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História O Sol em meio à tempestade - Capítulo 2


Escrita por: nsbenzo

Notas do Autor


Oi gente ♥
Boa leitura

Capítulo 3 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction O Sol em meio à tempestade - Capítulo 2

– Eu não posso estar atrasada de novo. – murmurei comigo mesma correndo cegamente pelos corredores do colégio, enquanto alguns alunos ainda andavam despreocupadamente, atrapalhando meu caminho. – Com licença. – falei alto esbarrando em alguém que fora lento demais para me dar passagem, e me fez derrubar todas as minhas coisas. – Droga. – resmunguei baixinho.

– Você não parece alguém que costuma xingar. – uma voz pouco conhecida por mim comentou, me fazendo desviar os olhos do que eu estava fazendo, que no caso, era juntar meus livros.

Peeta havia aberto um sorriso torto, e se abaixou para me ajudar a recolher o que ainda estava jogado.

– Realmente não costumo. – respondi sem graça. – Mas é meu segundo dia, e estou atrasada novamente. – empilhei alguns livros no braço esquerdo e estendi a mão direita ao me colocar de pé, pronta para receber a maioria deles que estavam nas mãos de Peeta.

– Deixe comigo. – ele sorrio novamente, e sem pedir permissão tomou o restante de mim, deixando-me apenas com minha bolsa surrada sobre o ombro. – Você sabe que tem um armário na sala dos professores, onde você pode colocar suas coisas, certo? – questionou.

– Na verdade não sabia. – falei encarando-o. – Você não precisa carregar tudo.

– Preciso sim. Sou forte exatamente pra isso. – brincou soltando um riso, olhando ao redor. – E eu achei que você soubesse que hoje é dia de integração dos novos alunos. Não teremos as três primeiras aulas. – explicou, voltando a me olhar.

– Ai. Eu estou mais perdida do que cachorro que caiu do caminhão de mudança. – falei sem pensar, ouvindo-o rir, o que esquentou minhas bochechas instantaneamente.

– Pelo menos você não está atrasada. – Peeta sorrio, e começou a andar. – Vamos. Vou te apresentar a escola.

– E você vai ficar carregando meus livros pra cima e pra baixo? – perguntei confusa.

– Começarei te apresentando seu armário. – zombou, andando despreocupadamente com um lindo sorriso no rosto.

Caminhei em silêncio ao seu lado, até entrarmos na sala dos professores.

– Bom dia, Peeta. – uma voz feminina disse.

Ele parou e procurou com os olhos, abrindo um sorriso simpático.

– Bom dia, Cashmere. – respondeu voltando a caminhar até os armários. – Essa é Katniss Everdeen. Professora de Literatura.

– É um prazer. – a mulher de cabelos dourados estava sentada em um pequeno sofá, e abriu um sorrisinho ao se dirigir a mim.

– Digo o mesmo. – sorri para ela, voltando a olhar para Peeta.

– Ela dá aula de Álgebra. – ele disse assim que me aproximei. Seus olhos observaram os armários, até parar no último da fileira de cima. – K.E. – disse indo até ele, onde tinha uma etiqueta colada com as minhas iniciais. – Quando é o dia do seu aniversário? – perguntou, equilibrando tudo o que segurava apenas no braço direito.

– Sete de setembro. – franzi o cenho, vendo-o segurar o cadeado com a mão esquerda.

– Sou do dia sete de março. – ele disse sorrindo, colocando os números 0709 no cadeado, o que o fez abrir. – Agora é só arrumar.

– Obrigada. – disse estendendo os braços para pegar os livros, mas ele negou com a cabeça.

– Pegue um por um e coloque ai dentro.

Mordisquei o lábio inferior antes de colocar minha bolsa sobre uma cadeira, e voltar até ele, começando a organizar minhas coisas no pequeno armário.

Depois de poucos minutos meus livros estavam ajeitados por ordem alfabética, espremidos no pouco espaço que ali tinha.

Era melhor do que carregar tantos autores de uma só vez.

– Primeira apresentação completa. – Peeta disse, fechando o cadeado. – Venha. Temos mais lugares para você conhecer.

 

~||~

 

Nós andamos por grande parte da escola, que estava praticamente deserta, já que todos os alunos do ensino médio, estavam no auditório.

Enquanto Peeta me apresentava cada canto nós aproveitamos para conversar sobre alguns assuntos banais, mas que se tornavam interessantes pelo modo divertido que Peeta usava ao se comunicar.

– Aqui é a cantina. Não começo um dia de aula sem um bom café. – disse ao entrarmos no local. – Temos café comum na sala dos professores, mas... – Peeta se aproximou pra sussurrar próximo ao meu ouvido. – Cashmere quem o fez hoje, e ela não é tão boa com café, como é boa em exatas. – explicou se afastando com um sorriso.

Cashmere. A bela professora, que mal parecia piscar, enquanto Peeta sorria.

– E então, Katniss? Você é de Detroit mesmo? – ele questionou ao notar que eu não havia feito menção de responder.

– Sim. Nasci e cresci aqui. – olhei em direção ao letreiro gigante com o preço dos alimentos.

Com certeza eu não pagaria tudo aquilo em um simples café. Talvez não fosse tão má a ideia de tomar o café de Cashmere.

Torci o nariz, virando o rosto em direção a Peeta que havia ficado em silêncio. Ele me olhava com um sorriso nos lábios e as mãos nos bolsos do seu grosso casaco.

– Que foi? – perguntei timidamente desviando os olhos para o chão, ao notar que Peeta me observava ainda.

– As ruguinhas que formam no seu nariz quando você o franze são lindas. – ele riu se aproximando mais do balcão de pedidos. – Dois cafés puros com açúcar e dois bolos de chocolate. – pediu para a senhora que o olhava com um sorriso simpático.

– É pra já, Peeta. – ela respondeu sumindo para dentro.

– Eu não vou comer. – falei baixo.

Enquanto eu não tinha meu próprio salário, o dinheiro que eu tinha em minha bolsa, que por acaso nem era meu, e sim da minha irmã que vinha ajudando com as despesas, era contado apenas para a gasolina.

– Vai sim, e será por minha conta. – Peeta encostou o braço sobre o mármore cinza e continuou a me olhar. – Você realmente parece uma aluna. – brincou soltando um riso curto.

– Não devia ter contado. – suspirei, me xingando mentalmente por compartilhar com um quase estranho sobre a vergonha que eu havia passado ontem.

– Não se chateie com isso, Katniss. Você ao menos teve coragem de voltar até lá. – sorrio amigavelmente, alcançando a bandeja de plástico que a senhora havia disposto a sua frente. – Obrigado, Mags. Coloque na minha conta, por favor.

– Claro, querido. – ela sorrio, enquanto Peeta já se afastava.

– Venha. Em quinze minutos isso aqui estará parecendo uma selva, assim que a parte do auditório acabar. – comentou fazendo-me segui-lo.

– Você ainda não me disse qual matéria você leciona. – falei ao sentar-me a sua frente em um dos bancos compridos do refeitório.

Peeta sorrio retirando seu bolo e seu copo, empurrando a bandeja para que eu pegasse.

– Sou professor de educação física. – respondeu bebericando seu café.

Franzi o cenho.

– Você não parece professor de educação física. – comentei.

– Talvez sejam meus cabelos arrumados. – ele deu levemente de ombro, começando a comer o bolo. – Ou o casaco grosso que não mostra meu físico. – Peeta me olhou dando uma piscadela com o olho direito, o que me fez corar. Ele riu, negando com a cabeça. – Você é tímida demais.

– Só um pouco. – murmurei encarando a bandeja.

– Talvez você precise se soltar mais, Katniss. – eu o olhei, vendo-o sorrir.

– Talvez. – respondi.

 

~||~

 

– Está pronta? – Peeta perguntou em voz alta.

Acabei sorrindo com a dramatização que ele fazia, enquanto se escondia dentro do vestiário masculino.

Ainda estávamos no horário livre. Os alunos do ensino médio faziam algum tipo de competição com jogos no campo de futebol americano, sendo assim, Peeta decidiu me mostrar onde ele costumava dar aulas em dias de chuva.

– Sim. Estou pronta. – respondi apoiando os cotovelos sobre minhas pernas e repousando o queixo sobre minhas mãos.

Pude ouvi-lo caminhar e logo ele apareceu na quadra de basquete.

Seus olhos vasculharam a arquibancada onde eu estava sentada até pararem em mim. Ergui meu tronco ficando ereta, recebendo um sorriso dele em troca.

– O que acha? Agora pareço um professor de educação física? – indagou dando uma voltinha e erguendo os braços para cima.

Peeta usava uma calça esportiva vermelha com uma listra branca nas laterais por todo o comprimento dela. Em seu tronco uma camisa branca que deixava seus braços a mostra. As mangas estavam levemente dobradas. Em seu pescoço um apito preto estava pendurado por uma cordinha, e seus cabelos permaneciam intactos por culpa do gel.

– Devo dizer que não está tão adequado. Seus cabelos estão muito arrumados. – sorri depois de alguns segundos o analisando. – Mas serve.

– Não me culpe por me arrumar bem. – Peeta riu se aproximando. – Não costumo pegar pesado com os alunos na primeira semana de aulas, por isso não tenho usado roupas esportivas. – explicou sentando-se ao meu lado.

– Você não me parece ser fã do que faz. – comentei virando o rosto para olha-lo.

– Eu gosto. – Peeta segurou o apito entre o polegar e o indicador. – Eu apenas preso por minha beleza natural. – sua voz soou séria, e ele soltou o apito pra me encarar. Em seguida, Peeta não aguentou o próprio comentário e acabou gargalhando. – Você deve me achar um idiota. – ele negou com a cabeça. – Eu não me acho tão bonito assim, então não me afaste de você achando que sou um narcisista egocêntrico. – Peeta deu um pequeno sorriso. – E afinal de contas, o que é a minha beleza, comparada a essas sardinhas que você tem no rosto?

Sorri envergonhada olhando para meus pés.

– Acho que você devia ser menos direto. – falei baixo.

Peeta riu.

– E qual seria a graça? Suas bochechas ficam lindas coradas. – comentou, fazendo-me ruborizar. Seu rosto apareceu em minha vista, e um sorriso apareceu em seus lábios. – Olha a vermelhidão ai.

– Para. – resmunguei sem graça, virando o rosto na direção oposta a ele.

Peeta riu novamente, o que me fazia perceber o quanto ele era alegre, e como sua risada era bonita.

– Não me denuncie por importuna-la tanto no segundo dia. – ele disse debochado. Virei a cabeça para olha-lo. – Gostei de você. Acho que seremos bons amigos.

– Você não me dará muita escolha. – ri baixo vendo-o dar um sorriso torto.

– Se isso não for te incomodar, não darei mesmo. – Peeta colocou o pé esquerdo pra cima, dobrando a perna, deixando-a na altura do seu queixo, apoiando seu braço sobre o joelho. – Me conte sobre você. – pediu me observando com seus olhos atentos, que apenas agora eu notara o quão azuis eram.

Mordisquei o lábio inferior repousando as mãos em meu colo, olhando pra frente, para evitar olha-lo.

Eu não tinha certeza se gostaria de compartilhar muito sobre mim e minha vida bagunçada.

– Ou apenas me diga sua comida preferida. – Peeta disse depois de um bom tempo de silêncio.

Eu o olhei com um sorriso agradecido.

– Pizza, com certeza.

– Então comeremos pizza. – afirmou me fazendo unir as sobrancelhas. – Não será um encontro. – Peeta riu, me fazendo sorrir envergonhada. – O que acha? Qualquer dia desses... – sugeriu movendo as sobrancelhas empolgado.

– Pode ser. – respondi por fim.

– Então será uma refeição com muita pizza. Verei um dia, e te falo. – ele abaixou a perna. – Vou me livrar dessa roupa. – Peeta levantou. – Eu já volto. Não fuja de mim. – ele começou a caminhar em direção ao vestiário.

– Tudo bem. – abri um pequeno sorriso, vendo-o sumir de vista.


Notas Finais


Obrigada pelos favoritos e comentários *-*
Gostaram? Divulguem, please ♥
Beijos amores


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