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História O Sol em meio à tempestade - Capítulo 35


Escrita por: nsbenzo

Notas do Autor


Boa leitura ♥

Capítulo 36 - Capítulo 35


Fanfic / Fanfiction O Sol em meio à tempestade - Capítulo 35

– O jantar está delicioso, Abby. – Annie comentou tirando-me dos meus pensamentos.

– Obrigada, querida. – minha mãe respondeu.

Apertei levemente os talheres de prata em minhas mãos, e olhei para o meu lado esquerdo, em busca dos olhos cinzentos que eu tanto amava, porém, Katniss estava de cabeça baixa, distraída com seu jantar.

Apesar dos cabelos curtos, seus fios loiros escondiam parcialmente seu rosto, o que não facilitava a minha tentativa de ler sua feição.

Eu estava preocupado. Desde que saímos do meu quarto, Katniss evitava falar, a não ser que a palavra fosse dirigida a ela. Algo em mim dizia que não tinha a ver com a timidez diante de meus pais, o que me deixava um pouco mais nervoso. Não saber o que se passava na cabeça dela, talvez fosse algo para se preocupar.

Voltei a olhar para o meu prato depois de alguns segundos, ao notar que ela mal se movia, provavelmente evitando me olhar.

Suspirei baixo, empurrando uma uva passa para longe do arroz.

– Olha quem chegou. – a voz de Delly me fez deixar de lado a comida em meu garfo, para erguer a cabeça.

Olhei ao redor, encontrando minha irmã na entrada da sala de jantar, o que me fez indagar silenciosamente em que momento ela havia saído.

– Tio Peeta! – meu sobrinho surgiu em minha vista, vindo correndo em direção a minha cadeira.

Acabei sorrindo, e antes que ele me alcançasse, eu soltei meus talheres e levantei para pega-lo no colo.

– E ai, campeão. – estendi a mão para ele, e o mesmo bateu a palma esquerda contra ela. – Como chegou aqui? – perguntei.

– Meu vô me trouxe. – respondeu, referindo-se ao pai de David.

– Você jantou querido? – minha mãe perguntou.

– Sim, vó. Eu comi tudo. Tinha carne, doce, e salada. Mas eu não comi salada, porque tem muita coisa verde, e...  – ele parou de falar, distraindo-se com as pessoas ao redor. – Eu já vi essa moça. – ele apontou para Katniss, que nos olhava atentamente.

Ela sorrio para Pietro, e soltou os talheres sobre o prato.

– Nos vimos no celular do seu tio, lembra? – perguntou a ele, que franziu o cenho, parecendo pensar.

– Você derrubou meu celular no chão, e depois eu te deixei falar com Katniss. Você queria saber como ela sabia seu nome. – expliquei, tentando ajuda-lo.

– A moça que o senhor falou que estava linda? – Pietro perguntou me olhando.

Olhei para Katniss, que havia corado, e logo voltei a olhar meu sobrinho.

– Sim. Ela. – respondi, sorrindo pra ele.

– Oi. – Pietro a olhou, dando um sorriso.

– Oi. – ela respondeu, sorrindo de volta.

– Ela é a tia Katniss. – falei pra ele. – Aquela é a tia Annie, e aquele é o tio Finn.

– Oi. – Pietro disse novamente, olhando para os outros dois.

Annie respondeu o cumprimento, e sorriu para meu sobrinho, logo voltando sua atenção para seu prato, enquanto Finnick, depois de responder, se manteve atento a nós dois, parecendo curioso.

– O que acha de convidar o tio Finn pra jogar vídeo game depois do jantar? – sugeri.

Pietro olhou para Delly, pedindo permissão silenciosamente. Minha irmã afirmou com a cabeça, enquanto andava até sua cadeira.

– Tio Finn. Vamos jogar vídeo game depois? – convidou, o que fez Finnick sorrir.

– Com certeza. – ele respondeu, voltando a comer.

– Não vai falar comigo? – meu pai resmungou, enquanto eu colocava meu sobrinho no chão.

Sentei ao lado de Katniss, que havia voltado a atenção para sua comida.

– Você está bem? – sussurrei.

Ela afirmou com a cabeça sem olhar pra mim.

– Certeza? – insisti.

– Não. – Katniss suspirou, e olhou em minha direção. – Depois conversamos.

Seus olhos não pararam nem por um segundo nos meus, e logo ela voltou a olhar para frente.

– Tudo bem. – respondi, evitando um suspiro frustrado.

 

~||~

 

– Podemos conversar agora? – perguntei, assim que fechei a porta da varanda atrás de mim.

Katniss havia sumido fazia alguns minutos, depois de ajudar com a louça do jantar. Meus pais, Delly e Annabelle estavam em uma conversa animada na sala, enquanto Finnick e Pietro jogavam futebol no vídeo game. Eu até tentei não desgrudar os olhos dela, mas minha mãe passou a me pedir coisas, onde chegou um certo momento em que Katniss havia sumido da vista de todos.

Não precisei de muito para acha-la. Ela estava no quintal da casa dos meus pais. Seu famoso gorro azul protegia sua cabeça e orelhas, mas mesmo assim o frio estava intenso demais para estarmos do lado de fora.

Katniss estava de costas para mim, e não se moveu nem um centímetro quando me manifestei.

– O que eu fiz de errado? – questionei apreensivo, me aproximando.

Ela se virou rapidamente, e se jogou em meus braços. Automaticamente eu a acolhi, abraçando-a com força. Katniss escondeu seu rosto frio em meu pescoço, fazendo-me sentir o contraste de algo quente ser derramado contra minha pele. Ela estava chorando, e não era pouco.

– O que aconteceu? – perguntei confuso, espalmando as mãos em suas costas.

Senti suas mãos agarrarem o grosso tecido do meu casaco.

– Não quero que você me ache idiota. – sussurrou com a voz abafada.

– Eu jamais pensaria algo assim sobre você, pequena. – murmurei, apertando-a contra mim. – Você pode me contar qualquer coisa.

Katniss fungou, e afastou o rosto para me olhar. Seus olhos derramavam lágrimas espessas e estavam escuros, o que me fazia lembrar de um céu tempestuoso, carregado com nuvens cinzentas.

Ela afastou levemente seu corpo do meu, secando suas bochechas em seguida, que estavam coradas, talvez uma mistura de frio com o choro e sua timidez.

– Eu amei sua família, Peeta. – Katniss esboçou um sorriso, abaixando o olhar. – Eu tive um pouco disso, mas faz tanto tempo. – ela suspirou. – Desde que minha mãe foi embora, os feriados do fim de ano, nunca mais foram os mesmos. – explicou, erguendo os olhos para olhar os meus. – Meu pai sempre tentou, mas era nítido como ele ficava abatido. Mais para mim, já que eu quem ficava com ele até a hora de dormir. – Katniss cruzou os braços entre nós dois, mas mantive os meus ao redor de seu corpo. – Eu queria que ele estivesse aqui, entende? Não apenas que ele estivesse... Vivo. Mas que pudesse participar de um jantar de Ação de Graças de verdade. – ela fechou os olhos, e negou com a cabeça. – Me sinto estúpida por estar pensando essas coisas... É que... Eu sinto a falta dele. – as lágrimas voltaram a cair, dessa vez pelos cantos de seus olhos.

– Você não devia se sentir estúpida. – ergui o braço até ter minha mão direita espalmada em sua bochecha. – Não há nada de errado em chorar por saudade. – falei baixo, e Katniss apenas afirmou com a cabeça. – Mesmo que ele não esteja aqui para participar conosco, tenho certeza de que, onde quer que ele esteja, ele está feliz por você e Annie estarem tentando seguir em frente. – passei o polegar abaixo de seu olho delicadamente. – Com certeza ele está feliz por nós dois também. – sorri brevemente. – Seu pai torcia muito para que nós ficássemos juntos. – comentei. De repente algo me veio na cabeça. Talvez esse fosse o momento certo para contar sobre a minha última conversa com Jared. – Quer saber... – hesitei assim que Katniss abriu os olhos para me fitar. – O que conversamos naquela noite? – decidi finalizar a pergunta, e ela apenas balançou a cabeça positivamente. – Vou contar. – dei um pequeno sorriso. – Mas lá dentro.

Ela esboçou um sorriso, e eu a soltei do abraço.

Nos guiei silenciosamente pela casa, evitando a sala, e subimos a escada, até estarmos novamente em meu antigo quarto. Assim que fechei a porta, e me virei, já enxerguei Katniss sentada na beirada do colchão, me esperando. Sorri pra ela, e caminhei em sua direção, enquanto ela tirava seu gorro.

– Pode começar. – falou baixo, assim que sentei ao seu lado.

Retirei meu casaco, jogando-o para trás, antes de voltar a olhar para Katniss.

– Tudo bem...

 

~||~

 

– Katniss disse que você queria falar comigo. – falei, caminhando em direção a maca de Jared, que, apesar de parecer fraco, estava atento a mim desde que entrei no quarto.

– Sim. Eu quero. – sua voz saiu baixa. Parei ao lado dele, e aguardei a continuação de suas palavras. – O que sente por minha filha?

– Annie é uma pessoa bem legal, apesar de falar demais. – respondi despreocupadamente.

Jared deu um sorriso de lado.

– Achei que já tivéssemos passado da fase de negação. – ele disse me fitando com atenção. – O que sente exatamente por Katniss? – questionou.

– Eu faria qualquer coisa por ela, Jared. – respondi sem pestanejar, escondendo as mãos nos bolsos da minha calça jeans. – Por que essa pergunta agora? Já falamos sobre meus sentimentos por ela há alguns dias.

– Porque talvez a Katniss ainda não saiba, mas também sente algo muito forte por você. – Jared respondeu devagar, parecendo tentar não se esforçar.

Eu o analisei com o cenho franzido.

– Katniss não parece sentir nada além de amizade. – comentei, dando levemente de ombros. – Eu tentei beija-la hoje mais cedo, e não obtive muito sucesso.

Ele deu um pequeno sorriso.

– Bom. Vocês dois, são muito parecidos em algumas coisas. – Jared disse baixo.

– Como assim? – tirei as mãos do bolso, para deixar meus braços ao lado do corpo.

– Nada. – ele se mexeu na maca. – Não sou eu quem vai fazer vocês enxergarem os fatos. – Jared soltou um riso fraco. – Eu sei que você não vai gostar do rumo dessa conversa, mas preciso que me prometa uma coisa.

– O quê? – cruzei os braços.

– Cuide dela por mim. – ele pediu, e instantaneamente, um aperto tomou conta do meu peito.

– Não fale como se...

– Apenas prometa, Peeta. – Jared me interrompeu. – Mesmo que vocês não se decidam tão cedo sobre sentimentos. Não a deixe sozinha, por favor. – ele implorou. – Katniss gosta de você, independente se é algum sentimento romântico ou não. E eu acho que você é a única pessoa que saberia como insistir com ela além de mim.

– Eu vou prometer, porque de maneira alguma eu conseguiria abandona-la. – voltei a soltar meus braços ao lado do corpo. – Mas você vai aguentar essa, Jared. E vai ver nós dois juntos, quem sabe. – dei um sorrisinho, e recebi o dele de volta.

– Meu corpo me diz que não tenho muito mais tempo. – Jared fechou os olhos. – Mas eu sei que de uma forma ou de outra, você a fará feliz, Peeta. – ele ergueu as pálpebras. – Leve-a pra casa. Não a deixe ficar para... – Jared hesitou, e pude notar algumas lágrimas se formarem em seus olhos. – Apenas a leve embora daqui.

– Prometo que farei o possível. Você sabe que ela é meio teimosa. – pigarreei, tentando refrear a onda de sentimentos que me invadiam naquele momento, enquanto ele afirmava com a cabeça. – E eu vou cuidar dela, Jared. Por mim, por você e principalmente por ela. – prometi.

 

~||~

 

Assim que terminei de falar, o silêncio tomou conta do ambiente.

Eu a olhava, e pude perceber quando Katniss passou a me analisar, deixando suas íris cinzentas se movimentarem de um canto ao outro por meu rosto. Grossas lágrimas caíam de seus olhos, salgando suas bochechas.

Sua expressão não era triste. Parecia uma mistura de saudade, e algo mais que eu não conseguia decifrar. Senti sua mão segurar a minha, e logo nossos dedos estavam entrelaçados.

– Ele não pôde nem ao menos ver como eu posso deixar de ser teimosa. – ela deixou um sorriso surgir no canto de sua boca, depois de falar em tom baixo. Acabei sorrindo de volta, apertando sua mão em resposta. – Que eu conseguiria acatar seu conselho, e... – Katniss parou de falar, parando seus olhos exatamente nos meus, o que acabou agitando meu coração. – E aceitar o fato de que eu... Estou completamente apaixonada por você. – murmurou, corando, enquanto tentava secar seu rosto com a mão livre.

– Você está confessando que está apaixonada? – questionei surpreso. – Sem gaguejar, nem nada? – fiz piada, o que a fez ruborizar um pouco mais.

Katniss desviou o olhar, mas não soltou minha mão.

– Sim, estou. – respondeu, olhando para baixo. – E desde quando meu pai sabia que você sentia algo por mim? – perguntou desviando levemente do assunto, voltando a me olhar.

– Desde que comecei a frequentar seu apartamento durante o jantar. – confessei. – Um dia eu cheguei, e você não estava. Tinha ido ao mercado comprar algo para o jantar. – sorri brevemente. – Seu pai me pegou para conversar, mas acho que ele já sabia das minhas respostas, antes mesmo que eu as tivesse formulado. – olhei nossas mãos, e comecei a acariciar a dela com meu polegar. – De qualquer maneira, tenho certeza de que ele estaria feliz por nós dois. – falei, voltando a olhar seus olhos cinzentos.

– Sim. Estaria. – Katniss deu um pequeno sorriso, e encostou a cabeça em meu ombro. – Obrigada por cuidar de mim. – murmurou.

– Não faço por obrigação. – respondi, fazendo-a erguer a cabeça para me olhar. – Eu preciso cuidar de você. É uma necessidade vê-la sorrir.

– Obrigada mesmo assim. – ela esboçou um sorriso, não parecendo sincero.

Uni levemente as sobrancelhas, confuso. Deixei que meus olhos a analisassem cuidadosamente, e só então fui notar seus pés balançando para frente e pra trás, denunciando que algo ainda a incomodava.

– Tem algo mais que você queira me contar? – questionei. Katniss parou seus olhos nos meus, mas permaneceu em silêncio. – Pode falar, pequena. – insisti.

Ela suspirou, e virou o rosto pra frente.

– Apenas coisas idiotas da minha cabeça, Peeta. Nada que você precise se preocupar. – respondeu em voz baixa.

– Katniss. Nada relacionado a você é idiota. – apertei sua mão. – Foi algo que eu disse? – decidi perguntar.

Seus olhos voltaram para o meu rosto.

– Não. – falou logo. – Bom. Não exatamente. – Katniss suspirou e fechou os olhos. – É que eu lembrei sobre sua história de hoje mais cedo. Sobre você e sua ex. – explicou, e suas bochechas começaram a tomar uma coloração rosada. – Você gostava muito dela... E... Acho que fiquei com ciúme. – suas bochechas estavam quase escarlates. – Como eu disse, é idiota.

– Katniss... – comecei a falar.

– Não, Peeta. – ela me cortou, abrindo os olhos. – Não quero voltar a falar desse assunto.

– Mas eu... – tentei insistir.

– Não. Por favor. – Katniss voltou a me interromper. – Eu só te contei, porque não quero que você pense que a culpa é sua. Eu sei que isso é passado. – ela deu um sorrisinho. – Eu... Eu só quero focar no agora... Em nós dois. – sua voz saiu quase em um sussurro, enquanto Katniss se aproximava de mim.

Seus olhos passaram rapidamente por meu rosto, enquanto seus lábios eram pressionados contra os meus. Era apenas um contato simples, sem segundas intenções. Apenas a quentura de seus lábios nos meus. Apenas um leve carinho para o coração. Um beijo casto, que me fez sorrir, assim que Katniss se afastou.

– Eu te amo. – soltei a frase, olhando em seus olhos cinzentos.

Sim. Eu a amava. Eu a amava com todo o meu coração, e eu não podia magoa-la. Embora eu soubesse que corria o risco da verdade vir à tona, eu preferia tentar manter o silêncio por mais dois anos, do que eu mesmo ter que contar o resto da minha história com Johanna, e partir seu coração.

Ela sorrio sinceramente pra mim, deixando, depois de quase um mês, as pequenas covinhas aparecerem abaixo de seu lábio inferior. Não contive a vontade e me aproximei, beijando primeiro a covinha da direita, e depois a da esquerda.

Assim que voltei a minha posição anterior, pude vê-la completamente corada, e com um olhar confuso em minha direção.

– O que foi isso? – perguntou, com o cenho franzido.

– Na festa de Halloween eu prometi a mim mesmo que beijaria essas covinhas que você tem. Agora não precisei me conter. – respondi, abrindo um sorriso para ela, que sorria timidamente para mim.

– Você é meio bobo. – brincou.

– Por você? Talvez. – ri baixo, vendo Katniss corar um pouco mais e desviar o olhar do meu. – Então não vai mais querer ouvir sobre minhas ex namoradas? – questionei.

– Não. – ela torceu o nariz.

– Tudo bem. – dei um sorriso torto. – Então você é ciumenta?

– Me parece que sim. – Katniss deu levemente de ombros. – Então não provoque. Nunca. – seu tom saiu ameaçador. – Aprendi a me irritar, e a culpa é completamente sua. – disse em tom acusatório.

– Eu jamais acreditaria na sua irritação encenada. – rebati, segurando o riso.

– Experimente, Mellark. – Katniss soltou minha mão, e beliscou meu braço, me fazendo resmungar. – Vamos descer, antes que minha irmã venha atrás de mim. – ela levantou, e eu fiz o mesmo.

– Você bebeu a batida de champanhe do meu pai? – questionei, esfregando o local que Katniss havia beliscado.

– Não. – ela respondeu, virando pra mim, com um sorriso nos lábios. – Venha, querido. – Katniss estendeu a mão em minha direção. Franzi o cenho ao ouvi-la me chamar de “querido”. – Não julgue meu primeiro apelido pra você, Peeta. – ela corou, alcançando minha mão, e entrelaçou nossos dedos. – Apenas venha. – Katniss começou a andar, enquanto eu relaxa minha expressão.

Eu a segui lado a lado, sentindo seus dedos apertando minha mão.

– Você pode dormir em casa hoje? – perguntou, enquanto descíamos a escada.

– Claro. – respondi prontamente. – O que você quiser, pequena. – dei um sorriso torto. – Tem alguma roupa minha no seu apartamento? – questionei. – Se não, vou precisar passar em casa. – falei, parando antes de chegarmos a sala.

– Tem sim. Você tem, praticamente, morado comigo. – sussurrou, com um pequeno sorriso. – E não estou reclamando. – Katniss apertou minha mão, antes de solta-la. – Na verdade, eu amo ter você lá. – confessou, porém não permitiu que eu a visse corar, já que ela simplesmente entrou na sala, deixando-me pra trás.

– Agora eu entendo você. – a voz da minha irmã me assustou, fazendo-me virar rapidamente.

Ela estava parada na entrada da cozinha, com os braços cruzados.

– Como assim? – perguntei.

– O olhar da Katniss pra você, é simplesmente algo que eu nunca vi. E seu sorriso nunca esteve tão idiota como fica pra ela. – Delly balançou levemente a cabeça. – Eu vou parar de insistir sobre... Johanna. – ela falou baixo. – Katniss não precisa saber de algo que você não pode resolver, e que só vai servir pra separar vocês dois.

Meu corpo relaxou instantaneamente assim que absorvi suas palavras.

– Eu sabia que em algum momento você veria isso. – passei a mão direita em meus cabelos. – Obrigado, Delly.

– Não precisa agradecer. – ela soltou os braços ao lado do corpo. – Você achou a mulher certa, como eu disse que encontraria. Infelizmente, nas condições que eu mais temia. – minha irmã suspirou. – Mas está claro pra mim que vocês se amam, e... Eu gosto da Katniss. Quero muito que tudo dê certo pra vocês, de coração. Vou ficar feliz em apoiar esse namoro.

– E eu ficarei feliz em receber o apoio da minha irmã preferida. – fiz piada.

– Idiota. – Delly rolou os olhos. – Eu fiz café. Me ajude a levar pra sala. – ela me deu as costas, voltando pra cozinha.


Notas Finais


Beijos ♥


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