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História O Outro Lado de Pan - Vingança


Escrita por: VRB

Notas do Autor


Olá!! Hoje estou muito inspirada, então tem capítulo novo. 👏👏
Tá meio curtinho, mas tá aí.
E nesse capítulo temos Peter se revelando aos poucos hahaha.
Vamos ver o que acontece. 😆

VRB

Capítulo 12 - Vingança


Fanfic / Fanfiction O Outro Lado de Pan - Vingança

Piuí contava as novidades pra Peter durante o caminho e eu permanecia calada seguindo os dois. Volte e meia Peter dava umas olhadinhas pra trás, conferindo se não havia piratas nos seguindo ou se eu me mantinha atrás deles. Depois de conferir tudo, ele me encarava, dava uma piscadela e continuava a conversa com o amigo.

Estava tudo bem monótono e resolvi perguntar algo para me entrosar:

- Peter, você disse que esse tal de, Gancho, é perigoso. Por quê?

- Ele é um pirata Kate. Só pensa em ouro, rum e vingança.

- Vingança? - o menino para de andar, fazendo uma pausa dramática. Começa a olhar nos arredores procurando por algo ou alguém. Então avista uma árvore pequena, carregada com frutinhas vermelhas. Cata algumas com as mãos e depois se senta na sombra. Joga algumas frutas pra Piuí e outras pra mim, mas não sem antes fazer alguma brincadeira. Uma ou duas vezes blefa fingindo jogar as frutas, me deixando com um punhado de ar nas mãos. Quando resolve jogar de verdade, deixo as frutas caírem no chão, pois não achei que fosse jogá-las. Tive que catar fruta por fruta e depois me juntei a eles ao pé da pequena árvore. Peter deu uma batidinha com a palma da mão contra um pedaço de terra ao seu lado. Havia um pequeno espaço onde eu caberia bem, mas não queria sentar do seu lado. Dei meia volta e me espremi entre Piuí e uma pedra grande. Peter deu de ombros. Jogou duas frutas dentro da boca e lambeu os lábios sentindo o gosto doce e cítrico do suco avermelhado. Seus lábios pareciam inchados e carnudos e nos dentes havia manchas rosadas. Ele mastigava e engolia as frutas com vontade, sem se importar com os respingos na roupa, assim como o pequeno ao meu lado. Tinha um lado selvagem nos dois que me assustava e intrigava ao mesmo tempo. Peguei uma das bolinhas açúcaradas e fiquei examinando com cuidado. Era pequena, carnosa e bem redonda. Parecia um mini tomate, só que sem a parte verde no topo. No lugar havia uma espécie de haste.

- Não vai comer, da pra mim que eu como. - disse Peter de boca cheia.

- Eu vou comer. Só estou examinando.

- Ai! Deixa de ser fresca! A fruta está ótima. Acabei de arrancar do pé.

- Vocês não tem medo de ter bicho dentro?

- hahaha Medo? Nunca! Uma larvinha não mata. É proteína! 

- Bicudo que o diga. Hahaha - diz o pequeno.

- Nossa verdade! Hahaha Bicudo é um dos meninos. Uma vez ele ficou perdido na floresta no meio do esconde esconde e quando o achamos ele estava com muitas larvas na boca hahahaha.

- Credo! Que horror! Ele comeu as larvas!?  Nossa coitado!

- Coitado nada! Ele que quis! Disse que não achou nenhuma árvore frutífera enquanto tentava voltar. Teve que se virar com o que tinha. 

- Nossa. Normalmente vocês só comem frutas por aqui?

- Não. Nós também caçamos, pescamos e as vezes os índios nos dão mandioca e batata de presente.

- E chocolate? 

- O que é isso?

- Vocês nunca comeram chocolate!?

- Não! - responderam em uníssono.

- Nossa! Nem sorvete, biscoitos e bolo?

- Não, não e não.

- Se eu achar os devidos igredientes vou fazer pra vocês. Nossa! Não consigo imaginar uma vida sem chocolate...

- Você se acostuma... Bem estávamos falando sobre o Gancho. Ele quer se vingar de mim, porque dei, digamos, um presente pra ele. Um acessório que ele costuma usar na mão esquerda. No começo ele não gostou muito do presente, mas faz muito jus ao nome dele. Hahaha

- Verdade! - comenta o loirinho um pouco assustado. - Ele não gosta de ninguém que é amigo do Peter. Por isso vive nos perseguindo e tentando capturar um de nós pra atingir o Pan. Mas ele nunca consegue. Somos muito espertos haha. - diz todo orgulhoso enchendo o peito pra falar.

- Pucha. Tudo isso por causa de um acessório?

- Logo entenderá Kate. Logo entenderá...

- Por que diz isso?

- Gancho não vai conseguir ficar longe por muito tempo. Ele virá atrás de nós e é provável que você seja a primeira pessoa que ele busque, quando souber da existência. Ele sempre vai atrás dos mais novos na ilha, por não conhecerem direito a Geografia local. Por isso não saia de perto e tome cuidado.

- Então quer dizer que tem um pirata por aí, perigoso, que caça seus amigos por uma vingança e que provavelmente vai atrás de mim.

- Isso - dizem os dois despreocupados.

- Ah nossa! Que ótimo saber disso!

- Não é tão ruim assim, todos nós já passamos por isso...- diz Piuí colocando uma das mãos sobre meu ombro pra me consolar. Ele era tão pequeno e miúdo que ficava difícil controlar a vontade de apertar suas bochechas. Mas era muito mais esperto do que aparentava. 

- Eu pelo menos tenho chance contra ele, caso ele me capture?

Ambos se olharam preocupados sem responder, tava na cara que eu não tinha chance nenhuma.

- Maravilha! Bom se ele me capturar acontece o que então? Eu morro?

- Não!! Eu não vou deixar! - diz Peter tentando suavizar a situação. - O problema do Gancho, é comigo. Capturar vocês é só um meio de me atrair até ele. É tudo um jogo. Ele até pode tentar jogar alguém da prancha, mas nunca vai dar certo. Eu sempre vencerei.

- Como pode ter tanta certeza? 

- Porque ele é um velho, sozinho e acabado. E eu sou jovem, cheio de amigos fiéis e...sei voar. - exibe seu sorriso arrogante cheio de achismos.

- E tem tem manchas rosadas nos dentes. Hahaha - digo quebrando o clima de herói indestrutível, em meio a risadas junto com Piuí.

 Ele desfaz o sorriso rápido e limpa depressa a boca na barra da camiseta com as bochechas coradas.

- Vocês dois ficaram amiguinhos bem rápido pro meu gosto! - fala Peter de cara amarrada.

- Ai Peter! Você precisa levar as coisas menos a sério. Você fica mais bonito quando está sorrindo. - repito as palavras que ele me disse pouco tempo atrás, imitando sua voz de um jeito forçado.

- Eu sei que sou lindo Kate. Não precisa bajular. - retruca subindo e descendo as sobrancelhas como se estivesse me desafiando e inverte a situação, quebrando minhas expectativas de deixá-lo irritado.

- Como se acha. - digo calmamente.

- Eu não me acho. Eu sou.

- Ok. Ok. Todos já entendemos os perigos que Gancho pode oferecer. - diz Piuí percebendo as provocações. - Mas não precisa ficar receosa Kate. É só não se afastar da gente. 

- Tudo bem. 

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Andamos bastante até chegarmos perto de uma árvore velha e de galhos retorcidos. Ela parecia morta e não havia copa, só tronco e raiz.

Peter retirou uma pedra rocha de dentro do bolso. Parecia uma ametista. A pedra era grande e lisa, deveria ter o tamanho de um ovo de galinha. Jogou por um pequeno buraco na árvore. Esperou alguns minutos até um barulho estridente de sino ser tocado duas vezes. Então ele abriu uma espécie de porta oculta na frente do tronco, onde se encontrava uma trouxa de pano amarelado, dentro de um buraco oco. 

Peter segurou a trouxa, abriu. Por dentro estava escrito com uma tinta preta Escolha apenas um dos objetos e devolva o resto no buraco. Não havia muitas opções, apenas três. Um espelho de ouro com diamantes cravados, um frasco transparente com algum líquido dentro e uma pena vermelha muito bonita, com um formato estranho na ponta. 

 Antes de escolher o objeto Peter se virou para mim e me encarou por um tempo. Depois disse:

- Escolha um. - me espanto.

- O que!? Eu? E se eu errar...

- Não é um jogo de acertos e erros pra você errar Kate. Mas o que pode acontecer, é você não escolher o objeto certo para entrar. Então ficaremos todos nós presos aqui fora.

Piuí e eu olhamos assustados pra Peter. Meu Deus, por que ele estava fazendo aquilo?

- Ficou louco!? Vai entregar nossa segurança nas mãos dessa estranha?

- O que disse? - responde o garoto com uma calma assustadora.

- N-nada! - gagueja Piuí ao se dar conta do que acabou de fazer.

- Você está me desafiando?

- Não.

- Acho bom! Acho muito bom. E ela é a sua mãe, não uma estranha. Estamos entendidos?

- Sim 

- E que essa seja a última vez que você questiona minhas decisões. - ele se volta pra mim com um sorriso, e continua. - Estamos te esperando.

 Engulo seco e resolvo obedecer. Ele não parecia estar paciente. E agora? O que eu escolho?


 



Notas Finais


Eaí o que será que vai acontecer?
Pensem que cada objeto representa uma coisa e tem um motivo pra estar lá. O que vocês escolheriam?


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