1. Spirit Fanfics >
  2. O que Nos Reservam as Estrelas >
  3. Retornos

História O que Nos Reservam as Estrelas - Retornos


Escrita por: KrystallJackye

Notas do Autor


Perdoem a demora pra postar, estava sem tempo e com um grande bloqueio de criatividade!
Capítulo revisado, porém caso avistem qualquer erro despercebido por mim, avisem please!
No mais, boa leitura!
Beijinhos brilho Krystall

Capítulo 3 - Retornos


Fanfic / Fanfiction O que Nos Reservam as Estrelas - Retornos


  – Como é incomodo ser humana! – A Rosa concluiu tentando pôr- se de pé pela milésima vez e caindo com tudo no chão.  Desde alguns dias atrás quando havia virado gente, seus maiores desafios eram:
  Ficar de pé;
  Evitar se machucar com as irregularidades do planeta;
  Dividir espaço com o único baobá que havia crescido nos últimos anos;
  E fazer aquele som esquisito que vinha de seu estômago cessar.
  "É complicado ser gente! A vida das flores é tão mais fácil!" pensou revirando os olhos enquanto se apoiava no baobá de porte médio para andar.
  – Eu consigo! – Tentava encorajar-se, mas logo ia ao chão. 
  A menina soltou um suspiro frustado e optou por continuar na terra, pois não era tão desconfortável, afinal ela passara a vida inteira com suas raízes enfurnadas lá. 
  E tinha mais um problema que ela tentava não ver com todas as suas forças: Do que adiantava ser gente, se não havia ninguém – em especial, um certo príncipe – para dividir sua vida?
  Aliás, sua existência parecia ser real apenas com o único propósito de pensar no jovem príncipe. Nos últimos dias ele se fazia muito presente nos pensamentos da Flor. 
  – És mesmo uma tola! – Com certa ira, a Rosa bateu o punho no chão. – Se acaso ele realmente sentisse algo por ti, estaria do teu lado independente de tua forma!
Esforçadamente ela sentou-se na relva que crescia no solo desde que ele havia partido.
  "Boba!" Pensou. "Tudo é motivo para pensar nele! Pare já com isso!" 
  
  Sua cabeça marretava-lhe de lembranças e seu peito apertava de saudades, ainda mais agora quando um belíssimo pôr-do-sol acontecia.
  – Ele tinha razão, é mesmo lindo esse espetáculo! 
  Um barulho chamou sua atenção de repente, olhou para o lado e viu mais a frente um dos diminutos vulcões do planeta expelir de forma lenta a lava em pequena proporção. Devido ao tempo sem serem revolvidos, os vulcões faziam isso todos os dias, mas nunca chegaram a realmente entrar em uma erupção, e por causa disso, aos poucos o planetinha foi ganhando massa e um pouco mais de tamanho. Junto com a mata e a areia trazida pelos ventos, fazia o asteroide parecer maior do que era, mas nada se comparava com o gigantesco buraco em seu peito que parecia ficar maior a cada dia.
  – Eu poderia ter feito um pedido mais concreto, poderia pedi-lo de volta, ou que ele nunca tivesse saído! – A Rosa admitiu dando-se conta do erro cometido. – Será que estrelas atendem pedidos duas vezes?
  Esta indagação fez a Rosa erguer os olhos aos céus dizendo:
  – Se tu estiveres aí, saiba que valeria muito mais apena ter ele aqui do que ser humana... – Falando isso, fechou os olhos esperando pela dor de voltar a seu tamanho e forma originais ou simplesmente pela chegada de seu amado.
  E ela esperou...
  Esperou...
Longos minutos se passaram e a única coisa a lhe chamar atenção foi seu estômago novamente fazendo barulho.
  – Que será isso? – Abriu os olhos zangada. 
  A Rosa sustentou o olhar novamente aos céus dizendo:
  – Muitíssimo obrigada estrela, agora além de viver sozinha, terei de aturar esse barulho irritante. – Reclamou de novo.
  Estava chateada e zangada consigo, porém quando desejou que não existissem barreiras entre o amor dos dois, nunca imaginou isso.
  Fechou os olhos respirando fundo pra não chorar de decepção.
  – Tola! Tola! Tola! – Levantou os olhos aos céus como numa prece.
  Já era noitinha e as primeiras estrelas apareciam no céu sem nenhum convite, porém uma chamou sua atenção assim como no dia em que foi transformada em humana.
  Seria possível que a estrela que lhe atendera olhasse pra ela novamente? 
  Com auxílio do tronco do baobá, a Rosa escorou-se ficando de pé e passou a notar o quão brilhosa aquela estrela estava.
  Ela parecia se aproximar... Será que havia ficado zangada e agora queria tomar satisfações com a Rosa?
  A cada centímetro em que o corpo celeste se aproximava, o pânico ía tomando conta da flor que não viu outra alternativa a não ser esconder-se.
  Então um baque foi sentido no planeta causando um tremor de terra. Tudo ficou claro e cintilante, mas nenhum barulho se fez presente.
  Ao notar que ainda estava viva, a Rosa se atreveu a sair de trás da árvore espionando o que havia caído em seu asteroide. 
  Não era o que ela esperava ver...
  Ali, na relva deitados e inconcientes haviam um homem e uma... Raposa? Sim, uma raposa. Constatou após perceber seus pelos cor de fogo.
  Com receio, a pequenina garota chegou perto do homem se rastejando.
  Ele lhe era familiar...
  Como se tivesse vida própria, seu coração batia fortemente cada vez que olhava para o ser a sua frente.
  Tocou-lhe o rosto macio com barba por fazer e os cabelos desgrenhados e loiros que persistiam em ficar no rosto bonito e cansado.
Ora, de onde ele poderia ter vindo? Por que lhe capturava toda a sua atenção? O que lhe tinha acontecido para estar desacordado? 
  A Rosa percebeu estar vagueando por um universo de charadas que lhe afastava cada vez mais da realidade. Como num despertar repentino, pôs-se a tentar acordar o homem.
  – Moço... – Cutucava-lhe o braço. – Acorde. 
  Aos poucos os olhos fechados foram se abrindo revelando uma imensidão azul que deixou a flor desconcertada.
  Quando conseguir focar sua vista, o jovem rapaz percebeu estar em companhia da mais bela moça que já vira.
  Seus longos cachos de fios loiros desciam de sua cabeça escorregando ao seu rosto, fazendo cócegas em seu nariz. O rosto delicado e perfeitamente desenhado era quase hipnótico. E os olhos...
  Ah, aqueles olhos!
  Nem os rubis mas rubros chegavam a vermelhidão daquelas orbes inocentes.
  – Você está bem? – Sua voz embargada de preocupação chegou-lhe aos ouvidos. – Caíste do céu. 
  O homem deu um breve sorriso ao ouvir isso mais uma vez em sua vida.
  – Estou sim. – Levantou olhando em volta... O ambiente era deveras familiar.
  Não tinha dúvidas de que aquele era seu asteroide, o B612.
Até mesmo o cheiro de sua rosa estava presente, mas... Onde estava sua rosa?
  Olhou para a menina a sua frente com o vestido florido e olhar curioso, seria ela quem teria matado sua flor? 
  Antes de tirar conclusões precipitadas, acalmou-se e olhou para a raposa certificando-se de seu bom estado. 
  – Com licença, moça... Este não é o asteroide B612? – Teve um "sim" surpreso de resposta.- Eu gostaria de saber de onde tu viestes e se por algum acaso não chegastes a conhecer uma flor quando veio pra cá.
  – Flor?... – Atônita ela respondeu.
  – Sim! Uma grande amiga a qual prometi retornar para visitar... Você viu?
  A menina abriu e fechou a boca por vezes repetidas com tanto espanto! Era ele seu amado príncipe que teria retornado?
  – Pri-príncipe? – A voz trôpega saiu de sua garganta. 
  – Sim... De onde me conheces? 
  – Sou eu, tua Rosa.


Notas Finais


Então, gostaram desse encontro? O que será que vai acontecer?
Em breve saberemos!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...