A minha realidade sempre foi muito diferente das pessoas que convivemos no dia a dia. Eu entendo que muita gente gostaria de ter nascido “especial” como eu. Mas garanto a cada uma dessas pessoas que essa vida não é fácil. A palavra mais correta pra descrever esse tipo de vida – ou melhor, sobrevivência – seria força. Porque pra viver nesse mundo sendo alguém como eu, precisa ter muita força.
Nasci com o dom de dominar toda água existente, não importando seu estado. Sim, consigo controlar a origem da vida na Terra.
Meus pais sempre souberam do meu “dom” desde pequena. Quando ainda estava para nascer, suguei 30% da água do corpo da minha mãe sem nem ao menos notar. Ela ficou com sequelas, e depois disso, meu pai e minha querida mãe não aceitaram a minha vivência nesse mundo.
E então, tudo começou a desmoronar em casa, no meu próprio lar.
Era domingo. Depois de mais uma vez indo à igreja para o padre tentar curar a minha “doença”, pela primeira vez almoçamos juntos. Meus pais não falaram nada durante toda a refeição, muito menos eu. Tentei terminar aquilo o mais rápido possível.
Ao terminar de comer antes deles, lavei a louça e já estava indo para o meu quarto, me isolar daquilo que eu deveria chamar de família. Porém, algo chamou minha atenção.
Trancando a passagem da escada vi uma mochila velha e empoeirada em um dos degraus. Eu costumava usá-la há muito tempo atrás, enquanto ela ainda estava em um bom estado.
Abri-a, e notei as roupas que eu tinha dentro daquela mala. Recusei em acreditar o que estava acontecendo.
- Mãe... Pai? O que está acontecendo?! – perguntei berrando.
Nada. Não tive resposta.
Fui correndo com a mala em mãos até a cozinha, mais furiosa do que nunca.
- O que é isso?! Vocês podem pelo menos explicar o que está acontecendo?!
- Você sabe muito bem o que é isso, S/N! – gritou meu pai olhando nos meus olhos. – Não podemos viver com o próprio Satanás em casa! Você é uma aberração e quase matou sua mãe, S/N! Saia agora!
Mamãe não olhava para mim de jeito nenhum. Apenas cobria o rosto com a mão, arrependida de ter engravidado.
Com essa imagem da minha própria mãe desapontada com a minha existência, foi como se meu mundo finalmente desabasse por completo. Por mais que a vontade fosse enorme, nenhuma lágrima saiu dos meus olhos.
- Então que seja.
Coloquei a mochila sobre meus ombros e saí correndo, batendo os pés.
Sem rumo. Sem dinheiro. Sem comida. Sem esperança. Sem nada.
A noite caiu e continuei a vagar pelas ruas centrais da cidade lotada. Era extremamente perigoso – especialmente para uma garota – mas não havia outra saída. Porém, desde o almoço nada tinha entrado no meu estômago, já que estava sem dinheiro algum.
Minha barriga roncava e borbulhava cada vez mais, e com o passar das horas aquela sensação passou a ser dor. Olhei para a lua ao topo do céu, e implorei por piedade.
A rua estava cheia. As pessoas acabavam me empurrando, e aquilo estava me deixando cada vez mais zonza. Senti uma vontade gigantesca de simplesmente sentar-me e desistir da vida, mas outra força me impulsionou a outra coisa.
Foi a partir desse momento que minha vida mudou para todo sempre.
De repente, não conseguia mais mover meus pés. Minha mente já não estava sã. Estava prestes a vomitar, mas não foi isso que ocorreu.
Caí. Meu corpo se chocou contra o chão violentamente, e quando percebi, já tinha desmaiado.
~~~~~
Pisquei. Tentei desembaçar a vista. Olhei ao meu redor e eu não estava mais na rua lotada, largada no chão. Assim que recuperei minha visão, percebi que estava deitada em um colchão podre dentro de um quarto minúsculo de cimento. Sentei-me imediatamente, suando frio. Havia também uma cadeira no centro do quarto virada para mim.
“O que está acontecendo?” pensei, com a cabeça mais confusa do que nunca.
BAM!
Com um enorme estrondo, a porta se abriu. Uma figura alta entrou no suposto quarto, então apoiei minhas costas na parede no mesmo segundo, com medo do que estava prestes a acontecer. A porta já tinha se fechado e estava trancada.
Era um homem jovem. Ele usava um uniforme que lembrava um militar de alto escalão. Sua expressão de seriedade transmitia o medo.
Ele se sentou na cadeira que estava no meio do quarto, me observando. O homem apoiou os cotovelos sobre os joelhos. Apesar de ser alguém assustador, era muito atraente.
- Está com medo? – ele me perguntou com um sorriso de canto.
Deu risada de mim, desviando o olhar.
- Tem razão de estar. – disse o homem, se confortando na cadeira. – Onde você acha que estamos?
- E-Eu não sei! É melhor você me explicar o que está acontecendo agora, ou você... Ou você irá sofrer!
- É mesmo, é? Como que você escaparia daqui, princesa?
- Você não sabe, mas eu posso fazer coisas que nenhum outro humano pode. Me tire daqui agora! – gritei.
Tentei ter coragem, mas minhas costas ainda estavam apoiadas na parede e eu suava frio.
- Vou ser gentil com você. Deveria se sentir honrada só por isso. – disse ele, encarando-me como se fosse roubar minha alma antes de explicar a situação. - Estamos em um internato feito para pessoas como você e eu. Pessoas que tem dons. Somos aberrações e esse é o seu lugar. Eu sou o diretor e me chamo Kim Namjoon. Eu mando nesse lugar, mas quem fundou tudo isso foi o governo. Jovens como você estão aqui em função do governo. Esse é seu único motivo para viver, garota. É difícil de processar, mas é assim que as coisas funcionam aqui.
Após a explicação do diretor Namjoon, fiquei em maior estado de choque do que já estava. Tinha inúmeras perguntas para fazer, mas o homem impetuoso começou a discursar novamente.
- Temos umas regras por aqui. Você sempre irá obedecer as autoridades. Sempre, não importa a situação. Se eu te pedir pra pular da ponte, você pula! Se eu pedir pra você morrer, você morre, está entendendo?!
Namjoon começou a ter uma atitude mais agressiva, era possível notar isso pelos seus olhos.
Então ele se levantou de repente e puxou a gola da minha camiseta esgotada, fazendo me levantar, ficando cara a cara com ele. A distância entre nossos rosto era mínima, tanto que pude sentir a respiração ofegante dele por certo instante.
- Siga-me. Não faça perguntas.
O diretor me soltou dando de ombros, indo em direção à porta. A porta abriu e com hesitação o segui. Eu quase não tinha controle sobre meu próprio corpo de tanto tremer. Porém, percebi que não havia outra escolha se não estar ali.
Quando saí do quarto de cimento a claridade quase me cegou. Esfreguei minhas mãos contra meus olhos, pude ver então o resto do internato. No mesmo corredor havia inúmeras outras portas idênticas. Namjoon andava com rapidez pelo final do corredor, quando finalmente parou e olhou para trás afim de me ver.
- Vai ficar aí para sempre? Vamos, não tenho dia inteiro.
Despertei no mesmo segundo em que o homem falou comigo, então comecei a caminhar atrás dele.
~~~~
Kim só parou de andar quando estávamos em frente a uma porta de madeira. Virou o corpo para me olhar, e aquela expressão de seriedade ainda estava em seu rosto.
- Esse é o seu quarto. – ele abriu a porta. Dentro vi duas camas, uma escrivaninha, e uma cadeira. – Por hoje você está dispensada, mas amanhã vai começar sua rotina de trabalho. Esteja preparada.
Observando a figura alta e impetuosa de Kim Namjoon desaparecer pelo corredor, uma pergunta surgiu em minha cabeça.
- Espere! – ele não me olhou, mas parou onde estava assim que gritei. – Nesse quarto dorme mais alguém?
- Sim. Irá conhecê-lo mais tarde. Agora entre e fique de boca fechada até lá.
“Conhecê-lo? É um garoto, então?”, pensei.
Esvaziei minha cabeça desses pensamentos fúteis e adentrei o quarto finalmente. Senti que meu corpo iria desabar a qualquer momento, principalmente de cansaço. A sensação era de que tinham me batido com um taco de baseball.
Gostaria de ter explorado mais o quarto, mas não resisti e deitei em uma das camas. Olhei para o teto, tomando fôlego para processar todas as informações.
“Primeiro meus pais me expulsam de casa. E agora, estou aqui nesse lugar que não faço a mínima ideia aonde seja.”, refleti. “Melhor do que minha família, eu espero.”
Fechei meus olhos pesados. Adormeci então.
~~~
“Acorde, acorde!”, ouvi uma voz na minha cabeça. Era uma voz masculina e levemente rouca. Deixava-me ainda mais relaxada, o que era um alivio até eu sentir a força como a de um empurrão. Abri os olhos assustada. Estava no chão do quarto, o qual era feito de madeira. Olhei para cima e vi um garoto de cabelos acinzentados que parecia estar preocupado comigo. Aparentava ser mais novo que o diretor Namjoon, mas ainda assim um pouco mais velho que eu.
- Desculpe te acordar dessa maneira. – disse ele, agachado ao meu lado. Estendeu a mão para me apoiar, enquanto ele se levantava por conta própria. – Me chamo Min Yoongi. Pode me chamar de Yoongi.
Segurei a mão dele para me levantar, enquanto eu batia minha outra mão nas minhas roupas para sair a poeira.
- Sou S/N. Prazer em te conhecer.
Yoongi me entregou uma muda de roupas que lembrava muito a de Namjoon. Percebi que era um uniforme, já que o meu novo colega de quarto estava vestido da mesma forma.
- Esse é o uniforme para os estudantes. Você tem que vestir isso todos os dias.
Pego o uniforme, porém não sei de imediato o que fazer. Yoongi não percebe meu constrangimento.
- Onde eu devo me trocar? – perguntei.
- A-Ah! Então... É, pode se trocar aqui. Eu juro que não olho!
O rosto do garoto fica vermelho, consigo notar seu constrangimento no mesmo instante. Admito que também corei. Ele se vira de costas e cobre os olhos com as duas mãos, de cabeça abaixada. Enquanto isso me virei e tirei minhas antigas roupas, colocando o uniforme militar rapidamente. Fiquei espiando Yoongi para ter certeza que ele não iria me olhar.
- E-Está pronta?
- Sim. Pode se virar.
Yoongi se virou, resistindo de todas as formas para não me olhar. Coçava a nuca tentando disfarçar. Não pude deixar de sorrir.
- Você está muito bonita nesse uniforme, S/N. – disse ele de um jeito tímido. - Mas precisamos ir, sabe?
- Certo. Pra onde?
- Logo vai saber.
O garoto abriu a porta do quarto e saiu, então andei atrás dele em seguida. Havia outros alunos pelos corredores indo na mesma direção que nós.
~~~
Chegamos ao local destinado. Era o refeitório. Lá tinha pelo menos duzentos alunos – ou seja, era gigante. Cada um ganhava uma xícara de café como café da manhã e nada mais. Fiquei um pouco em choque e surpresa, pois era pouco para um café da manhã normal. Logo lembrei das palavras de Namjoon e o quão difícil aquilo seria, e estava parecendo que seria mesmo.
Sentei com meu colega em uma das mesas que estava um pouco mais vazia. O café que havíamos pegado me lembrou de um café de posto. Amargo, muito quente, e nojento. A caneca era acinzentada, e não parecia ter sido lavada bem. Todos de lá estavam agindo normalmente, então tentei ignorar o que me deixou conturbada.
- S/N, você se importa se eu perguntar algumas coisas? – Yoongi perguntou.
- Claro que não. Pode perguntar.
- Que dom você tem?
Quando ele fez a pergunta, concentrei toda minha mente no café do garoto. Minha mente fez com que o líquido flutuasse acima da caneca.
- Uau. Isso é impressionante.
Com cuidado coloquei o líquido dentro da xícara com o poder da mente de novo. Olhei para ele, sorrindo. Vi que Yoongi estava espantado, abrindo um sorriso lindo. Fiquei um pouco envergonhada, pois era a primeira vez que alguém apreciava minha verdadeira natureza.
- Isso foi incrível. Mas como? Você controla cafés com a mente?
Ri com a questão dele, mas Yoongi estava perguntando sério.
- Não, não. Eu controlei as moléculas de água que tem nesse café.
- Espere aí. Você quer dizer que controla a água?
- Sim, ué. Por que? Qual o seu dom? – indaguei curiosa.
Ele estava com um sorriso de canto – que quase me fez derreter por sinal -, e mostrou o dedo indicador. Uma pequena chama de fogo ascendeu acima de seu dedo. Era também a primeira vez em que eu vi o dom de outra pessoa, além de que era pura coincidência eu dominar a água e ele o fogo. Completos opostos.
- Que coincidência! Além de tudo, seu dom é incrível. É a primeira vez que vejo de outra pessoa.
- Bem, aqui vai ver todos os dias. Não se preocupe com isso.
Yoongi voltou a tomar seu café, e não pude deixar de notar uma coisa. Vi um dos guardas militares encostado na porta de saída. Ele usava o mesmo uniforme que Namjoon. Seus braços estavam cruzados e senti claramente seus olhos fulminantes em cima de mim. Não tive certeza se deveria sentir medo ou extremamente atraída por aquela pessoa. Sua expressão séria era intimidadora.
- Ele está te olhando, né? – perguntou Yoongi.
- Ele se chama Jung Hoseok. Ele é um guarda por aqui. Recomendo que você tome cuidado perto dele.
Antes que eu pudesse saber qualquer coisa a mais, um sinal alto tocou no refeitório. Todos estavam saindo, portanto fiz o mesmo.
~~~
Os alunos formaram filas na área aberta do local, então entrei em uma delas. O dia estava nublado, a grama recentemente molhada. Meu colega estava ao meu lado. Senti meu corpo tremer de ansiedade e medo. Parecia que estava prestes a morrer.
Três oficiais enfileiraram-se em nossa frente olhando para nós. Um deles era o diretor, e outro era o guarda que conheci mais cedo. O terceiro não reconheci.
- Tiraremos o dia hoje para a checagem de dons. Nada de novo. Porém, se falharem já sabem o que irá acontecer. Não permitimos erros aqui. - houve uma curta troca de olhares entre nós. Jamais senti tanto medo quanto aquele momento. – Circulem.
“Mas que porras é checagem de dons?!”, pensei prestes à ter um ataque de pânico.
Começamos a marchar e nos encaminhamos a um lugar um pouco mais afastado. Os oficiais sentaram-se atrás de uma bancada, e conforme o terceiro militar desconhecido ia chamando os alunos, eles faziam manobras e habilidades com seus dons que eu nunca tinha visto antes. Todos eram muito preparados, e eu não sabia nem o que estava acontecendo. Infelizmente Yoongi não estava lá pra me ajudar.
Porém, percebi que algumas vezes o diretor fazia uma expressão de desgosto e reprovação para certos alunos. Toda vez que ele fazia isso, um guarda levava o estudante embora. A questão que martelava na minha cabeça era “por quê?”.
- S/N! – disse o terceiro oficial, com uma expressão preocupada em seu rosto.
Ao contrário dos outros, ele parecia – pelo menos – um pouco mais dócil e humano. Não me senti repreendida pelo seu olhar. Em compensação, os outros dois estavam quase me estrangulando ali mesmo.
- É... Eu não tenho certeza do que fazer.
- Tudo bem, só faça o seu melh-
- Se vire.
Quando o terceiro começou a falar, Namjoon o interrompeu bruscamente no mesmo instante.
Fechei meus olhos. Concentrei toda minha mente para aquele momento, por mais nervosa que estivesse. Respirei fundo e flexionei minhas pernas. Movimentei meus braços e mãos em movimentos harmônicos, fazendo com que a grama abaixo dos pés de todos ficasse seca. Toda água estava acima do solo, e transformei em gelo com o formato tão afiado quanto uma espada. Finquei o gelo contra o chão, transformando em líquido novamente.
Olhei esperançosa para o diretor. Surgiu um sorriso de canto e olhou para Hoseok que estava do lado dele. Acenou com a cabeça para o oficial, então Hoseok se levantou e foi em minha direção.
- Acompanhe-me.
“Merda.”, pensei. Estava medrosa demais para perguntar qualquer coisa.
Estava prestes a chorar mas aguentei firme até chegar no lugar destinado. Fiquei surpresa, pois era o mesmo quarto que eu tinha chego. Aquele quarto de cimento.
Entrei com Hoseok e ele não tinha mencionado nem uma palavra. A aparência dele era de tirar o fôlego, com certeza. Mas não podia deixar de me sentir amedrontada assim que tive que seguir o oficial.
O quarto de cimento não tinha mais o colchão, mas a cadeira continuava no mesmo lugar.
- Sente-se. – ordenou.
Sentei-me com certa hesitação. Assim que me sentei, senti uma força brusca, e o guarda não estava mais lá. Vi apenas um vulto extremamente ágil passar sobre mim. Se não estivesse atenta o bastante não iria nem notar o vulto. Porém, o que percebi de imediato foi que meu uniforme não estava mais no meu corpo, mas sim jogado no chão. Além disso, estava amarrada por uma corda muito forte.
- O quê?! O-O que está acontecendo! Me tire daqui agora!
- Te tirar? Hah. Desculpe, não vai rolar.
A voz de Hoseok veio por trás de mim, então me assustei. O rosto magro do homem se apoiou contra meu ombro e olhou para mim. Meu rosto corou no mesmo segundo. Como eu disse, ele era muito bonito. Não consegui manter contato visual. Ele deu um sorriso largo e deu risada. Não estava esperando por isso.
- Por que está corando? Você tem uma fantasia sexual assim ou alguma coisa?
- Por favor... Me tire daqui, só isso. – implorei ainda sem olhar pra ele.
- Eu já disse que não vai rolar, S/N. Qual parte disso não entendeu? – Hoseok saiu de trás da cadeira. Ficou à minha frente me encarando. – Você sabe ao menos por que está aqui?
- N-Não.
- Eu tô aqui pra te ensinar uma liçãozinha. Você não foi nada mal pro seu primeiro dia, mas o Namjoon às vezes quer que eu ensine como as coisas funcionam pra quem acabou de entrar.
Congelei-me. Hoseok se tornou sério. Ao terminar de falar, retirava de seu cinto um enorme chicote e balançava-o chegando cada vez mais perto de mim, lambendo os lábios.
Um grande problema que tenho com o meu dom, é que após ter quase matado minha mãe, não tenho coragem de usar com ninguém. Nem mesmo alguém prestes a me surrar.
- Acho que já sabe o que vai acontecer.
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