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História O presente de um passado futuro - Parte 1


Escrita por: marybs_

Notas do Autor


Olá querido leitor. Essa história exigiu grande esforço e dedicação. Aceito críticas construtivas. Agradeço desde já. Boa leitura! Obs: os capítulos posteriores serão menores... Este necessitava maior extensão para entendimento e introdução do tempo da história que se apresenta um pouco confuso.

Capítulo 1 - Parte 1


Fanfic / Fanfiction O presente de um passado futuro - Parte 1

Numa cafeteria qualquer da Coréia, aproximadamente no horário do raiar do dia, uma garota se encontrava em uma cadeira colorida, à frente de outra, mesmo sem companhia. Naquele dia, no único local ao qual se dava ao luxo de sentir-se em paz, era muito bem entretida por um bloco de dezenas de folhas e uma caneta tinteiro, herdada de sua mãe já falecida. A causa da morte? Dores. Uma doença. Não valia a pena lembrar-se da pior época de sua vida, justo agora, que os estigmas passaram a se fechar.

Virou levemente a cabeça, observou o céu azul quase claro, sucumbindo lentamente à ausência de estrelas. Suspirou porque não havia recebido a inspiração que tanto almejava. Seus olhos dispersos passaram lentamente por um homem que estava sentado em um banco da praça. Rosto marcante. Familiar. Apesar de aparentar ter sua idade, não demonstrou interesse.

-Vamos lá, coragem - Pensou, pegando a caneta e se preparando para uma maratona. O prazo era curto, como sempre. Reescreveria suas dezenas de anotações, na esperança de que, um dia, a tão rígida editora aprovasse seu trabalho.

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O Diário

Cap 1 - Meu melhor amigo                   Por Camila de Lucena

Suspirou pesado. Mais uma vez, Lora acordou com o som irritante do despertador, o objeto que considerava ser a mais útil e desastrosa criação do homem.

Antes de levantar, como a maioria dos adolescentes internautas, checou todas as redes sociais. Viu que havia esquecido completamente do trabalho de geografia, o que a fez quase surtar. Nunca havia esquecido algo do gênero.

Correu, se aprontou, e levou uma bronca de sua mãe, porque estava comendo rápido demais.

-Sim mãe, eu já entendi...

-Ótimo. Volte cedo para casa hoje, visitaremos sua avó.

-Justo hoje? Uma terça-feira. Mas não uma terça qualquer. Combinei com o Charlie de nos encontrarmos na lanchonete com mais alguns colegas.

-Sem mais. Você vai e pronto, ouviu Camira?

-Sim mãe...

Trancou o portão pensando no que a mãe disse, e como a chamara. Fazia isso as vezes, e não entendia porque de ela e sua avó se referirem-a-na de tal forma. Desistiu de perguntar. Sempre que o fazia, mudavam de assunto.

Ainda estava perdida em pensamentos quando avistou alguém do lado de fora.

-Bom dia! - declarou a bela voz.

-Só você está animado para a aula Charlie, e sabe disso.

-Claro que eu sei.

Lora e Charlie eram melhores amigos. Não se sabe exatamente a quanto tempo e nem o porque. Lora acreditava que teriam se aproximado por causa dos apelidos que recebiam. Meio complicado ter um nome estrangeiro na Coreia, entre crianças de 3 anos. Hoje, essas pessoas ate os invejavam.

Seguiram o mesmo caminho como sempre faziam. Charlie passava em sua casa, e juntos, iam para a escola. Todos os dias. Lora o amava, e odiava também. Tinha momentos de raiva, risos, carinhos... Apesar disso, nada alem de amizade. Acreditava que era recíproco com Charlie. Bem, não era assim que ele pensava. Uma dúvida o assombrava a muito tempo, mas o medo de perder tudo o que tinha o impedia de apostar. O famoso "quem arrisca não petisca" não era uma opção, e ele sabia que não tinha muita sorte.

-Me empresta seu trabalho de geografia?

-UAU, nunca imaginei que um dia me pediria algo assim.

-Cala a boca.

-Só estou dizendo o que eu penso.

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Cap 2 - Quem é Camira?

Lora voltava de outra visita de sua avó. As ruas de Seul eram frias, mas depois de implorar bastante, sua mãe permitira que o aquecedor fosse ligado.

Rabiscando algo qualquer no vidro embaçado, pensava com carinho na visita que acabara de fazer, e como as coisas tinham fluido de maneira tão familiar.

-Vai vovó, qual é o que você gosta mais?

-Não sei minha filha...

 Estava apresentando à sua avó seu grupo de Kpop favorito, os tão adorados Bangtan Boys. Ela era apaixonada pelo grupo.

-O meu favorito é esse daqui, o Junkook.

-Ele é bem bonito mesmo minha filha...

Ela quase teve um acesso de riso por causa do comentário da velha senhora.

-Vamos, escolha seu bias.

-OQUE é isso?

-O seu favorito do grupo!

-Uhumm...

Os dedos finos marcados pelo tempo ampliaram com dificuldade a foto dos membros do grupo, e deslizou, um a um, sobre cada rosto. 

-Vovó, está tudo bem?

-Sim, eu apenas pensei que...

-Que oque?

Dona Yang mi havia deixado a foto ampliada no rosto de um dos rappers. 

-Lora, qual o nome deste aqui?

-Ah, Rap Monster.

-Namjoon? - indagou em um tom que demonstrava sua excitação.

-Sim... Mas que foi que...Pera, como voce sabe o sobrenome...

A senhora subiu algumas escadas, e nos segundos seguintes, desceu-as com um caderno bem encapado, mas aparentemente antigo. Um diário.

- Acho que já está na hora de voce receber e conhecer a verdadeira história de sua família.

Outro suspiro profundo. Os pés com meias bem grossas, e uma coberta pesada. Olhou para o relógio. Já passava da uma e meia. O silencio era seu mais novo amigo. Tinha que ser.

Com muito cuidado, abriu o fecho do caderno cor de vinho. Um frio invadiu sua barriga. O que poderia ser assim, tão importante? Nunca tinha visto sua avó tão decidida. Como ela sabia o sobrenome do Namie?

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12 de setembro de 1901

Decidi escrever todas as noites, a partir de hoje. Não por que completo 21 anos, não, não. Apenas pela impressão de que vi pela primeira vez a silhueta a qual arrisco dizer que deslumbrarei pelo resto de minha vida. Escreverei aqui a primeira história de amor proibido conhecida pelo homem. Uma história tão forte que atravessará os séculos. Tão pura quanto a água cristalina do rio mais límpido. Tão verdadeiro, que não é preciso ser visto para ser sentido, como vento.

Senti - me agraciado e amaldiçoado ao mesmo tempo. Estava eu, em Okinoshima. Minha ilha. Meu descanso. Meu refúgio. Vi ao longe, uma mulher. Arrependi - me de ser um samurai. Não pela honra, mas pelo dever de matar qualquer uma que desobedecesse a lei. Cheguei perto da pedra em que estava sentada. Parei atrás. Virou - se. Nunca vira olhos tão belos e tão brilhantes quanto os dela. Estes porém, inundaram - se por água.

Desembanhei minha katana, pousando - a em seu pescoço.

-Não tens medo?

-Se a morte é o preço da liberdade, que assim seja.

Nunca tinha visto alguém falar daquela maneira. Vi nela a mim mesmo. Eu que, cedi a minha liberdade e congelei meus sonhos apenas pela opressão de um homem. A katana já havia cortado alguns fios de cabelo, que se despediam em uma dança com o vento. Tomei uma decisão.

-Não a matarei. Tu és mais nobre que muitos reis e mais corajosa que qualquer guerreiro, sendo capaz de ceder a própria vida em nome de sua liberdade. Conquistou eternamente minha admiração. - guardei minha espada.

Ela olhou - me enquanto se levantava.

-Senhor, és o mais honrado que já conheci.

-Não quer me dizer seu nome?

Ela não disse. Me frustrei. Quem era ela?

Namjoon, Kim

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-Droga, droga! - Lora sussurrou enquanto virava rapidamente de lado, escondendo o diário em baixo dos cobertores.

Apesar de estar e costas sentiu que a mãe a observava. Apagou o abajur e fechou a porta.

-Depois eu leio mais alguma coisa...


Notas Finais


Obrigada pela leitura!


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