém-nomeada rainha Lavínia e o, anteriormente, filho de Baltazar, príncipe Patrick.

- Mas aquela tirana foi louca de exigir como pagamento a pele de todos os dragões da Floresta Mística, só por ter transformado o príncipe Patrick em fada para casar com a nossa rainha! – Vitalina cruza os braços, com uma careta relativamente fofa.

- Na verdade Vita, foi porque ele tinha passado muito tempo convivendo com os dragões da Lagoa Espiritual, e aprendendo a sua magia, e sofreu a dragonificação quando quis salvar a vida da princesa Lavínia. – Astêmio corrige, achando graça do bico dela.

- Enfim... – Turin prossegue, balançando sua cauda – Assim que descobrimos sobre o plano de Maxine, de abrir uma passagem até a Caverna da Memória Estelar para destruir as boas memórias de todos com o Etherion, e assim facilitar seu domínio manipulativo, Conan e eu nos dispusemos a impedi-la, e foi quando encontramos vocês no caminho.

- Ele nos disse que a fraqueza da Maxine estava no livro de feitiços que carregava, porque sem ele não conseguiria conjurar muitos encantos mais. – Belnika relata à Elie, também fitando Lucy a seguir – E depois que você sumiu, nos deu a ideia de resgatar as crianças já aprisionadas na mansão usando a cartola encantada que deixou cair, além de pegar o livro da bruxa que, certamente, estaria escondido lá.

- Pantherlily teve a missão de distrai-las para nos deixarem entrar, já que não seria possível invadir o lugar, ou mesmo sair dele, enquanto o feitiço de proteção na mansão estivesse ativo. – Charle relata – Eu só precisei me esconder dentro da cartola pelo tempo de a deixarem em qualquer lugar, mas convenientemente, aquela bruxa idiota, a tal Mary, colocou ela bem perto do verdadeiro livro de feitiços. – a gata ri de braços cruzados – Daí ficou fácil levar ele e as crianças para um local seguro, até a confusão passar.

- Enquanto Conan e Fli... Digo, Turin, distraiam as Sanderson, eu usaria a bolsa que ele me emprestou para libertar vocês daquela prisão, substituindo as esfênios por ágatas.

- Desculpe Aste, mas agora eu me perdi. – a maga estelar informa.

- Ah bem, as duas são pedras preciosas, mas a esfênio, esotericamente falando, é um mineral capaz de promover a iluminação espiritual durante a meditação e aumentar a força em rituais místicos. Desta forma, graças àquele campo de força mágico, não apenas Lucy ficaria forte para manter o portal para a Caverna da Memória Estelar aberto por mais tempo, como também as bruxas durante seu ritual. O melhor jeito de bloquear esse efeito seria trocando as pedras. – neste momento, Conan retira da bolsa em mãos uma pedra de cada para mostrar ao grupo – Ah, aqui. A ágata é essa rosada. Ela é capaz de harmonizar o yin yang, as forças positiva e negativa que mantêm o equilíbrio do universo, além de transmitir o amor que flui de quem está próximo de si.

- Ei, então foi por isto que nós conseguimos derrubar o campo de força! – a usuária do Etherion toca o braço de Lucy – Quando aquela bruxa ia jogar a fadinha bem na nossa direção, nós pensamos juntas que não queríamos que ela se machucasse!

- É, e eu agradeço. Mas não me chame de “fadinha”. – alguns no grupo riem – Como eu disse, vocês podem usar magia de proteção para cuidar uns dos outros, criando escudos ao seu redor, se praticarem os dez atributos do amor: benignidade, compaixão, confiança, coragem, esperança, fé, fidelidade, paixão, paz e respeito.

- Na verdade Vita, você não explicou direito naquela hora, e quem disse foi...

- Cala a boca, Aste! – a fada resmunga, provocando mais risadas.

- Certo... E por que o Happy estava com a chave do Plue na boca?

- Queriam que eu mostrasse ela para todo mundo, para distrair as bruxas, mas você quase me matou quando mandou elas me atacarem, Lucy idiota!

- Eu não mandei elas te atacarem, gato estúpido! Só queria que as bruxas achassem que a chave seria necessária para abrir o portal; e se o plano era distrai-las, eu ajudei, ora! Falando nisto, devolve a minha chave! – o gato azul revira os olhos e a entrega.

- Misericórdia... Vocês me dão dor de cabeça. – Vita massageia as têmporas.

Continua...


Notas Finais


Voilà gente, mais um capítulo fresquinho de "O Halloween das Fadas"! Então, esta é a parte em que eu anuncio que vou dar mais uma parada na fanfic. Calma, pelo amor do Criador, não fiquem nervosos nem tristes! O que eu vou fazer é dar uma reorganizada nas fanfics anteriores da série "Believe", porque algumas palavras, pelo que andei notando, precisarão ser modificadas. É meu lado perfeccionista apitando... Então, aqueles que quiserem, podem reler, ou ler pela primeira vez, as histórias anteriores para relembrar, ou absorver pela primeira vez, alguns detalhes da série que está sendo lançada. Por exemplo, neste capítulo a bruxa Maxine mencionou que se encontrou com Gray e Juvia na missão deles em Onibasu. Alguém lembra disto? Está na fanfic "Dentro de um Abraço". Pois bem, depois que terminar de reler as fics anteriores, eu retorno para a atual e a finalizarei, fechado?! Beijão, pessoal! Continuem de olho em "Believe"!


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