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História O Pós da Guerra - Primeiros dias


Escrita por: PriscilaCochito

Notas do Autor


Boa leitura

Capítulo 2 - Primeiros dias


Fanfic / Fanfiction O Pós da Guerra - Primeiros dias

Meu coração parecia que iria saltar do peito, não entendia certas reações com relação a Peeta. Faziam cerca de dois dias que ele havia retornado ao distrito 12. No primeiro encontro com ele me senti estranha e acuada devido aos fatos que nos rodearam, mas sentia uma necessidade enorme de ter ele por perto. Ele ainda parecia estar retesado na minha presença, o que me causava uma estranheza e tristeza, mas precisava respeitar que ele apesar de tudo estava ali, não como antes, mas pelo menos ele estava ali.

Acordo no meio da noite entre uma sequência de pesadelos, transpirando muito e ofegante. No sonho eu via Peeta ao lado de Snow, onde este o torturava na minha frente com choques e cortes profundos, ele implorava pela minha ajuda, mas eu estava acorrentada em frente à ambos sem poder me mexer e só assistia a dor dele. Eu gritava desesperada e toda vez que tentava sair, parecia mais dificil e eu perdia minhas forças. De repente peeta já não grita mais, percebo sua expressão apática quando ele me olha e diz friamente: A culpa é sua, eu te odeio.  Quando desperto, a sensação é tão vívida que não posso deixar de sofrer mesmo sabendo que era apenas um pesadelo. Precisava ver Peeta, saber que ele estava bem. Foi com esse intuito que levantei colocando meu hobbie e seguindo para a casa em frente. Sabia que ele deixava a porta dos fundos aberta, mania que ele pareceu conservar apesar das perdas. Fui até ela, abrindo vagarosamente e me espreitando silenciosamente para o interior da casa totalmente escura.
Corro o risco eminente de não só assustar a Peeta, pois os jogos nos deixaram extremante sensíveis à qualquer barulho, como também dele ter outro flashback e tentar me matar novamente. Caminhei mais um pouco e subi alguns degraus da escada da casa, notando a cima uma fresta fraca de luz me deixando curiosa, afinal ele não estava dormindo?

Paro em frente à porta dele e não sei se tenho coragem ou como farei, mas já tinha ido até lá, precisava criar algum tipo de força. Então, levanto as mãos e bato levemente na porta e ouço uma pequena movimentação no quarto, passos que se aproximam da porta me deixando ansiosa. A porta é aberta por um peeta sem camisa, só de calça moletom e ao que parecia ele também não tinha conseguido dormir ou melhor acho que pelos mesmos motivos que eu, pois percebi gotículas de suor em sua testa fazendo seus fios loiros permanecerem grudados na superfície. Não entendo as reações, mas sinto meu corpo se aquecer e meu coração disparar. Não percebi que encarava, até que ele pigarreia, me chamando atenção.

- Katniss, o que faz aqui? - fala com sua voz rouca e pouco ofengante

- eerr.. eu.. desculpa eu ter entrado assim, sei que foi indelicado, mas precisava te ver, quero dizer.. tive um pesadelo e queria saber se está bem - falei com vergonha e receio pelo motivo de minha visita inesperada.

- hmm, eu estou bem sim, também tenho os meus - Peeta disse coçando de leve a nuca, apontando o rosto suado - Entre está frio - ele disse me guiando para o interior do quarto, fazendo eu me sentir mais desconfortável e envergonhada

- pode se sentar na poltrona, Katniss - disse cortês, ao menos isso a capital não roubou do meu garoto com o pão

- Peeta, não quero incomodar, na verdade precisava apenas saber se estava bem, já irei embora - digo cautelosa e já indo em direção à porta

- Oh. Sim, entendo - Peeta diz parecendo decepcionado - mas você não está me incomodando, não mais - diz com um sorriso de canto encantador

Meu rosto se ilumina entendendo o que dissera, ele finalmente conseguia ficar perto de mim, ao menos parecia conseguir se controlar muito mais.

- Então, se não for problema, fico mais um pouco - digo isso, sentando na poltrona que ele havia me indicado

- então, quer falar sobre o que sonhou? - Peeta diz calmamente

- Não, foi ruim demais pra dizer - digo relembrando as cenas

- as vezes falar ajuda, Katniss- peeta fala com seu doce modo

- Acho que não sou boa com palavras - Fico com imensa vontade de abraçá-lo, mas não sei se devo e se ele permitiria

- Posso confessar uma coisa? - decido dizer. - Sinto falta de te abraçar, de certa maneira isso me acalmava  - Digo olhando cautelosamente, ruborizando

Peeta então se aproxima lentamente e me olha com lentidão, ele toca meu braço com calma e parece se auto analisar sobre as reações que teria. Eu apenas deixo que ele guie os movimentos, para não provocar algo pior. Ele então toma uma de minhas mãos e me levanta, olha diretamente nos meus olhos como se dissesse, tudo bem e pedisse uma permissão muda, que eu já havia concedido. Ele então passa os braços pela minha cintura e me cola em seu corpo quente, me fazendo suspirar por saudades e dando a sensação de segurança que só os braços dele me davam. Acabo passando os meus braços em volta de seu corpo, me apertando ali como se a qualquer momento ele fosse me soltar e eu não poderia e nem queria que acontecesse. Ainda com minha recente coragem, peço.

- Peeta - falo sem olhar diretamente para ele - posso dormir aqui, sinto que se eu ficar não terei pesadelos.

Ele não diz nada, só me aperta ainda mais, sinto que é um sim. Então como antigamente nos deitamos juntos, como um bote salva vidas um do outro, ou filtro contra sonhos ruins.

"Aqui, fixar quero meu eterno repouso
E desta carne lassa do mundo, sacudir o julgo das estrelas funestas" (Romeu e Julieta)


Notas Finais


Até o próximo peetnicos. Bjs


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