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História O Sol em meio à tempestade - Capítulo 3


Escrita por: nsbenzo

Notas do Autor


Oie.
Boa leitura ♥

Capítulo 4 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction O Sol em meio à tempestade - Capítulo 3

– Professor de educação física? – Annie questionou se abanando em seguida.

– Eu ainda estou aqui. – Finnick murmurou fechando a cara.

Acabei sorrindo ao ver minha irmã selar os lábios com os do marido, que estava enciumado desde que cheguei e comecei a falar sobre o professor que me ajudara a conhecer a escola.

– Qual é o nome dele mesmo? – perguntou voltando a me olhar.

– Peeta Mellark. – respondi.

– Peeta Mellark? – Annie indagou. – Esse nome não me é estranho.

Finnick revirou os olhos e voltou sua atenção para o fogão, onde ele fazia nosso jantar.

– Como ele é? – Ann perguntou.

– Ele é engraçado, não parece ter vergonha de nada, é simpático com todos, e todos parecem gostar dele. – dei um meio sorriso ao me lembrar de Peeta. – E ele tem os olhos azuis mais incríveis que já vi.

– Hum. – minha irmã deu um sorriso. – Ele é forte? – questionou curiosa.

– Annabelle. – Finnick resmungou.

– Me deixa, Finn. – ela o encarou. – Só estou querendo saber sobre o cara que conquistou o coração da minha irmã. – Annie disse voltando a me olhar.

– Ninguém conquistou meu coração. – reclamei irritada. – Não posso falar bem de um cara, e você já presume que estou apaixonada?

– Está apaixonada, filha? – meu pai surgiu no corredor do nosso pequeno apartamento, e começou a caminhar em direção a cozinha.

– Não, papai. A Annie está inventando coisas. – suspirei. – Lembra que ontem à noite te contei do Peeta?

– O que tentou te animar depois da Annabelle desligar na sua cara? – meu pai deu um sorriso, sentando em uma das cadeiras vazias.

– Isso. Hoje passei uma boa parte da manhã com ele, e Annie está dizendo coisas. – resmunguei.

– Me diz que isso é cheiro da comida do Finnick. – Madge escancarou a porta do apartamento, invadindo-o, sendo seguida por Gale.

– É sim. – Annie respondeu. – Noite da lasanha, esqueceu?

– Claro que não. Só estou com fome. – a loira sorrio.

– Boa noite, família. – Gale colocou uma garrafa de vinho sobre o balcão. – Do que falavam antes da entrada triunfal de Madge? – questionou sarcasticamente, recebendo um tapa no braço dado por sua namorada.

– Que minha irmã está apaixonada pelo professor de educação física. – Annie respondeu, fazendo-me estreitar os olhos.

– Sociedade injusta e estúpida, onde uma mulher não pode ter proximidade com um homem sem estar apaixonada. – resmunguei mal humorada.

– Professor de educação física é? Hum. – Madge deu um sorriso malicioso.

– Se comporta, Mad. – Gale cutucou sua cintura, fazendo-a dar um pulinho e soltar um risada.

– Não sei o que as palavras “professor de educação física” realmente significam no universo feminino, mas fez a Annie agir feito uma louca também. – Finnick se meteu, abrindo o forno para olhar a lasanha.

– Você não me respondeu, Katniss. Ele é forte ou não? – Annie insistiu na pergunta, fazendo meu pai rir, Madge me olhar com mais atenção, e Gale e Finn rolarem os olhos com impaciência.

– Parece que sim. – respondi por fim.

– Como assim “parece”? – Mad fez aspas com os dedos. – Como você não presta atenção em algo assim?

– Eu nem conheci esse cara, mas já não gosto dele. – Gale comentou com Finnick, que afirmou com a cabeça.

– Eu não reparei. – falei sinceramente. – Você sabe que não tenho malicia como vocês. – levantei da cadeira onde eu estava. – Sem contar que as duas são muito inconvenientes. – murmurei.

– Não vejo problema na curiosidade das duas. – meu pai se meteu. – Na verdade, até eu estou curioso. O rapaz deve ser uma ótima pessoa, para conseguir mexer com você.

– Papai! – exclamei. – Ninguém mexeu comigo. – me defendi. – E eu achei que o senhor estava no quarto enquanto Annie me enchia de perguntas. – acusei franzindo o cenho.

– Eu estava, filha. Mas o apartamento é pequeno. – ele deu de ombros, dando um sorriso.

– Quando vamos conhece-lo? – Annabelle perguntou movendo as sobrancelhas em empolgação.

– Nunca. – falei mal humorada, andando em direção ao corredor.

– Kat. Não vai jantar com a gente? – Finnick questionou.

– Quando vocês mudarem de assunto, eu volto. – entrei em meu quarto, batendo a porta.

 

~||~

 

E na noite do jantar em família, eu realmente voltei apenas quando me garantiram que a sessão perguntas inoportunas cessaria, deixando-me mais à vontade.

Eu tinha sérios problemas em me abrir com as pessoas. E quando cheguei no apartamento que eu dividia com meu pai, e encontrei minha irmã e Finnick fazendo o nosso jantar, simplesmente fui inocente demais e comentei sobre o meu dia, o que me causou o desconforto de ser interrogada por causa de alguém que eu mal conhecia.

Bom. Mal conhecia naquele momento.

Uma semana havia se passado, e devo dizer que eu e Peeta já tínhamos desenvolvido uma certa proximidade, considerando que nossa convivência era frequente, graças a ele mesmo, que não me deixava sozinha. Sempre que esbarrava comigo nos corredores, Peeta mudava seu caminho, apenas para andar ao meu lado, divertindo-me com suas piadas e seu sorriso fácil, que eu achava tão bonito.

– Uma bala de caramelo por seus pensamentos. – Peeta sacudiu um saquinho com várias delas em frente ao meu rosto.

– Não é tão simples assim. Meus pensamentos valem mais do que uma bala. – dei um pequeno sorriso.

Desde que comecei a dar aulas, hoje, pela primeira vez, havia acontecido o milagre de eu não chegar atrasada, e para minha sorte, eu encontrei Peeta na cantina tomando seu café da manhã, o que me proporcionou sua boa companhia, enquanto eu comia alguma coisa.

– Tudo bem. Duas balas. – ele estreitou os olhos duvidoso.

Soltei uma risada curta, voltando a morder meu sanduiche natural.

Eu sabia que me arrependeria de ter aberto uma conta na cantina, pois o valor seria alto no fim do mês. Porém eu ainda não tinha dinheiro para encher a geladeira de casa, e o que tinha para o café da manhã, que sempre era minha irmã ou Gale quem levava, eu deixava para o meu pai comer.

– O pacote todo? – insistiu com cara de pidão.

– Para com isso. – ri, levemente envergonhada, negando com a cabeça.

– Bom dia, senhorita Everdeen. – Cato apareceu atrás de Peeta com um sorriso no rosto.

Ainda era cedo, por isso aproveitávamos do refeitório para comermos. Havíamos praticamente nos escondido em uma das mesas que ficava mais distante das outras. Segundo Peeta era mais confortável, caso algum aluno aparecesse e decidisse puxar o saco. Porém seu esconderijo não era tão bom assim. 

Peeta virou a cabeça para olha-lo aparentando uma seriedade que eu desconhecia.

– Bom dia, Cato. – abri um pequeno sorriso, colocando o sanduiche no prato de papelão. – Esse é o aluno que gostou da minha aula, Peeta. – comentei, fazendo-o me olhar.

Ele deu um sorrisinho.

– Não estou surpreso, Ludwig. – Peeta disse olhando novamente para Cato.

– Não sei do que está falando. – Cato sorrio, voltando sua atenção para mim. – Temos aula hoje, não é?

Eu estava com as sobrancelhas franzidas, confusa com a reação de Peeta.

– Temos sim. – decidi responder.

– Então nos vemos lá. – Cato sorrio, dando as costas pronto pra sair. – Ah. Você está muito bonita hoje, senhorita Everdeen. – ele disse se afastando de nós dois.

Neguei com a cabeça sorrindo, mas parei assim que vi o semblante de Peeta que ainda era sério.

– Qual é o problema? – indaguei.

– Nenhum, Katniss. – ele pegou uma de suas balas e desembalou. – Cato Ludwig é apenas um dos puxa sacos que te falei. – Peeta colocou o doce na boca.

– Não vejo mal nisso. Ao menos tenho alguém ao meu favor. – voltei a segurar meu sanduiche.

– Claro. – ele deu um sorrisinho.

– Parece que você não gosta dele. – comentei insegura.

Peeta negou com a cabeça.

– Cato é só um daqueles caras que se acha o bom em tudo, só por ser o capitão do time, mas na verdade é um repetente do segundo ano, que até hoje não sei como conseguiu permanecer no time, muito menos como continuou a ser capitão. – ele apoiou os braços sobre a mesa e respirou devagar. – Tome cuidado com ele. – avisou curvando-se levemente em minha direção.

– Ele é algum tipo de louco? – questionei baixo, fazendo-o rir.

– Não, Katniss. Pior. Ele é do tipo narcisista egocêntrico. – falou no mesmo tom que eu havia usado.

– Achei que esse fosse você. – retruquei estreitando os olhos.

– Ai. Essa doeu. – ele sorrio ajeitando sua postura e se afastando de mim. – Eu te disse que era brincadeira.

– Eu sei. – dei um pequeno sorriso. – Mas você vem me importunando desde aquele dia. Só estou dando o troco.

– Vingativa? – questionou.

– Nunca. – tomei um pouco do meu café. – Mas acho justo.

– Talvez seja. – ele coçou sua barba que estava novamente por fazer.

– Você não costuma fazer a barba? – questionei curiosa.

– Estou tentando adquirir um novo visual. – Peeta piscou pra mim. – Fica bem em mim? – perguntou passando a mão direita pelo maxilar, deslizando-a até parar no queixo.

– Fica sim. Mas te dá um ar de mais velho. – comentei. – Se esse for seu intuito, está se saindo bem.

Peeta riu.

– O intuito é ser mais sexy, Katniss. Se parecer mais velho me deixa mais sexy, ai sim, eu estou me saindo bem. – respondeu dando um sorriso brincalhão.

– Narcisista. – acusei comendo o último pedaço do sanduiche.

– Aluna do segunda ano. – provocou.

– Não abusa. – bebi o resto do café, esvaziando o copo de papelão.

– Tudo bem. Mas se você fosse uma aluna do segundo ano, eu seria preso por te achar um avião. – Peeta disse normalmente, me fazendo congelar no lugar, tamanha fora a vergonha que se instalara em mim. Ele me analisou por um segundo até começar a rir. – Achei que uma semana seria o suficiente para você se acostumar com minhas brincadeiras.

– Não te conheço tão bem assim. – falei por fim, sentindo meu rosto quente. – Você ainda pode ser um psicopata.

– Você também pode ser uma psicopata. – argumentou. – Isso não te faria menos linda.

– Quando eu tiver a liberdade que você já tem comigo, acredite, eu te darei uns tapas pra aprender a se comportar. – falei tudo rapidamente, o que causou um novo riso em Peeta.

– Você é uma graça, Katniss. Sério. – ele sorrio amigavelmente. – Me odeia por te envergonhar?

– Não. – murmurei. – Seria impossível odiar você. Você é o tipo de pessoa, que apesar de parecer abusiva com as palavras, alegra os outros. – disse sincera. – Mesmo que eu quase morra com seus comentários indevidos, gosto de conversar com você.

Seu sorriso se ampliou.

– Uma bala pra você. – ele a jogou, fazendo-a cair a minha frente. – E fico feliz por saber disso. Ainda pretendo te causar muitos sorrisos, risos e bochechas coradas.

Ri baixo negando com a cabeça.

– Você age assim com todos os novatos? – perguntei.

– Não. Você é diferente dos outros. – respondeu prontamente.

Dei um pequeno sorriso.

– Diferente como?

– Não sei. Mas pretendo descobrir.

Peeta sorrio pra mim, fazendo-me sorrir de volta.

– Ah. Pizza. Hoje. Depois da sua última aula. – ele disse pausadamente me analisando.

– Eu não...

– Você vai sim. – Peeta me interrompeu. – Te espero as duas e vinte do lado de fora do colégio. – ele levantou. – Até depois.

Ele começou a caminhar, deixando-me sozinha no refeitório.


Notas Finais


Beijos ♥


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