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História O Menino que não enxergava (Sendo Revisado) - Camélia


Escrita por: ThaN1 e Park_Stylison

Notas do Autor


[surgindo das trevas]
Olá,
Não vou falar muito aqui.
Qualquer erro desculpe, só revisei uma vez.
Saranghae <3

Capítulo 9 - Camélia


O sorriso estava em meu rosto, eu não conseguia parar de sorrir, ainda mais quando eu fui chamado de Soo e eu chamei ele de Nini, acho que minha preocupação foi em vão, pensei que ele nunca mais quisesse falar comigo, mas ele apenas estava engando. Não acredito que esses apelidos surgiram em uma ligação, mas achei que foi a coisa mais linda que alguém poderia fazer.

Nessa semana eu me perguntei o que eu fiz de errado para ele sumir de repente, eu queria passar os dias com ele e ainda mais quando eu me senti muito solitário. Por um lado, conhecido o Luhan e Sehun que eram dois amigos de Jongin, nem eles sabem o que aconteceu com Jongin, mas disseram que era para não me preocupar com o mesmo e que de vez em quando isso acontece.

Mesmo assim, me senti culpado por ele ter sumido e era algo estava me consumindo, eu liguei para ele todos os dias e deixei recado, tentei convencer o Sehun de me levar até sua casa, mas sem sucesso. Quando eu desisti de procurar o mesmo, ele aparece, eu já não precisava da ajuda do Sehun e nem do Luhan para andar na escola, eu apenas queria me afastar.

Não sei porque eu agi daquela maneira com ele, eu poderia estar feliz ou até mesmo falar com ele normalmente, mas algo me impedia, algo dizia que era melhor deixar assim, algo era meu orgulho, pelo menos uma parte dele. Mesmo que eu e ele não tenhamos nada, eu não podia me esquecer do seu beijo, eu sentia todos os dias o sabor dele e além da macies, eu não conseguia lembrar das imagens, mas conseguia lembrar das sensações que ele me proporcionou.

Eu tinha minha duvidas com aquele beijo, mas tudo que meu corpo quis foi apenas ser tocado mais uma vez por ele, eu queria de novo poder beijar ele e só ele. Talvez eu esteja necessitado, já que a única pessoa com quem eu troquei saliva vai se casar, era estranho saber disso, ainda mais quando ele dizia que te amava.

Era para eu não estar me sentindo magoado, mas era impossível ainda mais quando eu serei o padrinho de casamento dele. Parece louca, mas é verdade, ele me chamou e eu aceitei, não sei se me arrependo disso, mas dói.

– O que tanto pensa? – Escutei a voz de minha mãe entrando.

– Sobre a vida e como ela é engraçada. – Digo dando um sorriso fraco, sinto seus lábios em minha testa.

– Não pense muito, às vezes pode dar dor de cabeça. – Sorri sem humor com aquele comentário, eu queria contar para minha mãe minha situação, mas não sabia como. – Seu irmão me contou que você vai ser padrinho de casamento do primo do Lay.

– Pois é.

– Pode me contar o que sente. – Ela me puxa para o meio de suas pernas e me deita em seu colo e começa a fazer cafuné.

Eu confiava na minha mãe, mas era difícil para mim e ainda mais quando ela sempre lutou para eu sobreviver. Eu nunca quis preocupar ela com nada, mas ela me conhecia e sabia quando eu estava com problemas e quando não estava, ela sempre tinha os melhores conselhos e eu sempre segui.

– É complicado para mim. – Suspirei e me aconcheguei mais em cima dela. – Eu tive uma história com ele e agora ele vai ter com outro. Era para eu estar feliz com isso, mas ainda me magoa. – Dou um pequeno sorrio. – Me lembro de ele dizer que me amava e agora ele ama outro. Amor é tão em vão assim?

– Para ser sincera filho, pessoas não sabem o que é amor, pois quando se ama você faz de tudo para estar em seu lado. – Ela falou ainda mexendo em meus cabelos. – Acho que a maior virtude do amor é quando um erra e faz de tudo para o outro perdoar e pelo que eu entendi nessa história, ele gosta de você e não te amava. Talvez ele amasse como amigo e você achasse que era de forma como amantes.

– Mas porque ele me convidaria para ser padrinho? – Ainda não estava tão convencido daquilo, eu queria entender tudo, mas ao mesmo tempo não queria nada.

– Como eu falei, ele te ama como amigo. – Eu apenas concordei. – Acredito que você participou de um momento feliz para ele e isso faz com que ele queira que você presencie esse.

– Acho que você tem razão. – Ela me levantou. – Estava tão bom.

– Quer lavar a louça? – Seu tom era sério e ao mesmo tempo brincalhão e eu apenas neguei.

A minha mãe esteja certa, eu apenas sou seu amigo, aquele proporcionou momentos felizes e triste, que sempre tem que estar do seu lado para que as coisas ocorram bem de alguma forma, mesmo que cause algum sofrimento em uma das partes. Penso também que se ele está feliz, eu tenho que estar feliz e todo momento tenho que dizer para mim mesmo o quanto isso é importante para ele e para mim.

Acho que eu fiz o certo em aceitar esse convite de ser seu padrinho, não sei quem é a noiva ou noivo, mas sei que ele vai ser feliz assim como eu fui do lado do Kris. Sempre quando eu escutar eles, vou lembrar de tudo o que ele me proporcionou nesses anos, mesmo ele afastado de mim, eu podia compreender sua felicidade.

Subo as escadas devagar, assim que entro no meu quarto, me deito e organizo tudo o que meu corpo sente, todos os sentimentos que ele transmite para cada pessoa. Quando surge a palavra amor, vem em minha cabeça o beijo do Jongin, acho que realmente eu goste do Jongin, e apenas ele, tento me lembrar a do Kris, mas não tive a mesma sensação que eu tive com o Jongin.

Ainda desejo que ele sinta o mesmo que eu, pois eu não quero me machucar como me machuquei dessa vez, foi muito ruim da minha parte ter ignorado ele hoje. Espero que ele entenda o que eu sinto, sei que nem todos são iguais, mas com certeza sinto algo por ele e não deixaria de tentar algo com o mesmo.

XX

– Meu Deus, que demorar. – Gritou meu irmão. – Você vai para a escola e não para uma festa.

Eu estava no banheiro mais de uma hora, mas não me arrumando e sim sentado no vaso com receio de algo de ruim acontecer, não que sou pensionista, mas eu sou um cego – portador de deficiência – que vai em uma casa de pessoas normais e que provavelmente não saberão reagir a minha deficiência. Sempre vou ter esse medo, foi a mesma coisa na casa do Lay, quando fui conhecer sua mãe e também dormir lá, diferente do que eu pensei fui muito bem recebido.

Considero a mãe do Lay a minha segunda mãe, pois ela sempre me ajudou em quesitos que minha mãe era ruim, como relação amorosa homo afetiva, coisa que ela sempre ajudou Lay e a mim. Ela sempre tentou demonstrar que tudo em nossa volta é apenas miragem de pessoas que não aceitam o que é normal.

Espero que avó do Jongin seja a mesma coisa que a mãe do Lay, assim poderei me sentir mais vontade. Sei que parece besteira de minha parte, mas eu tenho esse medo desde que eu sofri o acidente, de sofrer preconceito e de ter alguém que vai julgar minha deficiência, eu mesmo que eu não dê bola, ainda me dói ver esse tipo de preconceito.

Já sofrei com a minha própria vó, ela sempre disse que me aceitava, mas que nunca admitiria para alguém que tem um neto cego. Ela nunca falou isso diretamente para mim, mas vi várias vezes ela falando para minha mãe que eu não era um filho e sim um peso para ela.

Acho que foi daqui que meu orgulho surgiu, foi daqui que eu quis ser alguém normal sem ajuda de ninguém, ela estava certa em dizer que eu sou um peso. Mas mostrarei para todos que isso não é verdade e que posso viver sem ninguém e muito bem se for falar a verdade e que ser cego é apenas um detalhe que a vida deu.

– Finalmente. – Falou Wonsik assim que eu saio do banheiro. – Pensei que passaria a eternidade aí dentro.

– Como sempre, tão exagerado. – Falei debochado apenas escutei a porta do banheiro batendo atrás de mim.

Desço devagar as escadas, com ajuda da bengala longa consigo identificar a cozinha. Eu poderia dizer que já me acostumei com a casa e os cômodos que tem, na verdade era bem fácil de decorar e isso me ajuda muito na hora de caminhar dentro dela.

Sento-me na mesa onde provavelmente minha mãe já ia me entregar algo para comer, ela sempre fazia algo para mim. Pelo cheiro identifiquei panqueca e é umas da minhas preferidas, minha mãe sabe como animar meu dia e como fazer isso bem.

Ela era diferente de todas as outras mães coreanas, que invés de preparar arroz, verdura e outros ingredientes, ela faz coisas americanizadas, ou seja sempre tem algo novo na mesa. Ela só prepara o café coreano quando vinha vó vem visitar, se não ela nem dá bola. Confesso que eu adoro isso e muito menos iria reclamar.

– Está aqui. – Falou ela depois de um tempo.

– Mãe. – Chamei ela, precisava contar que iria para casa do Jongin. – Eu preciso ir para casa de um colega sabe... – Porque estou nervoso, é apenas um trabalho. – Nós vamos fazer trabalho e precisamos ir na sua casa.

– E o que eu tenho haver com isso? – Perguntou ela.

– Bem, estou avisando, para não se preocupar. – Dou um sorriso, apostando onde acertar ele nela.

– Que colega? – Entrou meu irmão, ele senta do meu lado e me estrega os talheres, outra coisa que ainda tenho dificuldade.

– O Jongin. – Corei um pouco, pois ele sabe do beijo.

Ele não falou nada, até porque sabia que ele respeitava meu espaço, mas aposto que quando tivermos sozinho ele provavelmente ia fazer piadas disso e eu pouco me importava. Vamos dizer que quase não me importava, até porque não posso mentir de algo que não fiz – tirando o beijo – e nem farei algo, se o Jongin não quiser obvio.

– Melhor comermos rápido, porque estamos atrasados.

XX

Pensei que a aula iria passar devagar, mas estava enganado, ainda mais quando o sinal bateu e o Jongin já estava do meu lado para me levar para sua casa. Eu estava ainda muito nervoso e não por menos, iria conhecer alguém de sua família, além da diretora e isso me deixa apreensivo.

Nem um de nós dois trocamos uma palavra, nada fora de costume nosso, mas acho que isso não muda, até porque foi só um beijo inocente que nem mesmo poderia ser considerado beijo. Mas mesmo assim toda a vez que lembro meu rosto queima e minha corpo esquenta, é algo que não posso evitar e muito menos quero para de evitar.

Ainda quero sentir aquelas sensações em meu corpo de novo, onde eu nunca senti como antes, contudo foi algo que me proporcionou algo brilhar dentro de mim que nem eu ao menos sabia que existia, me senti feliz com tudo aquilo.

– Chegamos. – Ele me avisa, eu apenas concordo com a cabeça. – Cuidado com o degrau.

Tarde demais, já estou tropeçando em cima dele e quase caindo com ele no chão, isso me traz uma experiência na bicicleta e logo me recomponho, para não acontecer nada de errado de novo. Tento achar seu olhar sobre o meu, mas aponto qualquer direção e dou um sorriso e que incrível eu errei, pois ele me virou logo em seguida para sua direção.

Minhas bochechas devem estar vermelhas, não sei se é só eu e ele que estávamos ali, mas desejo muito que seja, pois seria algo que passaria vergonha sempre que me lembrasse, ou conversasse com a pessoa que viu. O bom é que nunca saberei se alguém viu se não me falarem, mas acho pouco provável, pois não sinto ninguém além de mim e ele.

Ele apenas perguntou se eu estava bem, pela sua voz, percebi que ele estava preocupado e não com vontade de rir, eu me senti aliviado e ao mesmo tempo constrangido com aquela situação, no entanto nada falei apenas deixei ser guiado até sentir outra presença em nossa volta. Eu poderia ficar com medo e até mesmo me sentir culpado por ter caído no portão, mas nada falei só esperei a pessoa falar.

– Que bom que chegaram. – Falou uma voz feminina. Eu senti com vergonha na hora. – Então esse é o famoso Kyungsoo.

– Famoso? – Perguntei confuso.

– O Jongin sempre fa...

– Vó, não temos muito tempo. – Ele a interrompeu.

– Ok, vamos para os fundos, pedi para fazerem chá para nós. – Ela falou.

Ele me conduziu, eu conseguia sentir um vento bastante frio ali, mas nada que chegue a trapalhar, ainda mais quando se está de casaco esperando uma temperatura a baixo de zero e sempre se manter aquecido. Eu particularmente amo inverno, ele me traz sensações que nenhuma estação me traz, como o ar frio misturado com o quente da roupa. Os cheiros de chocolate e comidas feita somente nessa época, as músicas que são sempre animadas e muito bem composta com harmonia e melodia. E tinha o amor, mesmo sendo de família era um amor especial e muito bem apresentado, sempre me sentia amado, com a minha mãe me mandando por roupa quente, meu irmão me levando em lugares onde estão apresentando e Lay me convidando para passar a ceia em qualquer lugar, longe de nossas casas.

Jongin me senta em um banco, ali foi onde senti cheiro de flores e outras plantas, mas a que me destacou foi o cheiro forte de camélia, uma das minhas plantas favoritas. Ela era raramente plantada na Coreia já que seu habitual é no Japão, ela só floresce no inverno, onde seu cheiro torna-se forte e com características únicas, meu irmão sempre falou que ela tinha cores rosas e únicas que nenhuma flor que ele tinha visto tinha tal cor. Eu apenas conseguia identificar o cheiro, o mesmo que me deixava calmo e feliz, sempre quis na minha casa, mas sempre morriam por falta de cuidado, ainda mais minha mãe que não tinha tempo para nada e meu irmão quase não se fala, ele sempre se esquecia e meu pai, bem meu pai só chegava de noite em casa.

– O que você está fazendo? – Perguntou Jongin, percebi que estava de olhos fechado, poderia ser engraçado, mas me ajudava a sentir melhor essas sensações.

– Sentindo o cheiro daqui. – Falei com um sorriso no rosto. – Tem cheiro de camélia.

– Você gosta? – Essa vez foi a voz de sua vó.

– Sim. – Tentei localizar ela, mas sem sucesso. – É minha flor preferida, seu cheiro é único e o melhor que se tem entre outras.

– É a minha preferida também, ela foi importada do Japão. – Sua voz era animada e logo sentir se sentando do meu lado e pegando minha mão. Sabia que era ela pelo simples fato de serem mais macias e enrugadas. – Como o Jongin deve já ter falado, eu gosto muito da cultura japonesa.

– Eu gosto também, apesar de ter poucas oportunidades de escutar sobre a mesma. – Digo com um sorriso no rosto. – Eu também sei bastante da cultura chinesa, pois meu melhor amigo é chinês e ele sempre me fala sobre ela.

– Você tem um amigo chinês? – Foi a voz do Jongin que dominou o lugar depois de seu silêncio.

– Sim.

– Jongin não faz essa cara, ele falou que era amigo dele. – Respondeu a vó dele, não sei como era seu nome, mas gostei dela.

– Não estou fazendo nenhuma cara. – Retrucou ele.

Eu apenas ria da situação, eu queria poder ter visto seu rosto, pelo jeito ele estava com ciúmes, logo do Lay, coitado se soubesse que Lay já tem dono nunca falaria isso.

– Senhora Kim, você quem plantou aqui, ou você pagou alguém para plantar? – Estava curioso e tudo que eu queria saber era sobre aquela flor.

– Senhora está no céu, pode me chamar de avó. – Passas suas mãos em meus cabelos. – Respondendo sim, eu que plantei.

Ninguém nunca tinha me pedido para me chamar alguém tão íntimo desse jeito, mesmo tendo poucas horas ou minutos que se conhecimentos, eu me senti acolhedor e ainda amável, mesmo por não conhecer. Eu senti meus olhos lacrimejarem um pouco com esse ato e ainda mais depois de ter uma vó.

Eu tenho a minha, mas não da mesma forma que essa, eu poderia ser hipócrita em dizer que não foi nada demais, mas minha vó me rejeitou e a Senhora Kim me aceitando mesmo com pouco tempo que nos conhecemos. Eu sempre fui magoado por isso e ainda mais quando minha verdadeira vó falou que era um peso para ela.

– Por que está chorando? – Perguntou ela, sua voz era de tom preocupada.

– Porque nunca ninguém me deixou ser chamado assim de pouco tempo. – Falei sincero. – E ainda me aceitado sem mesmo me julgar minha deficiência.

– Para mim você não tem nada de deficiente. – Ela me abraça e beija o topo de minha cabeça. – Você vai ser meu neto partir de hoje.

– Obrigado. – Falo enquanto ela seca minhas lágrimas.

– Vó sobre o trabalho? – Jongin indagou quebrando o clima melancólico que se formou.

– Ah sim. – Diz ela se ajeitando e terminando de secar minhas lágrimas. – Bom era sobre Tanabata Matsuri. – Confirmei com a cabeça. – A história conta sobre Orishime, ela era a filha de um poderoso Deus do reino Celestial. Ela sempre andava triste sozinha, pois depois que viu um jovem rapaz conduzindo um boi se apaixonou por ele. – Fez uma pausa, logo senti sua mão me entregando o chá. – Seu pai viu que sua filha estava sofrendo, deixou que ela se casasse com o mesmo e assim foi feito.

– Mas as coisas não saíram como planejados como ele queria. – Falou ela e uma pausa, identifiquei que seria para beber o chá. – Pois nenhum dos dois estavam fazendo suas funções perfeitamente e foi aí que o rei separou os dois. Ele mandou sua filha para um lado da Via Láctea e o jovem para a outra, fazendo os dois ter consciência de seus afazeres, mas ele não foi tão mal ao ponto de não deixar os dois não se ver. – Outra pausa e eu aproveitei para tomar o chá, pelo gosto era de limão com canela. – Ele fez que uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês do ano lunar eles poderiam se encontras, mas só se cumprirem seus deveres.

– É linda e triste ao mesmo tempo. – Falei assim que ela terminou. Eu realmente gostei dessa história, ela mostra como o amor é algo mais forte que nós temos. – Ela mostra que o amor é mais forte que nós.

– Isso. – Falou ela animada. – Pensei que fosse a única que pensava isso, já que a maioria pede coisas para si mesma e esquece o verdadeiro significado.

– Sim, pois se você ama, você faz de tudo para voltar a ver a pessoa. – Agora quem diz foi Jongin e eu apenas dei um sorriso. – Pois isso que demoramos encontrar nosso amor.

Ficamos a tarde toda discutindo sobre o amor e como ele é importante para a nossa vida. Em um determinado ponto a minha vó – vulgo a senhora Kim – falou sobre o amor está em nossa frente, é só questão de tempo, por algum motivo senti minhas bochechas esquentares com aquele comentário.

Depois do tempo discutindo, Jongin me avisou que estava na hora de ir embora, eu logo me despedi da vó e já sentia um vento a cada passo que subia uma escada, não sabia onde eu estava, apenas estava acompanhado Jongin. Ele nada falou sobre onde estávamos, já que esse não era o caminho da minha casa e foi algo que achei muito estranho o tempo todo.

– Onde estamos? – Quebrei o silêncio.

– Em um lugar favorito. – Ele me respondeu, fiquei pensativo, mas nada falei. – Chegamos.

– Bom o que faço agora? – Perguntei confuso.

– Senta e sinta o vento.

Me sentei em seu lado, sabia que ainda estava na escada, minha respiração era ofegante ainda mais eu sendo sedentário, era difícil respirar, mas depois de muito respira e solta voltou ao normal. Fechei meus olhos de costume e comecei a sentir tudo em minha volta, o vento não era frio e nem quente, ele era perfeito para aquela situação. Ele fazia que meu cansaço desaparecesse em menos tempo que imaginei.

Podia escutar os pássaros cantando e além de som dos outros bichos perto de nós, mas também sua respiração. Ele não parecia tão ofegante e nem tão calmo, poderia ser considerado normal se não por parecer nervosismo, mas nada falei, ainda mais quando estava maravilhado com aquele vento que batia em meu rosto.

– Gostou? – Perguntou ele. Eu apenas confirmei com o aceno com a minha cabeça. – Nunca trouxe ninguém aqui, se sinta privilegiado.

– Que honra. – Digo com um sorrio. – Gostei desse lugar dongsaeng.

– Não me chama de dongsaeng.

– Porque não? – Perguntei confuso. – Não sou mais velho que você?

– Sim, mas namorados não se chamam de dongsaeng. – Aquilo me pegou de surpresa, corei fortemente também.

– O que?

– Você não deve me chamar de dongsaeng, pois namorados não se chamam assim. – Ele falou um pouco mais alto dessa vez o que fez ter certeza o que ele falou.

Namorado? – Perguntei. Ele fez um som de confirmação.

Apenas me levantei sem falar nada, na verdade não sabia o que falar e muito menos o que dizer, apenas deixaria minha cabeça e coração agir de dessa vez. Eu fiquei feliz com isso, ainda mais sendo seu namorado poderei ganhar uma avó também, o que não seria nada ruim.

– Aceito. – Foi tudo que eu disse.

– Aceita? – Perguntou, seu tom era de confusão.

– Sim, aceito namorar com você. – Lhe localizei certo a primeira vez naquele dia e me abaixei um pouco mais.

Ponho minhas mãos em seu rosto e dou um beijo nele, o beijo calmo e com muitas emoções. As borboletas em meu estomago voltaram e com elas todas as sensações boas que o ósculo me dava. Ele passou a língua na ponta dos meus lábios pedindo passagem e eu apenas cedi eles e a sensação foi a melhor que já senti.

Nossas línguas se tocaram devagar, mas de forma apaixonante e aos poucos começaram a explorar cada espaço que nossas bocas tinham até que não achar nenhum esconderijo. Meu estomago estava agitado, meu corpo dançando junto com a língua eu apenas deixei as sensações me levarem. Só paramos depois do ar sair todo dos nossos pulmões e ele pedindo mais oxigênio.

– Agora você é meu namorado. – Ele sussurrou com a testa na minha e eu apenas me permiti sorri. – Eu tenho um namorado. – Agora ele falou um pouco mais algo.

Me afastei um pouco dele e ele se alevantou, pude sentir meu corpo ainda dançando e cada célula dizendo o quanto aquele ósculo foi bom.

– Eu tenho um namorado. – Ele gritou mais alto. – Eu tenho o namorado mais lindo do mundo. – Senti ele correndo a escadas e logo voltou. – Do Kyungsoo é meu namorado.

Ele me puxou e começou a dançar uma pequena valsa, mas que só girava devagar e tomou mais uma vez meus lábios, ainda era como se fosse o primeiro beijo, tinha todas sensações.

– Eu gosto de você. – Ele disse.

– Eu também gosto de você. – Respondi, mesmo sem a pergunta. – Meu namorado.


Notas Finais


Quem quiser conhecer mais um pouco do Tanabata Matsuri: http://www.culturajaponesa.com.br/?page_id=193
Mais ou menos as cena que me inspirei no final: https://www.youtube.com/watch?v=hlG0jAzIsO0
Gente estou em LOVE com esse cap, vocês não tem noção o quanto eu amei esse cap. Ainda mais com esse final Fluffy e Kaisoo está ativa meus amores, não acredito que aconteceu o pedido, amo demais esse pedido de namoro do Jongin, ele foi muito fofo. Sobre ele nos próximos cap, ele vai mudar drasticamente, não se preocupe com isso, pois o Jongin que vocês conheciam não era de fato ele, pois o que vocês viram foi o colete dele.
Não tenho muito que falar, apenas me emocionar ainda mais com 179 favoritos, nunca achei que teria tantos favoritos, ainda mais quando minhas fanfics tem no máximo 40 favoritos, na verdade nunca me importei com favoritos, apenas gosto de por minhas histórias aqui.
Falando, estou pensando em uma fanfic grandiosa, bem ela vai ser algo que eu nunca pensei, pois vai ocupar muito meu tempo e vou guardar 2 meses só de pesquisas e formar línguas, para ver o quanto é grandioso, não vou falar mita coisa, pois ainda está na faze de desenvolvimento, quem me segue no tt provavelmente já estava sabendo, pois sempre falo algumas coisas lá.
Acho que é isso.
Tchau
Saranghae <3
[voltando para as trevas]


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