1. Spirit Fanfics >
  2. O Porão >
  3. Capítulo Único

História O Porão - Capítulo Único


Escrita por: CuteCouple

Notas do Autor


Bom dia, boa tarde e boa noite. Espero que gostem, esse é um conto produzido por mim para uma atividade avaliativa. Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Era uma noite tempestuosa , meus pais haviam saído á algumas horas e voltariam muito tarde, devido ao evento que aconteceria no centro da pequena cidade d RoseWood. Então fiquei encarregada de cuidar de meu irmão mais novo, Bryan.

                   Ao andar pela sala pouco iluminada, era inevitável não tropeçar em algumas caixas da mudança . Subi as escadas em direção ao quarto de Bryan. Ao entrar, a porta provocou o som de um rangido estridente se espalhando pela casa. Entrei suavemente no quarto, ele dormia calmamente. Observei-o por alguns instantes. Voltei para a sala, hoje o dia esta mais frio que o normal. Caminhei em direção ao sofá, ainda plastificado. “Ai!”, meu grito ecoou pela casa, “malditas caixas no meio do caminho” , murmurei para mim mesma.  Agora andava mancando devido à lesão causada pela pequena caixa.

                 Sentei no sofá e observei a lareira, percebi então que já estive naquele lugar antes. Já estive nessa casa, “mas como isso seria possível? Eu já estive em RoseWood?”. Séries de perguntas se passavam em minha cabeça ,sem uma resposta conclusiva. Aproveitei então o meu curto dejàvu . Me perdi por alguns instantes em meus pensamentos , mas um barulho alto me retirou de meu transe , ele vinha do porão. Levantei e me aproximei da porta lentamente, a cada passo o barulho era mais alto. Porém, ao finalmente chegar na porta, ele cessou.

- Eu não deveria, meus pais proibiram a minha entrada  no porão. – falei sozinha.

           Fui em direção à cozinha, peguei  a chave embaixo do pote de biscoito e rapidamente voltei à frente da porta e a abri. Lembrei de meus pais me proibindo oque me causo um pouco de remorso. Outro barulho, agora de algo se quebrando veio na direção do porão.

- Que se dane!

           Desci as escadas correndo, ignorando a lesão em meu pé que doía, usando o celular como lanterna segui o som . O porão era como eu imaginava , frio e escuro, andei mais um pouco, ate que pisei em algo, o som causado fez um “crack”, era o objeto que havia caído e se quebrado. Me abaixei pegando um dos pequenos pedaços , “oque causou os outros barulhos?”, pensei . Resolvi voltar para cima, com medo que fosse pega no porão, foi então que vi vários álbuns de fotos em uma estante mediana , peguei  um . Isso está aqui a muito tempo, ao retirar o pó com a mão, uma data surgiu “1979”. Eu havia completado recentemente 18 anos , então por que meus pais teriam algo tão antigo?, ao abrir o álbum me deparei com fotos de um recém nascido, enquanto passava as folhas percebi uma certa semelhança, eu conhecia esse casal, quando cheguei a página “aniversário de três anos” em que o menino estava posando em um quintal junto com sua família que demonstrava pouca felicidade, as palavras “sua família” ressoaram em minha mente. O observei-os mais atentamente.

- Isso não está acontecendo.- falei.

              Ao me assustar quando finalmente percebi que eram meus pais que posavam nas fotos com aquela criança. Deixei o álbum cair no chão ao acabar as fotos, rapidamente retirei outro álbum e passei rapidamente as folhas, eram muitas fotos e meus pais estavam na maioria delas . Ao lado dos meus pés já havia quatro álbuns , peguei então o ultimo. Agora lentamente passei as fotos, absorvendo todas as informações . Quando cheguei em suas ultimas fotos era notável que o menino estava em um hospital, com metade de seu rosto coberto por faixas. “o que aconteceu com você ?” pensei alto, então as fotos acabaram, não havia mais álbuns, Joguei no chão tudo que estava na estante , procurando por mais fotos. Uma caixa de madeira foi jogada mais longe que as outras , em um canto escuro. Ao cair fez um som oco.

Usando o celular para iluminar, me aproximei na direção de onde veio o barulho, ao me abaixar para pegar a caixa reparei em um pequeno gancho no chão , o puxei, assim abrindo um alçapão. Estava completamente escuro, estava prestes as entrar . Quando ouvi o barulho da porta do porão se fechando. Corri ate a escada, indo em direção à porta, que agora permanecia fechada . Estava trancada.

- Ei ! Por favor abra a porta , quem está ai? Abra agora!.- gritei o mais alto que pude.

Não houve resposta, então ouvi o som de passos e em seguida uma porta rangendo. ”O quarto de meu irmão”, pensei.

- Não , por favor não encoste nele , por favor! – implorei, enquanto lágrimas caíam sobre meu rosto.

                Com toda minha força , tentei arrombar a porta , varias vezes repetitivamente, até que o trinco se rompeu e a porta se abriu . Meu coração estava acelerado e lagrimas caiam sem parar, paralisei por alguns instantes, pensando em algo sensato para fazer. O choro de Bryan me retomou dessa transe, corri até o segundo andar e entrei no quarto de meu irmão. Um homem alto com roupas escuras e sujas estava de costas para mim, imóvel. Olhei para os lados à procura de algo que pudesse usar como arma, um abajur em formato de urso foi a única coisa que avistei, o arranquei da tomada e com toda minha força o bati na cabeça do homem, fazendo com que ele caísse inconsciente no chão . O empurrei com os pés, para conseguir chegar ao berço, peguei então Bryan que chorava assustado. Desci as escadas e corri a cozinha, liguei o mais rápido o possível para a policia , estava tremula, e meu pé doía ainda mais.

- Delegacia de RoseWood, como posso ajudar?

- Olá, um homem invadiu minha casa...

                   Depois de explicar o endereço e insistir que não era uma pegadinha, a mulher que falava no telefone avisou que dentro de algumas horas a policia estaria ali, devido à distância, coloquei Bryan , que ainda chorava, em sua cadeirinha e dei a ele uma mamadeira. Resolvi então checar se o homem ainda permanecia inconsciente. Ao entrar no quaro fui surpreendida, não havia ninguém. Foi então que alguém me puxou e me jogou contra a parede, me equilibrei para n cair as escadas, era ele, não pude ver nitidamente pois o impacto me deixou tonta ,mas ele usava uma mascara de palhaço somente em metade de seu rosto. Ele veio novamente em minha direção , desci então as escadas ainda me sentindo tonta, jogando contra ele tudo que eu via em minha frente, meu esforço parecia inútil pois ele caminhava lentamente em minha direção , sem se preocupar. Corri então a cozinha e tranquei a porta , peguei Bryan e o pedi que ficasse em silêncio, tentei abrir a janela mas algo impedia, avistei uma faca em cima da bancada e a peguei , pronta para atacá-lo. Ao abrir a porta não havia mais ninguém novamente, andei lentamente em direção a porta de principal, quando me aproximei , ele saiu de trás das folhagens e permaneceu parada impedindo a minha passagem.

- Oque você quer de mim? Me deixe passar– chorei.

                Um sorriso se abriu em seu rosto, e negando com a cabeça ele caminhou em minha direção , antes que ele pudesse se aproximar mais joguei a faca, ela atingiu sua perna esquerda fazendo-o cair e gritar de dor. Corri até a porta mas ela estava trancada, sem saber oque fazer fui o mais rápido que pude para o porão, procurando um lugar para me esconder, lembrei então do alçapão que eu havia achado mais cedo. Entrei então e o fechei, procurei por uma luz ate que a achei, assim que ascendi me arrependia profundamente de ter escolhido tal lugar, “ele mora aqui” , pensei. Um colchão estava jogado no chão e espalhado ao seu redor havia vários livros, avistei então uma divisória que separava o banheiro do resto do quarto, apaguei a luz e me escondi atrás dela, segurando Bryan em meus braços.

           Após meia hora de silencio , pensei talvez que ele pudesse ter ido embora, sim eu sei o quanto é improvável , mas ainda tinha esperança de que tudo tivesse acabado, que eu e Bryan poderíamos sair vivos daquela casa e encontrar meus pais. Mas a esperança se acabou quando ouvi o barulho do alçapão se abrindo. A luz se ascendeu novamente e ele entrou no quarto , se sentou no colchão e olhou para suas mãos, notei então que ele estava coberto de sangue, lagrimas caíram quando pensei de quem poderia sem aquele sangue. O homem então levantou e andou até um espelho que estava parcialmente quebrado, retirando sua mascará cuidadosamente, seu rosto era parcialmente queimado e deformado, ele era o menino do álbum. Sem querer choraminguei fazendo com que ele olhasse em minha direção, sua expressão demonstrava ódio, corri e subi as escadas rapidamente enquanto ele colocava novamente sua mascará. Logo atrás de mim ele subiu as escadas também , olhei para os lados n havia lugar para onde ir, tropecei então, Bryan caiu no chão e com medo engatinhou para o canto da estante, o homem então foi na direção de meu irmão.

- Não, não ouse encostar nele.- gritei ainda chão.

             Ele se distraiu por alguns segundos, nesse tempo avistei um dos pedaços do vaso que antes foi derrubado. O peguei e escondi atrás da minha mão, levantei lentamente tentando me recuperar do tombo.

- Venha! Você não vai encostar um dedo nele.

- É oque veremos, irmãzinha – uma voz rouca e grossa falou friamente.

        Rapidamente ele veio em minha direção me derrubando no chão, fui pega de surpresa por aquela força surreal, sem poder me defender , ele tentava me enforcar, quase sem forças ergui meu braço e apunhalei o caco de vidro em suas costas, fazendo esse movimento repetidamente ate que ele caiu sobre mim, aparentemente morto, o empurrei e levantei com dificuldade, retirei o pedaço do vaso de suas costas e agora com todas as minhas forças o ataquei em sua cabeça,“ agora acabou” , uma voz em minha cabeça falou calmamente. Peguei Bryan no colo, ele estava chorando muito, o ninei tentando o acalmar, ele dormiu em meus braços.

- Eu entendo, também estou cansada.

De volta ao segundo andar abri a porta de entrada , cai de joelhos com a imagem que vi. Eram meus pais , mortos na varanda, com varias facadas por todo o corpo , a faca que eu atirei no homem agora estava no coração de meu pai. Chorei ajoelhada  em frente aos cadáveres de meus pais, Bryan ainda dormia calmamente.  Após alguns minutos a policia chegou, dois policias me levaram ate uma ambulância. Meu irmão então acordou, sorrindo para mim e acariciando meu rosto, sorri aliviada por tudo ter acabado.

- Agora somos só eu e você.

 Lagrimas caíam enquanto abraçava Bryan.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, beijos!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...