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História O teu sabor - Não podia ser ele, mas era


Escrita por: SkyRaw

Notas do Autor


Novamente agradeço quem esta acompanhando e favoritando a fic!
:D

Capítulo 4 - Não podia ser ele, mas era


Fanfic / Fanfiction O teu sabor - Não podia ser ele, mas era

P.O.V S/N

Adormeci no sofá assistindo um dorama e esperando a Elena. Acordei e desliguei a TV. A preguiça era tanta que continuei no sofá, o caminho até a cama parecia ainda mais longo. Olhei o relógio e eram quase 5 da manhã. Se Elena tivesse chegado enquanto eu dormia tenho certeza que ela teria desligado a televisão, mas me forcei a ir até o quarto dela checar e realmente não estava. Nenhuma mensagem, apenas a que ela tinha mandando umas 19h sobre sair com uma colega do trabalho para comer. Mas já era muito tarde, não é possível que ela ainda estava comendo, na verdade isso era bem possível, saco sem fundo aquela guria, mas o ponto é que eu estava preocupada. Tentei ligar, mas ela não atendeu. Meu sangue começou a ferver, onde estava aquela garota? Será que tinha acontecido alguma coisa. Elena tinha uma postura bastante madura, na maior parte do tempo, as vezes ela demonstrava ter ainda menos que seus 19 aninhos.

Liguei de novo e de novo, mas nada. Não é possível que eu tenha que ligar para a polícia, mas antes lembrei de ter anotado o telefone da chefe dela. Não seria uma boa ligar a essa hora, mas e se tivesse acontecido alguma coisa. Estava tão imersa em pensamentos que não percebi a escuridão da casa, que era iluminada apenas pela luz da lua entrando pelas janelas.

Escutei um barulho de chave perto da minha porta e rezei para que fosse a pessoa que assaltou a Elena porque se fosse ela já ia puxar a orelha. Ela deu uma risadinha e soube que era ela mesma. O molho de chaves caiu no chão. Me encostei na parede e tentei ligar de novo. O toquinho estranho do celular dela começou e ela deu de novo a mesma risadinha. Observei a porta se abrindo e Elena dançando com o toque ao invés de atender. A filha da puta estava dançando com a música e NÃO ATENDIA O TELEFONE eu podia morrer de ligar que ela não ia atender. Ascendi a luz da cozinha e ela deu um pulo na porta com o susto, deixando a bolsa, chaves e celular caírem no chão.

“Continua dançando, não para não” Falei irritada. Fiquei muito preocupada com ela, me sentia responsável por aquele pedaço de gente e ela simplesmente ignorava minhas chamadas para dançar a música. Mesmo carregando a voz de irritação Elena nem sequer pareceu se importar, ela sorriu e continuou dançando enquanto fechava a porta e pegava as coisas do chão. Desliguei a chamada. “Elena onde você estava?”

“Estava com um amiga” ela respondeu guardando o celular na bolsa e seguindo para o quarto. A segui

“Não perguntei com quem, perguntei onde”

“Eu exijo a presença do meu advogado durante o interrogatório” Ela falou me zuando

“Elena você sabe que horas são? Eu fiquei preocupada com você!”

“Por quantos minutos? Porque você começou a me ligar poucos minutos atrás, devia ter dormido a noite toda...” Ela jogou a bolsa e o casaco no chão do quarto. Senti um perfume forte emanar dela que era diferente dos que ela tinha.

“Não importa, eu fiquei preocupada! Porque não atendeu?”

“Eu estava subindo as escadas, logo você ia me ver, atender essa chamada seria gastar créditos à toa” Ela jogou as roupas que estava usando no chão também colocando uma camisola.

“Você não vai tomar banho? Tá cheirando estranho”

“Não, eu tenho menos de duas horas para dormir porque amanhã tenho trabalho o dia todo...”

“Você ainda vai sair comigo e com a May a noite né?” Perguntei me aproximando do casaco dela. Aquele perfume era forte demais.

“Se eu estiver viva, vou sim” Falou fechando os olhos e se enrolando na cama “Apaga a luz e vaza” disse sorrindo e me mandando um beijo.

Andei lentamente até a porta do quarto observando a cena toda, ela não me respondeu nada. Elena era bem fechada normalmente, mas não nesse nível. Ela se esquivou das perguntas porque queria me esconder alguma coisa.

“Boa noite porquinha” Apaguei a luz do quarto e segui para o meu pensativa.

 

 

O dia amanheceu e fui tomar meu café. As coisas da Elena estavam na sala e o café quente dela em cima da mesa. Provavelmente estava no banheiro. Vi o celular dela vibrar. Olhei para a tela para ver a hora e vi uma mensagem de GoldenLoser. Não sabia quem era, mas o que me intrigou foi ver que essa era a trigésima mensagem dele. Só consegui ler a última “Hoje eu posso fazer de novo”

Fazer o que de novo? Ai ai, porque a Elena não compartilhava as coisas comigo. Ela saiu do banheiro e eu vi que estava mais arrumada, tinha coberto a mancha no nariz com maquiagem tão bem que nem era mais visível.  Estava com os cabelos soltos em ondas.

“Tomou banho?” Perguntei pegando um pouco de café

“Tomei gatinha” ela piscou para mim e olhou para o celular. Ela abriu a boca quando leu a mensagem e depois tentou pegar o aparelho de maneira que eu não visse a mensagem. Boba eu já vi.

“Você vai encontrar alguém depois do trabalho?” Perguntei me mordendo de curiosidade sobre quem ia fazer o que de novo com ela, mas se eu perguntasse ela não ia falar

“Ué, a gente vai numa balada em Gangnam com a May né?” Ela se fez de idiota, mas eu não nasci ontem Elena, na real eu tinha nascido bem antes dela.

“Sim, mas você está mais arrumada” Observei

“Ah sim! Hoje vamos tirar a foto da equipe de maquiagem e exigiram que eu fosse bem arrumada. Acordei mais cedo por conta disso” Falou meio irritada “Vou nessa” Ela me mandou um beijo e pegou a bolsa antes de sair.

Elena não se envolvia fácil com homens tanto por ser meio fechada ou por conta de ser meio... assexuada mesmo. Ela não demonstrava interesse e não gostava de falar no assunto. Talvez assexuada fosse um termo muito forte, ela também não era puritana. Não entendia muito bem esse lado dela até porque eu sempre fui resolvida com minhas necessidades sexuais. A única vez que vi ela dar uns pegas num cara numa festa foi na viagem que fizemos para Los Angeles ver os avós dela e isso já fazia um tempo. Sei que ela namorou alguns caras franceses, mas com a mesma descrição que ela começava os relacionamentos os terminava também e mal me sentia a par do que estava rolando.

Queria apoiar ela, dar dicas, falar sobre... Mas é o que dizem, não adianta forçar, resta apenas esperar ela querer conversar.

Comecei a lembrar do meu último namorado e fiquei sentada na varada do apartamento com uma xícara de café. Vi que estavam pendurando um Outdoor de frente para a minha janela.

Fiquei o dia todo no computador vagando entre a varanda e a sala. Estava animada para ir na balada. Ver um grupo de amigos e talvez dar uns pegas nuns caras interessantes. Meu pensamento foi interrompido quando vi o rosto do Jimin no outdoor com um uniforme escolar.

“Esse homem me persegue” suspirei “Esse é maior que o meu antigo pôster” Sorri com a lembrança de ficar horas olhando para o pôster colado em cima da minha cama “ah Jimin se eu te encontro nessa balada..." Não custava sonhar, mas dei risada da minha imaginação fértil.

May chegou um pouco depois das 19h para nos arrumarmos juntas, ela fazia intercâmbio também, era brasileira, nos conhecemos no curso de idioma que faço aos sábados.

“Que horas a Elena chega?” Perguntou colocando o quinto vestido que tinha trazido e ainda olhando para o espelho insatisfeita

“Deve estar chegando” Comentei colocando minha bota. Estava com um short branco, blusinha preta e um kimono preto com detalhes brancos. “Você está muito bonita”

“Para de fazer caridade, eu to horrível” Ela suspirou

“May não seja boba, ta gatona, agora senta aqui que eu vou te maquiar” Ela sentou e comecei.

Estávamos as duas prontas lá pelas dez e meia da noite. Liguei no celular da Elena esperando que ela não dançasse com o toque. Ela atendeu.

“Tô chegando” Ela falou entre risadas “Juro que estou” A ligação estava muito barulhenta com várias vozes de fundo e logo caiu. Acho que ela ainda estava no trabalho. Como imaginei passou uns 40 minutos e nada dela. May estava ficando nervosa.

“Vamos sem ela” resmungou no sofá

“Calma May, balada só começa depois da meia noite”

Tentei ligar de novo e ela atendeu num lugar bem mais silencioso.

“Esta perdendo seu dinheiro” ela disse abrindo a porta do apartamento.

“Corre” eu disse para ela enquanto ela piscava para a May e corria para o quarto.

Entrei no quarto dela e sentei na cama. Elena apenas retocou a maquiagem de leve e tirou a roupa.

“Foi legal lá?” perguntei observando o celular dela em cima da cama bem do meu lado. Isso era muito feio da minha parte, mas sentia que ela escondia algo de mim.

“Foi normal” ela falou dando de ombros e colocando um vestido branco colado no corpo. Colocou a carteira e celular numa bolsa lateral e menor. “Vamos?” Disse saindo do quarto. Ela não levou nem 5 minutos.

Sai do ambiente apagando a luz e me sentindo um pouco frustrada com ela.

Pegamos um táxi e fomos para a balada. O lugar era muito bonito e tinha dois andares além de algumas áreas VIP. Ficamos na pista e logo encontramos outros colegas do curso. Eu estava tentando me soltar e peguei uma bebida quem nem o nome eu sabia pronunciar. Um dos garotos do grupo de aproximou de mim, ele era americano e pude conversar bem com ele. Tinha olhos verdes e cabelos loiros. Fiquei dançando com ele e logo o clima esquentou, podia sentir as mãos dele em mim. Elena sumiu da minha vista e tentei não pensar nisso. Só queria me concentrar no garoto comigo. A noite corria e eu estava cada vez mais bêbada. Em um momento o garoto me prensou na parede e começou um caminho de beijos pelo meu pescoço. Aquilo era bom, receber carinho é muito bom. Levantei meu rosto dando a ele todo o meu pescoço para percorrer. Rolei os olhos sentindo sua língua quente contra minha pele. Suas mãos foram até minha bunda e apertaram com um pouco de força. Beijei a boca dele com vontade, nossas línguas de entrelaçaram, nossa urgência era muito potente. O beijo só ficava mais intenso e minhas mãos apertaram os ombros dele. Quando abri meus olhos vi um homem inclinado na grande do segundo andar da balada. Estava de calça jeans preta e camisa azul escura com detalhes brancos. Só vi o contorno do corpo dele já que estava com o rosto virado. Começou a tocar Swalla do Jason Derulo e as luzes piscavam muito. Me senti meio mal de ficar de olho em um cara enquanto ainda estava aos beijos com outro. A postura dele já era muito bonita de observar, mas tentei focar no cara que estava comigo chupando meu pescoço. Mas falhei o outro já tinha toda minha atenção. Ele viu alguém se aproximar, soltou a grade e rebolou no ritmo da música brincando com o amigo que se aproximava, um loiro mais alto que ele, os dois se abraçaram. Um feixe de luz parou muito próximo dele e percebi que seus cabelos era um loiro escuro e ele passou a mão por eles virando o rosto e ficando finalmente de frente para eu ver seu rosto. Não acreditei. Meu coração disparou muito e uma onda de calor percorreu meu corpo dos pés à cabeça.

Ele continuou dançando ao som da música e sorriu. Meus braços que estavam ao redor do cara que ainda chupava meu pescoço caíram e eu pareci uma boneca de pano. Senti as pernas bambas. O americano voltou a colar sua boca na minha, mas eu inclinei minha cabeça para o lado tentando não interromper minha visão, não podia ser ele, mas era. A cada segundo eu tinha mais certeza, principalmente quando ele passou a mão novamente pelo cabelo. Como se os movimentos corporais dele já não entregassem. E de novo americano desceu a boca pelo meu pescoço, mas já não sentia mais nada meu foco era o homem no andar de cima, o mesmo que se virou de costas novamente e sumiu para algum canto da área VIP do clube.

“Jimin” sussurrei ainda incrédula

“É John baby” o homem falou no meu pescoço e eu ri comigo mesma. Precisava dar um jeito de subir naquele andar.

 


Notas Finais


Elena sumiu e o Jimin está ali... Huum...
( ͡° ͜ʖ ͡°)


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