História O lado bom da vida - Boazinha

Pov. Camila 

 

A vista do centro de Seattle é linda e do meu prédio eu avistava os outros tão bem que mais parecia uma miragem. Os carros, a multidão e os prédios tudo me parecia intocável daqui de cima, olhando pela vitrine da minha sala. Era assim que eu estava sentindo nesse momento em relação à Lauren, ela era os carros, as pessoas e os prédios agora, eu não podia toca - lá e isso estava me matando por dentro. A cada minuto que eu passava sem ela era mais sufocante ainda.

 

- Srta. Cabello sua próxima reunião é daqui... - Penny disse entrando na minha sala e eh nem me dei o trabalho tirar meus olhos da vista.

 

- Cancele pode favor. - Murmurei e ela saiu da sala fechando a porta em seguida.

 

Eu só fui a empresa porque achei que ali seria melhor para não levantar suspeitas já que nunca tem movimentação na minha casa e eu nunca falto no trabalho. Meu telefone tocou e só então tirei minha atenção da cidade lá fora.

 

- Srta. Cabello a casa já está cercada está tudo pronto só estamos esperando a senhora. - Louis disse do outro lado da linha.

 

- OK ! Me espere chego em minutos. - Falei encerrando a ligação.

 

Como hoje eu tinha dispensado Charles eu entrei no Audi e segui eu mesma dirigindo até o endereço que Louis havia me entregado. Assim que o GPS avisou que eu tinha chegado ao meu destino, dei uma rápida olhada pelo local e desci do carro, já de cara encontrando Louis que estava com arma nas mãos. 

 

- Srta. - Ele me comprometo.

 

- Você já deu uma olhada pela casa? -Perguntei.

 

- Sim, ele está lá dentro mesmo. O atirador de elite já esteve com ele sobre a mira muitas vezes.

 

- Eu não o quero morto. Não agora. - Falei firme e ele confirmou. 

 

- Eu sei é por isso mesmo que ele está um rifle sniper tranquilizador. - Ele disse sorrindo de lado e eu fiquei impressionada com a capacidade dele.

 

- Você é um gênio Louis. - Falei sorrindo de lado.

 

- Na hora que você quiser posso dar a ordem para o atirador. 

 

- Já passou da hora Louis. Quero esse cara  o chão logo. - Falei e ele pegou seu rádio e comunicou com o atirador.

 

Minutos depois Tudo oque eu escutei foi a voz vindo do rádio dizendo "limpo" e eu segui Louis até a entrada da casa velha que não tinha tranca na porta e isso permitiu que entrasse mais rápido. 

 

Eu sai procura do Lauren por todos os cômodos e a encontrei amarrada no mesmo lugar onde mostrava nas fotos. Seu corpo estava pálido e tinha vários e vários hematomas espalhado em sua pele ela estava tão fraca que nem consegui abrir os olhos direito ela conseguia.

 

- Camz... - Lauren murmurou com a voz arrastada e os olhos pesados.

 

Eu fui até as pernas dela e desatei os nós de corda que estavam amarrados nos seus tornozelos e livrei suas pernas. Retirei o sobretudo que eu estava vestida e joguei sobre os ombros dela e desatei as amarras que a prendia no alto e antes dela cair no chão de fraqueza eu a peguei no colo.

 

- Eu estou aqui meu amor. - Falei enquanto ela murmurava meu nome sem parar.

 

- Srta. Cabello oque vamos fazer com ele? - Louis me perguntou adentrando no quarto arrastando o rapaz desacordado.

 

- Amarre ele onde Lauren estava amarrada e quando ele acordar me ligue eu vou levar ela até o hospital. - Murmurei saindo de lá com Lauren em meus braços. 

 

A coloquei no branco de trás do carro e fui para o hospital com ela que estava desacordada. Nada me dói mais que ver Lauren sofrendo desse jeito, quando cheguei no hospital os médicos fizeram todos os tipos de exames possíveis nela e chamei Dinah para ficar de acompanhante com ela e eu fui resolver meu assunto pendente com o sequestrador. 

 

- E a sua namorada? Ela está bem? -Louis me perguntou.

 

- Na medida do possível . - Respondi encarando o rapaz que se remexia tentando se soltar das amarras.

 

- Você não vai se soltar. Desista. - Falei e ele me encarou com os olhos arregalados. 

 

- O que foi? Está surpreso em me ver? - Perguntei divertida com a cara de assustado que ele estava.

 

- Mais como... Você... - Ele murmurou sem entender.

 

- Você não me conhece, só isso explica o fato de mexer com oque me pertence. Aprenda uma coisa Bradley Simpson o maior sempre vence, nunca se deve mexer com quem você não consegue vencer. 

 

- Merda... Como você pode? - Ele disse perdido tentando por tudo se livrar das amarras.

 

- Você não está em condições de fazer perguntas aqui. Agora se me permite eu vou cumprir com o que prometi. - Falei com um sorriso macabro e ele estremeceu. 

 

Peguei um cabo de vasoura que estava no canta da parede e sem pensar duas vezes o deferi várias e várias nele usando toda a minha força até o cabo se quebrar. 

 

- Sabe Bradley eu sempre fui conhecida como a mulher sem coração, na empresa todos tinham medo de mim e eu até gostava disso porque me dava mais credibilidade. Mais na prática eu não sou capaz de ferir uma mosca, não violenta e nem do mal como muitos acha que eu sou. - Murmurei enchugando o suor que desceu pelas minhas têmporas enquanto ele gemia de dor.

 

- Eu não uso violência até que alguém mereça. E você Bradley mais que merece a minha violência. - Falei e deferi mais uma tacada nas costelas dele que ruivo de dor.

 

-Louis tire a roupa dele. - Falei firme e Louis rasgou as roupas dele enquanto ele gritava me implorando para não fazer nada.

 

- Eu realmente não queria fazer isso, mas você não me deixou escolha quando me disse aquelas coisas sobre Lauren. - Murmurei passando o cabo da vasoura nas nádegas dele enquanto ele espernear me implorando para não fazer.

 

- Você fez isso com a minha namorada acho justo fazer em você. Louis segurei o quadril dele. - Pedi e ele se debateu.

 

-NÃO POR FAVOR NÃO FAZ ISSO. EU NÃO FIZ NADA COM A LAUREN. JURO POR DEUS QUE NÃO FIZ NADA COM ELA. - Bradley gritou desesperado quando eu posicionei o cabo de vasoura na sua entrada de trás. 

 

- Você está mentindo. - Murmurei ficando de frente a ele.

 

- Não eu juro por Deus que não fiz nada. Tudo que eu falei por telefone foi só pra te deixar irritada e com medo. Achei que falando aquilo você ia liberar o pagamento mais rápido.

 

- Dessa vez eu vou acreditar eu você mas se caso eu souber que você estava mentindo não vai ser um cabo de vasoura que eu vou enfiar no seu cú e sim um cano bem largo. Eu odeio mentiroso. - Comentei jogando o cabo fora.

 

- Agora eu tenho que ir ver minha mulher. - Falei indo até Louis.

 

- O que eu faço com ele? - Louis me perguntou. 

 

- Faz oque você bem entender, só certifique-se que ele irá sofrer muito eu vou confirmar com os médicos para ver se não tem nenhum vestígio de estrupo na Lauren e se não tiver ele pode viver. 

 

Louis apenas Confirmou com a cabeça e eu sair daqui a mensagem Entra no carro tem alguns gritos de dor que me fez sorrir bastante.

 

[...]

 

Quando entrei no quarto de Lauren eu suspirei vendo ele dormindo com algumas máquinas ligadas monitorando seus batimentos cardíacos.

 

- Você demorou muito. Ela acordou uma vez e quando viu que você não estava aqui se desesperou os médicos teve que sedar ela. - Disse Dinah. 

 

- Eu tive que resolver umas coisas pendentes mais agora estou aqui e não vou sair do lado dela. - Respondi me sentando na cama e beijando os lábios dela de leve.

 

- Dinah vá chamar o médico dela pra mim. - Pedi querendo ficar um tempo a sós com ela.

 

Respirei fundo diversas vezes e levei meus dedos de encontro ao rosto angelical da minha namorada que estava em um sono pesado. Como alguém pode fazer mal a uma pessoa tão linda e maravilhosa como Lauren? Não só ela, como alguém pode fazer mal a mulher?  Que são tão frágeis e puras. O mundo está  tão perdido por causa da ganância e do poder que não se pode confiar em ninguém. 

 

- Eu quero falar com a minha filha. - Escutei uma gritaria do outro lado da porta e suspirei reconhecendo a  Oz dos pais de Lauren.

 

- Nos temos o direito de ver nossa filha se você não sair da minha frente eu juro que...-Clara foi cortada em sua fala quando eu abri a porta.

 

-Sra. Jauregui que prazer revela. - Murmurei e ela bufou passando por eu e Dinah e adentrando no quarto.

 

- Deus, minha filha! - Falou indo até Lauren chorando.

 

Ela chorou um pouco sobre o corpo adormecido de Lauren e quando se cansou me olhou com um olhar matador que quase me deixou assustada.

 

- Tudo isso é culpa sua. - Falou vermelha de raiva e eu dei um passo para trás. 

 

- Minha? - Perguntei arqueando as sobrancelhas. 

 

- Sim, sua culpa e do seu dinheiro maldito. - Disse e eu engoli em seco. 

 

- Clara por favor aqui não. Lauren não vai gostar de ver vocês brigando. - Mike falou.

 

- Que se dane se ela não vai gostar. Minha filha correu perigo por culpa dela. 

 

- Sra. Jauregui acho que houve um equívoco aqui. Eu nunca colocaria a vida da Lauren em perigo muito pelo contrário eu a protegeria até com a minha. - Falei sincera e quando ela ia revida escutamos uma voz rouca me chamar e eu imediatamente olhei para Lauren.

 

Tive que ser forte para não chorar quando nossos olhos se encontram. Os verdes mais lindos que eu já vi, apesar de estar sem o brilho de costume ainda sim conseguia ser os olhos mais lindos do mundo. 

 

-Camz... venha aqui. - Lauren me pediu e imediatamente eu obedeci como um cachorrinho.

 

-Amor você poderia me dar licença para eu ter uma conversa em particular com a minha mãe? - Me pediu com a voz falha e eu balancei a cabeça e dei um beijo na testa dela e sai os deixando a sós. 

 

Aproveitei para procurar o médico responsável por Lauren. Comprimentei a atendente na entrada e ela logo tirou a atenção do seu computador e me deu o número da sala do médico. 

 

- Boa noite. -Comprimentei o homem de branco que atendeu a porta do consultório que a atendente me informou.

 

- Boa noite.

 

-Eu sou namorada da Lauren Michelle Jauregui eu quero saber os resultados dos exames que ela fez quando deu entrada.

 

Ele me chamou para dentro e eu me sentei na cadeira em frente a sua mesa escutando atentamente tudo oque ele me dizia. Confesso que sai daquela sala mais leve em saber que Lauren poderia sair do hospital hoje mesmo. Eu fiquei tão de bom humor com a notícia que resolvi ligar para Louis.

 

- Louis um amigo meu da polícia está indo até a casa. Ele vai pegar o Bradley Simpson em flagrante, agora saia com seus homens e  deixe aquelas armas e drogas ilegais que eu lhe pedi para conseguir. 

 

- OK! Srta. Cabello. 

 

E eu desliguei o telefone.  Resolvi ser boazinha com o rapaz apenas porque o médico me confirmou que ele estava falando a verdade sobre não ter feito nada com Lauren. 

 

- Camila. - Clara me chamou a atenção e eu me endireitei melhor na cadeira em que eu estava sentada na sala de espera.

 

- Sim. - Murmurei passando as mãos em meu rosto para espantar o sono.

 

- Lauren está te chamando, vá vê - lá. 

 

Só com a possibilidade de ver minha namorada novamente meu coração disparou instantaneamente e sem controle meus pés se moveram até o quarto que ela estava internada.