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História O Porão - De Volta Ao Normal


Escrita por: theparkmochi

Capítulo 12 - De Volta Ao Normal


Fanfic / Fanfiction O Porão - De Volta Ao Normal

Algumas horas depois recebemos alta do hospital , mas minha avó ainda permanecia desacordada em observação. Os pais de Lisa e Rosé vieram busca-las no hospital e minutos depois a mãe de Jennie também. Restando apenas eu , Tzuyu , Yugyeom e Bambam. Continuamos no quarto de nossa avó esperando que ela acordasse. Meus primos e meu irmão saíram para comprar algo para comer enquanto eu fiquei com minha avó. Comecei a foliar as páginas de uma revista que se encontrava em uma pequena mesa no canto do quarto quando percebi que minha avó estava acordada , cheguei mais perto para vê-la.


Oi vovó como você está se sentindo ? - eu disse inocente.


Em uma fração de segundo minha avó me puxou pelos cabelos e tentava me enforcar , apertando meu pescoço. 


- Não vai escapar tão fácil menina. - ela me disse com raiva nos olhos.


Consegui gritar por socorro e três enfermeiras chegaram no quarto tirando minha avó de cima de mim. A mesma começou a se debater , levantou da cama e começou a quebrar tudo o que via em sua frente. 


Mais dois médicos chegaram tentando acalmá-la , mas não conseguiram. No mesmo instante minha avó gritava e agredia os médicos , foi quando um deles chegou com uma injeção e a aplicou em minha avó que em segundos se acalmou e caiu no sono.


Ainda muito assustada , saí pelos corredores do hospital à procura de meus primos , quando chegava perto da lanchonete , os vi sentados em uma mesa tomando um suco. 


- O que aconteceu Jisoo ? Por está tremendo tanto ? - Perguntou Yugyeom.


- Acho que nossa avó está realmente louca , agora a pouco eu estava no quarto e ela tentou me enforcar , gritei por socorro e dois médicos chegaram mas ela estava muito nervosa e acabou os agredindo. 


- E como ela está agora ? - Tzuyu perguntou. 


- Os médicos aplicaram um sedativo e agora ela está dormindo.


Me juntei a meus primos e também tomei um suco para tentar me acalmar , passaram-se alguns minutos e decidimos voltar para o quarto para verificar se nossa avó passava bem. Entramos no quarto e encontramos a mesma desenhando um pentagrama no chão com seu próprio sangue e pronunciando uma conjura. Assustados , chamamos pelos médicos que a seguraram e a levaram para a ala psiquiátrica.


Ficamos aguardando na sala de espera por notícias de nossa avó. Já passavam das três da manhã quando um médico se aproximou de nós com papéis nas mãos. 


- Vocês são os netos da senhora Kim Yang Mi ? - Disse o médico conferindo os papéis em suas mãos.


- Sim. - Respondemos em uníssono. 


- Não se preocupem , a vovó de vocês ficará bem , só precisará permanecer internada por alguns dias. Recomendo que vão para casa e descansem , deixem um telefone de contato e iremos ligar quando ela estiver bem. - O médico disse tentando nos animar.


Minutos depois já do lado de fora do hospital na rua estava deserta , estávamos a espera de um ônibus. Embarcamos no mesmo e seguimos para casa. Após chegarmos nos sentamos no sofá totalmente exaustos. 


- Nada parece real. - Yugyeom disse fitando o chão. 


- Não mesmo. - Tzuyu respondeu.


Eu ainda continuava paralisada pensando em tudo o que havia acontecido mais cedo.


- Acho melhor tomarmos um banho e dormir. - Eu disse me levantando do sofá. 


Tive dificuldades para pegar no sono , passei alguns minutos pensando em tudo o que havia acontecido durante todo esse tempo. Fiquei observando as horas passarem nos ponteiros do relógio até que finalmente consegui dormir. Acordei com meu celular tocando , era uma chamada de Jennie me perguntado se eu estava bem.


- Alô , Jisoo ? - Minha amiga me chamava do outro lado da linha.


- Oi Jennie. - Respondi com uma voz de sono.


- Como você está ? Conseguiu se acalmar ? Como se sente ? E sua avó ? Já voltou para casa ? - Jennie fazia uma enxurrada de perguntas.


- Eu estou bem , não se preocupe. Já minha avó acabou surtando no hospital e os médicos a internaram na ala psiquiátrica.


- E como foi que isso aconteceu ? - Perguntou Jennie.


- Não acha melhor vir até aqui para que eu possa te contar tudo ? - Sugeri. 


- Sim , mais tarde irei te fazer uma visita. Até mais. 


- Até. - Eu respondi encerrando a ligação e recolocando o celular sobre o criado mudo.


Voltei a dormir e quando acordei já era hora do almoço. Me levantei , me arrumei e desci as escadas em direção a cozinha.


Tzuyu estava sentada em um dos bancos da bancada.


- Bom dia Tzuyu. - Eu disse acenando. 


- Bom dia prima. - Ela me respondeu com um sorriso fraco.


- Como se sente ? - Perguntei.


- Estou bem.


- Que ótimo. Bom , já que nenhum de nós sabe cozinhar. Acho melhor pedirmos algo para comer ou ir a alguma lanchonete.


- Não será necessário. - Disse Tzuyu.


- Por quê não ? - Perguntei curiosa.


- Eu e Yugyeom estamos indo embora nossos pais vem nos buscar. Obrigada por essas ótimas duas semanas e em breve vamos voltar. - Tzuyu respondeu com um olhar um pouco triste.


- Já está pronta Tzuyu ? - Yugyeom dizia descendo as escadas carregando as malas e logo atrás vinha Bambam.


- Estou sim. - Ela respondeu.


Enquanto eu me despedia de meus primos , ouvi uma buzina vinda do lado de fora. 


Abri a porta e ajudei meus primos com as malas. Eles entraram no carro e seguiram caminho para casa. Voltei para dentro e procurei por telefones de algum restaurante para comprar o almoço quando Bambam me interrompeu.


- Será que a vovó está bem ? - Bambam perguntou. 


- Creio que sim. - Respondi


- Não precisa pedir comida , vou fazer lámen.


- Tudo bem. - Respondi e subi as escadas em direção ao meu quarto.


Recebi uma mensagem , era de Lisa me perguntando como eu estava. Respondi e fui para o meu quarto. Me joguei na cama e ali permaneci fitando o teto. Fiquei um bom tempo ainda pensando no que aconteceu , não conseguia tirar aquilo tudo da minha cabeça. Fui distraída de meus pensamentos quando meu irmão me chama do andar de baixo dizendo que nosso lámen já estava pronto.


Fui para a cozinha , me sentei e comi. Permanecemos calados sem dizer uma se quer palavra. O silêncio foi quebrado pelo telefone tocando.


- Vou atender , deve ser do hospital. - Disse Bambam se levantando da cadeira. 


Meu irmão atendeu o telefone e não fazia uma expressão muito boa , o que me deixou preocupada. 


- Tenha um bom dia. - Meu irmão respondia a pessoa do outro lado da linha e colocava o telefone de volta em seu lugar. 


O que aconteceu ? Como ela está ? - Eu perguntei nervosa.


- O médico disse que ela precisa passar por um tratamento psiquiátrico e é melhor que ela continue no hospital até que esteja completamente bem. - Meu irmão respondeu. 


- E quanto tempo vai durar ?


- Entre três e quatro meses. - Bambam disse olhando para baixo. 


Permaneci em silêncio por alguns segundos e senti meus olhos se encherem de lágrimas mas fui forte e as segurei. 


- Não há nenhuma maneira de ficarmos aqui sozinhos.


- Precisamos voltar para casa , nossos pais já devem ter voltado. - Eu disse ainda segurando minhas lágrimas. 



No dia seguinte arrumamos nossas malas e liguei para nossos pais , que já haviam voltado de sua última viajem de negócios. 


Poucas horas antes de voltar para nossa casa que se localizava em um bairro vizinho , resolvi dar um passeio por toda a casa relembrando as ótimas memórias que vivi ali tentando apagar de minha mente tudo o que aconteceu ao longo dessas duas últimas semanas. As horas se passaram e nossas malas já estavam no andar de baixo a espera de nossos pais que chegariam a qualquer momento. Enquanto isso liguei para minhas amigas e contei para elas que eu voltaria para casa e que não iria mudar de colégio. Minutos depois nossos pais chegaram. 


Já em casa , fui direto para o meu quarto desfazer as malas , organizei todas as roupas nos cabides e depois fui até a cozinha comer alguma coisa. 


Os dias se passaram e não recebemos mais notícias de nossa avó. Voltei para a escola e tentei focar minha atenção aos estudos , saía com minhas amigas nas tardes depois do colégio e com o tempo já quase não me lembrava daqueles dias. Meses depois minha avó terminou seu tratamento e voltou para casa , limpou todo o porão e já não praticava mais a tal religião. Ela sempre nos chamava para visitá-la nos finais de semana e fazia pratos deliciosos , ela estava tão bem que já não parecia a mesma de antes. Já havíamos esquecido de tudo o que aconteceu e criamos memorias boas dessa nova estapa de nossa vida. E assim tudo voltou ao seu normal exatamente como era antes.




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