História O lobo e a ovelha (NejiHina) - Está ficando insuportável

                                  HINATA ON:

“O que i.isso está fazendo a.aqui?”

Não havia dúvidas ,aquela calcinha era minha, se me recordo bem eu tinha usado na noite anterior a festa. Mas não podia ser! Corri até meu quarto sem perceber o telefone tocando no meu bolso, lá parei em frente ao meu cesto de roupa suja, trêmula e com a peça íntima ainda em minhas mãos sendo apertada fortemente por meus dedos finos e gélidos. Eu abri a tampa e comecei a jogar as poucas roupas que tinham lá no chão ,na esperança de encontrar a lingerie. Cai de joelhos quando não a encontrei, parei no tempo a pensar nas possibilidades que haviam surgido na minha mente, nenhuma delas era muito boa. Tentei acreditar que eu havia deixado na lavanderia e ele levou enrolada nos seus lençóis por descuido. Mas aquela hipótese não tinha nenhuma lógica. Por que eu deixaria minha calcinha na lavanderia, só uma calcinha? E não a roupa toda? Não, isso não era possível. Eu não era o tipo de pessoa que deixava peças intimas por todos os cantos.

Sem pensar direito levei a peça de volta ao quarto do Neji e a deixei no mesmo lugar, era o melhor a se fazer! (Pelo menos na minha cabeça) resolvi deixar lá como senão houvesse acontecido nada, como se eu nunca tivesse entrado naquele quarto. Na esperança dele a colocar pra lavar ou então vir me perguntar o por quê dela estar lá e chegarmos a uma conclusão. Estava decidido, sairia do quarto sem que ele percebesse que eu tinha entrado ou feito qualquer outra coisa. Deixei a peça e o celular exatamente onde estavam e me dirigi até a porta, mas dei de cara com o Neji!

– o que faz aqui? *ele disse áspero e depois tentou contornar* –digo, está me procurando, Hinata?

– Não! N.não é isso, eu apenas ouvi seu ce.celular tocar e vir ver se era alguém lá de cas.casa ligando.

– se está com saudades deles é só ligar, Hinata *falou mais polido*

–h.hai, v.voltarei pa.para meu quarto, Nii-san. Pe.peço perdão por entrar s.sem permissão.

Ele não respondeu nada, só estava nervoso. Visivelmente nervoso. Voltei para meu quarto e me esforcei para não lembrar no incidente ocorrido a pouco. Suspirei sentando na cama de lençóis róseos. Balançava as pernas entedeada e na minha mente veio o “beijo de irmãos “ que eu e o Neji tínhamos dado. Meu coração acelerou e minha boca seca me obrigou a deixa-la úmida com a língua molhada. Olhei lentamente para porta do meu quarto e me assustei ao ver a figura do meu irmão mais velho parado lá como uma estátua . Pisquei repetidas vezes para contestar se o que eu via era real. Era!

HINATA OFF / NEJI ON:

Olhei meu celular em cima do criado mudo, mas não da mesma forma que eu deixei. Sim! Detalhista ao máximo. Notei que o aparelho não estava mais em cima de um envelope pardo como eu tinha deixado. O que significava? Mil e uma paranóias na minha cabeça, mas a única certeza até agora era que ela tinha pegado no celular. Paraliso ao lembrar da peça íntima a qual pertencia a ela que ainda estava em meu quarto e a procuro, de coração acelerado e garganta travada. Estava lá! Graças A Kami.

– fiquei louco de vez! *digo em um tom de suspiro a mim mesmo, nesse momento com o celular em mãos.* - esse cara só pode está de brincadeira! * no celular haviam mais de 15 ligações do meu “amigo de bar” Lee.

Ponho o aparelho em meu bolso. Outra vibração. Dessa vez uma mensagem:

“Você não vai escapar da noite do chop kkkk”

Lee”

Suspiro. Pesado. Resolvo tomar uma ducha. Estava precisando. Depois de vestido vou ao quarto da Hinata, me certificar que a Hime estava bem. A porta estava aberta e ela sentada em sua cama, seu olhar distante me fez pensar se eu deveria tirar ela dos seus pensamentos ou voltar para o meu quarto. Mas antes de chegar a qualquer decisão ela já tinha voltado sua cabeça confusa e lentamente até minha direção. Congelei. Ela piscou e cerrou seus olhos desconfiada.

– você tem que comer algo. Desça. Eu preparei um lanche. *aquilo saiu mais autoritário do que eu gostaria*

Nii-Ne.Neji?! Quanto tempo mais você acha q.que o Oto-san pretende me... M.me manter aqui? *ela olhava para os joelhos.*

– Eu também gostaria de saber... *ela arregalou os olhos que agora me fitavam marejados. Baka! Aquilo saiu bem mais áspero do que pude imaginar.*

- Go.gomen, N.Neji-kun *ela apertou suas coxas e tentou dá um sorriso forçado, mas não saiu. Muito pelo contrário, era visível o esforço que ela fazia para não se desmanchar em lágrimas.* – g.gomen...

– Pare de se desculpar. *falei irritado.* – vamos descer! Já disse que preparei um lanche para você. Precisa se alimentar melhor ou vou ter que aguentar os sermões do Oto-san. *dessa vez tentei ser mais gentil, mas não tenho certeza se cumpri bem a missão.*

– H.Hai. só preciso de um b.banho... Já ... Já vou descer. *ela respirou fundo e levantou em direção ao banheiro. Eu nada falei. Apenas escorei a porta do seu quarto e me sentei no batente da escada.*

– como posso ser tão idiota? * apertei minhas mãos umas nas outras e depois as passei no rosto, esfregando forte, queria arrancar meu rosto de tanto ódio de mim. Estava furioso! Eu não aguentava mais aquela situação. Comecei a pensar em idéias pra me manter o mais distante possível até a partida da morena (Seja lá quando) * – tenho que amenizar essa situação... Me levanto e desço os degraus e antes de chegar no último sou pego de surpresa pela campainha insistente e as fortes batidas na porta.*

– Era só o que faltava! *meu amigo de bar estava na porta com o sorriso mais liso acompanhado da sua cara de pau.* – Que diabos faz aqui?

– você não foi me encontrar como de costume, nem atende minhas ligações, não responde minhas mensagens, Neji. O que está acontecendo??? *sim, estava bêbado, que eu me recorde eu nunca o vi totalmente sóbrio.*

– quando foi que essa conversa chegou a parecer tanto com uma DR de namorados? *eu falei massageando minha testa enquanto ele continuava a falar sem prestar atenção em nada que eu dizia, muito menos meus pedidos para que ele fosse embora.*

– Me convide pra entrar, baka! Vamos beber um drink e ir pra aquela casa de show ao leste da cidade....

– você não está me ouvindo? *eu o cortei* – eu não vou pra lugar algum. Quero que vá embora * empurrei a porta e o bêbado chato tentava atrapalhar meu ato com o pé direito.*

–aaah, já sei *ele era idiota, eu o encarava e tentava entender como criamos algum tipo de vínculo mesmo sendo apenas em um bar ou outro.* tem alguém aaai?! *ele caiu na risada* – deixe me ver. Outra morena! Não é?

– saia logo daqui, Rock Lee. Não estou pra brincadeiras hoje. *cerrei os punhos e mordi os lábios.*

– Eu tinha razão! *ele sorriu vitorioso* – outra morena... *derrepente ele cessou a voz, era como se alguma coisa o tivesse calado e ele olhava estático para a escada da casa, eu estremeci por um momento. Imaginando o que era*

– A.Algum problema, Nii-san?

– NII-SANNN? *ele abria a boca descontrolado, mas nada saia.* – ela é sua i.i.irmã? *ele disse perplexo mas depois calou e me olhou com o olhar malicioso* – ou será que... *ele chegou mais perto e fez um bico com a boca para ‘cochichar' melhor* – ou é só mais outra tara esquisita sua e você pediu pra essa garota te chamar assim? *eu corei e o segurei pela gola da camisa, Hinata deu uma arfada alta, preocupada a ponto de gritar, e eu voltei a mim mesmo.*

– não diga besteiras! Ela é minha... Irmã *cuspi a última palavra, sim! Aquilo era como uma aprofunda profunda. Soltei a gola dele e sussurrei.* – comporte-se!

– Hi, me chamo Lee, Rock Lee * o aspecto de bêbado rapidamente se transformou em sedutor e repugnante.* – Não me disse que tinha uma irmã tão linda, Neji *Eu e Hinata ambos mudamos de cor: ela vermelha de vergonha e eu provavelmente roxo de raiva.* – Como se chama? *ele segurou sua mão e estava a ponto de beijar. Ela arregalava os olhos e corava cada vez mais.*

– Chama-se Hinata! *eu apertei forte o ombro do sombrancelhudo. Fazendo ele soltar a mão dela e gemer baixinho de dor”

– Hina... *ele falou em mais uma tentativa ridícula de ser sensual, eu apertei um pouco mais forte e ele se recompôs.*

– Hinata. *eu o corrigi*

– H.hi *ela conseguiu falar e se curvou*

– Aaaah, tão kawaaai *Rock Lee não tinha limites ele estava com os o olhos grandes em cima dela e com a cara toda melosa. Eu me retorci de raiva, tudo que eu queria era que ele sumisse.* - já sei! Neji você não precisa ficar em casa, vamos levar sua irmã conosco. Ela já conhece a cidade?

   Olhei para a cozinha e cogitei a possibilidade de ir buscar uma faca para matar o maldito.