História O loiro do 1010 - Assoprando as Velinhas

Naruto: 

Me levantei apressado e me vesti rapidamente, pedi para que Sasuke se escondesse de baixo da cama até eu sair e só sair depois que a barra estivesse limpa. Ele me olhou com raiva por ter que se esconder, mas era o único jeito, e quanto mais emburrado ele ficava mais lindo eu o achava. 

- Vou sair, daqui uns 15 minutos você sai. - Disse olhando nos seus olhos de onix.

Ele não respondeu, lhe dei um selinho e sai do quarto. O corredor estava lotado de gente, fui pra sala e vi meu pai conversando com alguns amigos meus, assim que me viu veio até mim e me abraçou apertado. 

- Parabéns filho, 19 anos hein, tô ficando velho, me faz um favor se alguém perguntar sou seu irmão mais velho okay? - Ele me soltou e sorriu. 

- Obrigado pai, digo mano, pode deixar. - Sorri de volta. - Cadê sua mulher mano? 

- Sua mãe está vindo com o bolo, ela inventou que não estava bom o suficiente e fez uns três só de teste, conclusão temos bolo de festa pra comer até o mês que vem. - Toda vez que meu pai falava da minha mãe ,seus olhos brilhavam como se ele tivesse se apaixonado recentemente. 

- Ei Naruto você viu o Sasuke? - Perguntou Itachi se aproximando de nós com a Sakura a tira colo. 

- Não vi, não, será que ele não voltou pra casa? - Menti usando a minha melhor cara deslavada. 

- Talvez, eu estava ocupado, se é que entende, depois eu o procuro. - Ele virou as costas e saiu. 

- Eu nunca vi esse cara. - Falou meu pai o olhando se afastar. 

- Nem eu, quer dizer, agora eu sei quem é, ele mora no apartamento da frente, mas eu não o conhecia até hoje. - Na verdade nem me incomodei com isso, ele chegou do nada e se apresentou depois se misturou a festa. Diferente de seu irmão que já chegou querendo causar. 

Por falar no diabo, vi Sasuke vindo pelo corredor, ele me olhou estranho depois entrou na cozinha. 

- TTEBANE CHEGUEI. - Olhei em direção ao grito e vi uma mãe com um bolo maior que ela nos braços. 

Fui até lá lhe ajudar, peguei o bolo e o coloquei na mesa da sala, ela me abraçou ainda mais apertado do que meu pai, minha mãe era uma figura, tinha seus modos estranhos de falar e uma personalidade propriamente forte e marcante. Ela me soltou depois de me dar os parabéns e apertar minhas bochechas. 

- HORA DO PARABÉNS PESSOAL. - Gritou por cima da música alta e do falatório. 

Ela conseguiu a atenção necessária logo as pessoas se juntaram em torno da mesa, desligaram som e  apagaram a luz e a cantoria do parabéns começou, obviamente meus amigos fizerem a mesma brincadeirinha de sempre.

- É pica, é pica, é pica, é pica, é pica, é rola, é rola, é um milhão de rola, no, seu, cu, Naruto, Naruto, Naruto. - Falavam e batiam palma fudendo com o meu parabéns.

Assoprei as velas e as luzes se acenderam, minha mãe me passou a faca para cortar o bolo, comecei a corta-lo com aquela palhaçada de tem que ser baixo pra cima, cortei-o tudo torto mas cortei, o coloquei em um prato descartável e olhei em volta, meu olhar cruzou com o de Sasuke parado ao lado do sofá eu precisava urgentemente terminar o que começamos no quarto, nesse momento meu desejo era que ficássemos sozinhos e... 

- Pra quem vai o primeiro pedaço? - Perguntou minha mãe me tirando dos meus devaneios e crente que o primeiro pedaço seria para ela. 

- Bom todo ano eu dou para você e meu pai, esse ano quero fazer diferente vou dar para uma pessoa surgiu como penetra mandando na minha festa, mas pelo que vejo será um dos meus melhores amigos, pois gostei muito do seu jeito único e rabugento. Então meu primeiro pedaço vai para o vizinho fantasma que só surgiu agora, Sasuke. - Estiquei a mão que segurava o bolo na sua direção, notei a surpresa nos seus olhos esbugalhados feito de um gato assustado. 

- MOQ? - Sakura e Hinata disseram juntas. 

Sasuke veio até mim e pegou o prato de bolo da minha mão.

- DISCURSO, DISCURSO. 

- Eu agradeço, mas é que eu não como bolo. - Disse ele me olhando torto. 

- Filho da puta ingrato. - Sussurrei perto dele para que só ele entendesse. 

- Como eu sou o irmão dele e sou maneiro, comerei o bolo por ele pode deixar. - Itachi pegou o prato da mão do Sasuke e começou a come-lo. 

Minha mãe terminou de cortar o restante do mesmo e o distribuir para o pessoal. Observei o ingrato encher a mão de brigadeiro e beijinho, aquilo ele come né? Ele me paga isso sim, fui até ele e o puxei pro hall. 

- Ei ainda faltou pegar o rosa. - Reclamou fazendo careta. 

- Aquilo chama bicho de pé e que se foda ele, você me fez passar vergonha. 

- Eu não, você passou sozinho me dando o bolo sem saber se eu como ou não. - Ele falou enquanto mastigava um brigadeiro. 

- Sua mãe não te deu educação? Mesmo que você não coma, pelo menos aceitasse e agradecesse, depois dava pro seu irmão sei lá. 

- Primeiramente eu não tenho mãe, e segundo oferecesse a quem você conhece, eu não sou nada seu, então não merecia o bolo. - Ele fechou a cara, e eu perdi a fala. 

Depois de uma longa pausa constrangedora eu tentei falar novamente. 

- Desculpa, eu não sabia sobre sua mãe. 

- Já disse, você não me conhece, não tem porque se desculpar, e nem eu por não aceitar um bolo que não pedi nem mereci. 

- Cara também não precisa ser assim tão grosso. - Ele já estava me irritando.

- No quarto você não reclamou sobre eu ser grosso, pelo que me lembro até gostou. - Percebi um sorriso malicioso nos seus lábios. 

Isso lá era hora dele lembrar dessas coisas? Qual erra o problema desse cara hein? Ele não era fácil de se entender, uma hora é  amigável na outra é um pau no cu. Sasuke deu as costas para mim e saiu. 

- Onde você vai? 

- Pegar o tal bicho de pé, e depois vou... - Ele entrou na minha casa novamente e me deixou ali feito besta. 

- Idiota. - Reclamei sozinho. 

- O que houve já brigaram? - Perguntou Hinata saindo pro Hall. 

- Pois é, eu não o entendo. 

- Acontece, as vezes a gente só tem química com alguém, mas isso não é tudo para ficarmos juntos. - Ela me abraçou repentinamente. 

- Cara você é rápido hein. - Sasuke voltou comendo mais docinhos e me olhou feio.

- Eu já vou indo Naruto, obrigada pela noite e parabéns novamente. - Ela me deu um selinho e foi pros elevadores. 

- O que foi? 

- Como assim o que foi? Ela sabe do que você gosta? 

- Hahahaha ai cara, agora faço das suas palavras as minhas, é você quem não me conhece. - Dei as costas pra ele e voltei pra casa

Senti suas mãos segurarem meu pulso me impedindo. Virei o rosto na sua direção e encarei sua face tentando entender suas atitudes bipolares. 

- É eu não o conheço, mas pretendo conhecer melhor seu corpo. 

- O que? - Perguntei sem entender nada. 

- Vem. - Ele me puxou em direção do seu apartamento abriu a porta e me jogou lá dentro. - Vou te mostrar do que gosto.