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História O Menino que não enxergava (Sendo Revisado) - A Nova Escola


Escrita por: ThaN1 e Park_Stylison

Notas do Autor


Olá tudo bem com vocês?
Bom estou trazendo mais uma fanfic para vocês, essa vai ser diferente da Sobreviva ao Hospital, muito diferente na verdade. Ela vai ser mais amor e menos sangue, ela vai ter momentos fofos e lindos.
Espero que gostem e qualquer erro comente e me falem.
Até as notas finais.
Saranghae

( REVISADO )

Capítulo 1 - A Nova Escola


Sabe o que é pior em uma vida? É você acordar todos os dias e se lembrar que não pode enxergar nada além da escuridão. No começo foi assustador, na verdade até hoje é assustador, pelo simples fato de você querer ver os lindos rostos de seus pais e irmão, mas isso não acontece.

Minha mãe diz que foi um milagre de Deus por eu estar vivo, já que o acidente foi feio segundo os médicos, eu não me lembro muito bem daquele dia, é algo que nem gosto de contar. Bem eu tinha apenas sete anos quando eu fui atropelado por um carro, minha mãe disse que quando eu cheguei no hospital eu estava completamente morto.

Ela também falou que fiquei quase três meses em coma e que foi muito difícil acreditar na minha sobrevivência. Ela disse que sempre pedia para que se eu tivesse sofrendo, era melhor eu descansar em paz, mas felizmente eu acordei um dia antes de eles desligarem os meus aparelhos.

No primeiro dia da nova vida, me lembro que foi bem doloroso, pois eu abria os olhos, mas não enxergava e tudo que via era penas a escuridão. Por um certo momento achei que tinha morrido, eu escutava as vozes de minha mãe e meu médico, mas não os enxergava e podia sentir suas presenças e ainda assim não consegui enxergar. Acho que nunca chorei tanto em minha vida como aquele dia, vamos dizer que tudo que eu fiz foi apenas entrar em um inferno 2.0.

Com o tempo fui voltado ao normal, comecei a aceitar que eu era um cego, bom minha mãe odiava essa palavra, ela sempre dizia para eu dizer que era um portador de deficiência e que eu apenas estava assim temporáriamente.


 Sim! Eu posso voltar a enxergar, mas preciso de doação para que isso possa se realizar, vamos dizer que não é tão fácil como parece, tanto que já fui convocado mais de 20 vezes e todas as vezes a pessoa desistia de doar. Eu perdi minhas esperançar em relação a um doador de olhos, já até mesmo aprendi a lê livros com os dedos e digo não é nada difícil.

Minha mãe morre de medo por eu andar sozinho pela cidade, mas eu já memorizei o caminho de casa até a escola especial, lá pude conhecer várias pessoas com o mesmo problema que eu e outras que tinham outros problemas. Mas de certa forma nós éramos iguais, quando eu fiz 15 anos fui transferido para uma escola normal, mas com especialidade com crianças cegas.

Essa escola foi como uma benção para minha mãe, já que ficava poucas esquinas de minha casa, na verdade era só seguir reto e reto até chegar na terceira esquina e entrar na segunda casa e pronto estou na minha. Meu irmão Wonsik me ajudou bastante no começo, ele na verdade foi quem sempre esteve do meu lado quando minha mãe e meu pai não estavam, ele sempre foi meu Hyung sendo que eu sou mais velho que ele.

Quando eu voltei para minha casa depois de um ano no hospital, minha mãe me contou que ele arrumou todo meu quarto para que nada me machucasse, assim eu poderia ficar melhor. Meu pai sempre diz que meu irmão é um caso raro de irmão que alguém pode ter na vida, pois qualquer coisa ele está do seu lado e não importa o que aconteça, ele sempre vai estar lá.

Meu pai também foi uma pessoa que sempre me ajudou, desde meu acidente ele ficou sozinho cuidado da casa enquanto eu e minha mãe ficávamos no hospital. Ele sempre ia me visitar e não importava o dia, ele sempre trazia um presente para mim e dizia que aquilo era a prova de amor que ele tinha por mim, bem eu não conseguia enxergar qual era o presente, mas sempre sorria para qualquer direção, mas era sempre a correta onde ele estava.

Com o tempo eu comecei a desenvolver "superpoderes" como sempre fala meu irmão. Eu podia sentir presença de pessoas ao meu redor sem ao menos ela saber, além de minha audição ficar superpotente fazendo com que eu consiga escutar umas pessoas em metros de distância e também tinha a habilidade do paladar, sabia os gosto de todas as comidas e além  do cheiro. Bem, eu podia ate estar cego, mas não um inútil. Eu ia até para a escola sozinho, sem ajuda de meus pais a mais de três anos e isso deixava eles com orgulho.

Eu já tinha 17 anos e não queria ser um fardo para todos em minha volta, eu queria ser eu e mais ninguém. Minha mãe sempre foi super protetora em relação a mim e foi difícil convencer ela de  me deixar fazer as coisas sozinho, e dizer também que eu era capaz de fazer coisas que as outras pessoas também faziam.

Nesses últimos dias foi difícil para mim, sempre era, mas dessa vez seria um desafio maior do que eu já tinha. Eu iria me mudar para a capital, e morar onde eu não conheço e nem mesmo tenho amigos.

 Eu fui contra essa ideia desde o princípio, mas não podia ser contra meu pai que foi promovido na empresa. Depois que fiquei cego, prometi a mim mesmo fazer minha família feliz, já que não consegui fazer quando eu era criança.

Estava sentado em minha cama olhando para o nada, -eu sempre olho para o nada-, eu já tinha arrumado minhas coisas – meu irmão arrumou – e apenas esperava minha mãe me chamar para ir para a nova casa. Minha mãe disse que minha escola iria ficar apenas algumas esquinas de casa em linha reta e que nunca iria me perder, eu nunca me perdi, apenas gostava de explorar outros lugares que não era apenas a minha casa.

Minha mãe sempre teve a preocupação de deixar a casa arrumada, para que eu não me machucasse e não caísse em nada, e além da proteção que meu pai tinha feito para eu poder andar livremente pela casa e digo meu pai era o melhor em fazer esse tipo de serviço.  Meu pai já tinha ido para a nova casa a dois dias atrás para deixar tudo arrumado para minha chegada.

Mesmo que eu não quisesse me achar um inútil, no fundo eu era. Sempre era. Sempre que me sinto assim tento desviar minha atenção para um lugar bem longe, onde só meus pensamentos sabem onde vão. Era difícil para mim ser cego – Portador de deficiência – eu imagino minha mãe, que além dela ter que cuidar de mim, tinha que cuidar do meu irmão e às vezes de meu pai. Sinto pena dela, mas nada posso fazer e isso era algo que me chateava.

– Está pronto? – Pergunta minha mãe, eu normalmente consigo ver alguém chegando, mas hoje não foi possível.

– Uhum. – Falo afirmando com a cabeça.

Eu me levanto e sigo em direção a porta, minha bengala que me guia para a mesma. Eu já tinha decorado o caminho todo de minha casa, então minha mãe não me ajuda mais em coisas assim. Quando minha bengala não encontra mais a parede, sei que cheguei na escada, me posiciono na frente da mesa e começo a descer devagar. O bom de morar em casa assim é que a escada é de frente para porta de saída, e eu quase não precisava de ajuda.

Eu amo a viajar e sentir o vento bater em minha face, ele trazia uma sensação de libertação. Libertação que eu tinha até um certo ponto, pois sair para viajar sozinho estava fora de cogitação. Sempre que preciso ir em viagem da escola, meu irmão ia junto para poder cuidar de mim, e isso me deixava desconfortável a um certo ponto que parei de ir nas viagens.

Não posso reclamar de estar cego, eu sempre pensei assim. Eu poderia estar morto a esse ponto do campeonato, mas o que me dói é não poder ver como é a paisagem lá fora e de como ela é formada. Antes meu irmão falava cada detalhe que ele via, mas no fim ele sempre acaba dormindo e eu ticava esperando uma fala sua.

– Você está bem, querido? – Perguntava minha mãe, eu conseguia decifrar sua posição e me viro para a mesma.

– Estou sim, um pouco ansioso. – Dou um pequeno sorriso. – Falta muito para chegarmos?

– Não, estamos quase lá. – Me avisa ela.

Eu quase não tinha noção de tempo e é uma coisa que com o tempo eu fui me acostumando. Eu ganhei um celular, onde ele me fala as horas assim que eu ligava ele e também tinha já pré-definido os contatos importantes que eu precisava ter. Meu irmão no começo ficou bravo, já que ele era o terceiro no disque rápido, ele dizia que ele que tinha que estar em primeiro.

Diferente do tempo, eu tinha noção de localização, meu sistema se acostumou com a memória dos passos, ele contava quantos passos eu demoraria para chegar em um determinado lugar. Além, de eu ter referência de outras coisas, como rua e esquina, um grande exemplo era onde eu morava, ficava 5 quadras de minha casa.

– Chegamos. – Fala assim que estaciona. – Espere aqui, que vou pedir para seu irmão vir te buscar.

– Ok! – Digo, escuto a porta do carro sendo aberta e logo se fechada.

Minha mãe desistiu de me guiar para os lugares nos primeiros anos depois do acidente. Eu sempre acabo brigando com ela, dizendo que nada adiantava para um cego tentar fazer isso e eu estava errado, pois meu irmão começou a fazer isso no lugar dela e digo foi melhor. Gosto muito de minha mãe, mas ela não tinha paciência para isso e nem teria tão cedo.

– Olha quem está aqui. – Falou meu irmão, pude identificar que ele estava do meu lado assim que ele abriu a porta. – Meu deus, como você cresceu.

– A gente se viu a dois dias atrás. – Digo e acabo rindo da minha própria piada. – Bem, você me viu.

Ele sempre acabava rindo, meu irmão era aquele tipo de que, a situação pode ate ser desconfortável, mas ele sempre ri para não perder o amigo.

 Ele pegou meu braço guiando para fora do carro e seguindo adiante, ele conversava sobre não estarmos na mesma escola e que seria triste por isso. Assim que entramos dentro de casa paramos, eu não entendi muito bem o porquê.

– Bem-vindo a nossa nova casa. – Disse ele tentando fazer efeito na sua voz e faz com que eu dou uma risada. – Bom ela não é muito diferente da nossa antiga. – Diz pegando de novo meu braço e me guiando até uma outra entrada que sem querer eu bato na porta e nós rirmos. – Bom essa é a sala, contou os passos da entrada? – Apenas confirmo com a cabeça e seguimos pela tur, que não demora muito para parar. – Essa é a cozinha e onde está a mulher mais linda do mundo. – Ele sempre puxou o saco de minha mãe para ter a atenção que eu tinha e isso me magoa.

 Seguimos até eu conseguir sair da casa e eu pude sentir o vento gelado que tinha. – Aqui fica o quintal e digo, não é lá essas coisas.

– Você sempre diz isso quando é bonito. – Digo sorrindo.

– Vem vamos ver seu quarto. – Diz ele. Para chegar meu quarto era o mesmo esquema que minha casa, subir a escada e dar os exatos 10 passos para o lado direito e chegamos. – Está entregue e a notícia ruim é que vou ter que dormir aqui com você até o papai desocupar o meu.

– Tudo bem, você sempre é bem-vindo no meu quarto. – Digo me sentando na cama e me deitando um pouco.

XX

Primeiro dia de aula é uma palavra que eu sempre pensava depois das férias, mas agora era diferente, por estar no meio desde que elas começaram. É normal para qualquer pessoa, menos para um cego, que iria depender de alguém nas primeiras semanas para conseguir se achar.

Eu acordei cedo com ajuda de meu irmão, pois se depender de mim eu fico na cama mesmo. Um ponto ruim das escolas é ter aula de manhã até de tarde, eu em particular ia só para ler e escutar o que o professor fala sobre a matéria.

Me levanto e sigo para minha rotina e vou até o banheiro que por sorte acho, já que meu lindo irmão não me mostrou antes. Eu abri umas três portas até realmente achar o banheiro que ficava no final do corredor. Nesses 10 anos sem enxergar aprendi a me arrumar sozinho, sem ajuda de ninguém, no começo minha mãe fazia isso para mim e às vezes meu irmão, o que me deixava de com vergonha.

Depois que me arrumo sigo em direção a escada que com ajuda do meu irmão, com o tempo eu iria me acostumar a andar sozinho dentro de casa, até mesmo na rua. Eu não gostava muito de ser ajudado, eu me sentia um inútil quando isso acontecia, eu apenas queria ser alguém feliz, sem ao menos ser dependente de alguém.

– Está entregue. – Falou meu irmão me sentando em uma cadeira, percebi outra presença além dele.

– Não vai me levar a escola? – Pergunto para ele confuso, sinto suas mãos em cima de minha cabeça, ele sempre conseguia transmitir calma.

– Não, tenho que ir para a minha que é mais longe. – Que beleza sobrou para a mãe, apesar de eu não enxergar ainda conseguia fazer cara de zangado, tipo eu me lembro de como é. – Ei, não fica assim, a mãe cuida bem de você.

– Tudo bem dongsaeng. – Digo com um sorriso no rosto. De certa forma eu o incomodava um pouco, sei que ele faz de tudo para me ajudar, mas ele tinha a vida dele e eu a minha.

Nós ficamos bastante tempo conversando sobre como seria os babacas da escola – acredite, toda escola tem. Eu disse que estava ansioso para isso, já que meus amigos que sempre estavam do meu lado, ficaram na antiga escola, eu sentia falta deles, apesar de estar apenas um dia aqui. Nessa hora Lay já estaria na frente de casa me esperando, aquele chinês que sempre me incomodava, quando eu contei que eu ia embora o pobre coitado chorava, sorte que ele tem o Suho como namorado.

Ele nem ao menos me ligou, ele conseguiu fazer, sei que se ele fizesse isso iria chorar pelo telefone. Tudo que eu queria era ter que voltar para a minha antiga escola e minha antiga cidade, eu apenas queria voltar ao normal.

 Depois que tomei café, ainda tentando me acostumar com o cheiro da nova casa e além do clima um pouco mais gélido que aqui tinha, eu e minha mãe seguimos para escola, ela disse que nós íamos de pé, mas depois ela tinha que sair e não ia voltar em casa, então fomos de carro. Acho que deu no mínimo uns dois minutos, eu até ri quando ela disse que chegamos.

Seguimos da entrada da escola até a secretária -segundo a minha mãe- onde se encontrávamos agora, diria que foram quarenta passos, isso poderia significar duas coisas, uma a escola é grande e outra a secretária era longe mesmo. Eu aposto no número um.

– Aguardem um momento que o nosso presidente de classe já está vindo. – Diz a voz da simpática mulher, outra coisa que eu adquiri foi que poderia identificar pessoas que são falsas e que são verdadeiras, com isso eu pude fazer bastantes amigos verdadeiras como o Lay e o Suho.

Ficamos sentado por alguns minutos, eu não estava tão preocupado assim, mas estava muito ansioso de poder encontrar com alguém legal, bondoso e que não se importe de ser amigo de um cego – portador de deficiência.

– Boa tarde. – Falou uma voz feminina, podia identificar que estava em nossa frente. – Sou a diretora Kim Seoyun. – Eu me curvei como respeito.

– Sou Do Kyungsoo. – Disse um tanto animado, mas por dentro estava me remoendo muito. – Prazer.

Estico minha mão para frente, na esperança de que ela seja atendida por qualquer uma que esteja ali para uma breve apresentação. Sinto a mesma sendo apertada, diferente do que eu pensava a mão tinha um formato um tanto masculina.

– Eu sou Kim Jongin. – Falou aquela voz masculina para mim, tomei um susto no começo, mas logo dei um sorriso de canto. – Sou o presidente de classe, pode me acompanhar?

– Sim. – Falo sem hesitar, ele pega meu braço e põe em seu ombro, por um momento lembrei do meu irmão com esse ato.

– A escola é um tanto grande, ela é considerada uma das melhores para pessoas com deficiência. – Sou portador. Penso comigo e apenas concordo com um som sem palavras. – A escola tem dois andares, o primeiro fica as salas normais e no segundo fica a de biologia, informática e a biblioteca. – Fez uma pausa antes de continuar. – Nessa semana vou lhe acompanhar, mas nas próximas semanas irá ter alguém para essa tarefa.

– Não precisa. – Falei um tanto envergonhado. – Eu consigo me virar sozinho.

– Ok, eu aviso minha mãe. – Falou e soltou um suspiro, pude identificar de ser um de, "eu não deveria ter falado isso". – Quero dizer a diretora.

Eu não estava surpreso que ele fosse o filho da diretora, pois não é qualquer um que pode ser o presidente de classe e além do mais, dar o exemplo de família. Na minha antiga escola eu e o presidente de classe sempre entravamos em conflito, por alguns motivos e o principal era por ele gostar de mim e sempre querer ficar perto de mim e me ajudar. Para as pessoas isso é muito fofo e para mim é uma idiotice.

– Bom chegamos. Vamos entrar. – Eu confirmo com a cabeça, da secretária até a minha sala deu uns 20 passos seguindo reto. Seguimos para dentro da sala, onde conseguia escutar pessoas falando. – Se-apresente.

– Ok. – Falo baixinho, quase sussurrando. – Olá, sou Do Kyungsoo.

O silêncio predominou a sala, eu não podia ver eles, mas conseguia escutar suas respirações e alguns suspiros de surpresa. O professor me orientou a sentar na cadeira da frente, onde já estava reservado para mim, ela ficava 6 passos da porta em uma diagonal.

A aula passou rápida, nem eu mesmo pude ver o quanto foi, mas assim que senti a uma mão pegando e me levantado, botando em seu ombro. Pude saber que era o Jongin, suas mãos eram macias e um pouco ásperas, podia sentir ela quente e um pouco suada.

– Aqui é o seu armário, me espere aqui, que já venho lhe buscar. – Eu apenas confirmei com a cabeça e escuto seus passos e sua presença ir embora.

Fico ali parado botando coisas no meu armário, eu também tinha um na minha antiga escola, mas esse parecia um pouco maior que aquele. Lá era fechado com cadeado de chave, aqui ainda não sei como será fechado, mas espero que seja com chave, por facilitar minha vida, na verdade facilitava eu não precisar dar senha para alguém me ajudar. Sinto duas mãos em minha frente, sinto suas vibrações para cima e para baixo, elas eram rápidas e um tanto quanto medrosas.

– Sou cego se é isso que quer saber. – Falei e pude ouvir o som de sua boca saindo com surpresa. – Posso sentir você.

Me virei para o lado onde a pessoas se encontravam, ela ainda passou algumas vezes sua mão em frente do meu rosto. Eu odeio pessoas assim, elas sempre acham que nós cegos – portador de deficiência – estamos mentindo sobre isso, eles duvidam se realmente somos cegos e se temos outra deficiência.

– Me desculpe esse cabeça oca por estar incomodando você. – Falou uma voz mais doce e calma que vinha um pouco mais afastado de nós, a pessoa que ainda está em minha frente nada diz. – Chanyeol é um tanto peculiar, então não se preocupe que cuido dele.

– Ele é mudo? – Perguntei, recebendo uma risada dos dois.

– Não, ele apenas está envergonhado com que fez. – Falou a voz que se encontrava a direita do outro. – Sou Baekhyun, o namorado desse tonto.

– Desculpe é que eu não queria ter feito aquilo sabe. – Falou aquela pessoa que até um tempo atrás não falava nada. Dou um sorriso e me viro para o armário botando o resto das coisas. – Realmente não queria, é que você não parece ser cego. Quero dizer...

– Não se preocupe com isso, as pessoas sempre falam isso para mim. – Dou outro sorriso me virando para ele.

– Você está sozinho? – Pergunta o mais calmo. Eu apenas neguei com a cabeça fechando a porta do armário.

– Não, o Kim Jongin já vem. – Dou um sorriso para os dois, eu queria ver seus rostos, pois nada falaram e apenas suspiraram. Eu queria sentir o que eles estavam tentando falar em silêncio.

– Tome cuidado com ele. – Diz Baekhyun, ele ainda estava calmo, mas tinha um tom mais sério em suas palavras. – Não confie nele.

– Por quê? – Falou uma voz fazendo a mesma pergunta que eu ia fazer, a voz do Jongin. – Por que ele não pode confiar em mim?

– Por nada. – Pude sentir a presença dos dois desaparecer em meio à multidão que eu podia sentir com a vibração do local, outro superpoder. – Vamos. – Falou com uma voz ainda neutra.

Depois que a aula acabou sigo em direção a saída com o Jongin, ele não falou mais nada depois do recreio e nem questionou sobre o que o casal tinha falado. Eu poderia ser macabro e meio do mal, mas ele me assusta por falta de assunto, não que eu precise de atenção, mas ele foi o primeiro que não perguntou da minha cegueira, o que me deixava confortável.

– Vamos para casa? – Escutei a voz do meu irmão, ele sempre me buscava na antiga escola, e pelo jeito não mudou nada.

– Vamos sim Wonsik. – Me virei para o meu ajudante de hoje e dei um sorriso. – Até amanha Jongin. – Ele apenas fez “Hm? Até


Notas Finais


Trailer da fanfic: https://youtu.be/-SQJa4nngDY
Sei que esse capítulo ficou meio blá, mas é mais para conhecer o personagem, vai ser assim com o capítulo também e ai no 3 começa realmente a história.
Bom espero que tenham gostado e não vou falar muito que tenho que sair.
Mais uma coisa eu não sei ao certo que dia eu att a fanfic já que ela é mais de 3k de palavras, mais do que eu já escrevi em qualquer fanfic.
Estou indo Saranghae <3


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