(…) As comparações são inevitáveis, já tive um bom número de mulheres ao meu lado e é incrível como nem todas elas juntas conseguem me atrair mais que Natalia sozinha.
Pov Natalia
Ele desceu os lábios por meu pescoço, meu corpo inteiro respondeu a pequena carícia que eu já vinha sentindo falta. Seus lábios roçando-se por ali, minha sanidade indo embora e me deixando louca em suas mãos. Mordi meu lábio inferior com força, enquanto fechava os olhos e jogava a cabeça um pouco mais para trás, dando-lhe um melhor acesso a região. Prendi meus dedos em seus cabelos, acariciando-o, sentindo sua boca quente e molhada traçar uma linha de fogo em minha pele.
Um suspiro um tanto baixo escapou de meus lábios, ele sorriu e me olhou, selando-me mais uma vez. Abrimos os olhos quase no mesmo instante, os meus se chocaram com os dele e nenhuma palavra precisou ser dita, sua mão veio até meu rosto e tocou minha bochecha, acariciando. Coloquei minha mão sobre a dele e fechei os olhos, somente sentindo-o. Quando voltei a abri-lo Cameron me olhava com um sorriso terno no canto nos lábios.
Cameron: eu poderia escrever um milhão de canções sobre teus olhos. - comentou, colocando uma mecha de meu cabelo pra trás da orelha.
– e eu poderia ouvi-las para sempre.
Um tempo mais tarde estávamos deitados na cama dele, com os dedos entrelaçados, olhando para o nada, perdidos em pensamentos que certamente se chocavam. Até que ele teve a coragem de se pronunciar.
Cameron: O que acontecerá quando teu intercâmbio terminar? - deixou a voz ir diminuindo ao final da frase.
– Eu voltarei para o Brasil e você ficará aqui. - respondi o óbvio, porque estava na hora de pararmos de fechar os olhos para a realidade. Ainda que ela fosse dura e fria. Ele me repreendeu com o olhar.
Cameron: entendi o que você quer dizer. - suspirou.
– O que você quer que eu diga? - questionei, olhando-o.
Cameron: quem sabe: ‘Não quero que acabe’? - sugeriu, de forma sutil.
– Eu não quero que acabe. - repeti, com toda a sinceridade que eu tinha.
Cada dia que terminava me deixava em agonia. Porque as coisas tem que ser tão complicadas?! Eu me questionava a todo o segundo.
Ainda que eu e ele não fôssemos mais que dois ficantes, digamos assim, sinto como se toda minha vida girasse em torto dele. E eu não sei como vou conseguir viver longe disso. Como conseguirei seguir sem uma parte de mim?!
A resposta veio a seguir, clara e leve como o vento: Não conseguirei.
Cameron: As vezes eu queria que o tempo congelasse. - comentou, acariciando meu braço.
– eu também queria. - suspirei. - ainda que esteja morrendo de saudade de umas pessoas do Brasil.
Cameron: você nunca me contou dos teus amigos… - comentou. - … como eles são?
– Hm, são diferentes, digamos assim. - sorri. - Amanda é louca e briguenta, porem consegue ser bem chorona quando quer. - sorri ainda mais lembrando dela. - e Geovanna é a pessoa mais engraçada que eu já conheci. - a olhei. - Claro que Sierra também é, só que Geovanna tem algo especial, algo dela. - suspirei. - as conheço desde antes mesmo de saber escrever a palavra ‘Amizade’. - sorrimos juntos.
Cameron: Meu amigo mais antigo é o Nash. - contou, subindo e descendo os dedos por meu braço. - de todos ele é o mais normal. - sorriu, como se lembrasse de algo. - tenho uma dívida eterna com ele, por todas as vezes em que lhe dei patadas por tentar abrir meus olhos. - suspirou.
– agora ele é da tua família. - brinquei, olhando-o. - teu cunhado.
Cameron: ele sempre foi parte da família. - respondeu, me aninhando melhor em seus braços.- sempre foi como um irmão.
Me apoiei em sua barriga, para conseguir olhar para ele e sorri.
– sabe, eu tenho muito orgulho de você. - comentei, passando minha mão por seu braço. - quando cheguei aqui parecia ser impossível te escutar falar algo assim.
Cameron: você mudou o meu destino. - prendeu meus olhos nos dele. - Vem me salvando a cada dia.
– porque aquele não era o teu destino. - rebati. - nunca foi.
Então aproximei meus lábios de seu rosto e lhe dei um beijo demorado na bochecha, Cameron fechou os olhos por um momento e prendeu os braços em minha cintura. Encostei minha testa na dele, sentindo sua respiração acariciar me, ele passou os lábios pelos meus, convidando me a beijá-los, já me fazendo perder os sentidos, somente com um primeiro toque. Fiquei sobre seu corpo enquanto sua língua explorava cada canto de minha boca, suas mãos subiram por toda a extensão de minhas costas e as minhas desceram por seus braços, apertando-os.
Nossos corações batiam juntos, em um mesmo ritmo, completando-se. Assim como cada parte de nós, que se encaixam. E essa sensação de plenitude com algo aparentemente banal, essa vontade insaciável de sempre o ter perto, tudo o que eu sou quando estou com ele… Se isso não for amor eu não sei o que mais pode ser.
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