Entrei no banheiro, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Lágrimas de tristeza, de ódio, da realidade batendo na porta, por não conseguir, sempre prometo que vou mudar, ser uma pessoa melhor e acabo cometendo um erro.
Stela tinha razão. Por fora sou linda, mas por dentro... Ainda estou tentando descobrir.
Levantei o rosto e me encarei no espelho. Fiquei assustada, mas já devia está acostumada. Há alguns tempos eu via um monstro no espelho. Antes ficava confusa, mas com o passar do tempo descobri que não tenho que temer lá fora, mas sim aqui dentro. O que nos aprisiona são nossos erros que nos persegue e voltam em forma de “monstros” para nos assombrar.
Continuei encarando o espelho, “ela” dava risadas, zombando de mim. Zombando da minha insistência.
Eu não posso ser aquilo... Encaro aquela figura com fúria nos olhos.
— você não sou eu. — digo para me reconfortar.
— sabe que não é verdade, Kirah. Você é uma monstra.
Mais lágrimas escorriam pelo meu rosto. Eu não podia acreditar, mas é verdade. Matei minha melhor amiga... Que tipo de monstro faz isso? Eu fiz. Eu sou um monstro, e aquela sou eu. É a minha alma. Quem eu sou de verdade.
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