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História O Rapto de Park Jimin - Lie


Escrita por: BolinhoDiArroz

Notas do Autor


Bomba, para dançar isso aqui é bomba
Pra balançar isso aqui é bomba
Para mexer isso aqui é bomba
E a Jikookada se joga assim
Assim, assim, assim todo mundo uma mão vai na cabeça
Uma mão vai na cabeça, o movimento é sexy
O movimento é sexy

heuehueh Volteeeei
Desculpa gente, estou com essa música na cabeça, mas eu não deveria
Porque esse capítulo está cheio de Bomba kkk
Sinto que minha vida está por um fio T-T

Enfim, peguem os lencinhos e Boa Leitura '^'

Capítulo 14 - Lie


Fanfic / Fanfiction O Rapto de Park Jimin - Lie

 

 

Submundo, Domínio de Hades

Jeon JungKook

 

 

Ao sair do banho já devidamente vestido, olhei ao redor a procura de Jimin, mas não consegui encontrá-lo em lugar nenhum. Antes que eu pudesse sair a sua procura notei que as portas que davam acesso a varanda de meu quarto estavam abertas o que fazia as cortinas de seda cinza esvoaçarem com a brisa vinda de fora. Ao passar pela porta a primeira coisa que preencheu minha visão foi a figura de Jimin de costas para mim observando o horizonte. Era uma bela imagem. Ele usava uma calça preta e blusa de mangas compridas e listras pretas e brancas, seus cabelos ruivos contrastando com a escuridão da noite. Observei um movimento em seu braço e me aproximei de si parando ao seu lado. 

 

Ele olhava para o nada enquanto seus lábios antes rosados cintilavam agora dourados devido a ambrósia que bebia do cálice. Sua mente parecia longe e sua atenção estava desligada de tudo ao seu redor já que ele nem havia notado minha presença. 

 

- Pensando...? - Indaguei suavemente na intenção de não assustá-lo.

 

Vi seus olhos se descolarem do ponto qualquer que olhava desviando-os para mim. Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios e ele deu de ombros voltando a olhar para frente sorvendo mais um pouco do líquido. 

 

- Quem lhe deu ambrósia? - Indaguei novamente o vendo olhar para o cálice.

 

- Vernon. - Respondeu sorrindo largo enquanto dava pequenos giros no ar com o cálice. - Ele disse que isso me acalmaria e me faria esquecer da invasão daquela doida varrida. – Reparei que sua cara tinha uma careta quando terminou de falar. 

 

- E o que achou? Já havia tomado? - Perguntei estranhando ele estar tão calado.

 

- Gostosa... – Estranhei quando sua voz tremelicou afinando roucamente parecendo falhar. Será que estava doente? Ele tossiu limpando a garganta e voltou a me olhar com um sorriso. – Mas seria melhor se estivesse em seus lábios. – Sorriu. Seu sorriso era diferente de todos o que ele já havia me dado. Pra começar, ele era malicioso demais, sim, ele já havia sorrido para mim com essa intenção, mas esse era diferente. Depois o brilho nos olhos de Jimin me fazia parecer que ele estava armando alguma coisa pra cima de mim, mas o mais estranho de tudo era que seu sorriso não havia alterado em nada seus olhos. Não fez sentido? Tá, deixa eu explicar melhor. Quando Jimin sorrir, seja um pequeno ou grande sorriso, seus olhos sempre tendem a diminuir até ficar próximo ou totalmente como dois risquinhos. E dessa vez isso não tinha acontecido.

 

O observei se virar de frente para mim me fazendo notar somente agora que ele segurava um outro cálice na sua outra mão aproximando-o de meus lábios virando um pouco o copo entornando o líquido que para não derramar ou desperdiçar inclinei a cabeça para trás o suficiente sorvendo a bebida enquanto observava atento as ações do menor que sorriu satisfeito quando bebi todo o líquido. Antes que eu pudesse pensar ou falar algo sua boca já estava colada na minha em um beijo desesperado, podia contar nos dedos todas as vezes que ele me beijou assim e em todas elas era sempre depois que havíamos passado tempo demais longes um do outro.

 

De primeira correspondi seu beijo na mesma intensidade querendo sanar todo aquele desejo que ele sentia por mim, mas depois apenas queria entender o que estava acontecendo para toda aquela aparente saudade que havia surgido em si.

 

Será que ele estava com medo de me perder por causa da invasão de Deméter?  

 

Enquanto nos beijávamos, estranhamente pude sentir a cintura de Jimin afinando, as roupas enlarguescerem e um belo par de seios surgirem entre nossos peitorais colados, assustado abri os olhos dando de cara com os fios ruivos de Deméter.

 

Merda!!!

 

Com um empurrão a afastei de perto de mim limpando a boca com nojo do que acabara de acontecer. Na minha mente só vinha o rosto decepcionado de Jimin ao infelizmente presenciar aquela cena deplorável, eu não poderia decepcioná-lo correndo o risco de perde-lo. A vi dar passos para trás conseguindo manter o equilíbrio apesar da força que usei no empurrão me olhando com um sorriso cínico. Ela não mais usava as roupas de Jimin e sim o vestido de mais cedo – o que indicava que ela não havia saído do meu reino como eu pensava -, era um bonito vestido, dourado com pedras cravejadas digna de uma deusa.

 

Aquele Jimin era apenas uma ilusão de ótica. Então, aonde estava o verdadeiro?

 

- Uau! Você melhorou muito as suas habilidades meu querido. – Sua voz soou divertida. – Fico imaginando seu desempenho na cama. – A vi soltar um risinho mordendo o lábio inferior. Jimin tinha razão, ela era uma vagabunda. Escarrei juntando toda a saliva em um bolo cuspindo logo em seguida no chão ganhando uma risada divertida dela. – Não seja rancoroso, Jeon. Passado é passado.

 

- Onde está Jimin? – Indaguei seriamente após limpar a boca com as costas da mão novamente, querendo tirar aquele gosto podre e ocre  que se espalhava por minha boca e todo o resto, sem contar que eu não estava com paciência para trocar muitas palavras com ela.

 

- Jimin, Jimin, Jimin.... – Resmungou com a voz fininha e uma cara de nojo começando a me fazer perder a paciência. – Esqueça o meu filho e foque em mim! – Ordenou revirando os olhos se aproximando de mim, subindo com suas mãos por meu peitoral até meus ombros.

 

- O que disse? – Indaguei semicerrando os olhos agarrando-a pelos pulsos tirando suas mãos de mim.

 

Uma sensação estranha começou a se espalhar pelas minhas veias, deixava meu sangue quente e meus olhos ardidos, me fazia tremer perdendo o controle das minhas ações. Eu conhecia aquilo, conhecia aquele sentimento que se espalhava como larva em um vulcão, eu senti isso a milênios atrás. E embora eu soubesse que foi esse sentimento o culpado por eu ter chegado onde estou neste momento, a força e a intensidade pela qual se espalhava era mais forte do que eu me lembrava.

 

O sabor ocre e ferroso do sangue se espalhou por minha boca me fazendo reexperimentar o gosto puro da ira.

 

- Isso mesmo o que ouviu Jeon. – Ela falou fazendo um bico me olhando. – Cansei dele tentar te enganar, Park Jimin é meu filho.

 

- Isso é mentira. – Rosnei sentindo a fúria me abraçar pressionando meus dígitos na sua pele branca e delicada.

 

Eu havia sido enganado de novo?

 

Eu não suportaria a ideia de ser traído novamente, não por Jimin, não depois de tudo que passamos juntos para estarmos juntos. Eu preferia mil vez morrer sabendo que ele me amou de verdade, do que viver sabendo que tudo foi uma mentira.

 

- Claro que não, por que eu mentiria para você meu amor? – Ela sorriu tentando se soltar de meu aperto em seus pulsos. – Jimin é meu filho com Zeus, nunca reparou na nossa semelhança? – Indagou puxando seus braços conseguindo em fim se libertar. A observei com atenção enquanto massageava seus pulsos vermelhos de meu aperto. Mesmo que eu quisesse negar para mim, haviam sim semelhanças. A cor de seus olhos, o formato dos lábios, o formato do rosto, mas principalmente a cor dos cabelos... – Pelo visto meu filho conseguiu mesmo te enganar. – Ela murmurou olhando para mim pensativa.

 

- Do que está falando? – Indaguei dando um passo em sua direção vendo seus olhos arregalarem.

 

- Era só uma brincadeirinha sabe? – Ela sorriu sem graça me fazendo apertar as mãos em um punho fechado. – Eu havia lhe contado sobre nossa história, e ele queria realmente saber se era verdade, s seria fácil conquistar o todo poderoso deus do submundo como eu havia conseguido, eu disse que não era pra ele fazer isso, que não seria legal brincar com seus sentimentos como eu já havia feito uma vez, mas ele mesmo assim quis seguir em frente. – Ela suspirou deslizando sua mão por meu peito enquanto dava uma volta por mim parando atrás. – Eu tive que vir intervir após descobrir que ele havia sido pedido em casamento. – Senti seus braços rodearem meu corpo em um abraço e fechei os olhos os apertando com força. – Ele estava levando essa história longe demais, e iria acabar se machucando quando descobrisse que é de mim que ainda gosta. – Senti o tom de diversão em sua voz e aquilo foi o estopim para eu explodir em ira.

 

Com um único movimento girei levando uma mão até seu pescoço o apertando com força enquanto empurrava seu corpo até a parede atrás de si jogando-a com força contra o concreto rachando parte da parede. Um esganiçado de sufoco misturado com um gemido de dor saiu de seus lábios e enquanto eu a arrastava pela parede suspendendo-a do chão pelo pescoço suas mãos tentavam inutilmente desfrouxar o meu aperto. Pude ver a coloração vermelha se espalhar por seu rosto, pescoço e clavícula e aquilo só meu deu gás para continuar com o que fazia.

 

Pela primeira vez na vida quis matar alguém, mas eu não podia fazer isso. Não sem ouvir tudo da boca de Jimin.

 

- Cadê ele? – Grunhi aproximando meu rosto do seu a sentindo se debater tentando se soltar. – RESPONDE!!! – Gritei sentindo seu corpo e seus golpes enfraquecerem e só por isso afrouxei um pouco permitindo que um pouco de ar entrasse em suas vias respiratórias mantendo-a acordada o suficiente para me responder. – NÃO BRINQUE COMIGO, SOLAR! AONDE ESTÁ O JIMIN? – Gritei a vendo apontar para trás de mim.

 

Me virei furioso após jogar o corpo de Deméter de qualquer jeito no chão vendo o corpo de Jimin deitado no gramado perto da entrada do Jardim. Ele usava as roupas que eu havia vislumbrado na ilusão de Deméter. Uma dor e preocupação começou a se espalhar pelo meu coração, mas a fúria e a traição gritaram mais alto em minha consciência.

 

Comecei a descer os lances da escada de metal pintado de preto que davam acesso ao gramado lá embaixo, mas parei assim que vi o corpo de Jimin simplesmente desaparecer da minha visão.

 

Era outra ilusão?

 

Furioso tornei a subir as escadas encontrando Deméter sentada com as costas apoiadas na parede respirando de olhos fechados enquanto suas mãos protegiam seu pescoço fino que um dia já amei marcar e encher de carinhos. Quando ela escutou meus passos se aproximando de si, abriu seus olhos assustada enquanto tentava ficar de pé falhando por estar miseravelmente fraca ainda. Soltei um riso debochado agarrando-a pelo braço a fazendo ficar de pé a olhando da maneira mais fria que podia.

 

- Para onde o levou? – Indaguei aproximando meu rosto do seu.

 

- Eu não sei, ele tinha que está lá embaixo. – Ela falou chorosa tentando se soltar.

 

- Mas. Não. ESTÁ!!! – Gritei na sua cara a vendo se encolher.

 

Escutei a porta de meu quarto ser aberta de uma vez e passos apressados em direção a varando. Estava tão ansioso para saber se era finalmente Jimin que não reparei que havia aumentado o aperto no braço de Deméter que chorava de dor, coisa que ignorei sem muito esforço.

 

Frustração.

 

Foi isso o que senti quando quem apareceu fora Vernon e não Park. Ele parecia assustado com a cena que via.

 

- Senhor, o que está acontecendo? – Indagou olhando para os lados a procura de algo ou alguém.

 

Meu amigo também havia sido enganado pela aquela cobra ruiva.

 

- Jimin não está aqui. – Rosnei olhando para Deméter. – Mas é bom ele aparecer, se não quem sofrerá as consequências será você. – Sorri maldoso. - Mas enquanto você não se recupera do seu lapso momentâneo de perda da memória ficará trancafiada sem poder beber e nem comer nada. – Sentenciei aumentando meu sorriso maldoso a vendo arregalar os olhos. – Até se lembrar de onde escondeu seu filhinho.

 

- Você não pode fazer isso comigo! Eu sou Deméter, a Deusa

 

- Não lhe perguntei nada. – A interrompi grosseiramente a chacoalhando. – Quando se lembrar de onde ele está me chame. – A soltei a vendo passar a mão no lugar onde eu segurava no braço me olhando furiosa. – E para seu bem é melhor toda essa história ser verdade, porque se não for e você tiver feito algo a ele eu juro por tudo o que há de mais sagrado que você irá sofrer por toda a sua eternidade.

 

Estalei os dedos em seguida a mandando diretamente para a masmorra. Não queria ver seu rosto assustado com minhas palavras por mais nenhum um segundo.

 

- O que está acontecendo, mestre? – Vernon indagou com o cenho franzido se aproximando de mim preocupado.

 

- Foi tudo uma mentira, Vernon! Deméter é mãe de Park Jimin! Ele me enganou por todo esse tempo! – Rosnei levando as mãos até o cabelo o bagunçando. – Foi tudo um jogo entende?

 

- Você não está acreditando nisso né? – Ele perguntou incrédulo me fazendo olhá-lo exaltado. Por que havia tanta convicção em seu rosto? – Por que está tão furioso assim? Cadê o Jimin? O que ele falou sobre isso?

 

- Por que estou tão furioso? Por que estou furioso? – Indaguei arqueando as sobrancelhas olhando-o com um sorriso debochado. – Ele me enganou! Você escutou bem isso? Ele e a mãezinha dele me enganou e eu cai feito um idiota em toda a história deles!

 

- Deméter já mentiu pra você, já lhe enganou uma vez, por que ela não mentiria novamente? – Ele indagou e eu esmurrei a parede.

 

- Chega! – Me virei para ele apontando o dedo em sua cara. - Você trabalha para mim e por isso eu quero que você traga Jimin para mim, nem que para isso você precise ir até o fim do mundo! Mas eu quero ainDA HOJE PARK JIMIN NA MINHA FRENTE!!!! – Gritei furioso sumindo logo em seguida num estalar de dedos.

 

Eu precisava ficar só.

 

 

◇◆…◆◇

 

 

 

Monte Olimpo, Templo de Zeus

Lee HyuKjae

 

 

 

- Lar doce lar... – Sorri ao pisar na grama verdinha e fofinha do Olimpo.

 

Estar no mundo dos humanos ao lado de Donghae era maravilhoso, mas nada se comparava com suas verdadeiras raízes, estar de volta para o lugar que pertence e que você pode ser quem é de verdade. Estava a uns 20 metros de distância da minha casa, dali eu tinha a visão completa dela.

 

Era um belo imóvel, bem clássico e luxuoso.

 

Conforme caminhava me aproximando de meu lar, as vozes e o som da música advinda da harpa se misturavam com o som dos pássaros e ninfas me deixando confuso. Todos sabiam que somente eu podia dar festas no Olimpo, ninguém mais e ninguém menos tinha esse poder ou liberdade.  

 

O motivo?

 

Já ouviram falar de: “Minhas casa, minhas regras.”? Pois bem, esse para mim era motivo o suficiente.

 

Assim que pisei no mármore do lugar de súbito notei que havia uma presença que eu não conhecia no lugar, uma energia fraca demais para ser um deus novo e forte demais para ser uma simples ninfa.

 

Com um simples movimento invoquei um de meus raios na mão. Algo me dizia que aquela presença era o motivo da quebra de uma das regras que eu havia criado.

 

E eu odiava quando quebravam minhas regras.

 

Assim que cheguei em frente a porta do grande salão de festas abri as portas de uma vez adentrando o local, afinal aquilo ali ainda era meu, eu mandava e eu reinava sobre todos ali, e não era narcisismo de minha parte.

 

Era apenas a realidade.

 

A cena de todos boquiabertos ao verem minha figura no local era hilária e eu com certeza teria caído na gargalhada se eu não tivesse visto uma coisa muito curiosa. Havia outro Zeus no local, outro deus do trovão sentado no meu trono, bebendo da minha bebida no MEU CÁLICE.

 

Observei a figura idêntica – ao menos visualmente -  a mim se levantar tentando correr enquanto falava uma espécie de feitiço.

 

- Não mesmo! – Rugi divertido lançando meu raio na direção de seu pescoço criando uma espécie de colar que o fez cair se contorcendo de dor com as descargas de choque que recebia.

 

- O que está acontecendo aqui? – Hera indagou olhando para o outro Zeus e para mim (o verdadeiro).

 

- Pelo visto vocês estavam convivendo com um Zeus falso por todo este tempo e não perceberam isso. – Olhei a todos, inclusive Jin, meu filho favorito. – Eu ficaria chateado com todos vocês se eu não tivesse tão interessado no que ele estava planejando por todo esse tempo que passou em meu lugar. – Caminhei até o corpo caído trêmulo no chão. – Revele-se. – Mandei aumentando a descarga elétrica quando o falso Zeus se negou balançando a cabeça.

- Nunca! – Sua voz demonstrava agonia pela descarga.

 

– Eu ordenei que releve-se! – Ordenei mais uma vez aumentando a descarga elétrica conseguindo enfim quebrar a magia revelando a imagem de uma mulher.

 

Confesso ter ficado surpreso quando vi quem era, mas não demonstrei. A observei se sentar no chão ofegante quando desfiz o colar feito de meu raio.

 

- Olá, Hyukkie... – Ela sorriu sapeca.

 

- Saiam todos! – Ordenei seriamente sem retirar meus olhos dela. Em questão de segundos todos me obedeceram sem questionarem me deixando a sós com aquela mulher que sorriu para mim. – Acho bom me contar o que pretendia tomando o meu lugar. – Murmurei me agachando na sua frente a olhando a olhando nos olhos enquanto invocava um raio na palma de minha mão. – Porque se não for um bom motivo, considere-se uma mulher morta Lilith.

 

 

 

◇◆…◆◇

 

 

 

 

Submundo, Escritório de Hades     

Jeon Jungkook

 

 

O dia já havia se iniciando e agora estava se findando, a esta altura já havia desistindo de gritar e ordenar para cada empregado deste lugar procurar Jimin e trazê-lo para mim. Ali sentado em minha poltrona pude observar a zona em que havia se transformado o lugar: tinha papéis espalhados, tinta preta da minha pena de escrever escorrendo pela parede, livros jogados prateleiras a fora, porcelanas dos enfeites estilhaçados e a mesa que agora eu apoiava os pés estava partida ao meio depois que desferi um soco quando Vernon disse que seria impossível achá-lo.

 

Estava apenas olhando para a porta perdido em pensamentos massacrantes e obscuros quando Jimin a abriu de repente com um sorriso largo nos lábios correndo até mim. Sua expressão era de felicidade, estava talvez tão concentrado em mim que não reparou na bagunça do ambiente, e se reparou fingiu que não.

 

Como um bom ator que era aquilo não deve ter sido difícil.

 

Sem dizer uma palavra o observei correr até mim parando na minha frente parecendo ansioso, de certo ele já havia descoberto que seu joguinho comigo já tinha chegado ao fim.

 

Era difícil olhar para ele e não pensar em tudo o que vivemos nos últimos dias, era doloroso achar que todas as juras de amor não se passavam apenas de mentiras e uma brincadeira. Ali olhando para ele não parecia que ele apenas queria testar se era fácil mesmo me conquistar como Deméter fez, parecia realmente que ele me amava e que me queria.

 

Mas por que eu não conseguia acreditar nele? Por que algo me impedia e me fazia duvidar nele mesmo eu sabendo que era tudo mentira?

 

- Eu preciso te contar uma coisa. – Ele falou respirando fundo abaixando o rosto.

 

- Aonde esteve todo esse tempo? – Indaguei friamente o olhando.

 

- É uma longa história. – Ele sorriu minimamente para mim. – Antes eu preciso te contar uma coisa que vai mudar nossas vidas.

 

- Então é verdade mesmo... – Murmurei sentindo meu peito arder e meus olhos se encherem de lágrimas. O vi assentir com os olhos também cheios de lágrimas me olhando ansioso como se esperasse alguma atitude a mais de mim.

 

Eu daria o que ele queria.

 

- Mas como soube? – Ele perguntou confuso entortando um pouco a cabeça. – Ela disse que era um segredo ainda.

 

- Não é mais. – Me levantei da poltrona dando um passo para frente ficando cara a cara consigo demonstrando toda a minha raiva. – Ela me contou tudo! Você é um nojento, eu nunca deveria ter me envolvido com você. Me arrependo amargamente disso, Park Jimin. – Cuspi todas as palavras na sua cara o vendo me olhar chocado enquanto dava pequenos passos para trás. – O que você esperava? HÃ?!!! – Gritei o vendo dar um pulo de susto para trás. – Esperava que eu ficasse com você mesmo depois de saber disso?

 

- M-mas foi voc-cê mesmo que insistiu em ter... – Ele murmurou com a voz trêmula.

 

Ri debochadamente interrompendo suas palavras o agarrando com força pelos ombros o fazendo soltar um gemido de susto.

 

- Eu deveria ter percebido o lixo que você era antes de pedir para ter algo sério com você. – Apertei seus braços o puxando para perto de mim olhando em seus olhos. Eles derramavam lágrimas sem parar, não havia mais o brilho de minutos atrás quando ele havia chegado aqui, mas também não havia nada que denunciasse que ele estava sendo verdadeiro comigo.

 

Maldito! Ele era um bom ator.

 

- Sua mãesinha querida me contou tudo. – Engoli em seco todo o meu ódio ainda muito bem presente quando ele franziu o centro da testa tentando parecer confuso com minhas palavras.

 

- Não fale mal dela! – Ele gritou tentando se soltar e eu ri o soltando.

 

- Que bonitinho, defendendo a mamãe. – Fiz biquinho o olhando como se fosse um bebê.

 

- Por que está fazendo isso? O que aconteceu? – Ele tentou se aproximar de mim mas antes que me tocasse eu o empurrei pelos ombros o fazendo tropeçar em um dos livros caídos no chão e cair de bunda.

 

O vi levar as mãos preocupados até sua barriga a abraçando como se tentasse protegê-la de mim.

 

- Deméter me contou todo o seu plano, Jimin! Pare de fingir! – Mandei me virando acertando outro murro na superfície da mesa.

 

- Deméter? Aquela mulher de mais cedo? – Indagou ele se levantando, porém dessa vez mantendo distância de mim.

 

- Chega! Você sabe bem que é ela! A sua amada mamãe. – Me virei para si.

 

- Ela não é minha mãe, você sabe que sou órfão! – Ele falou fungando parecendo irritado.

 

- Eu quero que você vá embora. – Falei me virando para si. – Eu não aguento mais olhar para sua cara.

 

- O que ela te falou, huh? – Ele perguntou me virando para si pelo braço, este que logo tratei de me soltar de seu toque com um puxão. – Você não pode acreditar nela! Olhe pra mim! Acha mesmo que eu faria mal a você? – Ele indagou chorando.

 

Eu me sentia horrível por vê-lo chorando, eu me sentia péssimo por falar aquelas coisas, por acreditar de alguma forma naquela mulher, mas algo dentro de mim apenas queria briga, algo dentro de mim apenas exigia que eu o ofendesse e o magoasse. Ele parecia tão frágil, magoado e desolado que tudo o que eu mais queria era abraçá-lo e dizer que o perdoava se ele fosse mesmo culpado, mas eu simplesmente não conseguia me calar, não conseguia parar de querer machucá-lo.

 

Um tapa.

 

Forte e duro o suficiente para fazer meu rosto virar e minhas bochechas queimarem por terem sido acertadas fortemente cortando por dentro a minha carne ao se chocar contra os dentes. Senti o gosto ferroso se espalhar pelo meu paladar enquanto meus olhos estavam arregalados. De repente, como toda aquela raiva surgiu ela também foi embora. Toda aquela fúria e revolta se dissipou me fazendo enxergar toda a besteira que eu havia feito.

 

- N-não pr-precisa me-me respon-ponder. – Ele falou entre soluços chorando alto. Virei meu rosto até ele tendo os meus sentidos voltando até. Eu nem lhe dei o direito de se explicar e já fui o acusando. – Você prometeu não me machucar e nem me fazer chorar, se lembra? – Indagou passando as mãos no rosto tentando enxugá-lo, mas as lágrimas viam sem parar. – E olha o que você fez? Eu confiei em você quando ela apareceu! EU PERMITI SE EXPLICAR! E VOCê NEM ISSO FOI CAPAZ! – Ele gritou, mas logo seus olhos se fecharam, suas mãos foram até sua cabeça enquanto seu corpo cambaleou. Tentei me aproximar para segurá-lo mas ele afastou minhas mãos de si como eu havia feito com ele. – Não encosta em mim! – Ele mandou baixinho meio desnorteado. – Fica longe de mim e do meu filho.

 

Todo o meu corpo paralisou enquanto os pelos do meu corpo se arrepiaram quando ouvi suas últimas palavras o olhando em choque.

 

Jimin estava grávido?

 

- Eu preciso de ajuda. – Ele murmurou levando suas mãos até sua barriga se curvando gemendo de dor.

 

Corri até ele o pegando em meus braços sentindo seu corpo gelado e trêmulo, observei seu rosto notando que ele estava pálido e seus olhos estavam opacos. Um gemido de dor saiu arrastado por seus lábios novamente e eu senti o pânico tomar conta de mim, vi suas mãos irem até sua barriga novamente enquanto mais lágrimas brotavam de seus olhos desesperado.

 

- Eu vou perder o bebê, Jeon. Me ajuda! Me ajuda! Eu não quero que o nosso filho morra!

 


Notas Finais


Sim! Jimin está grávido eeeeh
Mas será que ele fingiu por todo esse tempo?
Será que era tudo um jogo de sedução que resultou nisso tudo?
O que será que impedia Jeon de acreditar no Jimin?
O que Lilith queria se disfarçando de Zeus?
NÃO PERCA OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS DE:
O RAPTO DE PARK JIMIN - A ETERNIDADE COMEÇA COM UMA MORDIDA EHUEHEUHEUEH

OBRIGADA POR TODO O AMOR DE VOCÊS ><
UM BEIJO ESPECIAL ESSA SEMANA PARA A @Calaena_ QUE ME ESCREVEU UM COMENTÁRIO/DEPOIMENTO LINDOOO!!!
TE AMO NEGA! VAMOS SER AMIGUÍNEAS <3

ATÉ O PRÓXIMO CAPIE AMIGAS SZ!

POR FAVOR NÃO ME ODEIEM! ISSO TUDO É NECESSÁRIO PARA A HISTÓRIA ^^


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