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História O Menino que não enxergava (Sendo Revisado) - Entre Flores e Campo


Escrita por: ThaN1 e Park_Stylison

Notas do Autor


Olá,
Vamos para o cap.
Qualquer erro me desculpe.
Saranghae <3

Capítulo 11 - Entre Flores e Campo


Pensei que a semana iria se arrastar, ainda mais quando eu não desgrudei um minuto se quer do Jongin, eu queria aproveitar ao máximo estar do seu lado, ainda mais quando ele me mima bastante. Tem dias que ele vai lá em casa e eleva tudo que é tipo de comida que pode se pensar e ele nem mesmo se importava se eu iria engodar ou não, mas eu não reclamava, não é sempre que tinha esse agrado e além do mais, não se recusa comida.

Hoje seria diferente, pois era meu aniversário, eu iria almoçar com a minha família e depois iria jantar com a senhora Heemin e o Nini. Eu me sentia da família deles agora, por vários motivos, desde a senhora Heemin dizendo que era mais neto que o Jongin, até minha sogra está me tratando da família. Apenas o pai de Jongin que não conheci direito e o Jongin disse que não era bom eu falar com ele.

A primeira vez que perguntei sobre o porquê seu pai e ele ser assim, ele apenas disse que não gosta de falar dessa parte de sua vida, eu não ia insistir, pois devo imaginar que dever ser ruim para ele ter um conflito com o pai dele. Eu vou fazer ele esquecer essa parte ruim da sua vida e além de fazer ele feliz todos os dias, tentarei ao máximo fazer isso, pois não quero ver ele sofrer e muito menos lembrar de um passado escuro de sua vida.

Eu gosto muito dele, ao ponto que não consigo explicar, apenas sua voz, seu cheiro e sua presença faz com que meu coração acelere de um jeito que nunca acelerou na vida. Ele me traz sensações boas, toda vez que nos beijamos e trocamos carinhos é algo que era uma sensação que não conseguia explicar e muito menos dizer o que eu sinto.

Às vezes quando eu ia dormir na sua casa, ele passava a noite inteira fazendo carinho em mim até eu cair no sono, tinha vez que ele me beijava e ele sempre dizia que sempre trazia sensações diferente para ele, e eu confessava que para mim também. Ele me fazia bem, sempre que pudesse estávamos trocando carinhos e nunca iria reclamar, muito pelo ao contrario ser mimado por ele era algo que eu mais gosto.

Acho que estou apaixonado de mais por ele, acho que essa paixão está virando amor.

Acho que seria forte demais falar amor, mas é o que eu sinto, é o que eu quero sentir isso dele. Não sei como confirmar isso e muito menos é como sentir amor, eu queria poder procurar nos livros, mas todos que eu li em Brailler falavam que o coração acelera e borboletas se espalham pelo corpo e principalmente na barriga, era o que eu sinto pelo Jongin.

Mas quero uma confirmação completa se realmente é a amor e não sei como fazer, eu tenho vergonha de perguntar para minha mãe e nunca perguntaria para meu pai. Tinha dúvidas se meu irmão ama o Leo, ele me contou que ele sentiu no seu primeiro beijo e também sobre seu coração sempre estar acelerado quando os dois estão juntos, é o mesmo que eu sinto pelo Jongin.

– Você está perdido nos pensamentos, meu filho? – Perguntou meu pai e eu apenas fiz “Hm? ”. Eu estava sentado no sofá esperando que minha vó e Lay para passar o dia comigo. – Eu te chamei, mas você não escutou.

– Desculpa, pai. É que estava pensando como eu posso gostar tanto de alguém. – Confessei, ele botou as mãos em meus ombros.

– Às vezes não escolhemos gostar de alguém. – Falou ele de forma calma. – Quando eu conheci sua mãe nunca pensei que nós estaríamos juntos e ainda mais tivemos você e seu irmão.

Eu já tinha escutado a história dos dois, ele o nerd da escola que ninguém conhece e ela a líder de torcida que nunca tinha visto o nerd na vida e por causa de um trabalho que o professor de História deu a eles ficaram juntos. Depois desse trabalho os dois se apaixonaram um pelo outro e aí teve aquela coisa de adolescente, sobre o nerd ser alvo de bullying por namorar a líder de torcida.

Eu gosto da história de amor deles, é como se fosse um livro e ainda mostra que o amor vence, eu conseguia sentir o orgulho de quando eles contam sobre sua história de suas vidas. Eu ainda sonho com um amor assim e espero que o Jongin seja um amor forte como esse.

– Sabe filho, eu gosto muito do Jongin, ele parece um menino bom. – Diz ele se levantado. – E nunca perca ele. Agora vamos que sua vó já vai chegar e o Lay também.

– Ok. – Dou um sorriso para o mesmo tentando localizar ele.

Sigo com o mesmo até a porta da frente, minha mãe e meu irmão devem estar na cozinha como de costume quando tem visita, não quero me gabar, mas já me gabando, eles são os melhores cozinheiros da Coreia. Jongin gosta muito da comida da minha mãe e a do Ravi, ele sempre vem comer uma vez por semana aqui.

– Oi amor, desculpe a demora. – Falou ele. Sinto seus lábios nos meus. Eu corei com essa atitude ainda mais com o appa perto de nós. – Eu tive que resolver uns problemas com a minha vó.

– O que foi com a senhora Heemin? – Perguntei preocupado. Eu sabia que ela já é de idade e por isso ficava preocupada com a sua saúde.

– Não, ela apenas pediu uma ajuda. – Ele pegou em minha mão e ficou na minha frente. – O que faz aqui fora?

– Esperando minha família chegar.

Ficamos conversando de assuntos aleatórios, meu pai e Jongin fazem uma dupla em tanto, tanto que eles chegavam a esquecer de mim em umas partes da conversa. Eu não me importava, gostava da interação dos dois juntos, eles eram fofos e pareciam parentes a tempos e sabia tudo um sobre o outro.

Não demorou para minha vó, meu tio, Lay e Suho aparecerem, logo entramos, apresentei Jongin para minha avó que disse que ele era muito bonito que eu tinha sorte de ter ele para mim. Lay quase me matou, me abraçou e me apertou, quase me sufocando, nada fora do normal. Suho foi aquele “oi” apenas com um comprimento de mão.

Me sentia feliz, tinha todos ali comigo, minha vó aprovou o Jongin, o mesmo quase não falou, acho que ele deve estar com vergonha ou com ciúmes do Lay, já que o mesmo não sai de cima de mim. Depois de um tempo chegou o Leo que logo foi apresentado para minha vó e o mesmo quase não falou nada assim como o Jongin, acho que posso concluir que os dois estavam com vergonha da minha vó, pois no máximo que eles falavam eram as respostas de perguntas direcionadas para eles.

Ficamos ali por um tempo, na verdade na espera do Sehun, Luhan, Baekhyun e Chanyeol, convidei os mesmos para o meu aniversário. Me aproximei bastante dos quatro, eles sempre me ajudavam quando precisava ainda mais o Luhan, ele é como se fosse um irmão mais velho para mim e me deu ótimos conselhos sobre o Jongin.

Um desses foi o dia da briga do Jongin com o pai dele, ele me contou que aconteceu uma coisa com o Jongin que fez o pai dele começar a odiar o próprio filho. Ele ainda me falou sobre deixar que o Jongin falar com o tempo e que um dia ele me conta o seu passado.

– Chegamos. – Escutei a voz do Luhan, logo senti seu abraço sobre mim. – Feliz Aniversário.

– Obrigado. – Dou um sorriso. Logo em seguida todos dão feliz aniversário para mim, me dando abraços e alguns presentes e que apenas sorria com aquilo.

Ficamos todos conversando sobre meus feitos vergonhosos e sobre como eu era. Minha mãe lembrou de quando eu tinha ciúmes do Ravi com os outros, pois ele era meu irmão mais novo e eu nem me lembrava disso. Meu irmão falou sobre a primeira vez que saímos e ficamos bêbados e a mãe quis nos matar.

– E você Jongin, como conheceu meu pequeno Kyungsoo? – Falou Lay com ênfase no meu, se eu visse o rosto do Jongin ele provavelmente deve estar um pouco emburrado, pois sua mão apertou um pouco na minha.

– Eu era o tutor dele por uma semana. – Falou ele, ele virando minha mão e para entrelaçar na sua. – Foi quando convidei ele para ir comigo no cinema e ele aceitou. Depois ensinei ele a andar de bicicleta e ele caiu e eu cai por cima dele. – Eu já estava com um sorriso bobo no rosto. – E nós se beijamos.

– Que lindos. – Falou minha avó, ela estava bem animada hoje. – Mas não é ruim namorar ele?

Aquilo me pegou de surpresa, acho que não só a mim, como a todos presentes. Eu não saberia dizer o que eu senti, apenas fiquei em silêncio com aquela pergunta.

– Desculpa? – Perguntou confuso o Jongin.

– Se não é difícil namorar o Kyungsoo, já que ele é cego. – Falou ela, eu apenas apertei a mão do Jongin em um pedido mudo para não fazer nada. – Ele deve ser um peso para você.

– Desculpa senhora Do, mas ele não é um peso para mim. – Falou ele calmo. – Muito pelo ao contrario eu que sou um peso para ele, pois ele que cuida de mim.

– Ah sim. – Respondeu minha vó, parecia sem graça.

– Vamos canta agora os parabéns para o Kyungsoo? – Falou meu irmão quebrando o clima que tinha se instalado, logo todos concordaram.

Logo todos fomos para a mesa, Jongin me colocou na ponta onde minha mãe pediu, ele ficou do meu lado. Lay como era muito de provocar e aposto que ele vê que o Jongin tinha ciúmes dele, ficou do outro lado, a diferença era que ele pegou meu braço e ficou grudado nele.

Logo estávamos cantando parabéns e depois comendo bolo, aquele dia estava muito agradável, tirando a aparte da minha vó, estou gostando muito desse dia. É meio estranho, mas sinto que algo de ruim vai acontecer, não por eu ser pessimista, mas por minha vida nunca ser tão perfeita.

– Está muito bom. – Falou Jongin alto, acho que era para chamar atenção. – Mas irei roubar meu namorado, por hoje. Ele ainda volta amanhã e aproveito e já te busco Wonsik.

– Ok. – Falou meu irmão.

– Então tchau. – Falou Jongin me puxando pela mão.

– Tenham juízo. – Falou minha mãe, corei fortemente com esse comentário, pois todos riram.

– Pode deixar, Omoni. – Falou Jongin. E logo saímos dali.

XX

Luhan nos levou, mas não para a casa de Jongin e sim para um lugar onde tinha cheiro de campo, ou seja, longe da cidade. Eu não poderia ter as melhores coordenadas, mas tinha um belo de um olfato, o que nunca falha e pode acreditar ele nunca falha.

Jongin não falou nada, mesmo eu perguntando onde nós estávamos indo, ele apenas dizia que era meu presente de aniversário e que era para eu confiar nele. Quando o carro parou ele me pediu para esperar ele ali, assim eu fiz, eu e o Luhan conversamos bastante sobre a viajem, que infelizmente ele não vai poder ir, mas o Ravi e o Leo iriam poder ir, minha mãe não iria deixar se os dois não irem.

– Vamos? – Falou Jongin, eu apenas confirmei.

– Onde nós estamos? – Insisti na pergunta.

– Logo irá saber. – Falou ele roubando um beijo meu.

Adoro quando ele rouba um beijo meu, às vezes para passar confiança e às vezes para trocar carinho, algo que eu gosto muito de receber.

Subimos um grande lance de escadas, eu estava já morrendo, mas diferente do lugar favorito dele, essas eram mais agrime e parecia ter mais degraus. Logo que chegamos lá em cima, já são postos algo em nós, para mim era tipos de sinto de segurança e eu nada falei, pois não saberia o que seria e apenas confiaria no Jongin.

O moço que nos vestiu logo disse que estava tudo pronto, meu coração estava acelerado, não pelo fato de fazer algo que não sou capaz de ver e sim por sentir o corpo do Jongin sobre o meu. Ultimamente ando com desejos do Jongin, isso de resume desde a primeira noite que dormi em sua casa.

– Feliz aniversário, Kyungsoo. – Gritou Jongin e se jogou comigo.

Era uma queda livre, o vento batia em meu rosto, eu apenas sabia gritar, nunca tinha feito isso e nem sabia que era possível. A sensação de liberdade me atinge em cheio fazendo com que os gritos se transforme em um sorriso meu e meu coração que estava falhando, agora pulava de alegria. Era uma sensação que não conseguiria explicar direito, era algo que não sei achar uma palavra certa, mas tinha um sinônimo de libertação com alegria.

Se eu falasse que estou sendo um pássaro estou mentido, pois pássaros não caem, mas sinto a mesma sensação de liberdade com o vento batendo em meu rosto, queria poder ver, mas sinto que a sensação é muito diferente.

Sinto que sou balançado para cima de novo, como se fosse um elástico, logo vem o frio na barriga e me faz cada vez apertar o Jongin que apenas ria e às vezes gritava junto comigo. Assim que parou de balançar, senti que estávamos de cabeça para baixo, Jongin passou as mãos em meu rosto e logo me beijou.

– Sempre quis beijar desse jeito. – Falou ele para mim.

– Eu nunca pensei em beijar assim. – Confessei, escutei seu riso e logo, eu tomo seus lábios. – Mas foi uma ótima ideia.

– Eu sempre tenho uma ótima ideia.

– Convencido. – Falei rindo.

Não demoraram para nos tirar de lá, ficamos mais um tempo antes de ele falar que me levaria a um lugar que ele costumava a ir com seu irmão. Jongin me contou sobre seu irmão e seu pai, como ele conseguiu tirar o nome da família e que foi a maior afronte que o pai dele já teve e ainda mais por um filho.

Ele sentia orgulho do seu irmão, pois ele vivia o que ele queria sem depender do orgulho da família Kim, tanto que o sonho do Nini era dançar, mas nunca poderá realizar esse sonho já que assumiria a empresa do pai dele. Ele diz que é uma coisa que ele deve fazer e não está necessariamente sendo obrigado pelo pai, eu sei que está, mas se ele escolheu isso.

– Chegamos. – Falou ele. – Sente aqui.

– Onde estamos?

– Em um campo cheio de flores. – Falou ele.

Sinto a brisa que o lugar nos dá, o cheiro de rosas, margaridas e girassóis em todo lugar. Posso sentir o sol em minha pele, apesar de ser inverno consigo me aquecer com ele e com o calor do Jongin que está muito colado em meu corpo. Escuto barulhos de abelhas e bate asa de beija-flor, sinto uma paz em meu interior que nunca pensei em senti, sinto o amor em minhas aveias percorrendo junto com adrenalina que meu cérebro solta com tanto carinho que recebo.

Jongin sempre me deixa com essa sensação, mesmo que às vezes eu e ele discutimos por coisas bobas, sempre estamos pedindo desculpas um para o outro. Ele me deixava com agitado em um sentido bom e muito feliz em sua presença, ele foi o primeiro a me deixar assim, espero que nada aconteça com nós, pois sinto que eu o amo.

Esse amor que um dia vou declarar, por ser ainda muito cedo para dizer isso, sei o que eu sinto, mas não sei se ele sente a mesma coisa que eu, eu ainda desejo que seja a mesma coisa. Dizem que não se pode ver sentimentos, mas se pode ser sentir, mas o Jongin não mostra muito esses sentimentos para eu conseguir sentir, talvez eu esteja sendo duro demais.

Acho que ele sente o mesmo, pois se não me traria para seus lugares favoritos como eu estou agora, principalmente nessa paz que é esse lugar. Ele pega em minha mão, transmite a paz que ele está tendo e com um simples gesto ele levanta meu rosto e me beija. As borboletas que antes estava no campo, agora estão na minha barriga, elas sempre estarão quando se é o Jongin quem me beija.

– Acho que sinto algo a mais por você. – Falou ele para mim, isso me pegou de surpresa e eu apenas sei um sorrio.

– Seria que tipo de sentimento? – Perguntei, mas já sabendo a resposta.

– Um sentimento que nunca senti antes. – Respondeu. Meu coração estava acelerado e todo meu corpo estava assim. – Eu não consigo descrever ele.

– Acho que eu sinto a mesma coisa. – Confessei. – É tão grande não consigo descrever.

– Isso mesmo, meu pequeno.

Ficamos trocando carinho até o Luhan nos chamar para ir embora, pois o Sehun precisava ir para casa dos pais dele, apenas confirmamos com a cabeça e logo seguimos para o carro. Não demoramos muitos para chegar na casa do Jongin, eu não precisava mais levar roupas para lá, pois nesses quase um mês de namoro já tinha levado quase metade do meu guarda roupa.

A senhora Heemin logo nos recepcionou dizendo que tínhamos demorados para chegar, Jongin apenas falou que ele foi dar meu presente, o jeito que ele falou teve segundas intenções, tanto que logo a senhora Heemin fez uma piada sobre o assunto que corei.

Ela nos chamou para jantar, comemos e rimos bastante. Eu gostava muito da senhora Heemin, ela me fez amar alguém fora da família sendo considerada como minha família, amo muito ela e um dia quero enxergar ela com os meus olhos. Eu estava tão confiante com o novo doador, eu queria enxergar o Jongin, a senhora Heemin, minha mãe, meu pai e meu irmãozinho, nunca quis tanto na minha vida como essa vez.

Logo depois do jantar vamos conversar na sala, eu me sinto a pessoa mais feliz do mundo, mas ainda sinto aquele sentimento estranho de que algo vai acontecer comigo. Tento ignorar esse sentimento, vontade a rir com minha família, pois a senhora Heemin contava quando o Jongin era terrível, tanto que seu pai até comprou uma casa fora do país para ele ficar nas férias.

Ela me contou sobre ele sempre arrumar confusão até os doze anos de idade e que sua mãe sempre teve que encobrir seu filho. Ele era uma dor de cabeça, as palavras dela que descrevia sobre o seu neto de sangue, eu apenas ria de seus comentários e dos resmungos que meu Nini fazia, às vezes ele não deixava ela terminar de falar e ainda resmungava. No meio da conversa meu celular começa a tocar, logo penso no Lay.

– Alo? – Digo ainda rindo da senhora Heemin.

Alo, Kyungsoo? – Falou uma voz desconhecida.

– Sim.

Aqui é do Hospital de doação. – Falou a voz, meu coração parou, acho que finalmente vou ganhar meus olhos. – Estou ligando sobre sua doação que deveria ocorrer conosco.

– Deveria? – Não gostei de nenhum pouco desse verbo do passado, minha expressão deve ter mudado, pois as mãos do Jongin ficam em cima da minha.

Sim, infelizmente o seu doador cancelou sua doação. – Eu acho que fiquei em choque, não queria sentir nada, ou demonstrar nada.

– Está tudo bem, obrigado. – Desliguei o telefone em silêncio.

Não quero chorar na frente do Jongin e a senhora Heemin, eu ainda mais quando eles estavam felizes por eu estar ali, eu queria deixar a boa maneira para eles. Na verdade, não queria que ele tivesse pena de mim, um pobre coitado que era cego e não merece amor nenhum nessa vida, minha vó sempre teve razão em dizer que sou um peso para as pessoas.

– O que foi? – Falou o Jongin.

– Cancelaram a doação.

– Mas por quê? – Perguntou ele.

– Não sei. – A vontade de chorar ficou mais forte que eu achei que teria. – Está tudo bem, já estou acostumado com isso, não é a primeira vez. – Digo tentando me conformar, ainda mais com essa dor no peito. – Quero ir no banheiro, com licença.

Caminho em direção ao banheiro, apesar da casa ser grande, eu ainda conhecia andar bem no local de tantas vezes que vinha para cá, algumas para dormir e outras para passar as tardes com a senhora Heemin. Eu entro no cômodo e logo consigo chegar perto do balcão, me encosto nele e fico parado por um tempo tentando controlar minha respiração.

Não quero chorar, não é a primeira vez que isso acontece, mas porque dói tanto em mim, porque dessa vez é diferente, porque eu não posso ver meu namorado, sua vó e minha família. O que eu fiz de errado para ser tão miserável nessa vida, porque eu tive que ficar assim? Eu queria respostas, mas nada vinha, apenas o aperto do meu peito.

A porta do banheiro se abre, me esqueci de tranca-la, eu não queria chorar, para quem quer que esteja ali, eu apenas queria aguentar essa dor que está me cortando no peito. Sinto um braço passando entre meus ombros, fazendo eu perceber que era a senhora Heemin quem estava ali, ela me passou conforto e confiança.

– Pode chorar, meu bebê. – Falou ela, minha lagrimas queriam descer, mas eu me recusava. – Está tudo bem em chorar, meu anjo.

– Eu...Eu só queria enxergar vó. – Falei sentindo as palavras trancarem em minha garganta anunciando o choro, algumas lagrimas já caiam.

– E você vai. – Ela apertou mais em seus braços. – Se eu pudesse, eu doava meus olhos para você. Eu daria para você ver o quanto você é lindo.

Eu já não tinha controle do meu choro, nada pronunciei, apenas me permiti chorar em seus braços, ela me dá um beijo na testa e foi quando percebi que ela chorava também. A dor no meu peito só aumentou com isso, eu era um fardo para ela e para o Jongin, eu não queria que ela chorasse por minha causa.

– Eu amo você, se eu pudesse daria para você meus olhos. – Repetiu ela e logo me virando para sua direção e limpando. Eu amava ela, eu sei disso, pois esse amor era incondicionalmente e ainda teria poder dizer o quanto sou grato pelo seu amor. – Agora vem, vamos deixar esse drama de livro para o lado que ainda é seu aniversário e eu tenho um presente para você. Ok?

– Ok. – Dou um sorriso e logo sou guiado para fora do banheiro para direção da sala, onde logo Jongin me abraça e diz que tudo vai ficar bem, que ele estará sempre do meu lado.

Ficamos conversando mais um pouco até que a senhora Heemin me entrega uma caixa com o meu presente, não saberia dizer o que era, apenas pude escutar o barulho que ela tinha.

– É uma coleção de áudio livros que eu gravei para você. – Diz ela pegando em minha mão. – Sempre que quiser escutar minha voz quando eu não estiver, escute esses livros.

– Obrigado. – Falei com um sorriso no rosto, um sorriso simples, mas verdadeiro.

Vou com o Jongin para o quarto dele, dormiria lá hoje, mesmo que eu não quisesse dormir lá pela a notícia ele me implorou para ficar. Não conseguia dar argumentos e eu apenas cedi seu desejo e fiquei. Já tinha a parte de cima do meu pijama e logo o botei me deitando em seus braços desnudos.

Eu gostava de dormir com o Jongin, era algo que eu me sentia aliviado e seguro, ele me trazia paz assim como aquele campo que ele me levou, ele me fazia feliz assim como aquelas sensações que eu sentia. Eu sentia me especial por ter ele comigo, eu sentia sortudo por ter o Jongin comigo e o quanto ele me mima.

– Você está bem? – Perguntou ele preocupado e me tirando dos pensamentos.

– Está tudo sim. – Falei confirmando com a cabeça.

– Eu estou perguntando se você está nervoso para a viajem. – Ele me falou e eu apenas concordei. – Não se preocupe eu cuidarei de você.

– Nini. – Chamei e ele apenas fez um som de atenção para mim. – Acho que eu sei o nome desse meu sentimento que é parecido com o seu. – Confessei.

– Qual seria? – Perguntou ele confuso e eu me concheguei mais nele.

– Amor, eu acho que te amo. – Meu coração estava muito acelerado.

– Eu também acho que te amo, Soo. – Ele se acomodou em mim.


Notas Finais


Olá de novo,
Gostei bastante desse cap, ele no futuro vai fazer sentido, eu gosto da interação da senhora Heemin com o Kyungsoo, acho muito fofo, Cap que vem é a viajem, a o cap 13 tem Lemon, já aviso agora.
Não sei o que falar muito, na verdade to sem vontade de falar hoje. Desculpe :(
Acho que é isso.
Ah obrigado pelos mais de 200 Favoritos
Saranghae <3


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