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História O Nome Dela é Agatha - Meio desastrada


Escrita por: Valentinabarry

Capítulo 4 - Meio desastrada



POV David
Sorrio enquanto vejo Agatha se afastar. Seus cabelos ruivos balançam a medida em que o vento o toca. Ela me olha por cima dos ombros e sorri, é tão linda e sensual. Acho que ela nem percebe que deixa qualquer homem babando.
Agatha não é só linda, sexy (principalmente nesse biquíni), ela também é bem humorada e trás alegria com um simples sorriso.
Não acharia ruim de encontrá-la novamente, juro que se não tivesse namorando a Sarah, eu não aguentaria e a chamaria pra sair.
***
As férias no Brasil foram ótimas,  me diverti bastante e deu pra matar a saudades da família.
Faz dois dias que nem tenho notícias da Sarah, tentei falar algumas vezes com ela mas a mesma está sempre ocupada e nunca pode me atender.
Ajeito minha touca na cabeça enquanto me alongo no gramado do campo do Chelsea. Oscar me ajuda enquanto conversamos sobre o aniversário de Ludy a esposa dele. Vai ser festa a fantasia e ainda está longe mas meu amigo já está ficando doido por conta da pressão.
- Caraca, vocês viram a nova estagiária da administração do Chelsea? - Diego diz fazendo todos olhar pra ele. - A mulher mais bonita que já vi.
- Você diz isso sobre todas. - Oscar diz e todos riem.
- Pode até ser, mas ela é realmente a mais bonita que já vi.
- Cada ela então? - Hazard pergunta olhando em volta.
- Tá fazendo um tour com o Antony.
- Desde quando o Antony faz os tours? Não é a estagiária dele que faz? - Oscar pergunta e fico só observando a conversa.
- Sim, mas parece que a moça é amiga da esposa dele. - Diego responde. - Ela é ruiva, ruiva mesmo. Tem coisa melhor?
Agora sim ele ganhou toda minha atenção e o olho enquanto ele ri com William.
- Por acaso você sabe o nome dela? - pergunto fingindo estar apenas puxando papo.
- David, cuidado que a Sarah tem ciúmes! - William brinca e reviro os olhos.
- Não lembro o nome dela mas com certeza vou chama-la só de Deusa. - ele diz fazendo todos rirem menos eu.
No fundo sei que é a Agatha, as características são as dela e duvido muito que exista ruiva mais linda que ela.
POV Agatha
Caminho lado a lado com Antony, enquanto vamos passando por cada lugar do estádio. Passo pela sala de troféus, pelo campo e ao longe posso ver os jogadores. Vejo David com uma toca e sorrio quando ele brinca com um amigo que não faço a mínima idéia de quem seja.
Só sei que o David joga aqui por causa da pesquisa rápida que fiz no dia em que conheci ele. Nunca parei pra assistir a um jogo de futebol, mas trabalhando na administração do Chelsea vai ser difícil não comparecer em alguns jogos.
- Quer conhecer a galera? - Antony pergunta notando meu olhar.
- Não! - nego bastante rápido. - Prefiro ficar de longe mesmo, só observando.
- Olha Agatha, eu sinceramente acho que você deve conhecer a galera. Você vai trabalhar aqui, no marketing ainda por cima. - Antony diz enquanto aos poucos me conduz até o gramado.- Querendo ou não, você vai cruzar com um deles pelo corredor. Ou em algum evento.
- Tudo bem, só não me passa vergonha se não te mato. - O alerto fazendo o mesmo rir.
- Vai deixar sua amiga viúva? 
- Sim, vou sim.
Cheguei em Londres ontem e hoje já vim pra entrevista, mas com um empurrãozinho do Antony eu consegui o estágio. Se me sinto culpada por isso? É claro que não.
Seria muita hipocrisia  não aceitar uma ajuda dessa quando precisamos. Posso não ter ganhado o estágio com meu esforço, mas posso dar meu melhor pra compensar.
Quando me aproximo junto com Antony todos já me olham, alguns tem um olhar bastante malicioso, mas alguns apenas sorriem acenando.
Então vejo David e quando ele me nota sorri, retribuo o gesto e escuto algumas gracinhas que finjo não ouvir.
- Já voltou? - ele pergunta vindo em minha direção e beija meu rosto. Fico um pouco surpresa mas disfarço. - Como você tá?
- Voltei ontem, estou meio cansada por causa da viagem mas estou bem.
- Vocês se conhecem? - Antony pergunta surpreso.
- Sim. - respondemos juntos e nos olhamos sorrindo.
- Como?
- Ela roubou minha mala. - David diz e reviro os olhos.
- Nem ouse fazer graça em Antony, sabe como sou despercebida. - reclamo quando vejo ele rir.
- Hey! - um moço moreno e bem bonito diz nos olhando. - Vamos ter que cortar as asinhas desse cabeludo! Não vai apresentar a moça pra gente não?
- Essa é Agatha, ela é brasileira e agora trabalha aqui como estagiária do marketing. - Antony diz agora de forma bem profissional e séria.
Depois ele vai me dizendo o nome de um por um e no final acabo adorando o William, o Diego que eu conheci mais cedo e o Oscar. Os outros são bem legais também, mas os três parecem bem malucos e me identifiquei.
- Agora temos que ir, ainda preciso mostrar algumas coisas para a Agatha. - Antony diz enquanto me despeço de todos com um aperto de mão.
- Tchau David. - ergo minha mão e ele a aperta.
- Parece que vamos nos esbarrar bastante.
- E isso é bom? - Não consigo evitar a pergunta e ele me olha pensativo, então sorri amplamente.
- É ótimo.
- Então até mais. - aceno pra ele e me viro junto com Antony.
Quando chego em casa já é por volta das três da tarde, aproveito o tempo para dormir um pouco.
Desde que voltei as coisas foram bem corridas e mal tive tempo de dormir. Assim que cheguei tive que desfazer a mala, arrumar alguns documentos meus e estudar para me sair muito bem na entrevista. Graças a Deus eu consegui o estágio!
Acordo com um barulho vindo da cozinha e me levanto para ver o que é. Assim que chego vejo Sophia mexendo na geladeira, ela me olha sorrindo e caminho até ela para abraça-la.
- Como foi seu dia hoje? - pergunto depois de depositar um beijo em seu rosto.
- Legal. Conheci um cara que trabalha no jornal local e ele me deu o contato dele para eu poder enviar um currículo meu. - ela diz realmente feliz. - Quero esfregar na cara daquele meu ex chefe babaca que não preciso dele.
- Soph meu amor, você sabe muito bem que  ele te demitiu por justa causa. - falo enquanto pego um copo de água. - Você não devia ter pegado o assistente dele.
- Foi ridículo isso. Não estávamos fazendo nada de demais. - ela reclama sem nenhuma convicção e começo a rir.
- Primeiro, ele te pego aos beijos com o assistente dele. - começo a dizer enquanto conto os dedos. - Segundo, você estava na sala dele, em cima da mesa dele. Terceiro, você estava sem blusa. Quarto, sua mão estava dentro da calça do assistente dele. Quinto, a mão do assistente dele tava dentro da sua saia e você tava sem blusa! Aah e...
- Okay! Eu já entendi! - ela grita me fazendo parar. - Olha só, eu e o Andrew não achamos que o nosso ex chefe ia nos pegar no flagra. O babaca sempre chega depois do almoço.
- E isso justifica você querer transar na sala dele?
- Era o lugar mais privado amiga. - ela me diz e fico a encarando séria. - Desculpas se sou fraca. Não resisti ao Andrew, ele é muito gostoso. Vamos até sair hoje.
- Mas e o Victor? Ele não era o seu boy do momento?
- Era. - ela enfatiza sorrindo. - Além disso não gostei nenhum pouco dele. Fala muito e faz pouco. Já o Andrew fala pouco e faz muito, muito mesmo. Nossa!
- Você é muito pervertida. Só pensa em sexo?
- Claro que não. Penso em dinheiro também. - ela diz me fazendo rir. - Além disso antes de começar a namorar você tem que fazer o teste drive com o boy. Se o sexo for bom entre vocês então pode namorar.
- Você é  muito doida. - falo rindo enquanto calço meus chinelos. - Vou ao supermercado fazer compras. Já volto.
- Tudo bem. E já sabe né? Nada de se apaixonar antes de transar. - Sophia brinca e reviro os olhos.
- Com certeza. Teste drive sempre Soph! Você é uma ótima influência.
Saio do meu apartamento e chamo o elevador, assim que suas portas abrem eu entro e aperto o botão do térreo. Quando a porta ia fechar uma mão a segura e ela volta a abrir fazendo Ray entrar em seguida.
Ele me olha sorrindo e me praguejo mentalmente por estar toda desarrumada.
- Oi vizinha.
- Oi... vizinho. - respondo forjando um sorriso, ele fica me olhando por um tempo.
- Estava viajando? Não te vi nas últimas semanas.
- Sim. Fui pro Brasil visitar a família. Cheguei ontem. - explico enquanto escutamos a música chata do elevador.
- Se divertiu? - ele pergunta com um sorriso de lado que me faz pela primeira vez na vida ficar tímida.
- Bastante.
As portas do elevador se abrem e saímos juntos, acenamos um para o outro e caminho em direção ao meu carro.
- Agatha? - escuto Ray gritar e me viro para olhar.
- Sim?
- Tá afim de fazer alguma coisa no sábado a noite? - ele pergunta com as mãos no bolso da jaqueta.
- Tipo teste drive? - penso alto e ele me olha confuso. Ainda mato a doida da Sophia. 
- Quê?
- Hã, nada... Eu tô afim sim. - respondo sorrindo e ele morde os lábios assentindo.
- Ótimo. Então nos vemos amanhã a noite.
- Com certeza.
Ainda sem acreditar no que acaba de acontecer, entro no carro e dou partida indo em direção ao supermercado.
Nunca imaginei que o Ray, vulgo o cara que já tive vários fetiches no elevador, me a chamou pra sair. Sinceramente é inacreditável.
Mas algo parece diferente, vago demais...
Se fosse antes eu provavelmente correria para meu apartamento pra já procurar uma roupa pra vestir. Mas agora é como se fosse uma coisa normal.
Enquanto paro no sinaleiro aproveito para amarrar meus cabelos em um rabo de cavalo, os fios estão todos embaraçados. Não sei como Ray não saiu do elevador correndo de susto. Meu cabelo tá literalmente uma bucha.
Quando entro no supermercado pego um carrinho e começo a andar entre as prateleiras. Nunca gostei de fazer compras pelo simples fato de comprar só coisas que não prestam, fora que a maioria das coisas que compro são congelados.
Sei que não é saudável mas sou péssima na cozinha e quando a Sophia não está em casa preciso me virar sozinha, e o mais aceitável nessas horas é comida congelada, do contrário posso até colocar fogo no meu apartamento.
Primeiro vou pegando os produtos de limpeza, é o que menos gastamos, afinal quase não paramos em casa e é bem difícil sujarmos o AP.
Vejo de longe umas caixas de paçoca e minha boca chega saliva, não consigo nem desgrudar os olhos do lugar enquanto vou andando até aqueles tesourinhos.
Então sem querer bato na pobre coitada da prateleira fazendo alguns produtos caírem ecoando pequenos barulhos no chão. Tampo meus ouvidos enquanto faço uma careta de criança que foi pega aprontando.
Olho em volta e certifico se não tenho público e ao que parece não. Então quando pretendia olhar para o outro lado escuto um pigarro e paraliso. Aí que vergonha.
- Que bonito em? - Essa voz, eu conheço ela em.
Então olho para trás me deparando com David sorrindo de braços cruzados.
- O que você tá fazendo aqui? - pergunto colocando as mãos na cintura.
- Compras. - ele responde rindo enquanto se abaixa para me ajudar a pegar as coisas e colocar as coisas na prateleira. - Você é muito desastrada.
- Ei, que intimidade é essa? - finjo estar brava e ele ri. - Estava encantada com a paçoca e fiz essa merda toda.
- Sei como é. Estava vindo pegar uma caixa quando te vi derrubando tudo. - olho pra ele que também para pra me encarar.
- Quer parar de jogar isso na minha cara? Tá perdendo pontos comigo.
- Quer dizer que tenho pontos com você? - ele pergunta sorrindo e reviro os olhos.
- Toma sua caixa de paçoca. - entrego o objeto para mudar de assunto. - Acho que é a menos amassada.
- Também acho. - ele ri me entregando uma também. - Nossos encontros são sempre por meio de uma confusão.
- Nem me fale.
- No começo até achei que estava me seguindo. Tipo, uma fã bem fanática. - David diz enquanto vamos caminhando lado a lado pelo supermercado.
- Nem a pau! - finjo estar ofendida.
- Ao que parece vamos nos encontrar bastante ainda.
- Infelizmente. - brinco enquanto rimos.
- Sabia que ainda tenho seu número no meu celular?
- É?
- Vou poder te ligar ou mandar mensagens as vezes?
- Claro. Desde que isso não deixe sua namorada nervosa. - Agora falo bastante séria.
- Ela não vai se importar, pode confiar.
- Tudo bem então. - respondo sorrindo, depois olho para meu carrinho e noto que peguei tudo que precisava. - Vou pro caixa, já terminei minhas compras.
- Tudo bem. Foi legal te ver de novo. - ele diz me dando um beijo no rosto como mais cedo.
Meu corpo se arrepia e me afasto antes que meu olhar entregue o quanto gostei disso.



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