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História O lado bom da vida - Minha festa, meus problemas


Escrita por: DiaeNoite

Notas do Autor


Vou começar me desculpando. Minhas sinceras desculpas, era pra eu já ter feito isso antes, mas não tive tempo, então... mais um capítulo HOJE.

Obrigada pelos comentários do capítulo anterior e boa leitura.


22. 08. 2015

Capítulo 8 - Minha festa, meus problemas


Fanfic / Fanfiction O lado bom da vida - Minha festa, meus problemas

Quatro segundos. Apenas quatro segundos. Gritaria, euforia, lamentação, insultos e muito nervosismo. Suor pinga do meu corpo. Quatro segundos para a decisão.

Então, três...

Dois...

A bola é lançada. Nas arquibancadas o silêncio reina. Apreensão.

Um.

Cesta!

A Goode vai à loucura. Líderes de torcida dão saltos e gritinhos comemorando. E então, no momento seguinte, me sinto sendo erguido do chão. A torcida solta gritos empolgados enquanto os rivais saem desolados e mal humorados da quadra.

- ENTÃO, ELE FOI O CARA! SALVOU O DIA! AOS QUATRO SEGUNDOS FINAIS, NA LIDERANÇA DE UM PONTO A MAIS QUE A GENTE, CESTA! VENCEMOS! - E Luke dá continuidade gritando: - PERCY! PERCY! PERCY!

No momento seguinte, ouço toda a quadra da Goode gritar animadamente o coro de "Percy! Percy! Percy!"

A comemoração dura mais uns dez minutos até eu tomar a voz.

- OLHA SÓ, FESTA LÁ EM CASA! TODO MUNDO CONVIDADO! UMA PEQUENA COMEMORAÇÃOZINHA... - Todos riem quando me vêem sorrir sarcástico ao dizer e frisar "comemoraçãozinha". Sabem que minha mãe, Sally, e minha irmã, Sophie, estão de viagem. Eu tenho a casa livre só pra mim, e isso só pode significar uma coisa...


(...)


Corpos grudados para todos os lados, copos sendo erguidos, o som de uma batida pesada, agarração para todo lado, quartos sendo usados...

Alguém aumentou absurdamente o volume da música e agora todos na vizinhança já devem saber que rola uma festa na casa dos Jackson, na minha casa. A música é escutada a quilômetros de distância. Carros não param de aparecer pela rua; dentro deles, mais alunos procurando diversão. Em pouco tempo a minha casa está explodindo de gente e as calçadas não têm mais nenhuma vaga para caber mais nenhum carro.

Nico está sendo acariciado por trás, por uma ruiva, enquanto beija uma garota com os cabelos pintados de rosa pink, encostado próximo às bebidas. Ele parece ser conduzido por elas nos movimentos. Sei que odeia esse tipo de exposição em público, deve estar muito bêbado para ter entrado nessa. Me pergunto se devo intervir ou não, até vê-lo apalpar um seio da garota rosa e retirar sua mão rapidamente.

Rachel faz um discurso, bêbada, para um grupo de hippies que lhe dão atenção.

Eu estou sentado, também bêbado, com uma morena, que não sei o nome, no meu colo. A garota tem um belo decote à vista, com um par de belos seios bem em direção ao meus olhos. E me sinto um cafajeste, mas quero tocá-los tanto.

Luke está enfurnado em um dos quartos com provavelmente alguma aluna.

Drew faz striptease em um canto para um aglomerado de telespectadores excitados. Tentei fazê-la descer, mas depois de um chega-pra-lá e um "Me deixa, Percy, não estou bêbada, você está" decidi que ela faz o que ela quiser.

Piper e Jason estão se agarrando ao pé da escada. Escolheram um canto mais reservado para tal.

Não é necessário dizer a posição correta de todos e o que fazem, isso poderia render horas... Todos, é claro, estão curtindo a festa adoidados, sem pensar em nada, que não, diversão.

Valdez dança alucinado numa pista improvisada, com um copo de uma bebida suspeita. Já tinha tirado a camisa e agora dança de um jeito totalmente desajeitado enquanto grita obscenidades. Grover ao seu lado tenta inutilmente fazer Leo calar a boca.

- EU VOU TIRAR A CALÇA! MENINOS, SEGUREM SUAS MENINAS, PORQUE O CONTEÚDO SEXUAL É FORTE! QUANDO ELAS OLHAREM, NÃO VÃO CONSEGUIR SE SEGURAR E VIRÃO CORRENDO PARA O GOSTOSÃO AQUI! MENINAS VENHAM, MENINOS SÓ DESEJEM! - Leo ri descontrolado enquanto puxa o cinto. - UM... DOIS... TRÊS! PRONTOS OU NÃO AÍ VOU E...

Com um puxão, Grover retira à força Leo de cima da mesa antes mesmo dele abaixar as calças. Leo ainda ri igual louco. - Ah cara, eles perderam a melhor parte!

- Cala a boca, Valdez! - Exclama Grover enquanto enfia um pedaço de pizza na boca do Leo. Consigo vê-los e escutá-los daqui.

O pedaço o pega despreparado. Leo começa a tossir enquanto tenta engolir o enorme pedaço que lhe foi mandado guela abaixo. Olha feio para Grover.

Se recuperando do excesso de tosse, Leo Valdez, com extrema rapidez, dribla Grover e sobe na mesa. De novo. Assisto o que quer que venha agora rindo.

E atraindo a atenção de todos, Leo grita:

- AÍ, JÚNIPER! TENHO UM AMIGO AQUI QUE QUER FICAR COM VOCÊ! - Fico bobo. Ele fez mesmo isso?

Leo de cima da mesa aponta insistentemente para um Grover em estado de choque. A garota, Júniper, que se encontra do outro lado do salão, se vira surpresa por ouvir seu nome sendo gritado. Então ela olha para Grover e seu olhar é indecifrável.

Ah, cara...

Como vou tirar o Grover dessa se minha cabeça éuma gelatina?

Começa um coro de "Beija! Beija! Beija!"

A garota se vira e vai em direção ao corredor. Grover vai atrás.

- É ISSO AÍ, PESSOAL! E LEO VALDEZ EMPLACA MAIS UM! - Grita o bêbado, tombando ligeiramente da mesa. Valdez se levanta do chão e continua seu discurso. - O GOSTOSÃO AQUI É FODA! VOU COMEÇAR A COBRAR OS MEUS SERVIÇOS DE CUPIDO...

E então Valdez cai mais uma vez. Fica no chão e começa a rir histéricamente até ser retirado por um Jason e uma Piper preocupados.

- EU VOLTAREI!

- Ah, não voltará, não. - Diz Jason ao tacar-lhe um copo d'água. Leo fica ensopado. - Ih, cara, desculpa...

Mas sei muito bem que Leo percebe os cantos da boca de Jason tremendo levemente.

E...

Buáááhh.

Repentino. Um minuto Jason está limpo, e no minuto seguinte está sujo com o vômito do Leo.

A garota no meu colo se levanta, desistindo de chamar minha atenção. Que agora percebo que não estava dando. Volto a encarar meus amigos.

- Ih, cara, desculpa... - Leo finge culpa, mas fracassa pelo sorriso zombeiro estampado no seu rosto. - Foi sem querer.

Jason fecha os olhos, segura a respiração. Leo bêbado é pior do que criança perdida em shopping, não pode dar uma piscada e já some de vista e você tem que encontrá-la antes que faça alguma besteira.

- Então é isso, pessoal! Fim do espetáculo. - Fala Piper atraindo a atenção de todos e acalmando os nervos com sua voz doce. Ainda empurra um Leo histérico pelos ombros.

Olho para o outro lado escutando a conversa de um grupo, grogue demais para me levantar. Parte da turma de adolescentes bêbados havia saído gritando porcarias e coisas inapropriadas porta à fora e estão fazendo sabe-se lá o que na rua. A casa está uma desordem, da janela vê-se vários casais se pegando no jardim. Uma janela havia sido quebrada em uma briga entre um amante e um namorado que levou o chifre. O que não faz nenhum sentido, já que quem traiu foi a namorada do corno. Será que os caras eram amigos? A porta da frente tinha sido pichada onde se lia: "Casa da diversão". Eu vou me foder muito pra tirar isso. Um casal de garotas passa por mim oferecendo maconha a quem quiser, o que eu definitivamente não preciso agora. Tudo já está girando o suficiente. Na sala rola uma disputa de dança. A casa está de pernas pro ar, uma bagunça. Isso vai ser problemático, e eu nem consigo amarrar o cadarço.

- Já perdi a conta de quantas garotas já beijei. - Nico vem cambaleando para o meu lado. - Sei lá, devo ter perdido a conta depois das primeiras dezesseis! Quanta gente tem nessa casa? Isso porque eu nem fui no jardim ainda! - Tenho vontade de estapear Nico e nem sei porque, mas estou com preguiça demais pra isso. Mas acho a cara de otário dele engraçada. Tenho vontade de perguntar se garotas ou garotos para provocá-lo, porque sei que isso aborrece sua masculinidade frágil, mas estou pesado demais para raciocinar. E sua cara já está engraçada o suficiente.

- Tá rindo do que?

Muito, muito engraçada.

Não consigo parar de rir, meus neurônios já não estão funcionando bem.

- Calma, meu pequeno gafanhoto. Ainda tem muita garota nessa casa, a festa não acabou ainda. E na verdade...

Sou interrompido por um Will Solace vindo correndo todo descabelado e amassado gritando:

- FESTA NA PISCINA!

Não precisou dizer duas vezes, todos já correm em direção ao quintal, onde lá há uma enorme piscina azul clara. A minha casa é grande, bem grande, e a piscina é também. Não quero pensar na quantidade de pessoas lá dentro.

Nico e eu continuamos na sala. Mesmo muitos tendo ido para a área da piscina, o lugar ainda está lotado. Luke vem descendo a escada ao lado de uma garota de longos cabelos crespos e um sorriso lindo. Ninguém precisa dizer nada, todos já sabem de onde aqueles dois tinham vindo.

- Então, a festa está animada, hein! - Luke me dá um soco no ombro, rindo. Ai.

- Não tanto quanto o que você estava fazendo lá em cima. - É, Leo voltou.

- E o Jason? - Pergunta Nico ao magricelo. - O que você fez com ele?

- Dei um bolo nele. Sabe, ele não faz meu tipo.

- E o que faz seu tipo? Meninas com olhos cor de mel, longos cabelos castanhos e com nome de música caribenha? - Curto uma com a cara dele. O olhar sonhador em seu rosto me faz ter vontade de dar um tapa nele.

- Ela ainda vai ser minha...

- Não sonha, Valdez! - Nico faz esse trabalho de aconselhar por mim.

- Nico, não corta o meu barato. Vocês vão ver, um dia vocês vão ver... um dia ela ainda vai ser minha...

- Do que vocês estão falando, rapazes?

Nós quatro nos viramos para nos deparar com Nora e Cameron vindo em nossa direção com dois copos vermelhos contendo um ponche batizado. Não as vejo desde quando jogaram no campeonato de vôlei da escola. São altas e fortes. Já troquei uma ideia com elas vez ou outra.

- Em como vocês são lindas. - Responde Luke. Cam abre um sorriso radiante. Funcionou então.

- E se as senhoritas gostariam de nos acompanhar em uma volta de carro.

Todos encaramos Leo. De repente, parece uma boa. Preciso me levantar, preciso fazer alguma coisa. Estou preguiçoso demais sentado aqui no sofá enquanto todos se divertem na minha própria festa. Já me decidi, eu não quero ficar aqui.

- Vamos nessa.


(...)


Luke está ao volante. O carro tem teto solar, é preto, grande, mas não muito luxuoso. Dá para se misturar com os outros na rua. Escolhemos a dedo na garagem de casa. Nos bancos traseiros eu, Leo, Nora, Cam e Nico gritamos porcarias para os desconhecidos na rua. As bebidas já acabaram, só o que restou foi uma garrafa de tequila pela metade nas mãos do Leo. Nico e Nora começam uma sessão de agarramento no canto, e é bizarro observar, já que Nora se parece comigo. Tem os mesmos cabelos pretos, olhos verdes e sobrancelhas grossas. É como ver minha versão feminina beijar o emo do Nico. Mas minha mente já está uma completa confusão, não sei mais o que pensar direito, o álcool tinha feito bem o seu trabalho, definitivamente não consigo nem ficar em pé direito e muito menos focar no rosto das pessoas na rua por mais de dois segundos.

Em um determinado momento, Luke quase colide com uma caminhonete vermelha. Só percebo depois do tranco que dá.

- Uow! Essa foi por pouco! - Vejo Luke ficar mais pálido do que papel por um momento, antes de conseguir desviar do carro - Sorte de vocês que eu mando bem no volante.

Todos ao meu redor riem, provavelmente mais chapados do que eu para acharem graça de uma coisa tão sem graça que o Luke tenha dito.

- Bom, pelo menos nós...

Seja lá o que Leo ia dizer, é interrompido por um barulho estridente vindo às nossas costas. Ninguém se vira para olhar e nem precisa, todos sabem reconhecer o som dessa sirene.

Leo é o primeiro a se pronunciar. - Droga!

- E agora, o que vamos fazer? - Cameron já está desesperada. - O que eu menos preciso agora é de outra visita à cadeia!

- Já foi presa? - Nico consegue ficar ainda mais estranho com uma cara surpresa.

- Digamos que foi um mal entendido.

- Percy, eles estão se aproximando. - Nora ao meu lado me informa e estremece, parece muito nervosa também.

Dou um pequeno sorriso, adoro o perigo, não tenho medo de correr o risco.

- Calma, não é a primeira vez que isso acontece comigo. Vamos sair dessa, e se isso te acalma, já fui pego várias vezes e muitas delas em situações piores e estou aqui, não estou? Nada vai nos acontecer...

- Porque você é um garoto branco de olho claro, mas eu e Cam não somos. Luke vira logo na próxima! - Sinto Leo me empurrar para o lado e seu senso de emergência torná-lo sóbrio.

A polícia não me assusta. Não é algo que eu já precisei me preocupar. Eles sempre me liberam com um pouco de dinheiro. Portanto, Leo está certo.

- Luke, corta na próxima, enrola eles e arranje uma maneira segura de voltarmos.


(...)


- Nunca mais... nunca mais... grupo de malucos. - Exclama Nora pela milésima vez enquanto desce correndo de dentro do carro e beija o chão.

- Ah, eu gostei...

- Tá vendo, Nora? Sua amiga gostou de passear com o bonitão do di Angelo aqui. - Nico flexiona os braços magros pela referência do Leo e faz uma falha imitação de um físico turista. Idiotas.

A festa ainda está rolando, mas eu já posso detectar pessoas caídas e desmaiadas nos jardins, na porta de entrada, no capô dos carros e... NÃO BRINCA! EM CIMA DO TELHADO?! Mas como?!

Há camisinhas usadas e largadas pelo chão; carros estão balançando com um movimento suspeito vindo de dentro deles; um grupo de garotas riem alto, sentadas na calçada; dois garotos se pegam encostados em uma árvore...

Árvore. Em falar em árvore... não, não pode ser!

- Percy, por que você nã... Ei! Por que você está correndo? - Jason e Grover vêm em minha direção. Jason com uma camisa limpa.

Corro com Luke às minhas costas e logo atrás Nico e Leo. Há apenas quatro lugares na casa que ninguém pode estar exceto os meus amigos, e esses lugares são: o meu quarto, o quarto da minha mãe e o quarto da minha irmã, e a minha casa na árvore.

Uma enorme árvore aparece na minha frente, muito antiga, mas ainda bem firme. Olho pra cima não vendo ninguém dentro da casa. Sorte a deles. Um grupinho de quatro garotos e três garotas estão em volta da árvore, riem e pelo o que parece, desafiam um ao outro sobre quem subiria primeiro na árvore. Um garoto ruivo começa a subir a escada de corda. Ouço um assobio do meu lado. Luke.

- Nossa! Tinha me esquecido dela, há quanto tempo a gente não entra mais lá.

- Diga isso por você! - Vou em direção ao babaca que tenta subir a escada para entrar na minha casa da árvore. - Hey, seu grande imbecil! - Não dou chance para o idiota responder. O puxo e o empurro pra longe. - Ninguém sobe. A festa não é aqui.

- Ah, qual é, Percy? - Uma maluca de cabelo roxo me responde.

- Não.

Depois que saem, dou uma volta completa na árvore. Nenhum dano. 

Ela é um santuário pra mim, trabalhei nela quando era pequeno. Luke, Nico, Grover, Leo, Jason e eu vinhamos para cá quando éramos crianças.

- Cara, faz tempo que não entro lá. - Olho para o di Angelo, ele tem um olhar sonhador no rosto.

- O que vocês acham de reabrir o Clube dos Heróis?

Aqui em cima nada mudou. Os mesmos pôsteres de quando tinhamos sete anos, os brinquedos e as fantasias de super heróis continuam guardados em gavetas com os nossos respectivos nomes, a bola de futebol, o taco de basebol... enfim, tudo. Toda vez que vinha na casa da árvore, a deixava exatamente do jeito que ela ficava quando nos reuniamos lá. Nos autodenominávamos os Heróis e a casa da árvore era o Clube dos Heróis.

- Cara, esse sofá continua fazendo o mesmo som de peido quando alguém senta. - Luke ri enquanto se remexe no sofá ouvindo o forro soltar puns.

- Minha capa!

- Grover, não acredito que você usava essa coisa ridícula. - Grover fecha a cara quando Nico começa a rir dele.

- Tenho que concordar com o Nico, Grover. Você parecia uma grande beterraba roxa com essa capa. - Leo bate continência, ergue o braço direito e imita um super herói. Versão ele.

Ao meu lado Nico e Luke sussurram.

"- Beterraba não é roxa?"

"- Não cara, é rosa."

- E o que você me fala disso, Leo? - Jason sai da frente da varanda e dá-se a visão de um grande mastro de pirata. A varanda tem um formato como a proa de um navio, só que no nosso caso, com a cabeça de um grande dragão de metal.

- FESTUS!

Leo se joga em direção a cabeça do dragão e dá um grande abraço. Preferimos deixar o Valdez mais a vontade com Festus nesse bizarro momento de reencontro e nos afastamos.

- Lembram quando fizemos um juramento de que nenhuma menina entraria aqui? - Luke fala tão sorridente que é impossível não o acompanhar. - Nós tínhamos o que? Sete anos?

- Vivíamos falando que garotas eram chatas e grudentas e que beijar era nojento. - Nico relembra um dos momentos mais cômicos da vida de um cara. - E vejam o que nos tornamos!

- E eu que pensava que o Jason era gay... tirava até meleca e tacava para afastar as meninas. - Jason fecha a cara quando falo sobre a possível orientação sexual dele. - E vejam só! Namorando! E uma menina!


(...)


Alguém havia colocado algo na minha bebida, provavelmente algo alucinógeno. Escutei Drew me perguntar algumas vezes se estava bem ou precisava de ajuda. Cheguei a sentir uma toalha úmida ser passada pelo meu rosto, e depois disso o som da sua voz foi embora. Tudo está girando agora, mas a sensação é boa, vejo tudo em câmera lenta e depois de uns segundos, tudo rapidamente à minha volta. Cores, muitas cores... sensações... é bom.

Perdi a linha do que estava fazendo e não faço idéia de quando isso aconteceu, só me lembro de estar no sofá com uma garota no meu colo. No espelho da parede do corredor, o que vejo é o meu reflexo. Sem camisa, a calça aberta no zíper e suja de algo rosa, o cabelo mais revoltado do que o normal, quatro chupões no pescoço, olhos vermelhos e, no abdômen, uma frase grande em diagonal escrita à canetinha: BOM DE CAMA. Espero que essa coisa não seja permanente.

Não me espanto ao olhar o relógio e saber que a festa ainda está rolando às três e cinco da madrugada. O que me espanta é o tão conhecido barulho de sirene tocando do lado de fora da casa.

E não sou o único espantado.

Agora é uma correria para se salvar quem puder. Todos fogem pelas janelas, portas... Tudo o que fica no caminho é atropelado. Sei que estou fodido.

Dois policiais entram. Um baixo, moreno, com um bigode engraçado; e o outro, alto, cabelo curto e castanho, e com cara de poucos amigos. Os únicos a ficar na casa foram os mais devagar e os meus amigos.

O mais alto se aproxima, me estuda e diz:

- Então, senhor, Bom de Cama, queira me acompanhar à delegacia. Fiquei sabendo que é o morador dessa casa.


(...)


- Eu estou ferrada.

- Se acalma, Piper. Pelo menos estamos na mesma cela. Não tem como piorar.

- Cala a boca, Jason!

Na cela, não sei como há espaço para tanta gente. Piper, Leo, Jason, Frank, Hazel, Grover, Nico, Luke, Rachel, Drew e eu. Rachel continua olhando sonhadora para as grades da cela.

- Ótimo, agora a Rachel está demente!

- Aliás, Drew, o que você está fazendo aqui? - Hazel, que quase não fala, pergunta. Essa sim não deveria estar aqui. Coitada.

Antes de Drew responder, o policial alto e de cara amarrada aparece.

- Alguém pagou a fiança de vocês. Disse que se chama Hades di Angelo.

Puta merda.

- Eu estava errado, sabe? Tem como ficar pior.
 


Notas Finais


Então, gostaram?

Capítulo editado 17/04/20.


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