História O Menino que não enxergava (Sendo Revisado) - Eu te amo

Final

Olhar o meu pequeno de costa parece algo surreal, quase não dá para acreditar, sentir seu cheiro, sua pele e tudo que ele tem, é como se eu voltasse há sete anos atrás. Ele quase não mudou nada, eu também não, mas mesmo assim ele continuava meu e ele continuava a me amar, pois meu maior medo nesses últimos setes anos foi ele me esquecer e eu não poder fazer mais parte de sua vida e do seu coração.

Olhando ele arrumando de novo suas malas, reclamando o quanto o Minseok tinha feito sua mala errada, pois só botou roupas inapropriadas para a viagem, me fazendo ri do jeito que ele ficava bravo, o mesmo jeito que ele tinha, muito fofo. Chego por trás dele e beijo sua nuca, o mesmo se arrepiou todo, ele se virou de frente para mim e entramos em nosso mundo, onde só nós se entendíamos e só nós conseguíamos entrar.

Aquele mundo onde eu queria viver para sempre, esse mundo que apesar de ser novo para ele, é antigo para mim. Vou fazer ele enxergar esse mundo, onde exista só nós dois, onde somos os reis que comando o amor de forma mais linda desse mundo. Ele dá um sorriso, mas não quebra o contato visual, aquele era o mais lindo sorriso que eu já vi em seu rosto, para falar a verdade todos os seus sorrisos eram lindos, ele era lindo.

– O que tanto me olha? – Perguntou ele.

– Te olho por você ser a pessoa mais linda que eu já vi nesse mundo. – Ele cora, mas dá um sorriso. Beijo seu queixo e vou dando vários beijos até a sua boca.

O beijo começa calmo, Kyungsoo começa aos poucos explorar minha boca, fazendo com que meu corpo se arrepiasse e as clássicas borboletas surgissem em minha barriga. Minhas mãos começam a percorrer seu corpo até chegar em sua bunda, onde eu aperto ela, fazendo com que o Soo arfa com isso. O beijo começa a esquentar e fica cada vez mais quente, começo a levantar sua camisa devagar.

Separo o beijo apenas para nos recuperarmos o folego, mas logo volto a beijar ele com uma forma mais urgente e o mesmo parecia bastante urgente no beijo, ele retira minha blusa e aproveito para começar a marcar seu pescoço. Ele gemia baixo enquanto marcava ele e apertava sua bunda com vontade fazendo o mesmo arfar várias vezes, posso ter certeza que ele vai estar todo marcado mostrando o quando matamos nossa saudade para as outras pessoas.

Tiro sua mala de cima da cama e coloco ele deitado nela, vou beijando seu corpo até chegar em sua calça retiro devagar, mas apenas deixo sua cueca. Passo a beijar suas coxas e dar pequenas mordidas nelas fazendo ele gemer um pouco, com uma das mãos começo a acariciar seu membro que já estava ereto, ele passou a gemer mais alto com esse ato.

– Você estava com saudades minha? – Perguntei olhando com luxuria para meu pequeno.

– Muita. – Respondeu ele em um suspiro depois que dei uma lambida em toda a sua extensão. – Não sabe... ah... quanto.

Dei um sorriso com sua confissão, assim me fazendo abocanhar seu membro por completo dentro da minha boca, o mesmo dá um gemido alto e arca as costas fazendo com que entre mais e mais dentro da minha boca me fazendo engasgar. Ele me olha como se pedisse desculpas pelo ato, apenas dou um sorriso tranquilizados para ele e voltou a dar atenção ao seu membro.

Ele gemia a cada descida e subida que minha boca fazia em seu membro, ele suspirava e se contorcia, era como ele fazia antigamente me fazendo sorrir enquanto fazia. Ele mordia o canto daquela boca e depois soltava de uma forma sexy que me deixa com mais tesão do que já estava. Ele de vez em outra me olhava, mas sempre desviava por estar muito envergonhado por fazer isso, porém nem um momento quis parar.

Virei ele de costas para mim, começo a beijar suas costas e descendo devagar até chegar em suas nádegas e começar a dar lambidas e mordidas nelas fazendo com que Kyungsoo gemesse alto o suficiente para que o prédio todo saber o que acontecia ali. Abro bem suas nádegas mostrando seu buraco que perecia mais aperto do que já era, fazendo com que meu membro doesse por conta da calça e cueca.

Começo a lamber seu buraco devagar, mas ao mesmo tempo intensamente o que fez ele gemer alto com aquilo, ele empinava mais a bunda para mim como se pedisse mais e eu fiz. Coloquei o primeiro dedo dentro dele e ele gemeu alto com o desconforto, comecei a beijar sua coxa para tirar sua atenção.

Com um dedo apenas dentro do seu interior comecei a fazer os movimentos vai e vem até que consegui escutar seu gemido de prazer fazendo eu pôr o segundo dedo e o mesmo apenas gemeu mais alto. Esperei ele se acostumar um pouco com os dois dedos para que logo eu começar a movimentar os dois dedos de forma rápida e depois fazendo o movimento tesoura fazendo o mesmo gemer cada vez mais alto.

– Jongin... – Gemeu ele em puro desleite. Confesso que senti tanta falta de ele gemendo meu nome, não que eu seja safado ou algo assim, mas tinha noites que me masturbava lembrando dele gemendo meu nome.

– Sentiu muita falta disso, baby? – Perguntei e recebi um gemido com um sim e me fez sorrir mais com aquilo. – Pode me ajudar a lubrificar?

Retirei os dedos do seu interior fazendo o mesmo resmungar com minha atitude, mas mordeu os lábios enquanto me via tirando a minha própria calça, ele me olhou de uma forma sexy fazendo meu membro apertar mais contra minha box. Retirei tudo, eu venho gatinhando em minha direção de forma sexy e me olhando nos olhos, antes de virar para meu membro ele dá um sorriso sapeca.

Dou um gemido alto quando ele bota apenas minha glande dentro de sua boca, ele começa a brincar com ela, dando sugadas e lambidas discretas, mas logo ele bota todo meu membro dentro de sua boca. Dou um gemido alto e o vai e vem começa, ele sabia fazer aquilo com maestria, eu delirava com cada sugada e cada subida me deixando em êxtase, eu revirava os olhos enquanto ele ainda “mamava”.

Ele passou a lamber toda a minha extensão fazendo com que eu dei um gemido em puro deleite e reviro os olhos quando ele começa a brincar com minhas bolas, passando a língua em ambas. Ele brincava e de vez em quando ele fazia algo que ele tinha aprendido comigo me fazendo xingar por ser tão bom, ele era perfeito fazendo isso.

– Está muito bom, mas não quero gozar, quero estar dentro de você. – Falei com um suspiro depois dele dar uma última lambida no meu membro.

– Você vai ter que ir devagar, pois faz sete anos que não faço nada. – Ele parecia um pouco apreensivo, eu apenas puxei ele para um beijo tranquilizando.

Com esse beijo consegui passar ele para cima de mim, posiciono meu membro em sua entrada e faço ele e descer devagar nele, ele geme contra meus lábios, sei que está sendo para ele, mas ele consegue. Começo a beijar ele para disfarçar essa dor que ele sente, consigo por tudo dentro dele e fico parado um tempo até ele começar a dar pequenas reboladas no meu membro o que me excita mais.

Ele começa a subir e descer devagar, ele gemia puro deleite e eu junto com ele, nós estávamos mais uma vez unidos em alma, ele era essa minha alma que faltava e era a parte de mim que eu sempre vou amar. Deito e levo seu quadril para cima começo a estocar ele um pouco mais rápido ele geme alto me fazendo cada vez mais fundo nele.

Ele dá um grito quando acerto seu ponto várias e várias vezes em seguida, ele começa a geme contra meu ouvido e sempre que podia ele pedia para ir mais rápido no seu interior e eu fazia o que ele pedia. Tirei ele de cima de mim e botei ele deitado, me posiciono entre suas pernas fazendo com que o mesmo me olhe e começo a penetrar ele de volta.

Começo as estocadas lentas enquanto beijo ele, seu beijo era um vício para mim, eu já estava doente sem seu beijo e sem nada que tenha a ver com ele, estava necessitado do Kyungsoo e pelo jeito ele de mim. Ele passou alto se masturbar na mesma velocidade que minhas estocadas que já estavam rápidas e muito certeiras pelos seus gemidos.

– Amor... – Chamou ele em puro deleite.

– O que foi, minha vida? – Perguntei dando leve estocas para ele conseguir falar, ele olha em meus olhos.

– Eu te amo muito.

– Eu te amo mais. – Dou uma estocada fundo fazendo ele revirar os olhos. – Vamos gozar juntos como sempre.

– Ok, mas deixa eu em cima de novo. – Falou ele.

Obedeci e botei ele em cima do meu colo e ele começou a cavalgar rápido e eu o masturbava na mesma velocidade, aquilo fazia que ambos nós sentíamos um prazer imaginável e muito complicado de explicar, pois estávamos me uma só alma. Ele já gemia alta anunciando seu gozo e eu junto com ele, na mesma hora que ele goza suas paredes internas se apertam fazendo com que eu gozasse logo em seguida e ele cai do meu lado.

– Eu te amo. – Falou ele.

– Eu o amo mais, muito mais. – Falei manhoso e deito em cima do seu peito.

– Ya, essa posição é minha. – Indagou rindo eu ainda mais.

Ele começa a fazer carinho em meus cabelos, e sussurrava o quanto me amava e eu dizia que o amava muito mais e o sono começou a aparecer para mim e só a última coisa que escutei foi “Você é meu tudo”.

XX

Acordei com um barulho do meu celular tocando, acordo um pouco assustado e olho para o lado e para o outro um pouco assustado, mas dou uma aliviada quando vejo que o Kyungsoo está dormindo como um anjo do meu lado e dou um sorriso antes de beijar sua testa. Procuro meu celular nas minhas roupas que estavam no chão e o encontro vendo que era o Sehun me ligando e olhos as horas já eram quase meia noite.

– Alo? – Pergunto meio sonolento ainda.

– Onde vocês estão? – Perguntou ele todo preocupado.

– Estamos na casa do Kyungsoo. – Falei me sentando na beira da cama fazendo carinho nos cabelos do Kyungsoo. – Porque?

– Esqueceu da viagem?

Merda! Tinha me esquecido, também acabei fazendo amor com o Kyungsoo, olhei para o meu pequeno que agora estava acordando aos poucos, eu ainda podia viajar, mas chegaria umas duas horas da manhã. Seria mais fácil eu levar ele amanhã, já que precisava contar sobre o que aconteceu com a senhora Heemin e tudo mais.

– Eu vou sim, mas hoje não dá mais.

– Você e o Kyungsoo transaram? – Perguntou ele do outro lado da linha e tentava não rir, ele nem parecia que era casado e tinha uma filha.

– Sim. – Falei sem me importar muito com a risada dele. – Tenho que desligar, chego amanhã, não destrua minha casa está ouvindo.

– Quem dera, o Luhan já está dormindo. – Ri de sua voz desanimada.

– Até amanhã.

– Até.

Desligo o celular e boto no bidê do lado da cama e me deito de volta com o meu pequeno que me olhava e sorria para mim, como eu amo aquele sorriso, como eu amo ele todo e como ele é, como eu sentir sua falta, não sei nem como eu sobrevivi ficar sete anos sem ele ao meu lado. Quando eu o vi de novo na escola era como se eu tivesse vendo aquele menino determinado e gentil que eu conheci ainda adolescente, nem parecia que era um homem grande e professor.

Eu podia estar longe, mas ainda tentava ao máximo estar perto dele, sempre que podia ligava para ele, muitas vezes dava presente para em datas comemorativa e nem quando precisava, mas para mostrar que ainda o amava e ainda estava ali. Meu medo era que ele desistisse de mim e esquecesse de mim para sempre e nunca mais me procura, meu medo que felizmente não se tornou realidade.

– O que tanto pensa Nini? – Perguntou ele me olhando nos olhos.

– Pensando como eu sobrevivi sem você, como tive medo de você ter me esquecido. – Confessei ele deu um sorriso para mim e deu um selinho.

– Nunca iria esquecer de você, mesmo que eu tentasse, impossível isso acontecer tanto que não sei como eu sobrevivi sem você. – Falou ele, eu o abraço fazendo deitar no meu braço e dou um beijo em sua testa.

– Eu te amo tanto.

– Eu o amo ainda mais.

Ficamos fazendo essas caricias um para o outro até nós dois ficarmos com fome e ele ir cozinhar para nós dois, eu fiquei lá arrumando a bagunça que tínhamos feito e deixando tudo arrumado. Depois que arrumo o quarto vou para a cozinha e lá estava ele de costas para mim e dou um sorriso com aquela cena que eu tanto sonhei e que tanto pedi para se realizar.

Chego atrás de si e o abraço fazendo o mesmo se assustar com minha atitude e com que ele me xingue pelo susto que eu o dei, começo a rir e o mesmo me virar apenas para me bater, por sorte conseguir correr. Ele volta para aquilo que estava fazendo e o deixei em paz até ele terminar a nossa janta o que era uma coisa leve por já ser de madrugada.

Depois que comemos fomos para o quarto onde ficamos fazendo carinho um no outro, eu me sentia uma paz grande no meu interior era algo que nem eu posso explicar, ele me fazia me sentir assim e ele era a minha resposta para tudo. Me lembro que cheguei a odiar o seu jeito, mas isso eu vi que era apenas um coisa ruim minha e o quanto porco nojento eu fui, ele me fez mudar minha opinião ele me fez virar um ser humano.

XX

Acordo com o despertador que tinha botado, nós íamos sair cedo para poder chegar lá antes das 10:00 horas da manhã, foi um sacrifício acordar ele já que ele estava tão lindo e era quase uma missão impossível, mas eu consegui com uma dor no coração. Levantamos fizemos nossa higiene matinal antes de sair de seu apartamento e segui para a casa de campo onde está enterrada a senhora Heemin e o meu avô.

Durante a estrada, descobri que ele pegou um pânico em dirigir, ele tinha medo de atropelar alguém, bem compressivo por parte dele, mas prometi tirar esse medo dele e que seja a última coisa que eu faço. Ele até me bateu por eu ter falado isso e me ameaçou dizendo que se algo acontecer comigo ele ia me ressuscitar e me matar novamente.

Rimos muito durante a viagem e ele apenas dizia que estava louco para ver a senhora Heemin, o que me doía cada vez que ele isso, eu sei como vai ser doloroso para ele saber sobre sua morte, mas eu sei que ele vai ser forte em relação isso. Não demoramos a chegar a grande casa, onde já tinha os nossos amigos lá, já que chegaram ontem a noite.

Descemos do carro e somos recebidos pelo Sehun, que nos ajudou a levar a mala do Kyungsoo para dentro de casa, já que as minhas já estavam ali, quando entro ali várias emoções surgem em mim e varia em boas e ruins, mas mesmo assim me sinto bem ali. Entro o resto sentado vendo televisão e alguns conversando em assuntos que não pude entender.

– Que demora vocês dois. – Falou Minseok que estava sentado no meio do Chen, me lembro quando ele me contou que estava namorando o Chen e eu apenas sabia rir. – Nem precisa responder, o pescoço do Kyunggie já entrega.

Todos riem e o meu pequeno se encolhe de vergonha atrás de mim e eu apenas dou um sorriso para o tranquilizar ele.

– Para de fazer meu pequeno ficar com vergonha. – Falei para ele e o mesmo gargalhou.

– Desculpa. – Falou rindo e eu apenas comecei a rir também.

Andei com o meu pequeno até o quarto onde íamos ficar, era o principal da casa, eu tinha mudado muito depois da morte da senhora Heemin, mudando muito os quartos. Meu pai até tentou falar algo, mas ele depois concordou comigo, falando no meu pai, ele se aposentou e passou a empresa para mim.

Ele e minha mãe foram morar na Europa e é difícil eu falar com eles, por conta de eu sempre estar na correria, mas sempre que eu posso ligo para saber de ambos. Minha mãe se aposentou no momento que entregou a escola na mão do meu irmão que confesso que está fazendo um bom trabalho lá, sendo uma das mais procuradas do país sem contar na ótima formação que ela oferece – parece que estou vendendo.

– Onde está a senhora Heemin que ainda não a vi. – Falou ele, o olhei meio apreensivo, mas tinha que ser forte.

– Vamos ver ela agora.

Saímos do quarto, Sehun disse que viria com nós e o Wonsik também, então seguimos para o caminho onde a senhora Heemin estava enterrada, o tempo todo meu pequeno me olhava desconfiado e de vez em quando tentava ir um pouco mais a frente o que fez meu coração mais e mais. Tento mostrar um pouco ser forte, fazia sete anos que não vinha ali e mesmo assim sinto a dor como se fosse a primeira.

Quando chegamos aos túmulos o meu pequeno ficou estático por um momento, ele olhava confuso principalmente onde estava escrito “Kim Heemin”, eu vi suas lágrimas descerem devagar, ele não se mexia e nem nada. Ele olhou para mim como se buscasse algo e como se eu dissesse que aquilo era uma mentira, mas eu apenas fui ao sem encontro e o mesmo me empurrou.

– Diz que isso é uma brincadeira. – Falou ele desesperado. – Me diz. – Gritou.

– Desculpe, meu amor. – Suspirei. – Eu também queria que fosse.

– Por que você não me contou? – Falou ele e me olhava com raiva, decepção e tristeza, aquilo me quebrou por completo.

– Ela queria que você descobrisse só depois que eu voltasse. – Eu falei, o mesmo ainda chorava.

Ele caminhou em direção ao tumulo onde tinha uma foto da senhora Heemin ali e ele acariciou seu rosto com seu dedo e começou a chorar mais e mais.  Até tentei chegar perto dele, mas o meu cunhado pediu para dar um tempo para ele e foi o que eu fiz, ficando um pouco afastado.

– Então você era assim? – Perguntou ele chorando, ele ainda acariciava o rosto da senhora Heemin. – Desculpa, você deve ter ficado sozinha aqui, me desculpa em não poder visitar você.

Ele continuava a se desculpas, aquilo me doía tanto, ele estava sofrendo e eu junto com ele, pois odiava ver ele assim, odiava ver o quanto ele estava mal e o quanto ele precisava de mim. Eu segui até ele e o abracei por trás fazendo com o mesmo vire para mim e segura em mim e começasse a chorar em minha roupa dizendo que estava doendo.

Eu apenas estava consolando ele dizendo que aquela dor passava, que aquela dor era apenas uma de muitas que já passamos juntos, a única diferença é que ela vai estar em nós para sempre, muitas vezes vamos sentir essa dor quando nós iremos lembrar dela na forma de alegria, iremos sentir a dor, mas ao mesmo tempo iremos sorrir. Ela vai estar em nossos corações, nos abençoando e sempre nos guiando.

– Ela pediu para entregar isso para você. – Falou Sehun chorando, ele entregou um gravador para o Kyungsoo. – Ela gravou antes de falecer para ambos vocês e quando estivessem juntos.

Eu e o Kyungsoo ficamos se olhando um tempo e logo ele aperta o reprodutor do aparelho em que contém a voz da senhora Heemin.

“– Sehun isso já está gravando? – Perguntou ela.

– Está sim vó. – Saiu a voz do Sehun atrás.

– Bom, oi meus anjos, sei que está difícil sem eu estar aí, mas saibam que sempre estarei no coração de vocês, sempre estarei do lado de você independente da escolha que façam em suas vidas e mesmo que essa não seja a melhor eu estarei do lado de vocês. – Ela deu uma pausa. – Me dói ir embora e deixar meu pequeno príncipe e meu anjo, mas sei que vocês dois vão conseguir superar qualquer obstáculo que a vida vai tentar pôr na frente vocês, eu já não posso mais derrubar esses por vocês, vocês vão ter de pular eles para vencer. – Outra pausa E um fungo. – Jongin cuida do meu anjo, ele está sempre precisando de você e sei que você dele, mas saiba que ele é uma pessoa frágil e que precisa de cuidados a mais, mas que agora enxergando ele ainda precisa dos seus cuidados, precisa do seu amor e eu sei que isso você tem de sobra para ele. – Outra pausa. – Ele vai precisar muito de você agora, pois já soube de minha morte, ele vai precisar muito de você e faça ele rir e sentir o quanto amado ele é por você e por mim e todos ao seu redor, faça ele ser um príncipe quando ele quer ser o sapo nesses momentos, faça ele ser a pessoa mais importante do mundo e por último faça com que o casamento de vocês seja o mais lindo desse mundo. – Ela fungou. – Kyungsoo, apesar do Jongin parecer forte, ele não é, ele é a pessoa mais frágil e dócil que eu já tive, ele só estava machucado e com isso ele só precisa de você para que essa barreira quebre e que o verdadeiro Jongin surge. Ele muitas vezes é um veio rabugento e chato, mas isso é apenas a essência dele e de seu ser, ele apenas quer o bem de todos em sua volta e isso inclua você. – Ela faz outra pausa. – Sehun, tem certeza que isso está gravando?

– Já falei que sim vó. – Dava para perceber a voz de choro dele.

– Mas cadê o vermelhinho de que está gravando?

– Esse não tem. – Falou ele fungando.

– Ok, então para de chorar. – Falou ela brava. – Até parece que to morrendo hoje cria.

– Desculpa.

– Kyungsoo e Jongin, vocês têm minha benção de ter o casamento mais lindo desse mundo e saibam que amo muito vocês e precisam de agora e diante viveram apenas vocês e no futuro que venham seus filhos, pois precisam de crianças para animarem vocês. – Ela faz uma pausa para rir. – Amo demais você, espero que me perdoem por não estar aí”.

Eu chorava junto com o Kyungsoo, ambos estávamos sendo consolado pelo Sehun e o Wonsik, não sei quanto tempo passamos chorando, mas sei que precisava aliviar aquela dor que estou sentido. Eu sabia que tudo vai melhorar.

– Eu te amo vó. – Falei olhando para ela e com o Kyungsoo grudado em meu pescoço.

– Amo você senhora Heemin. – Falou ele.

XX

Depois que saímos de lá e voltamos para casa, o Chen quis falar com nós para termos uma pequena sessão de psicologia, mesmo nós recusando ele fez nós termos. Posso dizer que ele era o melhor, pois ele me ajudou muito com o que dizia, falando sobre o amor, sobre a perda e tudo mais e o importante ele falou que nós temos que seguir em frente e que teríamos um a outro para isso, ele estava se referindo a mim e o Kyungsoo.

Depois de sua pequena sessão de psicologia fomos atrás dos outros, o que estava estranho demais, pois a casa estava em um silêncio completo, digo isso pelo simples fato de que não estávamos vendo ninguém ali e nem na cozinha. Sehun apareceu com um sorriso para mim e o Kyungsoo e apenas nos levou para o quarto onde nós íamos dormir, em cima da cama estava dois ternos brancos.

– O que é isso? – Perguntei confuso.

– O terno de vocês. – Falou Sehun como se fosse obvio. – Hoje vocês vão casar.

– Quem organizou isso? – Perguntou o Kyungsoo.

– Eu e os meninos, vamos que os convidados já chegaram e não temos todo tempo do mundo. – Ele falou saindo, olhei para o Kyungsoo em busca de uma resposta e ele apenas deu de ombros.

Seguimos até os ternos, começamos a tirar nossas roupas e começamos a substituir elas por partes dos ternos, mas sempre um olhando o outro dando um sorriso e mostrando a felicidade de nós estarmos casando nesse exato momento, para falar a verdade não tinha planejado na disso e não sabia se o Kyungsoo tinha algo a ver com isso. Olhei para ele que começava a botar sua camisa e dei um sorriso com isso.

– Deixa eu lhe ajudar. – Falei com um sorriso no rosto. – Você sabia sobre isso?

– Não e nem sabia. – Falou ele sorrindo para mim.

Começo a abotoar sua camisa e o mesmo apenas fica me olhando e com um sorriso nos lábios, ele era perfeito para mim, mais do que perfeito ele era meu mundo agora, só tinha ele e ele a mim. Depois que termino ele começa a abotoar a minha e fica olhando em meus olhos, não aguento e beijo seus lábios e o mesmo dá um sorriso para mim e depois de terminar de abotoar minha camisa ele bota a gravata em mim, o que eu me esqueci de fazer com ele.

Depois que nos arrumamos, abrimos a porta onde o Sehun estava, ele olha para nós e faz um “WoW”, ele fala que ficamos muitos bonitos e que nem ele e o Luhan ficaram tão bonitos como nós, claro ele está puxando o nosso saco. Seguimos pela casa, eu estava nervoso, não um pouco, estava muito e confesso que eu parecia mais nervoso que o Kyungsoo.

Quando chegamos na porta da dos fundos Sehun pediu para nós pararmos que ia buscar duas pessoas para levar nós até o altar onde será realizado a troca de votos. Ele logo sai, mas não conseguimos ver como está do lado de fora, eu e o meu pequeno estamos muito nervosos, eu principalmente, pois só de pensar que a partir de hoje o meu pequeno vai para sempre meu companheiro e que nunca vai me deixar.

Depois de um tempo a porta é aberta e de lá sei duas pessoas, uma delas me faz ficar estático, pois era meu pai e eu não estava acreditando que ele estava ali e que ele estava de terno. Uma lágrima involuntária surge dos meus olhos e meu pequeno limpa ela para mim e o meu pai e o meu sogro chegam perto de nós e dá um abraço apertado em nós.

– Você está aqui. – Falo para meu pai.

– Eu podia ser um pai exigente, às vezes minhas palavras podiam machucar, mas eu apenas queria te proteger e não faltaria no dia mais feliz da sua vida. – Falou ele chorando. – Já falhei com seu irmão, mas com você não posso falhar.

– Obrigado. – Começo a chora, mas ele apenas me consola.

– Limpas suas lágrimas que vamos entrar agora. – Falou ele e eu apenas concordei com a cabeça.

A porta é aberta e a música de entrada é tocada, pego na mão do meu pequeno enquanto a outra está com a do meu pai, durante o trajeto eu vi pessoas que valiam muito para mim e que eles vão sempre estar no meu coração. No altar no lugar dos padrinhos estavam uma parte dos nossos amigos e do lado das madrinhas estavam a outra parte e todos sorriam para nós e com isso fazia meu coração bater mais e mais forte.

Nossos pais largam nós no altar que confesso que está lindo, olho para meu pequeno que chorava, eu não estava para longe também, ainda estávamos de mãos dadas e um olhando para o outro. Sentia uma felicidade enorme agora, era tudo que eu sonhava e que estava se realizando, lá estávamos nós casando depois de sete anos separados, mas agora de novo juntos e de agora em diante para sempre.

– Olá amigos, hoje estamos aqui para presenciar uma união de duas pessoas que se amam e que vão irão se unir perante a vós e perante a Deus. – Falava o pastor.

Olhei para meus amigos a maioria chorava, olhei para meu pequeno que chorava, mas mantinha um sorriso no rosto. Foi em seu rosto que me perdi e não escutei mais nada que o pastor falava, pois, a única coisa que eu queria era olhar sua face e memorizar ela, mesmo sabendo que vou ver ela para sempre e sempre vou amar ele muito.

Depois que nós demos os votos, não conseguia parar de olhar para o Kyungsoo, eu agora era um homem casado, um homem que vou viver para sempre a penas para um homem e ainda mais importante eu nunca irei magoa-lo. Trocar as alianças com ele agora era a melhor parte da minha vida, olhar em seus olhos e falar as clássicas palavras e ainda por fim vem o tão aguardado beijo.

Esse beijo era único, ele me trazia a sensação do primeiro, na verdade todos os seus beijos traziam essa sensação, esse amor que só nós dois sabíamos que existia entre nós. Esse beijo que traz sensações de borboletas no estômago, faz com que sinta em um mundo paralelo ao paraíso, pois era isso que o Kyungsoo me deixava, no paraíso.

– Eu te amo. – Falei em seu ouvido.

– Te amo muito. – Respondeu ele.