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História O Sol em meio à tempestade - Capítulo 47


Escrita por: nsbenzo

Notas do Autor


Boa leitura *-*

Capítulo 48 - Capítulo 47


Fanfic / Fanfiction O Sol em meio à tempestade - Capítulo 47

Fazia algum tempo que eu estava deitada de lado e de costas para Peeta, observando a luz do sol entrar lentamente pela fresta da cortina.

Eu estava aquecida apenas pela camisa comprida do meu namorado, que foi a peça de roupa mais próxima da cama que eu havia encontrado, já que, sem nem perceber, Peeta havia roubado todo o lençol para si.

Com certeza, não era algo que eu poderia reclamar. Ele parecia cansado demais até mesmo para me abraçar durante o sono, e era por isso que eu havia o encontrado, assim que acordei, dormindo esparramado do lado dele da cama, de barriga para baixo, e com a boca levemente aberta.

Um sorriso surgiu em meus lábios, ao lembrar do motivo de seu cansaço. Eu sabia que eu estava corada por meus pensamentos, mas era inevitável não pensar em seu toque em minha pele nua, e na forma que Peeta havia me amado a poucas horas atrás.

Senti o colchão afundar atrás de mim, e no segundo seguinte, senti o corpo quente de Peeta encostar no meu. Seu braço passou por minha cintura, encontrando minha mão que estava sobre minha barriga, apenas para cobri-la com a dele. Seu peito colou em minhas costas, fazendo-me sentir sua respiração quente e ritmada em minha nuca, causando-me arrepios.

– Essa camisa é minha. – sua voz rouca soou provocativa em meu ouvido.

Afastei meus dedos uns dos outros, permitindo que os dedos de Peeta se entrelaçassem com os meus. Senti quando ele afastou meus cabelos com o nariz, e respirou devagar contra minha pele, causando-me mais arrepios.

Eu estava sorrindo, mas permaneci em silêncio.

– Katniss. – Peeta chamou com a voz baixa. Ele soltou minha mão, e se moveu atrás de mim, aparecendo em seguida, em minha visão periférica. – Você está bem? – perguntou, obrigando-me a virar o rosto para ficar cara a cara com ele.

– Que tipo de pergunta é essa? – perguntei de volta, ainda sorrindo.

– O tipo de pergunta que eu faço para saber sobre você. – Peeta respondeu dando um sorriso. – Mas não era exatamente essa pergunta que eu queria fazer. A pergunta correta é: Você está feliz?

Meu sorriso aumentou, enquanto eu me movia para ficar de barriga pra cima. A mão de Peeta escorregou, até alcançar o outro lado da minha cintura, enquanto seus olhos vasculhavam meu rosto, como se procurasse uma resposta em minha feição.

– Claro que sim, querido. – respondi, erguendo o braço direito, alcançando a parte de trás da cabeça de Peeta. – Graças a você, é a versão feliz de mim que tem estado no controle. – murmurei, fitando seus olhos.

Deixei meus dedos se enfiarem em seus fios de cabelo.

Ele sorriu, mas franziu a testa em seguida.

– Se é a versão feliz que tem estado no controle, quer dizer que temos uma versão triste escondida ai dentro? – Peeta questionou.

Dei um meio sorriso, soltando um suspiro logo depois.

– É que tem uma parte de mim que está confusa. – confessei. – A parte que não sabe o que fazer, e que entra em contrito com minha versão feliz.

Peeta, que estava apoiado no cotovelo, deixou seu corpo repousar de lado no colchão. Em seguida ele me puxou devagar, fazendo-me ficar de lado também, e consequentemente frente a frente com ele.

– Você sente falta da Annie, não é? – perguntou.

Ajeitei melhor minha cabeça no travesseiro, e espalmei a mão no bíceps de Peeta. Deslizei meu indicador devagar, até uma pequena cicatriz, que eu desconhecia o modo que ele havia ganhado, e passei a ponta da unha sobre ela cuidadosamente, notando sua pele se arrepiar. Abri um pequeno sorriso, enquanto subia a mão por seu bíceps novamente, planejando alcançar seu ombro. Meus olhos estavam atentos ao caminho que minha mão percorria, ao mesmo tempo em que meu cérebro tentava chegar a uma resposta para Peeta.

– Katniss. – ele chamou com seu tom preocupado, apertando levemente minha cintura.

Suspirei, não pela pressão de seus dedos em meu corpo, mas por tê-lo querendo que eu falasse sobre o assunto que eu evitava a todo custo.

Ergui os olhos, depois de descansar minha mão em seu ombro, e o olhei nos olhos.

– Sinceramente, eu não quero pensar sobre isso. – falei baixo. – Nem falar. – tentei soar amigável, e aparentemente, minha voz havia saído suficientemente suave aos ouvidos. Desviei meu olhar para sua boca, apenas por não mais querer olha-lo nos olhos, sabendo que o que eu diria a seguir, me deixaria ruborizada ao extremo. – Tivemos uma noite maravilhosa. Uma noite que me ajudou a dormir, com certeza com um sorriso idiota. – disse tudo sem me mover um milímetro. – Por isso não quero falar de nada que vá me deixar pra baixo. – finalmente voltei a olhar em seus olhos, podendo notar que eles estavam mais do que atentos em mim.

Um sorriso sincero apareceu em sua boca, quando deixei minha mão passar pela lateral do seu pescoço, até alcançar sua nuca.

– Então você não foi sentar na poltrona hoje? – Peeta perguntou, descendo a mão até estar acima do meu quadril.

Mordi o canto esquerdo do lábio inferior.

– Não. – respondi, dando um meio sorriso. – Eu simplesmente apaguei. Acordei tem alguns minutos. – aproximei um pouco mais meu rosto do dele. – Na verdade, acordei com fome, mas estava com preguiça de levantar. Fiquei esperando você acordar para me alimentar. – falei com certo divertimento na voz.

Peeta arqueou as sobrancelhas, porém deu um grande sorriso.

– Posso até te alimentar, mas você vem comigo. – ele disse, afastando-se de mim, e rolou para o lado.

Peeta se livrou do lençol, e colocou-se de pé. Demorou alguns segundos para cair a minha ficha de que ele estava completamente nu.

Meu rosto esquentou de uma maneira tão forte, que eu mal sabia como reagir.

– Peeta... – murmurei, enquanto ficava de barriga pra cima e alcançava o travesseiro dele para esconder minha face.

– Não acredito. – pude ouvi-lo falar, parecendo perplexo. – Você está... – ele gargalhou, parecendo realmente estar se divertindo. – Céus, Katniss. Vou me vestir.

Eu permaneci imóvel, com o travesseiro na cara por um curto tempo, até que o senti ser arrancado de mim.

Peeta estava em pé ao meu lado, usando apenas uma samba canção.

– Melhorou? Ou devo me cobrir por inteiro? – debochou.

– Idiota. – rebati, ainda constrangida.

Ele riu, e se aproximou mais.

– Então vamos pra cozinha. – suas mãos seguraram minha cintura, e com facilidade, ele me puxou pra cima, colocando-me em pé.

Dei um sorriso tímido para Peeta, assim que firmei minhas pernas, parada em frente a ele.

– O que você vai fazer de bom? – perguntei.

– O que você quiser, pequena. – ele estendeu a mão pra mim, e não demorei nada para segura-la, dando um sorriso bobo.

Nós andamos pelo corredor, lado a lado. A frieza do piso nas solas dos meus pés não parecia tão ruim agora. Era como se eu estivesse completamente aquecida, tanto por fora, como por dentro. Era difícil explicar, mas eu sabia bem de quem era a culpa.

Sorri com o pensamento, e apertei a mão de Peeta, fazendo-o me olhar com curiosidade.

Já havíamos entrado na cozinha, mas ele não me soltou. Pelo contrário. Peeta me puxou pra perto, e logo eu fui parar a sua frente, com as mãos espalmadas em seu peito nu.

– Você deve ter me achado um idiota ontem. – ele disse, segurando minha cintura.

Franzi o cenho, confusa com sua frase.

– Em que momento? – questionei.

– Quando insisti em perguntar se você estava bêbada. – Peeta respondeu, parecendo sem graça.

Acabei soltando um riso baixo, e assenti com a cabeça.

– Te achei um pouco idiota sim. – concordei, subindo as mãos para seus ombros.

– Desculpa. – ele deu um pequeno sorriso. – Eu só queria me assegurar que tudo fosse perfeito.

Arqueei as sobrancelhas, e senti minhas bochechas esquentarem instantaneamente. Apertei seus ombros, e sorri timidamente pra ele.

– E foi. – falei quase em um sussurro. – Foi com você. – disse envergonhada, mas não desviei meus olhos dos de Peeta.

Ele sorriu, e andou devagar comigo. Suas mãos deslizaram pela lateral do meu corpo, fazendo-me fechar os olhos para aproveitar melhor a sensação de seu toque. De repente, Peeta apertou a parte de trás das minhas coxas, e me içou. Antes que eu pudesse reagir, eu já estava sentada em uma superfície gelada, que trouxe arrepios por toda minha pele. Abri os olhos e olhei para os lados, identificando o balcão da cozinha. Em seguida, voltei a olhar para Peeta, que havia se apossado novamente da minha cintura, e que ostentava um lindo sorriso no rosto.

– Então vamos fazer ser mais perfeito. – disse se aproximando um pouco mais de mim.

– Aqui? – questionei timidamente.

Peeta soltou uma risada gostosa, mas não me respondeu. Ele apenas me beijou, e eu não perdi tempo para corresponde-lo.

 

~||~

 

– Achei que nos encontraríamos no estacionamento. – falei ao entrar na sala que Peeta havia ganhado ao ser intitulado como treinador.

– Tem alguém na quadra? – ele perguntou, enquanto eu fechava a porta.

– Não. – respondi, virando na direção dele.

Antes que eu pudesse realmente vê-lo, suas mãos agarraram minha cintura, e minhas costas foi colada contra a porta, fazendo-me resfolegar.

Um sorriso torto estava em seus lábios, e um tom escuro em seus olhos, o que me fez dar um meio sorriso.

– Eu já te falei que aqui não é lugar pra isso. – murmurei.

Um pouco mais de uma semana havia se passado. Desde nossa primeira noite, era impossível controlar Peeta, que vivia me agarrando pelos cantos da escola, como se fossemos adolescentes. Ambos sabíamos que era errado, e que poderia nos render uma boa demissão, porém, a voz da razão – ou seja, eu –, se perdia, assim que Peeta me tocava. Então eu esquecia completamente tudo, e me tornava cúmplice daquela loucura.

– Convenhamos que é mais emocionante. – ele se aproximou, colando seu corpo no meu, apenas para me pressionar contra a porta.

Mordi o canto esquerdo do lábio inferior, e desisti de segurar minha bolsa ao lado do corpo, por isso a soltei, deixando com que ela atingisse o chão.

– Mas é errado. – sussurrei, olhando em seus olhos, enquanto minhas mãos se apoiavam em seus ombros. – E já estávamos indo pra sua casa. Podíamos... Nos agarrar lá. – falei com certa timidez, mas dei um sorriso no final da frase.

Peeta riu baixo, mas não se afastou.

Seu rosto veio de encontro ao meu, e no segundo seguinte seus lábios já haviam coberto os meus com certo desespero. Suas mãos começaram a subir devagar pelas laterais do meu corpo, no mesmo instante que minhas mãos subiram para sua nuca. Sua língua encontrou a minha, e diferente de todas as vezes em que nos beijamos, permiti que minha própria língua brigasse por espaço, o que me fez sentir um sorriso se formar na boca de Peeta, fazendo-me sorrir automaticamente, enquanto as unhas da minha mão direita raspavam na pele da nuca dele, causando-lhe arrepios.

– Peeta. – sussurrei seu nome assim que seus beijos tomaram outra direção, deslizando por meu maxilar até chegar em meu pescoço, fazendo-me perder, instantaneamente, a firmeza das pernas. – Vamos pra casa. – murmurei, fechando os olhos, e deslizando as mãos para os seus ombros, para usar como apoio. – Se alguém nos pegar aqui...

– Shh.

Foi o único som que saiu de sua boca para me interromper. E foi o suficiente para que eu calasse a boca.

Minhas bochechas estavam pegando fogo. Ainda restava vergonha de sobra em mim, e Peeta sabia disso. O único problema, é que ele não se importava.

Você fala. – a voz masculina do lado de fora da sala, me fez abrir os olhos rapidamente.

Não. Você fala. – outra voz masculina retrucou.

Desci as mãos com pressa para o peito de Peeta, e o empurrei.

Ele apenas riu silenciosamente, soltando-me de vez. Rolei os olhos, para tentar esconder minha timidez e peguei minha bolsa. Me afastei da porta, mexendo em meus cabelos, que com certeza estariam uma desordem, assim como eu estava.

Duas batidas contra a madeira foram ouvidas, antes do rosto de Marvel aparecer dentro da sala, depois dele mesmo ter aberto a porta.

Peeta estava de costas pra entrada, fingindo mexer em alguma coisa sobre sua mesa, e eu, havia adotado um cantinho, longe dele, tentando passar despercebida, e me aproveitando da parede para me escorar, já que minhas pernas ainda estavam levemente trêmulas.

– Treinador. – Marvel chamou, abrindo mais a porta, revelando Cato logo atrás dele.

– Fala, Marvel. – Peeta disse, virando de frente pra entrada. – O que traz os dois aqui?

– Queremos saber se já falou com o diretor para marcarmos nosso primeiro jogo. – Marvel quem respondeu.

Cato parecia distraído demais para falar, olhando diretamente em minha direção.

– Eu te espero no estacionamento, Peeta. – falei baixo, olhando para meu namorado, que não parecia nada feliz com a atenção sobre mim.

Peeta me olhou, e apenas afirmou silenciosamente com a cabeça.

Arrumei a bolsa em meu ombro, e passei pelos dois com pressa.

Logo eu já estava encostada no carro de Peeta, sentindo a brisa fresca da primavera atingir meu corpo, e balançar meus cabelos, causando-me um sorriso.

Fechei os olhos e cruzei os braços, concentrando-me no perfume das flores que começavam a dar o ar da graça no jardim do colégio. Não sei por quanto tempo fiquei assim, mas só despertei daquela gostosa sensação, quando o toque suave da brisa, foi substituído pelo toque firme da mão de Peeta em minha cintura.

Eu já estava sorrindo quando abri os olhos, mas meu sorriso se alargou, ao ver que meu namorado segurava uma flor em frente ao meu rosto.

– Pra você. – ele sussurrou, antes que eu a pegasse.

Minhas bochechas coraram no mesmo instante, enquanto eu levava a flor ao nariz, para sentir o perfume agradável entrando por minhas narinas.

– Obrigada. – falei, voltando a olha-lo.

Peeta sorriu.

– Podemos ir? – ele perguntou, me soltando.

– Claro. – sorri pra ele, desencostando do carro. – E você marcou o primeiro jogo? – perguntei, andando em direção ao lado do carona.

– Semana que vem é a semana de recesso de primavera, então, Snow concordou em marcar para o outro sábado. – Peeta respondeu, enquanto entrava no carro.

– Então seu jogo de estreia, será daqui a dois sábados? – questionei, depois de me ajeitar no banco e fechar a porta.

– Sim. – ele disse, dando a partida. – Estou começando a me sentir ansioso.

Ri baixo, balançando a cabeça em negação, e abotoando meu cinto.

– Você vai se sair muito bem. – falei com convicção. – E eu vou estar lá pra ver isso.

Peeta me olhou de relance com um sorriso, já com o carro em movimento.

– Espero não passar vergonha na sua frente. – ele comentou, voltando a dar total atenção para a rua.

– Não irá, querido. Tenho certeza de que o time vai arrasar. – disse dando um sorriso pra Peeta, mesmo sabendo que ele não estava vendo.

– Obrigado, pequena. – ele falou, poucos segundos depois, ao parar no sinal vermelho. Peeta virou o rosto pra me olhar, dando um sorriso largo. – Não sei o que seria de mim sem você.

Sorri de volta, tocando seu braço carinhosamente.

– Esse tipo de frase deveria ser usado por mim. – retruquei. – Mas tudo bem. Digamos que você seria um homem triste, se eu não estivesse em sua vida. – pisquei com o olho direito pra ele, ouvindo-o rir em seguida.

– Você é incrível. – Peeta negou com a cabeça, voltando a olhar pra frente, colocando o carro em movimento.

– Eu sei. – abaixei a mão. – Sou quase um conto de fadas, meu bem. – provoquei, e dessa vez acabei rindo com ele.

Fomos o resto do caminho rebatendo as frases idiotas um do outro, enquanto eu brincava cuidadosamente com a simples flor em minha mão.

Peeta estacionou na rua, rente ao meio fio, evitando o trabalho de entrar com o carro na garagem, já que pretendíamos jantar fora mais tarde.

Desci do carro distraidamente, batendo a porta com cuidado. Ao erguer a cabeça, pronta para alcançar a calçada, dei de cara com um Peeta praticamente paralisado, com a porta do carro aberta, encarando uma mulher, que vinha em direção a ele.

– Achei que teria que esperar até amanhã. – ela resmungou, parando próximo a Peeta. – Nossa. Não achei que te surpreenderia tanto. – a mulher disse ao notar que ele parecia em estado de choque, soltando um riso baixo no fim da frase.

Franzi o cenho, e decidi me aproximar dos dois.

O olhar da mulher caiu sobre mim, assim que parei ao lado de Peeta. Ela parecia curiosa, e seus grandes olhos castanhos, me analisavam dos pés à cabeça.

Olhei para Peeta, que ainda estava estático, completamente pálido.

– Desculpa. – falei ao olhar em direção a mulher. – Ele não parece muito bem. Você seria...?

A mulher deu um pequeno sorriso.

– Johanna Mason. – respondeu, estendendo a mão pra mim. – Esposa do Peeta.


Notas Finais


Antes que vocês digam que vão me matar, tenho duas coisas a dizer:
1 - Por essa vocês já esperavam.
2 - Eu tenho seguranças :* kkk

Beijos :*


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