... (Os dois resolvem ficarem ali, abraçados um no outro, vendo o céu estrelado e juntos esperarem o lindo nascer do sol ali na praia.)...
***
Cidade do México - México
23:50 PM – Residencia dos Ferreiras de Mora
Tomás já estava no seu décimo segundo sonho quando sentiu alguém o cutucando para tentar acorda-lo.
(Alicia): - Tommy acorda. – Insistiu em tentar acordar o marido que roncava: - Tomás Mora acorda agora! – Gritou já sem paciência, fazendo o marido cair da cama, o que ela a fez rir e ficar com pena ao mesmo tempo: - Se machucou, meu amor? – Perguntou preocupada.
(Tomás): - Não. – Mentiu colocando as mãos no pulso que estava doendo, pois na queda o peso do seu corpo foi todo nele: - Que horas são? – Perguntou confuso massageando o pulso: - Por que me acordou minha chiquita?
(Alicia): - É que me deu uma vontade enorme e incontrolável de comer Torta de limão, com recheio de banana e cobertura de brigadeiro. – Respondeu lambendo os beiços só de imaginar-se deliciando com aquilo: - Eu preciso comer isso ou os nossos bebês nascerão com cara de torta de limão. – Dramatizou para convencer o marido.
(Tomás): - Não! – Gritou assustado com a possibilidade de seus filhos nasceram com cara de torta de limão: - De feio nessa família já basta eu.
(Alicia): - Vai começar com isso de novo, Tommy? – Indagou deixando transparecer a sua irritação por vero marido de menosprezar: - Você é o homem mais lindo do mundo, entendeu? – Indagou com um olhar autoritário e apaixonado ao mesmo tempo.
(Tomás): - Você diz isso porque me ama. – Respondeu fazendo a esposa revirar os olhos e bufar sem paciência: - Eu posso ter varias qualidades, mas a beleza não é uma delas.
(Alicia): - Eu digo isso porque é a verdade, Tomás. – Disse ainda irritada, mas tentando manter a calma: - Eu demorei muito tempo para descobrir a sua beleza, pois estava cega... Eu vivia presa dentro de um mundo de ilusão, onde tudo o que pensava sem real não passava de uma mentira. – Se aproxima de Tomás e acaricia levemente o seu rosto: - Você me ensinou a amar e a ser amada. Você me enxergou no meio da minha escuridão e aos poucos foi ganhando todo o meu coração.
(Tomás): - Eu te amo tanto, Alicia. – Sua voz estava embargada pela emoção de ouvir aquelas palavras da esposa: - Você não sabe o quanto eu sou o cara mais feliz do mundo apenas por ter o seu amor.
(Alicia): - Tommy... – Disse fazendo voz sexy e biquinho para Tomás beija-la, mas quando ele foi fazer isso ela sentiu o seu estomago roncar e se afastou: - Eu preciso daquela torta. – Disse manhosa: - Por favor, Tommy.
(Tomás): - Está bem. – Deu-se por vencido: - Eu só não sei aonde vou arrumar essa torta a uma hora dessas.
***
Guerrero, Acapulco
01:30 AM – Na praia
Fernando e Lety estavam na praia, nem tão longe e nem tão perto do mar, em volta a uma fogueira observando as estrelas e se aquecendo com o fogo.
(Fernando): - É incrível como você consegue ficar ainda mais linda com essa luz do fogo e das estrelas. – Disse com um olhar apaixonado e fixo em Letícia: - A luz até se escondeu, pois foi ofuscada pelo brilho dos seus olhos.
(Lety): - Eu fico linda porque você me enxerga com os olhos mais lindos do mundo, os olhos do amor. – Sorri e olha para o céu ficando pensativa por alguns instantes: - Dizem que existia no céu uma estrela tão apaixonada pelo Sol que era a primeira a aparecer de tardinha, no céu, antes que o Sol se escondesse. E toda vez que o Sol se punha, ela chorava. – Volta a olhar para Fernando que parecia estar prestando atenção no que ela estava dizendo: - A lua falava com a estrelinha que assim não podia ser, que estrela nasceu para brilhar de noite, para acompanhar a lua pelo céu, e que não tinha sentido este amor tão desmedido que ela sentia pelo sol. – Olha novamente para o céu: - Mas a estrela amava cada raio de Sol como se fosse o único em sua vida. Um dia foi falar com o Rei dos Ventos, foi pedi-lhe ajuda, pois queria ficar olhando o Sol, sentindo o seu calor, eternamente. O Rei dos Ventos disse que aquilo era impossível, a não ser que ela abandonasse o céu e fosse morar na Terra. A estrela não pensou duas vezes, virou uma estrela cadente e na forma de semente caiu na Terra. – Sorri de leve e volta a olhar com carinho para o marido: - O Rei dos Ventos plantou a semente e a regou com delicadas chuvas. Então, a semente virou planta. Cresceu sempre procurando ficar perto do sol. As suas pétalas foram se abrindo, girando devagarinho, seguindo o giro do Sol. E assim, ficaram pintadas de amarelo. É por isso que temos os girassóis, inventando verdadeiras estrelas de flores aqui na Terra.
(Fernando): - Que linda essa historia Lety. – Disse sincero: - A Dona Julieta que te contou ela?
(Lety): - Sim. – Sorri ao se lembrar da mãe: - Na verdade ela contou essa historia para a Aline e eu.
(Fernando): - Aline? – Indagou arqueando as sobrancelhas.
(Lety): - Minha prima. – Respondeu com um olhar sereno: - A Aline sempre foi minha melhor amiga e sempre contávamos os segredos de uma para a outra.
Flashback On...
Cidade do México – México
1996 – 20h00 PM – Residência dos Padillas.
Lety, de 16 anos estava muito feliz, pois sua prima e melhor amiga Aline de 12 anos viria passar uns dias com ela.
(Lety): - O papai ligou mãezinha? – Perguntou ansiosa: - Eu acho que nós duas devíamos ter ido buscar a Aline, a senhora sabe como o papai trata ela. – Disse preocupada.
(Dona Julieta): - Eu não podia ir porque tinha que fazer o almoço e recebe-la com todas as coisas gostosas que eu sei que ela ama comer. – Suspira triste: - E você, minha vida, não poderia ir porque antes tinha que terminar todos os deveres e assim ficar com o tempo livre para brincar com a sua prima.
(Lety): - Eu já terminei todos os meus deveres. – Disse animada: - A Aline e eu temos tantas coisas para conversarmos. – Nesse momento ela escuta o barulho do carro do pai estacionado: - Eles chegaram! – Disse correndo para abrir a porta e ao ver a prima vai abraça-la e tem esse gesto retribuído: - Que saudades eu estava de você, prima. – Disse sincera ainda abraçada em Aline.
(Aline): - Eu também prima. – Olha para Dona Julieta e sorri: - Madrinha. – Se afasta de Lety e de braços abertos vai abraçar a dinda: - Eu estava morrendo de saudades da senhora.
(Dona Julieta): -Eu também, minha pequena. – Sorri com um olhar doce: - Como foi à viagem? – Olha desconfiada para Seu Erasmo que fez uma cara de ofendido: - Te trataram bem?
(Aline): - Trataram sim, dinda. – Olha para o tio Erasmo e sorri: - Acredita que o tio me levou a uma sorveteria e me comprou aquele sorvete que eu disse que queria?
(Seu Erasmo): - Você insistiu tanto que eu não tive alternativa a não ser comprar. – Disse ranzinza: - Agora se me dão licença eu vou me trocar. – Disse pisando duro, subindo as escadas em direção ao quarto.
(Aline): - Às vezes eu tenho a impressão que o tio Erasmo não gosta muito de mim. – Disse com um olhar triste.
(Dona Julieta): - Claro que ele gosta minha pequena. – Pega a mão de Aline e olha com carinho para a afilhada que estava com um olhar triste: - O Erasmo não tem motivos para não gostar de uma menina tão linda e doce como você.
(Lety): - O papai faz essa cara de mal encorado para todos, jijiji.
(Aline): - Não sei... – Diz desconfiada, antes de dar um suspiro e sorri para a prima e a tia: - Mas eu não quero pensar nisso agora. – Risos: - A única coisa que eu quero é tomar uma ducha e relaxar o meu lindo corpinho. – Diz convencida, fazendo Dona Julieta e Lety rirem.
(Lety): - Eu te ajudo a levar as malas. – Disse pegando uma das malas da prima e assim as duas subiram para o quarto onde ela dorme: - Chegamos. – Disse ofegante, limpando o suor na testa: - Essa mal tem chumbo?
(Aline): - Não. – Risos: - São as coisas que eu vou usar no tempo que ficarei aqui.
Flashback Off ...
Guerrero, Acapulco
02h00 PM – Na praia.
(Lety): - E adivinha quanto tempo ela ficou lá em casa? – Indagou desafiadora.
(Fernando): - Não sei... Talvez um mês. – Chutou.
(Lety): - Três dias. – Disse fazendo Fernando arregalar os olhos em sinal de espanto: - A Aline sempre foi uma boa pessoa, mas bem exagerada com esse lance de moda e beleza.
(Fernando): - Faz tempo que vocês não se vêm? – Pergunta percebendo que a esposa sente falta da prima: - Se você quiser quando a gente voltar do Rio de Janeiro podemos ir visita-la. – Sugeriu.
(Lety): - Eu vou amar. – Respondeu animada, abraçando Fernando e o beijando com todo o carinho e amor que sentia por ele.
(Fernando): - Eu nem conheço a sua prima e já estou amando ela. – Disse puxando Lety para mais um beijo apaixonado.
***
Amanhece e Fernando e Lety estavam ali juntos, observando o nascer do sol diante daquele imenso mar.
(Lety): - Sabe de uma coisa, minha vida? – Indagou deitadas no colo do marido que acariciava o seu cabelo: - Eu amei ficar aqui acordado com você, vendo o sol nascer diante desse mar gigante. – Levanta-se e fica de frente para Fernando, o olhando com carinho: - E sabe o que eu percebi?
(Fernando): - O que? – Perguntou com um olhar apaixonado e pensando no quanto ama aquela mulher.
(Lety): - Eu percebi que nosso amor é como o sol, renasce a cada amanhecer, e ele também é como o mar, ele é infinito, não tem como medi-lo... Apenas senti-lo e aproveitar cada sensação que esse sentimento nos causa.
(Fernando): - Você me ensinou a sentir isso e eu serei eternamente grato a você, minha linda. – Disse se aproximando dos lábios da esposa e entrelaçando seus lábios para um beijo doce e cheio de ternura: - Você me ensinou a amar.
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