História O Menino que não enxergava (Sendo Revisado) - Desculpe Irmão

É estranho quando você está sentando no meio da noite depois de uma briga com seu irmão, algo que você nunca pensou que iria acontecer. Talvez foi uma das piores dores que já senti na vida, eu me sinto a pior pessoa do mundo, tudo que eu queria na minha vida era proteger ele.

Faz dois dias que estávamos brigando direto, ele dizia que o Taekwoon não era uma pessoa ruim e eu dizia que era, mas nunca contava a verdade. Eu tinha medo de contar a verdade e ele se machucar mais ainda, tudo que eu quero a felicidade do meu irmão, noite passada depois de nossa briga, eu consiga escutar seu choro durante a madruga.

Eu me sentia péssimo, nunca quis fazer meu irmão chorar, nunca quis que ele sofresse por uma desaprovação minha, ainda mais quando não tenho motivos para lhe dizer o que eu desaprovo, apenas digo que ele não pode ficar com o Taekwoon. Hoje consegui ter coragem de falar com o Leo, sua voz mesmo tinha um tom de surpreso em saber que o Ravi era meu irmão, mas mesmo assim implorei pelo meu irmão.

Hoje quando cheguei em casa com ajuda de minha mãe, já que o mesmo inventou para minha mãe que tinha que ir mais cedo para curso. Eu fiquei pensando na forma de me desculpar por eu ser um idiota ao ponto de não querer sua felicidade, mas ainda tinha medo do Taekwoon machucar meu pequeno, eu nunca me perdoaria se Wonsik se machucasse por minha causa.

Estava sentando na cama quando ele chegou, no começo o silêncio se instalou, eu precisava falar algo, mas não sabia o que. Como pedir desculpas para alguém que você apenas quer proteger, era difícil, pelo menos para mim era. Ele tinha que saber a verdadeira face do Taekwoon, mas mesmo assim eu não tinha direito de ficar bravo com ele, ele tinha a vida dele.

– Você vai me falar o que deu em você? – Falou ele quebrando o silêncio. – Eu realmente quero entender, mas você não deixa.

– Ele não é bom, eu já falei isso. – Falei com meu tom sério, mas não mostrando a raiva. – Ele parece legal, mas não é.

– Você já falou com ele? – Falou ele. – Você não enxerga o quanto ele me deixa feliz?

Enxergar, a única coisa que eu queria na minha vida, enxergar, eu não quis ficar assim e eu nunca pedi, mas as pessoas não enxergam isso, engraçado é que eu que sou cego e elas que não enxergam. Porque pessoas tem que ter esse tipo de argumento para uma pessoa cega, para machucar mais ela?

– Não, não enxergo. – Falei um pouco mais alto, agora sim meu tom saiu com raiva. – Acha que se eu pudesse ver, eu mudaria minha opinião?

– Não falei isso Kyungsoo. – Ele fala colocando a mão em meu ombro.

– Não é o que parece, pois você fala como se fosse verdade. – Tiro suas mãos do meu ombro, me levanto. – Eu queria poder ver, eu queria poder ser normal, mas eu não sou.

– Kyung...

– Não Wonsik. – Falei interrompendo ele. – Você é igual a todos os outros, acham que eu quis ser assim, que eu quis me jogar na frente do carro. – Faço uma pausa contendo minhas lagrimas que ameaçavam descer. – Sabe como é difícil você quer poder ver seu irmão crescer, querer ver sua mãe envelhecer e ver seu pai com cabelo branco. Eu me odeio por ser assim, eu me odeio por ter ficado cego. – Agora minha lagrimas começam a descer descontroladas e sabia que não era só eu, pois conseguia escutar seu soluço baixo. – Você acha mesmo que eu quero ser assim. Eu queria ter a coragem do Will* e como ele conseguiu fazer aquela decisão, mas eu sou fraco.

– Kyungsoo não pense nada assim. – Falou ele, seu soluço era alto agora. – Nunca pense nisso.

– Engraçado é que para eu pensar nisso, as pessoas vão dizer para eu enxergar como a vida é boa para fazer essa decisão. – Dou uma risada sem humor e me dirijo a porta, consigo localizar minha bengala longa. – Mas eu não posso, como não posso me matar por ser um peso para vocês.

Saio do meu quarto e fecho a porta com força, ignoro todos os chamados do meu irmão, não sei como consegui descer pela aquela escada e muito menos consegui chegar nessa praça. Eu apenas segui e segui em frente, queria um lugar sem rumo, sem vida e sem qualquer pessoa pedindo para eu enxergar os fatos.

Eu me odeio por ser assim, nunca pedi isso para minha vida, eu queria ser livre como os passarinhos, eu queria poder viver sem ninguém estar sempre me ajudando. Agora nesse balanço pareço perdido no mundo e assim queria ficar por um bom tempo. Nunca fiz nada desse tipo e nunca pensei que conseguiria sair desse jeito de casa, era minha primeira vez que faço algo desse jeito.

Eu sempre pensei que um dia eu pudesse enxergar, assim eu ia falar sim, agora eu enxergo os fatos, mas nunca vem ninguém com boa vontade, dizendo que vai dor os olhos para mim. Eu já esperei mais de 10 anos para conseguir um par de olhos para mim, mas a única coisa que recebo é não foi dessa vez, mas não desista e é uma coisa que eu nunca vou fazer é desistir.

Para me ajudar ainda tinha as palavras do Jongin em minha cabeça sobre eu ser um irmão bom e que tudo poderia se resolver com meu irmão, tudo poderia ser fácil. Eu não posso dizer nada, mas eu admirava suas palavras e era uma questão que nunca pensei que ele falaria algo desse tipo, eu sempre pensei nele como um babaca qualquer como ele realmente parece ser.

Mesmo ele sendo estranho às vezes, ainda fazia sentido o que ele falou para mim. Eu estava confiando nele, pois ele deve conhecer mais o Taekwoon que eu, se ele confia no Leo eu também devo confiar, mas ainda tinha aquele medo no interior.

– Por que fez isso? – Escutei meu irmão chegando do meu lado e me abraçando. – Não faz mais isso, eu não quero que faça isso.

– Wonsik desculpe. – Foi a única coisa que falei antes de cair no choro, foi algo que nem eu mesmo queria fazer. – Eu sou o pior irmão que se tem.

– Você não é Hyung, eu te amo. – Falou ele começando a chorar. – Eu sou um idiota por ter falado aquilo, eu não pensei.

Wonsik sempre me pedia desculpas quando ele mesmo estava errado, mas quem estava agora era eu e não ele, eu sei que ele se sente culpado para dizer aquilo. Eu tinha que resolver tudo agora ou se não nunca iriamos resolver, não quero mais meu irmão chorando e sofrendo por minha culpa.

Ele sempre faz de tudo para eu me sentir bem, deve ser muito ruim para ele ter que cuidar de si e de mim ao mesmo tempo, mesmo que nossa mãe sempre esteja em cima, ele nunca me deixou. Eu fui muito ingrato com ele, eu penas poderia ter escutado o que ele poderia ter me falado, eu estou me sentindo péssimo por apenas querer acreditar em algo que nem eu mesmo sei o que aconteceu.

– Ravi, eu que fui um babaca por ter falado aquilo. – Falei afastando seu rosto, eu toquei nele e sentindo cada detalhe que ele tinha. Seus olhos puxados e pequenos diferente do meu que eram grandes, sua boca que entortava um pouco quando chorava, além de seu bico grande que fazia e seu nariz que era nem fino e nem grosso era apenas seu nariz. Eu conseguia imaginar perfeitamente meu irmão na minha cabeça, ele era extremamente lindo nela e além de um belo coração que sei que ele tem. – Eu quero pedir desculpas por eu ter falado aquelas coisas do Taekwoon. Eu fui um idiota ao ponto de nem mesmo prestar atenção no que você falava.

– Eu quem deveria pedir desculpas Kyungsoo. – Aquela voz não era do meu irmão e sim do Leo, ele estava ali, mas nem mesmo senti ele. – Me desculpe por eu ter...

– Eu que fui idiota de pegar o sentimento ruim de você. – Falei antes que ele acabe estragando sua reputação com meu irmão, acho que é segunda vez que eu minto para meu irmão. A primeira foi quando eu quebrei seu copo preferido antes de eu ficar cego, ou seja, muito tempo. – Eu sei que você estava atrasado para a aula e nem me viu e sei que foi apenas um empurrão, mas eu sou igual o papai sempre leva tudo para o lado pessoal. Sei que foi parte babaca

Eu apenas dei um sorriso tentando passar a confiança, eu não poderia dizer nada para que o Leo entendesse que era melhor ele ficar quieto ao invés de falar o que realmente aconteceu com nós dois. Eu pude ser abraçado pelo meu irmão e depois também pelo Leo, eu não saberia dizer o meu sentimento agora, eu estava sentido amado, era estranho.

– Me desculpe. – Falei mais uma vez. – Desculpe mesmo, não quero mais brigar com você.

– Tudo bem, vamos antes que a mãe tenha um surto. – Falou ele. – Ela viu você saindo daquele jeito.

– Merda, ela vai querer dar sermão. – Falei alto, minha mãe era aquela que dá sermão por uma semana sem parar.

Uma vez eu e o Ravi tínhamos ido para uma festa e foi difícil convencer ela deixar eu ir, mas no fim dissemos que íamos com o Lay e minha mãe confia mais no Lay que meu irmão. Foi nessa festa que eu acabei conhecendo o Kris – isso era outra coisa –, foi quando eu bebi pela primeira vez e deve imaginar um cego bêbado e com seu irmão bêbado tentado te ajudar a não bater nas coisas o que era impossível para nós dois, sorte mesmo foi o pai do Lay nos levar para casa. Ela deu sermão quando chegamos, quando acordamos e depois de quatro dias ela desistiu de tanto falar as mesmas coisas para nós.

E não mudou nada agora, estava eu, o Ravi e o Leo sentados no sofá e ela falando várias coisas como “vocês são irmãos” e “E se você tivesse se perdido? ” – Minha mãe é neurótica comigo, ela teme que eu faça algo de errado. Ela sempre acha que vou me perder e que nunca mais vou me achar.

– Você está louco Kyungsoo? – Falou ela para mim. – Você não pode sair assim onde você não conhece. – Já sabia o que viria. – Vocês dois estão de castigos.

– Mais mãe. – Eu e o Wonsik falamos ao mesmo tempo.

– Nada de mais. – Falou ela. – E você moço quero que venha jantar com nós, para que meu marido fale com você.

Chumbou para o Taekwoon, minha mãe podia ser de boas, mas meu pai era outra coisa, ele podia ser a melhor pessoa do mundo, mas também sabia ser ruim. Ele avalia as pessoas em 3 etapas, uma boa pessoa, o que faz da vida e se machucar meu filho você perde as bolas – esse é mais para assustar.

Uma vez eu cogitei levar o Kris para meu pai conhecer, mas tive tanto medo que ele fizesse algo que nem mesmo eu queria que acontecesse, meu pai era imprevisível e além de se ele não gostar da pessoa, acredite em ninguém fará ele mudar de ideia. Era a mesma coisa que meu tio, meu pai e meu tio se odeia profundamente, apenar de meu tio só vem quando tem que trazer minha vó para nos visitar o que sempre acaba em briga.

– Tudo bem senhora. – Falou ele, percebo que ele está se levantando. – Me desculpe por causar esse problema.

– Capaz, você que deu má sorte de conhecer meus filhos. – Escuto seu sorriso, obrigado pai do céu, ela não vai dar mais sermão. – Vocês podem subir.

Meu irmão levou meu novo cunhado até a porta e eu subi as escadas com medo de não cair, assim que cheguei no quarto já me deitei. Uma vantagem que eu tinha era que minha mãe sempre arrumava minhas coisas para facilitar minha vida. Eu não gostava, mas não podia fazer nada se ela era insistente em querer fazer as coisas alegando que eu ia me machucar.

Fico tentando ser independente, mas sempre tem algo que me impede de ser assim, eu sempre penso que tudo é culpa por eu ser assim. Mas um dia eu consiga ser alguém que pode fazer tudo e ser livre, poder fazer o que eu quiser só falta ter idade e dinheiro e talvez olhos.

– Posso dormir com você hoje? – Falou meu irmão entrando no quarto.

Ontem meu pai conseguiu arrumar o quarto do meu irmão, mas mesmo com as nossas brigas ele quis dormir no meu quarto. Talvez amanhã ele durma no quarto dele, mas pelo jeito hoje seria no meu e comigo, eu apenas fiz um som de confirmação e senti ele deitando do meu lado.

Essa briga com meu irmão já estava fazendo eu me remoer por dentro e ainda mais com nós chorando, por fim sempre acabamos assim, amigos e irmãos. Eu só não quero que Leo machuque meu irmão, senão eu realmente o mato, posso até ser cego, mas sou mal também.

Acordo com meu celular tocando, quem é o louco que liga esse horário para mim, eu sabia quem era o louco. Lay aquele amigo tão querido que te acorda duas da manhã, bem nem ao menos sei que horas eram e nem mesmo queria saber, mas aquele barulho irritante não me deixa dormi. Que inferno.

– Alo? – Falo meio atordoado.

–Meu Deus! Finalmente atendeu. – Diz Lay do outro lado da linha. – Escutou o Xiumin ontem?

– Quem? – Tento levantar, mas com seu irmão em cima de você é meio difícil.

– O Xiumin. – Fala ele ainda com a voz calma.

– Me ligou para dizer do Xiumin? – Falei com a voz irritada. – Sabe que horas são?

– Bom nesse exato momento é seis da manhã, horário que você sempre acorda. – Verdade sempre acordo aquele horário.

– Merda. – Falei alto e escutei o resmungo do Wonsik. – Acorda Ravi está na hora de vocês se arrumar. – Falo balançando ele.

– Só mais uns dez minutos. – Fala ele com a voz abafada, provavelmente tapada pelo travesseiro.

– Vocês brigaram? – Escutei o Lay do outro lado, eu apenas confirmei com um som. – Sabia vocês só dormem juntos depois de uma briga ou alguém morreu.

Isso era verdade, raramente eu e o Ravi dormimos juntos, e quando isso acontece é por causa de alguma coisa muito ruim, nossa briga ou morte de alguém importante para nós. Quando nosso avô morreu eu e ele ficamos uma semana dormindo junto, basicamente nós mais choramos do que dormimos.

– Está bom, mas o que tem o Xiumin? – Falei ainda atordoado com o sono forte.

– Disseram ontem que ele se mudou para Seul, e que te achou. – Falou ele um pouco afobado. – Por isso te perguntei se você escutou ele.

– Não, não apareceu ninguém de novo na escola ontem. – Falei sincero e mesmo que o babaca do Xiumin parecesse não daria bola.

– Será que ele não te achou e fez isso só para eu falar?

– Bom eu não sei, mas se ele aparecer não fala onde eu estou. – Ainda estava com sono, mas tinha que acordar e me arrumar.

– Se ele ir hoje para escola eu te aviso. – Fala ele.

 – Vou desligar, tenho que acordar o Wonsik e também me arrumar. – Falo desligando o celular e tentando encontrar o bidê para por ele em cima. – Vamos Wonsik a mãe e o pai vão xingar nós.

– Nunca mais durmo com você. – Fala ele, consigo sentir ele tentando se levanta. – Merda, temos que nos arrumar.

– Eu falei. – Falei debochado.

Depois que nós se arrumamos, ele me levou até lá embaixo e já sentamos para tomar café, pensei que a mãe falaria brava com nós, mas sua voz estava calma. Ela apenas perguntou o porquê de nós acordamos um pouco tarde, eu particularmente botei meu sono em dia já que nesses dois dias eu ia até de madrugada chorando por causa da briga.

Saímos correndo para ele conseguir me levar e para minha surpresa ou nem tanto Taekwoon estava na frente da nossa casa esperando, pois só saímos pude escutar sua voz falando que estávamos atrasados e que grande novidade.

– Vocês vão parar de se beijar, pois não é nada legal o som da boca de vocês baterem. – Digo fingindo um som de nojo além da minha cara. – Imagina a cena horrível de vocês se beijando, só com esse barulho é nojento.

– Você é sempre assim? – Perguntou Taekwoon.

– A maior parte do tempo. – Respondeu meu irmão.

– Acho que ele estava falando comigo. – Alfinetei meu irmão. – A gente não estávamos atrasados?

– Sim vamos senhor sem ninguém e rabugento. – Falou meu irmão.

Eu não era sem ninguém, eu apenas não queria, olha por exemplo o Xiumin ele é apaixonado por mim e poderia ficar com ele, mas não acho que namorar seja algo que eu vou fazer tão cedo. Depois que Kris se mudou para a China, eu nunca mais tive vontade de namorar com alguém, além do mais, pessoa tem que ter uma cantada boa para mim, já que não posso ver se ela é bonita.

Me lembro quando Kris venho passar as férias na casa do Lay, eu tinha prometido para mim mesmo que não iria ficar com ele nunca mais, pois eu ia me machucar cada vez mais. Sou um pobre coitado, não fez uma hora da sua chegada nós já estávamos se pegando para valer dentro da casa do meu melhor amigo. Depois daquele dia, todas as férias que ele vinha era sempre assim, nó sempre se pegávamos e ninguém impedia de isso acontecer, até que ele parou de vir, nunca soube o motivo, mas Lay sabia e nunca me contou.

Quando me despeço do meu irmão quando ele ainda tinha que seguir uma longa jornada para chegar na sua escola, Jongin já me esperava no portão da escola, ele nada falou como normalmente, ainda ele intrigava. Acho que se um dia eu tiver a oportunidade, eu perguntaria tudo para ele, eu queria saber tudo sobre como ele é, porque ele é daquele jeito e até mesmo perguntar do que ele gosta de fazer.

– Você está bonito hoje. – Falou ele quebrando o silencio. Primeiramente ele falou algo diferente de vamos e segundo ele está me cantando ou é impressão minha.

– Obrigado. – Falo sem graça. – Bom eu não sei como você está, mas você parece estranho. – Acho que estou vermelho de tanta vergonha. – É que você nunca falou mais do que duas palavras comigo.

– Ontem foi diferente. – Verdade, se não fosse por ele, eu ainda estava sem falar com meu irmão.

– Obrigado por ontem. – Falei, apenas escutei uma risada sua, queria ver como era seu sorriso, na verdade sempre quis ver sorriso de todo mundo.

– Eu só ajudei. – Falou ele, paramos. – Vou deixar você aqui, pois tenho que buscar o novo aluno.

– Ok. – Falo, mas logo alguém pega minha mão. Tentei tirar ele logo em seguida.

– Não se preocupe, sou eu o Baekhyun. – Eu meio que suspirei, pensei que fosse o Taekwoon. Não que eu não confiasse nele, mas a três dias atrás nós brigamos e ainda tinha que ter algo para ter essa verdadeira confiança. Ele me coloca sentado na minha cadeira e avisa que a aula seria de história.

Você escutou o Xiumin?

A voz do Lay invadiu minha cabeça, será mesmo que ele seria tão possessivo de me seguir em outra escola. Não pode ser, ele não faria isso e sua mãe nem ao menos ia deixar uma coisa dessa acontecer, ele poderia ser legal, mas não gosto do jeito esnobe de ser rico, isso me irritava, uma coisa que eu mais odeio é tentar me comprar, só se for com comida aí é outra história.

Me lembro do dia que ele e meu irmão brigaram juntamente porque eu sempre vou embora com meu irmão. Ele não sabia que Wonsik era meu irmão e ele diz que nós erramos diferentes para sermos irmãos, mas com o tempo ele foi aceitado, ele tinha ciúmes do Lay, mesmo sabendo que o Lay tinha namorado, acho que ele tinha ciúmes até da comida que eu comia.

Sinceramente, não acho ele insuportável, mas sim tinha medo dele, tudo que ele fazia para mim. Uma vez ele teve a capacidade de comprar um tipo anel e me pediu em casamento na frente de toda escola, isso foi quando acho que no começo do ano passado. Ele era doente por mim, como alguém como ele pode ser tão doente e possessível logo comigo, logo com o cego, mais sem graça da Coreia. Tem louco para tudo, não sei nem mesmo como eu e o Kris tivemos um relacionamento.

O professor entra na sala e logo começa a dar alguma matéria, eu apenas ficava perdido nos meus pensamentos. Tentando saber se ele seria louco de me seguir até aqui e tenho medo da resposta, tenho que esperar o Jongin chegar com o menino novo.

– Se apresente. – Escutei a voz do Jongin. Acho que meu coração está tão acelerado com aquele suspense todo.

– Olá meu nome é Kim Minseok. – Aquela voz, não acredito que aquela voz está aqui, não poderia ser verdade, não queria acreditar. – Espero que cuidem bem de mim.

– Por favor se sente na mesa vaga. – Falou professor. – Tem logo atrás do Kyungsoo.

Sinto seus passos chegarem mais perto, além de sua respiração de animação, acho que estou entrando em pânico. Porque esse babaca está me seguindo, o que eu fiz meu deus para merecer isso na minha vida, sério eu não sei o porquê ele ter me seguido.

– Sentiu minha falta D.O. – Sinto sua respiração em meu pescoço sei que ele está perto de mais, eu encolho um pouco. – Pois eu senti.