~ SELENA POV ~
Eu - EU NÃO ESTOU ACREDITANDO NISSO! - grito, fervendo de raiva, não estava acreditando que ele estava a usar drogas.
Abel - Não grite, por favor. - dizia ansioso, olhando as janelas.
Eu - Eu juro que não te entendo, você disse para mim que precisava viajar a trabalho, para pagar suas dívidas com aqueles caras, a conta desta casa... - não podia acreditar que ele estava envolvido com drogas e ainda mais por causa daqueles gangsters malditos.
Abel - Eles são minha família. - dizia tentando manter a paciência.
Rio irônica.
Eu - Então, gangsters são sua família? - pergunto irônica.
Abel - Eles me acolheram quando perdi meus pais, não posso dar às costas pra eles.
Eu - Mas, poxa, você está acabando com sua vida dessa forma, não posso tolerar isso. - suspiro e me jogo no sofá.
Abel - Eu tenho que fazer isso para entrar para os Vultures.
Eu - Você quer adentrar mais ainda nessa loucura? - o encaro incrédula.
Ele respira fundo e senta ao meu lado no sofá.
Abel - Eu preciso descobrir coisas... Preciso descobrir quem matou meus pais.
Eu - Você nunca me disse que eles foram assassinados. - volto à calma e mantenho minha voz suave.
Abel - Eu não queria te encher com meu drama.
Eu - Tudo bem, agora pode me contar o que está planejando. - digo determinada a passar a noite escutando.
Abel - Não, mocinha... - brinca, porém sinto sua voz falhar e seu rosto ficar inexpressivo. - Eu te chamei aqui por uma coisa.
Eu - O quê? - fico curiosa.
Abel - Agora que estou entrando para os Vultures... Não podemos mais ficar juntos...
Eu - COMO ASSIM? - entro em pânico e começo a chorar. - Você não pode fazer isso comigo, não pode! - dei socos em seu peito.
Abel - Desculpe... - escorriam lágrimas de seus olhos. - Eu não posso te pôr em risco...
Me abraçou e depois eu não conseguia entender mais nada do que ele me falava, apenas conseguia chorar e perguntar a mim mesma se ele ia ficar bem.
Ele me levou para a casa e nós nos despedimos em um abraço que eu queria eternizar.
~ SHAWN POV ~
Abel: Oi, preciso que você vá até a casa de Selena.
Shawn: Oi, aconteceu algo?
Abel: Faça o que estou pedindo, ela precisa da companhia de um bom amigo. :)
Shawn: Já estarei indo.
Fico preocupado com as mensagens de Abel e logo troco meu pijama por uma roupa adequada. Ponho meu pijama na mochila e ajeito minhas coisas, pressentia que a noite seria longa. Descendo as escadas, vejo meus pais na sala, assistindo televisão.
Mãe - Vai sair, filho? - olha para trás do sofá percebendo minha presença.
Eu - Vou ter que dormir na casa da Selena, ela não está bem.
Pai - E o que ela tem?
Eu - Acho que ela terminou com o Abel.
Papai fez uma careta como se achasse frescura.
Pai - Isso é assunto de meninas, meu filho. - diz em tom de desprezo, mas mamãe o repreende com o olhar. - Ela não tem uma amiga pra falar sobre isso? - melhora seu tom.
Eu - Não, ela não tem amigos além de mim. - perco a paciência de ficar me explicando para meus pais e pego minha chave do carro na mesa do hall de entrada. - Boa noite.
Mãe - De lá você vai para o colégio?
Eu - Vou, só volto no almoço.
Os dois me desejam boa noite e eu parto para a casa de Sel, preocupado.
[...]
Sel - Ele disse que precisava me deixar segura, mas eu estou com medo de que aconteça algo com ele. - desta vez, estava com a cabeça em meu colo.
Eu - Mas o que ele anda fazendo de tão perigoso?
Sel - Ele está metido com os Vultures, uma gang de motoqueiros do lado oeste da cidade. - voltava a chorar.
Eu - Mas por que ele largou tudo para se juntar à gang?
Sel - Ele quer descobrir quem matou os pais dele e provavelmente... vai se vingar.
Eu - Meu deus!
Sel - E quando fui encontrá-lo, havia cocaína em cima da mesa.
Eu - Que merda! - fiquei apavorado com a história que Sel estava me contando, era assustador pensar nisso. - Amanhã na aula, eu vou falar com ele.
Sel - Acho que ele não vai te escutar, ele está irredutível em suas ideias.
Eu - Mas vou conversar com ele mesmo assim.
~ QUEBRA DE TEMPO ~
Dua - Oi, Sel... - dá um beijo na bochecha de Sel e repara em suas olheiras. - Está tudo bem?
Ela me cumprimenta com um selinho.
Eu - Ela terminou com o Abel. - sussurro para Sel não ouvir e Dua compreende de imediato.
Dua - Vou ficar aqui com vocês. - fica no meio de nós dois.
Sel - Quando bater, entramos.
Eu - Okay.
Ficamos na entrada, esperando Abel aparecer e nada. Quando Jaden e Azealia chegaram, perguntamos se sabiam dele, mas também, nada. O sinal bate e, então, entramos. Para não deixar Sel sozinha, me sento com ela e Dua fica com as amigas.
[...]
~ Z POV ~
Me senti decisiva a desabafar com minhas amigas e Gregg, tinha que ser confiante quanto a eles ou se não, eu poderia cair em um buraco obscuro e me perder de tudo outra vez.
Eu - Galera, eu tenho uma coisa para contar pra vocês. - Af, Em e Gregg me olhavam atentos. - Eu tenho ido à uma psiquiatra, nos últimos meses, desvendamos muitos mistérios na minha mente... meus medos, meus traumas... minha condição mental. Chegamos a conclusão de que sou bipolar atípica. - me senti mais leve por jogar aquelas palavras pra fora.
Em - Nós te amamos, independemente de qualquer problema, somos amigas até o fim. - me abraça.
Af - Eu te amo muito, bebê.
Gregg sorri e me abraça, aquilo me fez comovida... Estar repleta de pessoas maravilhosas na minha vida.
Nos separamos, fico sentada, conversando com Gregg e Af e Em vão para junto de Lena e Sevyn.
Gregg - Vamos sair mais tarde. - sugere.
Eu - Okay. - suspiro. - Obrigada por me aturar, Gregg. - ponho a cabeça em seu ombro.
Gregg - Estarei sempre ao seu lado porque eu te amo muito. - beija minha testa.
De repente, T3ddy aparece em nossa frente.
T3ddy - Oi, gente. - sorri.
Eu - E aí, como foi de viagem?
T3ddy - Ótimo, mas cadê o Gust?
Provavelmente Gust não contou nada a ele.
Eu - Gregg pode dar uma volta com os meninos, por favor. - ele compreende e vai em direção aos seus amigos. - Sente-se, T3ddy.
Ele senta ao meu lado.
T3ddy - O que aconteceu?
Eu - Gust sofreu uma tentativa de estupro...
T3ddy - ELE ESTÁ BEM? - pergunta desesperado.
Eu - Está se recuperando, fisicamente, mas ele não quer sair de casa, sente medo.
T3ddy - Irei esta tarde lá. - diz preocupado.
Terminado o intervalo, entramos em nossas salas. Minha aula de hoje foi confusa, com muitas fórmulas de física, que eu odeio.
[...]
~ GUST POV ~
Justin havia trazido Mc Donald's para o almoço, desta vez, não estava sozinho, trouxera Lisa junto. Nos divertimos, conversamos.
Cantamos Say You Love Me de Jessie Ware, canção preferida da Lisa, e ela não desafinava em nenhum verso.
Cause I don't wanna fall in love
If you don't wanna try
But all that I've been thinking of
Baby it looks as though we're running out of words to say
And love's floating away...
A campainha toca e me dirijo até a porta, abri. T3ddy sorria tão romântico quanto da primeira vez, não pude resistir e lhe abracei apertado.
T3ddy - Você está bem?
Eu - Estou, sim.
T3ddy - Tem mais alguém aqui? - pergunta por conta do som alto.
Eu - Lisa e Justin estão na cozinha, vamos?
Vamos para a cozinha.
Lisa - Oi, T3ddy, como vai? - estava escabelada por dançar.
T3ddy - Vou bem e vocês?
Justin - Bem. - responde marrento.
T3ddy - Podemos conversar? - olha de volta para mim.
O levo até a sala e lá conversamos sobre o ocorrido comigo, sua viagem ao Brasil, no qual ele disse que viu alguém igual a mim, mas pensou ter se enganado. Por um momento, pensei em terminar com ele, mas não teria coragem, eu o queria muito por perto, pelo menos agora.
~ QUEBRA DE TEMPO ~
~ SHAWN POV ~
Passamos a noite rodando de carro pela cidade: Sel, Dua, Shay, Dove e eu. Em busca de Abel e, mais uma vez, nenhum progresso.
Shay - Dove, nenhuma movimentação no seu bairro?
Dove - Até agora não.
Sel - Onde você mora, Dove?
Dove - Em um dos bairros do lado oeste, perto da Vila dos Vultures.
Eu - E você não viu nada mesmo?
Dove - O que eu consegui enxergar pela pequena janela do quarto foram algumas crianças, nada mais que isso.
Eu - E se talvez ele já não esteja na cidade?
Dua - Seria uma hipótese, mas para onde iriam? - pergunta aflita.
Shay - Humm... Quando papai ainda era vivo, lembro-me de ele dizer que havia encontros das gangs do país em Alice Springs.
Dove - Nossa, mas isto é muito longe.
Eu - Onde fica?
Sel - Na região central do país, um lugar deserto e muito pobre, lá há muitos aborígenes o que torna o lugar menos urbano.
Dua - Acho melhor esperarmos.
Sel - Tudo bem. - responde cabisbaixa.
Eu - Tenho certeza de que ele está bem, Sel, ele só deve estar sentindo muito a sua falta.
De tanto darmos voltas pelas ruas de Sydney, a gasolina do carro tinha acabado, deixando o carro morrer no meio do caminho, estávamos em um lugar que eu tinha a impressão de conhecer.
Dove - Estou com medo. - as outras concordam.
Eu - Acalmem-se, vamos conseguir ajuda, acredito. - fico olhando para as nobres casas. - Que horas são?
Dua - Uma e meia.
Eu - Foi um longo tempo.
Concordam.
Sel - Eu conheço aquela casa. - aponta para uma mansão do outro lado da rua, com um extenso campo em frente. - Estamos no meu bairro, esta é a casa do Niall.
Shay - Que ótimo, estamos perto da minha também. - mexe em sua bolsa e pega o telefone. - Chame o González, estou empenhada, com meus amigos, na rua Swan, em frente à casa dos Horan. - interrompe a chamada. - Shawn, você precisa de gasolina, isso? - assenti para ela. - Preciso de gasolina, também, para o carro de Shawn. Obrigada. - finaliza a chamada. - Querem ir dormir em minha casa?
Sel - Vou para a minha que é no fim desta rua.
Dove - Eu vou.
Dua - Eu também.
Antes que eu respondesse, Selena diz:
Sel - Shawn vai para minha casa. - sorrio de canto para ela.
Shay - Tudo bem.
Esperamos o mordomo de Shay chegar, cantando para espantar o medo de estar naquela rua escura e silenciosa. Sem muita demora, González chega, era um homem já com uma certa idade, bem simpático. Ele abastece meu carro e depois leva as três embora. Do caminho para a casa de Selena, que agora eu lembro o porquê de me sentir perdido, pois uso o outro caminho, o mais curto, foi silencioso. Ela estava triste.
Logo, tratei de ir me deitar, pois estava muito cansado, e acredito que ela também. Fechei os olhos e fiquei pensando no que Abel deveria estar fazendo, estou preocupado com o que ele pode se tornar buscando vingança.
[...]
~ CAM B POV ~
Confiantemente perdido, é como eu me acordei nesta manhã calorosa de primavera, e realmente sem palavras para o dia passado.
Flashback On
Estava indo para a casa de Louis no fim do meu expediente de serviço, trazia uns donuts em um saquinho. Chegando lá, bato na porta, porém ninguém atende, como estava destrancada, resolvo entrar. Fecho-a e subo direto para o quarto dele. Me aproximando, ouço gemidos, pensando estar invadindo a privacidade de alguém, talvez dos pais dele. Fiquei até constrangido.
Mas me aproximando mais dos quartos, percebo que era no quarto de Louis. Desgraçado, com quem está me traindo?
Penso bastante antes de abrir aquela porta e desmascarar aquela traição. Os gemidos ficaram mais altos.
Escancarei aquela porta cheio de fúria. Louis estava montado em cima de Harry Styles, meu ex, seus corpos nus grudados um no outro. Eu queria enforcá-los. Não conseguia acreditar o quão trouxa eu fui.
Eu - Eu vou matar vocês! - largo minhas coisas no chão e vou para cima dos dois, o sangue fervendo.
Tiro Louis de cima Harry pelos cabelos, sem nenhum cuidado o jogo no chão, acertando um soco em seu nariz. Depois, vendo que Harry estava pegando seus pertences, belisco sua maldita bunda gostosa, ele grita, lhe derrubo no chão e, sem piedade, fico em cima dele, dando socos. Louis segura meus braços, mas eu dou uma cabeçada em sua boca, lhe fazendo urrar de dor. Volto com os socos, mas já não era no rosto, então, finalizei com um chute em seu genital.
Pego minhas coisas.
Louis - Cam, vamos conversar!
Eu - ISSO NÃO TEM CONVERSA! - grito ainda com raiva. - Obrigado por me fazer de trouxa, a lição já aprendida.
Harry se levantava, o rosto inchado.
Eu - VOCÊS DOIS SE MERECEM!
Desço as escadas correndo e chorando.
Flashback Off
Meus punhos doíam, mas aquilo foi reconfortante. Filho da puta, acreditei nele, não acredito que foi um tremendo engano.
Me arrumei da forma mais princesa possível, não ia deixar nada me abalar. Fui para o colégio, de ônibus, escutando uma playlist inteira sobre término de relacionamentos, músicas que me deixaram mais tranquilo.
Gabby - Oi, bebê. - me abraça quando chego na entrada do colégio e eu me acomodo nele.
Eu - Oi.
Gabby - Tudo bem?
Eu - Sim. - suspiro.
Avisto Louis com um grande curativo no nariz, a boca cortada e o rosto cheio de roxos.
Gabby - Seu namorado levou uma surra?!
Eu - Minha. - abafo um riso.
Gabby me olha incrédula.
Gabi - O que aconteceu?
Eu - Ele é um tremendo cuzão!
Caminhamos para o pátio, onde encontramos Nessa conversando com Jojo.
Nessa - Oi, meus amores. - dizia sorridente.
Jojo nos cumprimenta também.
Nessa - Sofia me contou que viu Harry voltar para casa todo machucado. - diz em tom sério.
Gabby - Aham. - me encara brava.
Eu - Tinha que fazer algo sobre aqueles boys lixo.
Nessa e Jojo se espantam.
Nessa - Foi você?! - pergunta enquanto Jojo caía no riso.
Eu - Shh... Não quero fofocas sobre mim nos corredores, por favor.
Jojo - Você fez o que achava melhor, mesmo que de cabeça quente.
Gabby - Eu acho uma loucura, imagina se processam você?
Nessa - Ele não seria idiota a esse ponto, se ele fizer isso, eu o dou mais uma surra.
Dando o sinal, partimos para a sala.
Todos já fomos tratados como brinquedos
Todos nos magoamos, Pegue essa dor e mande o filho da mãe se ferrar...
Eles são todos iguais, nunca aprendem
Então, cave a sepultura deles e mande o filho da mãe se ferrar
E você sabe que com o tempo descobrirá
Eles sempre voltam, yeah, eles sempre voltam...
Comeback, Ella Eyre
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