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História O impossível - Reescrevendo - Conexões


Escrita por: sadb1tch

Notas do Autor


Estou reescrevendo a fanfic, nenhuma alteração será feita na história em si mas sim na escrita, espero que ainda estejam aqui e sinto muito pelo meu sumiço.

Capítulo 19 - Conexões


P.o.v Selena

Depois de Jaxon ter um surto e sair correndo da boate Justin me deixou sobre os cuidados de uma mulher aparentemente mais velha do que as stripers, deve ser ela quem cuida e guia as garotas por aqui. Ele foi atrás de Jaxon e apenas me disse para não dar trabalho caso contrário eu sofreria as consequências. Atualmente a mulher me guia por corredores escuros com paredes levemente descascadas.

- Seu quarto será este, você o dividirá com outras duas garotas uma delas ainda não chegou a boate e assim como você é novata no ramo. - Assinto encarando o chão pensativamente.

- Me perdoe mas qual o seu nome? - Levanto os olhos a encarando.

- Marisa. - Ela caminha pela porta a batendo atrás de si.

Finalmente analiso o quarto com mais atenção, três camas estão dispostas uma ao lado da outra com um grande espaçamento entre cada uma, ao lado de todas está disposto um criado-mudo, o quarto em si é praticamente inteiramente branco exceto por alguns móveis pretos. Três penteadeiras estão dispostas um pouco a frente das camas, apenas um guarda-roupa se encontra no quarto, um banheiro com revestido com azulejo escuro se encontra mais afastado, depois de um tempo reparo nas rosas dispostas em cima de cada travesseiro. Um mini sofá se estende encostado na parede embaixo de dua prateleiras. Pelo o que Marisa me contou uma das garotas já está acomodada aqui mas tudo parece tão organizado e novo que eu não tenho a miníma ideia de qual cama pertence a ela, então me direciono a cama mais afastada e me sento nela, retirando os saltos altos e a langerie cuidadosamente para não estragar. Eu teria começado hoje mesmo como striper caso Jaxon não tivesse surtado, eu não posso me impedir de agradecer a Deus pela confusão que ele causou, mesmo que isso consequentemente pode deixar Justin mais insuportável do que já é naturalmente. Encaro meu corpo nu no espelho da penteadeira e pela percebo que fazia muito tempo desde que eu realmente parava para me analisar, eu estou com olheiras profundas e escuras devido as minhas noites de sono perdidas e meu rosto tem marcas de unhas e vermelhidões em algumas partes graças a agressividade incontrolável de Justin. Porém, meu corpo parece estar em um bom estado, eu perdi certo peso devido ao estresse e algumas das minhas costelas estão levemente marcadas, minha bunda não me parece nada demais mas nada horrível também, meus peitos estão medianos como sempre. Valiando tudo eu pareço doente. Espero que minha aparência dificulte que eu prenda a atenção de algum homem. A porta é aberta me tirando de meus devaneios e uma garota baixa com cabelos escuros compridos e olhos pretos adentra o quarto, ela tem feições diferentes e adoráveis o que a faz parecer uma boneca bonita e assustadora ao mesmo tempo.

- Olá. - Ela diz me encarando sem expressão e fechando a porta atrás de si.

-Olá. -

- Você é uma das novas stripers creio eu, estou correta?

- Sim.

- No começo é sempre difícil mas vai passar, os caras mais ricos são os gordos e feios, existem algumas exceções como os playboyzinhos filhinhos de papai mas eles são insuportáveis. - Ela diz caminhando para o guarda roupa. Ela pega um pijama e o joga pra mim, quase o deixo cair.

- Este é o seu pijama, têm pantufas disponíveis a baixo das camas, minha cama é a do meio e eu sinceramente não dou a miníma pra qual cama você vai escolher apenas não utilize a minha. Qual o seu nome?

- Selena. - Respondo desconfortável com a sinceridade e objetividade dela. - e o seu?

- Ariel. - Ela responde pegando seu próprio pijama de dentro do armário e o vestindo. - Mais uma coisa, esse guarda roupa é dividido em três partes, a da esquerda da direita e do meio, a minha parte é a do meio e como as camas escolha a que desejar. Sou extremamente exigente com a limpeza de tudo pois tenho toc então agradecerei sua compreensão.

- Me perdoe mas a quanto tempo trabalha aqui? -

- Aqui nesta boate a 2 anos, no ramo desde pequena. - Ela responde dando de ombros.

- Desde pequena? Como assim? -

- Você foi criada dentro de uma bolha não é? Eu fui vendida quando pequena para prostituição infantil, isso ocorre muito se é que me permite dizer, eu não conheço outra vida. E sinto muito por você. - Ela diz dando um sorriso amargo.

- Sente muito por mim? - Pergunto confusa.

- Sim, vai ser ainda mais difícil pra você se acostumar a uma vida que até então pra você era algo fictício. - 

- Ah, entendo...sinto muito pelo o que aconteceu com você. -

- Não sinta, eu nunca entendi o motivo pelas pessoas sentirem sobre algo que elas não fizeram. - Ela diz se levantando da cama e me puxando pela manga do pijama.

- Agora ande logo, ou vamos perder o jantar. - Ela diz me puxando pelos corredores. Ela definitivamente é uma pessoa estranha. Quando chegamos em um tipo de refeitório fico chocada, algumas mesas e bancos estão dispostos e comidas a gosto também.

- Nunca achei que encontraria um refeitório em uma boate. -

- Não são em todas, nós temos pois moramos aqui mas temos que pagar pelas refeições, quando recebemos o dinheiro vivo que os homens e as vezes mulheres nos dão ficam conosco e podemos usar para o que desejarmos, porém antes de eles sequer escolherem suas acompanhantes eles pagam uma certa quantia para os nossos "responsáveis" essa quantia é usada para pagar as nossas despesas diárias e uma delas é a alimentação. A quantia também é variada dependendo da garota, todos pagam o mesmo preço porém os nossos responsáveis dão quantias diferentes para nós, quanto mais lucro você dar a eles mais dinheiro e mais regalias ganha, também é um jeito de aumentar a competição entre nós, você também pode retirar esse dinheiro se desejar mas a responsabilidade de sobrar para suas necessidades diárias é sua então não retire uma grande quantia. Resumindo, dê para os clientes ricos e tenha mais conforto e dinheiro. - Ela me explica tudo roboticamente e me pergunto se ela demonstra alguma emoção em algum momento. Nos direcionamos as comidas dispostas a gosto e pego uma pequena quantia de cada coisa, levando para pesar logo em seguida vejo que tem um leitor de digitais e fico confusa.

- Este leitor serve para que eles saibam de quem vão retirar o dinheiro, assim eles tem acesso a sua conta. - Ariel me explica. "ah claro" murmuro e coloco meu dedo no leitor. Ele faz um barulhinho confirmando o pagamento e Ariel faz o mesmo em seguida, nos sentamos em uma mesa disposta no meio do pequeno refeitório.

- Ariel, se nós ganhamos essa quantia quando atendemos clientes por que eu tive dinheiro para pagar por isso? - Pergunto gesticulando para meu prato com comida.

- Aparentemente alguém depositou dinheiro na sua conta, isto é raro mas acontece de vez em quando. Provavelmente existe algum cliente de olho em você. - Ela diz dando de ombros.

 

P.o.v Justin Bieber

Subo as escadas tombando por conta do álcool em meu organismo e chego ao meu quarto milagrosamente sem cair ou me machucar. Depois que Jaxon teve um surto por ver Selena na boate acabou estragando o clima e todos os presentes se sentiram desconfortáveis pelo ocorrido ter a ver comigo então decidiram encerrar sua diversão por lá mesmo enquanto os que já estavam transando nos quartos continuaram por lá. Talvez Marisa reabra a boate pela madrugada mas de qualquer maneira Selena não irá fazer nada por hoje. Quando Jaxon surtou eu fui atrás dele mas perdi seu carro de vista, mandei mensagens e ele não respondeu, liguei diversas vezes e todas ligações caíram na caixa postal. Eu normalmente não me importo com como as pessoas estão se sentindo mas Jaxon é meu irmão e desde pequenos somos muito conectados, quando eu surtava ele era o único que conseguia me acalmar, Jazmyn também era ótima em me acalmar mas nós não éramos tão próximos, quero dizer, ela era próxima do nosso pai e eu o odiava, ele agredia frequentemente nossa mãe e isso me deixava furioso, Jazmyn sempre ficava do seu lado e Jaxon ficava trancado no seu quarto lendo seus livros e ignorando tudo ao seu redor, eu sentia que ele era o que mais guardava seus sentimentos pra si. Nunca o vi explodindo ou chorando, ele sempre foi forte. Mesmo eu sendo o mais revoltado com as agressões frequentes em nossa mãe nosso pai conseguiu manipular a minha cabeça quando ambos se divorciaram e ele ficou com a minha guarda. Eu nunca soube o motivo de ele ter me escolhido sendo que eu o odiava mais do que tudo, hoje vejo que era este o motivo. Ele criou sua própria cópia e eu me tornei o que eu mais odiei.

Depois de rodar a rua inteira com o carro eu finalmente me dei conta de que eu não iria achá-lo e ele não iria entrar em contato por enquanto então decidi ir a algum bar por perto. Entrei no bar e vi vários homens alterados e corados por conta das bebidas. Vou para o balcão e chamo uma bartender com um movimento de mão. Ela se aproxima e posso vê-lá melhor, ela têm a pele negra e cabelos tingidos de loiro, têm um corpo definido e é alta. Se eu estivesse em outra ocasião provavelmente iria dar encima dela mas opto por apenas fazer meu pedido.

- Whiskey por favor. - Digo pegando um punhado de notas da minha carteira e jogando no balcão.

- Isso dá para bem mais do que uma dose. - Ela diz sorridente.

- Então me dê mais que uma dose. - Bufo, ela dá um sorriso de canto e me entrega uma dose de whiskey.

- Noite difícil? - Ela pergunta desinteressada como se fosse um costume e eu sei que é.

- Você ganha mais por encher a porra do saco dos clientes? - Eu pergunto seco.

- Não, mas quanto mais vocês remoem a sua vida desgraçada falando sobre ela mais bebem então consequentemente eu ganho mais. - Ela responde sorrindo e reparo em um piercing na sua boca.

- Piercing legal. - Comento distante.

- Tenho mais. - Ela responde desinteressada.

- Eu não tenho camisinha aqui. -

- E eu não quero dar pra você, meus outros piercings não são na vagina e mesmo se fossem você não faz exatamente meu tipo para eu deixar você vê-los. - Ela diz dando uma piscadela. - Não vai querer mesmo compartilhar que desgraça aconteceu com você pra estar enchendo a cara?

- Eu fodi a vida de uma garota. -

- Todas superam um término, não seja convencido. - Ela diz entediada.

- Ela não vai superar, eu realmente fodi a vida dela e ainda estou fodendo. 

- Olha,vocês garotos normalmente têm ego e ignorância absurdamente grandes mas quero que saiba que nós assim como vocês sabemos seguir as nossas vidas. - Ela diz diretamente sem deixar espaço para questionamentos.

- Você não entenderia. - Suspiro desistindo. De vez em quando eu me sinto mal pela Selena, quero dizer, ela nunca fez realmente nada contra mim mas meu desejo por sofrimento me fez destruir a vida dela. Porém, as vezes eu a odeio com todas as minhas forças, não é nada pessoal, eu acho, mas nem mesmo eu entendo isso, apenas odiei uma pessoa tanto assim na minha vida mas tive meus motivos. Meu transtorno de bipolaridade e minha psicopatia obviamente fazem parte disso mas eu ainda não entendo o motivo de ser ela. Acho que eu deveria voltar a consultar uma psiquiatra e uma psicóloga. Não, eu não preciso de ajuda alguma. Bebo doses incontáveis de whiskey e saio do bar cambaleando. Entro no meu carro e dou partida, minha grande sorte é que as ruas estão inteiramente desertas, caso contrário eu com certeza me envolveria em um acidente.

P.o.v Jaxon

Andei metade da noite pelas ruas com meu carro e a outra metade caminhei por ai roboticamente até que achei um parque e me acomodei em um banco perto de balanças para crianças brincarem. Eu suspiro pesadamente, não deveria me sentir mal assim muito menos ter ofendido Selena, acho que me exaltei pelo fato de ela ter sido tão rebaixada assim mas com certeza a culpa não foi dela e sim do meu irmão. Preciso me perdoar com ela e melhor, livrá-la das mãos de Justin, eu sei muito bem que ele têm problemas e que esses problemas não são comuns, porém eu não quero entregar meu próprio irmão a policia eu já fui separado dele uma vez e foi horrível. Não é que eu e os garotos não sabemos o quanto as coisas estão fora dos eixos, na verdade pro Ryan tudo isso parece extremamente comum e conveniente, mas exceto ele nós apenas sentimos medo do que iria acontecer depois. Tudo começou com coisas menores como brigas sem motivo na escola ou tentar forçar uma garota a beijá-lo, claro que forçar um beijo é preocupante mas não sabíamos que mais tarde os beijos sem permissão se tornariam estupros. Nós éramos apenas crianças idiotas que faziam coisas erradas (mais Justin do que eu) sem ninguém decente para corrigir. Enfim, eu era o responsável entre nós e tinha consciência das coisas mas quando se tratava do meu irmão eu hesitava, não queria perder nossa conexão e até hoje me culpo por isso, talvez se eu tivesse o impedido desde pequenos ele teria uma vida comum e não levaria tantas pessoas pro buraco junto com ele.

P.o.v Melanie Martinez

Tremo minhas pernas ansiosa na sala de espero do hospital, a mãe de Selena tentou se suicidar e no calor do momento eu tinha esquecido completamente como agir até que lembrei de que deveria faze-la vomitar os remédios e foi o que eu fiz, quando ela acordou estava fraca e pálida e começou a chamar desesperadamente por Selena, aquilo me quebrou em pedaços mas tive que me manter firme. Finalmente a ambulância chegou e nos trouxeram pra cá, estou esperando a aproximadamente 2 horas por notícias mas nada me informam. Já tomei água,café,chá,comi biscoitos e andei de um lado para o outro ansiosa. 

- Com licença, srta. Martinez? - Um médico baixinho e gorducho se aproxima de mim sorrindo simpático.

- Sim? 

- Você trouxe a Sra. Carter correto? -

- Sim, ela está bem? Posso vê-lá? - Pergunto ansiosamente.

- Ela está bem e dormindo, porém sinto em dizer que apenas a entrada de parentes são permitidos. - Ele diz me dando um sorriso constrangido.

- Ah, claro. - Digo frustrada me retirando. - Quando ela vai poder ir para casa? 

- Não é certo ainda, ela precisa ficar sobre observação para fazer consultas com nossa psicóloga e até um parente se comunicar conosco. -

- Entendo. - Murmuro e vou embora. Eu optei por não dizer que nenhum parente irá se comunicar já que com certeza Selena irá retornar, sei que vai, ela precisa voltar.

P.o.v Selena

Saio de fininho da minha cama e piso no chão que parece estar congelado de tão frio, seguro um gemido pela dor repentina e coloco minhas pantufas, abro a porta lentamente e caminho pelos corredores iluminados por luzes fracas tentando não me perder, chego na porta que separa o lado de onde as stripers vivem da boate e giro sua maçaneta implorando mentalmente que ela esteja aberta e algum Deus ouve a minha prece, ouço vozes distantes e caminho pelo enorme salão até as escadas que dão na parte inferior onde se encontra a entrada. Reparo em um garoto mais ou menos da minha idade organizando dinheiro em um tipo de mesa e me encolho na escada para não ser vista, alguém o chama e ele sai de lá bufando. Desço da maneira mais rápida e silenciosa que consigo e abro a porta me deparando com uma madrugada escura e sem estrelas. Desço as poucas escadas abaixo da porta e caminho até a esquina parando embaixo de um poste iluminado, aguardo ansiosamente.

- Você demorou. - Ouço uma voz masculina dizer e me viro o vendo sair das sombras.

- Qual o seu plano? - Pergunto encarando seus olhos escuros.


Notas Finais


Não vou prometer nada mas quero que saibam que não abandonei a fanfic e estou tentando voltar a escrever como antes, me perdoem por qualquer erro e agradeço de coração a todos que ainda estão aqui.


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