JAY
Eu estava um pouco confuso com o que acontecia naquele quarto de hospital.
A pergunta estava transbordando da minha mente e indo direto para minha boca.
- Phill? – Foi o Luke que fez isso com você? – Meus olhos estavam turvos pelas lágrimas que começaram a se formar.
Phill chorou ainda mais.
Aquela era a resposta. Luke machucara Phill e o Josh sabia e não me contará.
Corpo tremia e eu hiperventilava. Um ódio cego me tomava.
- Eu vou matar o Luke! – falei de súbito.
Phill veio até onde estava e me abraçou tão forte que pensei que iria me esmagar.
- Jay, você não vai fazer nada agora, entendeu? – Phill me pediu sem afrouxar o abraço um minuto.
Ele me olhou bem dentro dos meus olhos, dentro da minha alma. Eu podia ver a alma dele. Phill era frágil e forte ao mesmo tempo.
Nenhum palavra foi dita e nem foi precisa. Não quebramos o contato visual em nenhum momento até aquela conversa sem palavras acabar.
Naquele momentos dissemos tantas coisas com olhar sem emitir som algum.
Eu acabei com a cabeça e Phill me soltou e selou nossos lábios em um beijo casto.
Deixei o quarto em silêncio em direção ao quarto do Luke.
Phill havia me domado. Como um ser pequeno como ele tinha tanto poder sobre mim sem nem precisar falar coisa alguma.
Abri a porta do quarto de Luke e ele estava se arrumando para deixar o quarto. Já não havia aparelhos ligados à ele.
- Luke, para onde você vai? – perguntei tentando manter a promessa silenciosa que havia feito a Phill.
- Ele vai ficar internado numa clínica psiquiátrica por um tempo. – respondeu a irmã dele. – Ele fará psicoterapia por causa dos abusos e tentativa de suicídio.
- Hum.- foi a única coisa que disse.
Luke não me encarava.
- Luke? – chamei.
Ele levantou o olhar até me alcançar. Seus olhos ainda estavam vermelhos e havia dor naquele olhar. Dor emocional.
Respirei fundo.
- Eu já soube que você foi o responsável pelo que aconteceu com o Phill. – disse sem tirar os olhos dele.
Luke se encolheu e seus olhos voltaram a transbordar.
- Phill te perdoou pelo que aconteceu.- sentenciei. – Sua mãe está com ele nesse momento.
Comecei a ir em sua direção.
Ele recuou dois passos.
- Luke, eu não sei todas as marcas que você passou na sua vida. – Sei que algumas foram barra pesada, mas isso não era desculpa para atacar o Phill.
Luke chorou mais.
- O Phill te perdoou e eu queria poder fazer o mesmo, mas não consigo. – Eu amo o Phill como nunca pensei que era possível amar assim. – E você o feriu!
- Você feriu alguém que é tão puro, amável que não merecia isso nem em um milhão de vidas.
Eu estava a centímetros de Luke. E lhe dei um soco bem no meio da cara.
Luke tombou com o impacto e caiu no chão com o nariz sagrando.
- Seu louco, olha o que você fez? - Sua irmã gritou. – Eu vou chamar os seguranças.
- Não Boa! – Luke disse se levantando. – Obrigado Jay e apertou minha mão. – Espero que com o tempo você me perdoe também.
Dei meia volta e sai do quarto.
Eu havia prometido não matar o Luke, mas não disse que não quebraria seu nariz com um soco.
Voltei para o quarto e Phill correu para me abraçar.
Olhei em seus olhinhos tão lindos e disse: feito! – Podemos seguir em frente.
- Obrigado Jay. – Phill me falou e depois me beijou.
- Olha não foi fácil me controlar, mas se era importante para você que eu não quebrasse ele inteiro, então só deu um soco e quebrei seu nariz. – Ele até que saiu no lucro.
Todos olharam para mim e começaram a rir.
- Ah Jay, eu amo o quanto você é “fora da casinha”. – Phill disse e nesse momento o médico entrou com os papéis de alta do Phill.
Logo iríamos para casa e eu poderia cuidar dele de todas as formas que meu amor fosse capaz de fazer.
A mãe de Luke abraçou Phill uma última vez, pediu desculpa mais uma vez e veio em minha direção.
- Obrigado por ter poupado meu filho. – Eu sei que ele merecia bem mais, mas também ele já recebeu da vida o suficiente e ele terá que carregar o fantasma de seus atos com ele pelo resto da sua vida.
A mulher saiu do quarto e Josh se aproximou.
- Jay, me perdoe por não ter te contado sobre o Luke. – Eu tinha medo que você fizesse alguma bobagem e eu não aguentaria passar por isso. – Josh falava de cabeça baixa. – Phill, meu pai, veio tudo ao mesmo tempo, entende? – Se algo acontecesse a você também eu não conseguiria suportar.
Abracei Josh. Como ficar com raiva desse quatro olhos que eu amo.
- Tudo bem Josh. – Só me prometa não me esconder mais nada desse tipo, ok?
- Ok! – Ele respondeu.
Nos abraçamos mais uma vez e depois fomos ajudar Phill a arrumar as coisas para deixarmos o hospital.
PHILL
Terminamos de arrumar minhas coisas e esperamos meus pais assinarem todas as papelarias e deixamos o hospital.
Fomos no carro dos meus pais e Jay estava comigo. A todo o tempo ele me abraçava e me beijava e fazia carinho no meu rosto.
Eu queria chorar com tudo aquilo. Não chorar de tristeza, mas porque eu não conseguia acreditar que o garoto por quem fui apaixonado por tantos anos, finalmente estava comigo como eu sonhara.
- Phill? – Jay me chamou. – Posso dormir essa noite no seu quarto?
Meus pais trocaram olhares e sorriam.
Antes que eu respondesse, minha mãe falou: - Jay, você pode sempre dormir em casa, mas o Phill não pode fazer certos esforços ainda, entende o que quero dizer?
Meu rosto ficou tão vermelho. Como minha mãe podia falar uma coisa daquelas na minha frente.
Jay assentiu e me deu um beijo no rosto.
- Eu amo quando você fica corado pequeno elfo.
A volta para casa foi rápida.
Ao chegarmos, fui direto para meu quarto com Jay. Meus pais foram no mercado comprar algumas coisas para casa e prometeram não demorar.
- Eu preciso de um banho. – Não aguento esse cheiro de hospital impregnado no meu corpo. – disse retirando a camisa.
Jay ficou no canto do quarto com as costas na parede, uma perna curvada deixando a palma do pé em contato com a parece e as mãos atrás da cabeça.
A posição de um admirador sem nenhuma pretensão além de observar.
Corei um pouco e desfivelei meu cinto e abri o zíper da minha calça devagar. Lentamente fui baixando minha calça. Retirei meu tênis e passei a calça pelos meus pés. Estava apenas de cueca boxer vermelha, um pouco mais apertada do que costumava usar. Foi a única que minha mãe achou.
Minha bunda estava totalmente marcada naquela peça de roupa tão ínfima.
Jay umedecida os lábios com a língua.
Uma das vantagens de ser filho único e ter seu próprio banheiro no quarto.
Olhei para Jay e sustente o olhar de desejo dele por alguns minutos.
Então sem deixar de olha-lo, eu retirei a última peça de roupa que usava. Segurei a cueca na mão e a joguei aos pés de Jay. Me virei e entrei no banheiro.
Deixei a porta semiaberta e liguei o chuveiro. A água quente lambda meu corpo o relaxando. Meu coração batia rápido. Aquilo tinha sido uma jogada perigosa. Mas se Jay me amasse e realmente não tinha nojo do que aconteceu comigo ele viria até mim.
Fechei os olhos e fiquei sentindo a água lavar meu corpo. Então senti os braços envolto do meu corpo. Seu peito nu colado as minhas costas. Sua boca beijando minha nuca.
Ele viera. Ele me desejava tanto quanto eu o desejava.
- Jay, não podemos. – falei manhoso.
Ele me virou num rompante e selou nossos lábios em um beijo quente
Suas mais passavam pelo meu corpo. A cada toque de suas mãos habilidosas um arrepio se assomava.
Jay foi descendo o beijo pelo meus pescoço, até chegar em meus mamilos, onde os sugou e os apertou.
Eu gemia como um gatinho manhoso.
Jay foi descendo mais seus lábios até chegar na minha cintura.
Ele apertou firme cada lado de minha bunda. E seus lábios tocaram meu membro.
Eu estremeci. Os lábios macios e quentes me envolveram por completo. Jay retirava sua boca fazendo um barulho de flop pecaminoso e excitante.
Seus olhos me observavam e ele voltara o vai e vem sem deixar nossos olhos se perderem um do outro. Suas mãos apertavam minhas nádegas como se fossem fugir do lugar.
Sem percebia eu movia minha pélvis para frente e para trás. O prazer me tomando por completo.
Eu gemia e Jay movia mais rápido seus lábios e sua boca. Não aguentei por mais tempo e me desfiz em sua boca.
Jay engoliu e depois lamber os lábios e subindo me beijou fazendo com que eu sentisse meu gosto.
Depois de um tempo de beijos e apertou, terminamos o banho e fomos nos vestir.
Eu ainda não acreditava que Jay, o meu Jay havia me chupado no banho. Nem em meus sonhos mais eróticos com ele poderiam se comparar ao sentimento de vê-lo fazendo aquilo com tanto prazer.
Coloquei uma bermuda de moletom e uma camiseta larga de dormir. Jay colocou uma calça de moletom cinza e uma camiseta branca que eu emprestei e como sempre não quis colocar uma cueca por baixo alegando não gostar de se sentir preso.
Meus pais chegaram e estávamos na sala trocando de canais.
Minha mãe fez tacos para nós e estavam ótimos. Depois de jantarmos fomos para a varanda ver o céu e as estrelas.
A noite estava perfeita. A lua brilhava em sua forma de riso, as estrelas brilhavam como diamantes no céu. E estavam as três pessoas mais importantes da minha vida: minha mãe, meu pai e meu Jay.
Eu sorria bobo, desejei tanto aquele momento.
- Caramba! – Eu já estava esquecendo. – Jay falou e correu para dentro de casa.
Nos olhamos sem entender nada e Jay voltou com meu antigo violão nas mãos.
Ele puxou um banquinho e sentou de frente para mim.
- Phill, nós não conversamos sobre tudo o que aconteceu enquanto você estava em coma. – Jay começou e sorriu de lado. Aquele sorriso tímido que fazia meu coração derreter.
- Enquanto você dormia, eu coloquei uma aliança em seu dedo.
Quando Jay falou me lembrei dela. Olhei para minha mão direita e lá estava a aliança de ouro branco. Ela ficará linda no meu dedo.
- Eu não tive a oportunidade de pedir sua mão aos seus pais e nem de te pedir em namoro também. – Jay estava sorrindo de um jeito apaixonado que nunca tinha visto antes.
- Phill, eu não sou bom com as palavras e sempre falo demais e nunca é uma coisa boa. – Ele riu de si mesmo. – Você me conhece tão bem, mas mesmo não sendo bom com as palavras, eu sei que sou bom em canta-las.
Jay dedilhou o violão e se posicionou de joelhos em minha frente e começou a tocar e cantar:
Por todas aquelas vezes que você me apoiou
Por toda a verdade que você me fez enxergar
Por toda a alegria que você trouxe para minha vida
Por tudo de errado que você transformou em certo
Por todo sonho que você tornou realidade
Por todo o amor que encontrei em você, eu serei eternamente grato, meu bem
Você é quem me sustentou
Nunca me deixou cair
Você é quem me acompanhou, através disso tudo
Você foi minha força quando eu estive fraco
Você foi minha voz quando eu não podia falar
Você foi meus olhos quando eu não podia ver
Você enxergou o melhor que havia em mim
Me ergueu quando eu não conseguia alcançar
Você me deu fé, porque você acreditou
Eu sou tudo o que sou, porque você me amou
Você me deu asas e me fez voar
Você tocou minha mão e eu pude tocar o céu
Eu perdi minha fé, você devolveu-a de volta pra mim
Você disse que estrela nenhuma estava fora de alcance
Você me apoiou e eu fiquei de pé
Eu tive seu amor, eu tive isso tudo
Sou grato por cada dia que você me deu
Talvez eu não saiba tanto, mas eu sei que isto é verdade
Eu fui abençoado, porque fui amado
Você sempre esteve lá para mim
O vento carinhoso que me levava
Uma luz no escuro brilhando seu amor na minha vida
Você tem sido minha inspiração
Em meio a mentiras, você foi a verdade
Meu mundo é um lugar melhor por sua causa
Você foi minha força quando eu estive fraco
Você foi minha voz quando eu não podia falar
Você foi meus olhos quando eu não podia ver
Você enxergou o melhor que havia em mim
Me ergueu quando eu não conseguia alcançar
Você me deu fé, porque você acreditou
Eu sou tudo o que sou, porque você me amou
Quando Jay parou de cantar, eu chorava muito. Ele segurou minha mão em que estava a aliança e a beijou.
- Phillip você quer ser meu namorado, meu cúmplice, minha metade, meu amor eterno, meu companheiro e meu amigo?
- Sim, tudo isso é muito mais. – Eu disse selando nossos lábios.
Meus pais nos abraçaram e ficamos lá sentindo todo o amor que alguém poderia desejar.
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