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História O Passado em Meu Destino - A Chegada


Escrita por: LyssWeasley

Capítulo 2 - A Chegada


Os dias passaram tranquilamente no Vale da Paz. Nada de anormal aconteceu. Treinos diários, ataques de ladrões atrapalhados, coisas comuns...

- Vamos Po, cadê meus biscoitos? - implorava Macaco.

- Eu não peguei seus biscoitos, deve ter sido Louva-a-Deus.

- Ele mal aguenta um, o único que pode ter pego é você.

- Mas eu não peguei.

- Macaco, dá pra sossegar, são só biscoitos - reclamou Víbora.

- Não irei sossegar enquanto não ter meus biscoitos.

Neste momento Tigresa entrou na cozinha, com um saco de biscoitos na mão.

- Macaco se você esconder seus biscoitos no meu quarto de novo, você nunca mais vai conseguir comer biscoitos na sua vida.

- Ah, eu ia convencer o Po a comprar mais. - reclamou Macaco.

- Que feio, Macaco. - repreendeu Víbora.

Macaco coçou a nuca, sorriu, e saiu da cozinha com seu saquinho de biscoitos na mão. Víbora balaçou a cabeça e também saiu, deixando o casal a sós.

- Oi! - disse o panda, notado que não havia dito nada a ela até o momento.

Tigresa riu - Oi. Por que está aqui? Não é hora de refeições.

- Para mim sempre é hora de refeições, mas Víbora pediu para mim fazer um chá para ela, está com dor de cabeça. Aí o Macaco veio me atazanar e perdi a noção do tempo. - Po notou a expressão de Tigresa - Por quê? Perdi algo?

- Não, a não ser que você deveria ajudar seu pai hoje.

Po bateu na própria testa. Como pode ser esquecer que prometera ajudar seu pai no restaurante? Ele deve ter ficado uma fera.

- Oh, droga, é melhor eu ir - disse já se levantando mas foi detido pela felina - o quê?

- Não precisa, estive no vale e ajudei no que precisava.

Relaxou - Ah, obrigado.

- Você anda distraído, é por causa da visita do Yijiro?

Po sorriu - Não consigo esconder nada de você, não é?

A felina também sorriu - Você não sabe disfarçar.

- Ta, estou um pouco "nervoso" sim. Depois de todas aquelas cartas, não me admiraria se ele chegasse aqui te pedindo em casamento ou algo assim.

Tigresa riu mais uma vez - Eu sou muito boa em negar pedidos.

Po também riu - É, eu dei sorte então.

Tigresa pegou a mão de Po e apertou suavemente - Eu não vou trocar você, não se preocupe.

- Eu sei, nem pensei isso. Sou maneiro demais para ser trocado... Ai! - Tigresa apertou a mão dele com força - desculpa, eu quis dizer que confio em você.

- Assim está muito melhor. Vamos, vamos treinar.- puxou o noivo que bufou.

- Serio? Hoje o dia é livre, nós podíamos fazer outra coisa.

- Um guerreiro nunca pode baixar a guarda. - puxou o noivo novamente, que deu um puxão com mais força e a felina se desequilibrou e caiu por cima de Po, indo ambos ao chão.

- Idiota - reclamou Tigresa.

Po riu - foi mal - pôs as mãos nas costas da noiva, e esta pôs as mãos em seu peito. - podíamos ficar aqui.

- No chão da cozinha?

- Claro, se ficarmos com fome é só esticar a mão. - tentou alcançar o armário mais próximo, não conseguiu, fazendo sua noiva rir - droga.

- Se caísse mais pra lá conseguiria - brincou

- Engraçadinha.

Mal haviam começado um beijo quando Shifu entrou na cozinha, nem notando a cena que ocorria enquando chamava Po.

- Panda! - ambos se levantaram de imediato, Po de tanta pressa quase caiu de novo, mas foi segurado por Tigresa

- Sim mestre. - respondeu o guerreiro.

Shifu levanta uma sombrancelha - o que estava acontecendo aqui?

- Nada, mestre - apressou-se em dizer Tigresa, mencionando sair - Já que o senhor quer falar com o Po eu vou indo. Com licença.

- Espere, Tigresa.

- Sim?

- Na verdade estava procurando a todos. Recebi uma mensagem, Yijiro chegou ao Vale, logo estará aqui e temos que recebê-lo. Não faça essa cara - o panda revirava os olhos - não o quero agindo mal com ele por infantilidades.

- Sim, mestre.

Shifu mencionou sair, então parou e olhou profundamente para Po, que até se assustou, depois para Tigresa. - Po, Tigresa - disse seriamente.

- O quê? - perguntaram os dois.

- Apressem logo esse casamento.

Ambos os guerreiros ficaram envergonhados. Shifu saiu com um meio sorriso no rosto. Adorava constranger aqueles dois.

Assim que Shifu saiu, Po amarrou a cara. - Que ótimo, o ninja chegou.

- Samurai. - corrigiu Tigresa

- Tanto faz.

- Vamos logo, temos que recepcionar bem quem quer que seja.

- Olha quem fala - sussura Po, já sendo puxado pela noiva.

Chegando a entrada do Palácio de Jade o casal encontra os outros 4 furiosos e Shifu ( já? ) aguardando enquanto o visitante e sua comitiva subiam as escadas. Po até compreendeu, aquilo é um suplício, até hoje não se acostumou completamente em subir e descer aquelas escadas todas vez que precisasse entrar ou sair do Palácio de Jade.

Uns minutos mais tarde o samurai aparece. Estava exatamente igual a anos atrás. Ao vê-lo, Po fica tenso, Tigresa ao notar chega mais perto dele, e toma sua mão. Este sorri para ela, que retribui.

- É uma honra recebê-lo mais uma vez, mestre Yijiro. - sauda Shifu.

- Ah, digo o mesmo, não sei porque demorei tanto para voltar a esse lugar. - responde o Samurai - vejo que nada mudou por aqui.

- Na verdade, muita coisa mudou...- começa Macaco, mas logo leva uma chicotada da cauda de Víbora.

- Estamos todos felizes em revê-lo. - diz a cobra, para disfarçar a fala do amigo.

- Ah eu também estou feliz em vê-los, mestre Víbora, continua radiante.- responde Yijiro.

- Oh, Obrigada.

O Samurai foi passando por cada guerreiro, cumprimentando com um aceno de cabeça.

- Mestre Garça, Mestre Macaco, Mestre Louva-a-Deus. Ah! Mestre Tigresa! - exclama ao chegar na felina. - que prazer revê-la.

- O prazer é todo seu - responde Po, por ela.

- Po! - repreende a guerreira, num sussuro.- Como vai, mestre Yijiro?

- Muito melhor agora.- volta-se ao panda - Saudações, Dragão Guerreiro. - Po também responde apenas com um aceno de cabeça.

- Bem... - começou Shifu, notando a tensão do ar - vamos entrar. Deve estar exausto da viagem.

- De fato - respondeu o samurai, voltou-se para o casal, mas não disse nada, simplesmente acompanhou Shifu para dentro do Palácio, seguido pelos outros, menos Po e Tigresa, que continuaram na entrada.

- Você não deveria agir assim. - reclamou a guerreira.

- Eu sei, mas não consigo me controlar. Esse cara nos encheu por meses...

- E daí? Eu fui para o Japão? Terminei nosso noivado para ir atrás dele? Não, né? Então não tem por que ser intolerante.

- Você tem razão, eu sei, mas sei lá, tenho a impressão que ele está aprontando alguma.

Tigresa riu com deboche - Você? Tendo impressão de alguma coisa?

- Está duvidando da minha capacidade de dedução de novo?

- Tenho motivos para não duvidar?

Po sorriu - Claro, eu sou show de bola - levou um soco no braço - Ai! - logo se pos a rir e abraçou a noiva por trás e ambos foram entraram no palácio desajeitadamente pelo jeito que estavam abraçados.

O dia, por incrível que pareça, passou tranquilamente. Yijiro falava apenas com Shifu, acompanhou o treinamento de Po e os Cinco Furiosos, fazendo uma ou duas observações. Nem dirigiu a palavra ao casal. A noite, Po fez o

jantar como de costume, e todos comeram juntos, com os também costumeiros elogios, dessa vez iniciados pelo Samurai.

Como de costume, Po e Tigresa ficaram mais um pouco sozinhos depois que todos se recolheram. Com a correria dos dias, as vezes não sobra tempo para os dois, então eles compensam com algumas "saidinhas" a noite. Cada noite iam para um lugar diferente e mais de uma vez dormiram fora do palácio, por pegarem no sono em algum lugar em suas escapolidas. Na primeira vez que isso aconteceu, Shifu ficara furioso. Po teve que gastar muita saliva para explicar que fora apenas um acidente. Macaco zoara os dois por semanas, principalmente em uns dias que Tigresa ficou doente, culpa de uma nova receita de Po que não lhe caiu muito bem.

- Tigresa deve estar grávida - dizia para os amigos.

- Da nova receita de Po, talvez, seu idiota. - respondia a felina, irritada.

- Todos sabemos das escapolidas de vocês. - Louva-a-Deus continuava a brincadeira do amigo.

- Que não lhe dizem respeito, somos adultos, ao contrário de vocês.

- E além do mais - continuava Po - ela é uma tigresa, e eu um panda, é impossível ela engravidar... - sua noiva lançou um olhar de reprovação - ou é?

- Você não está ajudando.

- Ops.

Mesmo que os amigos zoassem, nada acontecia nestes encontros, além de carícias e beijos. Eles seguiriam as tradições antigas, só seriam um do outro depois do casamento. E, é claro, Po queria manter sua cabeça encima do pescoço, porque Shifu o mataria se "desrespeitasse" sua filha antes de se casarem.

Naquela noite estavam debaixo de uma macieira que encontraram na montanha do palácio, sentados na relva. Po abrançando-a por trás, deixando-a deitada sobre ele, que apoiava as costas na árvore. No momento estavam em silêncio, cada qual com seus pensamentos, apenas apreciando a companhia um do outro. Um momento perfeito, daqueles que poderiam durar para sempre...

- Ai! - reclamou Po.

Ou quase...

- O que houve? - pergunta a felina, preocupada

- Ah, nada, caiu uma maçã na minha cabeça - respondeu massageando a área atingida.

Tigresa começa a rir, e Po simplesmente sorri ao ouvir a risada da noiva, algo que a alguns anos ele achava que nem era possível, hoje o encantava. Ficou observando-a, tentando entender o que ele fez para o universo para gostar tanto dele. Ser o Dragão Guerreiro é show de bola, lutar ao lado dos cinco furiosos, era o máximo, ser amigo deles, demais! Mas ser noivo da melhor guerreira de toda a China (ele não conhecia toda a China, mas ela era para ele de qualquer forma) era algo tão... Ele nem sabia como definir.

- Po!

Tigresa o chamava, tinha se perdido de novo. Fazer o que...

- O que?

- Você estava com aquela cara de bobo de novo.

- A culpa é sua.

- Minha?

- Você me distrai.

Tigresa riu - engraçado você se distrair comigo enquanto eu estou falando com você.

- Ahhh você entendeu...

Tigresa continuou rindo, se recostando novamente em seu noivo - eu sei, estou constrangendo você.

- Malvada. - Po riu - saiba que nada pode constranger o Dragão Guerreiro - exibiu-se.

- Sério? E aquela música que você fez pra mim que sempre que o Macaco canta no jantar você tenta se esconder atrás do prato de macarrão?

- Isso não vem ao caso, nem era para ele ter ouvido...

- Você cantou do alto das escadas, todo o vale ouviu.

- Ta, para, conseguiu - reclamou o panda escondendo a cara no ombro da noiva.

Tigresa sorriu, e Po deu um beijo no topo de sua cabeça, depois disso o silêncio reinou novamente e ambos pegaram no sono, nem percebendo que foram observados o tempo todo.


Notas Finais


Logo teremos o próximo capítulo, obrigado por lerem!


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